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RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
REFERENCIAL TEÓRICO
Nesta seção serão apresentados os principais conceitos que guiaram a consecução
deste estudo e de que forma cada uma dessas definições pode impactar no
ambiente laboral. O conceito de comportamento organizacional é abordado para
compreensão da forma de agir da organização, analisando sua estrutura e seus
processos (VIEIRA, 2015). E o conceito de percepção de Suporte Organizacional
para elucidar que a forma como os empregados percebem a preocupação da
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Comportamento Organizacional
Newstrom (2007, p. 2) esclarece que o Comportamento Organizacional (CO) é o
“estudo sistemático e a aplicação cuidadosa do conhecimento sobre como as
pessoas agem dentro das organizações, seja como indivíduo, seja em grupos”.
Schermerhorn, Hunt e Osborn (2007, p. 26) esclarecem que o CO é o estudo de
indivíduo e grupos nas organizações, sendo “um corpo de conhecimento que se
aplica a todos os tipos de ambientes de trabalho”.
O CO é uma ciência aplicada, que tem por base do conhecimento um grande
número de estudos de pesquisas e desenvolvimentos conceituais, e
constantemente são adicionados novos elementos (NEWSTROM, 2007). “O campo
do CO estuda a compreensão, explicação e previsão dos comportamentos no
âmbito das organizações” (VIEIRA; ANJOS, 2015, p. 153).
Segundo Borges-Andrade (2010), a disciplina de Comportamento Organizacional foi
reconhecida independente em 1970. Surgiu em um espaço em que várias áreas do
conhecimento convergiam, como a psicologia, economia e sociologia, ainda
esclarece que “tal multidisciplinaridade em seu cerne certamente contribuiu para
que ainda na atualidade, a mencionada disciplina se apresentasse de forma
complexa e difusa” (BORGES-ANDRADE, 2010, p. 41)
A disciplina de CO se dedica a compreensão científica dos indivíduos e grupos nas
organizações, e quais as implicações sobre o desempenho das estruturas, sistemas
e processos estruturais (SCHERMERHORN; HUNT; OSBORN, 2007). Vieira ainda
define que:
O estudo do CO se apresenta como a análise das estruturas
e processos dos subsistemas dentro das organizações,
ambientes de trabalho e a relação com o indivíduo,
contribuindo para promover diferentes formas de diagnóstico,
solução e intervenção dentro das organizações. (VIEIRA,
2015, p.153).
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potencial de sucesso da sua carreira nos ambientes de trabalho, que hoje são
dinâmicos, mutantes e complexos. Assim as informações obtidas com o
Comportamento Organizacional devem ser capazes de auxiliar para uma adaptação
bem sucedida da organização (SCHERMERHORN; HUNT; OSBORN, 2007).
O primeiro objetivo do CO é descrever, sistematicamente, a forma como as pessoas
se comportam em diversas situações, permitindo ao gerente se comunicar sobre o
comportamento humano no trabalho, utilizando uma linguagem comum. Já o
segundo é compreender porque as pessoas se comportam de tal maneira, o que
permite ao gerente investigar a razão pelas ações do indivíduo no ambiente de
trabalho (NEWSTROM, 2007).
O objetivo seguinte é prever o comportamento futuro dos colaboradores, na qual o
chefe ou gestor, idealmente, deveria possuir a capacidade de prever quais
servidores poderiam ser dedicados e produtivos e quais estariam ausentes,
atrasados ou ineficientes em certo dia, podendo assim, tomar medidas preventivas
(NEWSTROM, 2007).
O quarto e último é controlar, ao menos parcialmente, e realizar alguma atividade
humana no trabalho. Assim, os gerentes são responsáveis pelos resultados de
desempenho, promovendo e buscando o desenvolvimento de habilidades, o esforço
da equipe e sobretudo, a produtividade (NEWSTROM, 2007).
METODOLOGIA
Caracterização de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa, uma vez que este trabalho tem o
foco na percepção dos docentes quanto ao suporte organizacional oferecido no
ambiente laboral. Foram utilizados dados primários e recorte transversal, pois os
dados foram obtidos pela aplicação do instrumento de pesquisa em um único
momento.
População e Amostra
A coleta de dados se deu por meio de questionário aplicado aos docentes de ambas
instituições. As perguntas eram precedidas de uma carta de apresentação (anexo
1), em que informava que a participação era voluntária e explicava para quais fins a
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pesquisa seria utilizada. A carta também possuía o contato do aluno para caso os
participantes tivessem alguma dúvida.
O questionário na versão online, feito na plataforma “Google Forms” foi enviado aos
respondentes por meio do aplicativo de troca de mensagens whatsapp. Foi enviado
um link para os docentes que continha a carta de apresentação da pesquisa,
explicando para qual fim seria usada a pesquisa e que a participação era voluntária,
em seguida continha a escala EPSO e a coleta de dados sociodemográficos. Já a
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 - Média, desvio padrão e coeficiente de variação (CV) dos itens de suporte organizacional
do IF segundo a EPSO
Item Média Desvio Padrão CV
1. É possível obter ajuda desta organização quando tenho
4,09 1,18 0,29
um problema
2. Esta organização realmente preocupa-se com meu
3 1,67 0,56
bem-estar
3. Esta organização estaria disposta a ampliar suas
instalações para me ajudar a utilizar minhas melhores 2,74 1,42 0,52
habilidades no desempenho do meu trabalho
4. Esta organização está pronta a ajudar-me quando eu
2,78 1,21 0,44
precisar de um favor especial
5. Esta organização preocupa-se com minha satisfação no
3 1,50 0,50
trabalho
6. Esta organização preocupa-se mais com seus resultados
2,91 2,15 0,42
do que comigo
Fonte: dados da pesquisa
As médias de respostas da tabela acima variam entre 2,74 e 4,09. Nota-se então
que o resultado indica que os trabalhadores têm dúvidas sobre a preocupação com
o bem-estar dos colaboradores por parte da empresa (resultados de 1 a 3,9). E
apenas para o primeiro item “É possível obter ajuda desta organização quando
tenho um problema” (4,09) o resultado tem média entre 5 e 7 que indica que os
trabalhadores percebem a preocupação da empresa em auxiliar a resolução de
problemas.
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O item 6, em que o valor das respostas foi invertido, tem média 2,91 demonstrando
que existe uma falta de preocupação da instituição com os seus docentes em
detrimento dos ganhos/resultados que a instituição faz, de forma a reafirmar a
percepção de falta de suporte por parte dos docentes para com a instituição. Porém,
o item também apresenta um coeficiente de variação de 0,42, o que sugere existir
uma heterogeneidade de percepção entre os respondentes.
Tabela 2 - Média, desvio padrão e coeficiente de variação (CV) dos itens de suporte organizacional
da UF segundo a EPSO
O item com maior média é o sexto, em que afirma que a organização preocupa-se
mais com seus resultados do que com o docente (5,33), indicando que os docentes
acreditam que existe a preocupação da instituição com os seus colaboradores em
detrimento dos resultados da instituição (valor entre 5 e 7).
é possível notar que as médias gerais dos itens da EPSO apresentam resultados
próximos, sendo 3,09 para o IF e 4,25 para a UF.
Tabela 3 - Comparação da média, desvio padrão e coeficiente de variação (CV) dos itens de suporte
organizacional do IF e da UF segundo a EPSO
IF UF
Com base no cálculo geral, as médias obtidas não demonstram uma percepção de
suporte percebido em ambas instituições. Pois os valores entre 1 e 3,9 indicam que
os colaboradores não notam a preocupação da instituição com seu bem-estar, como
no caso do IF. Já na UF os docentes têm dúvidas quanto ao suporte oferecido
(resultados de 4 a 4,9). Considera-se ainda o resultado heterogêneo, devido ao
coeficiente de variação do IF (0,52) e da UF (0,42). A seguir (Tabela 4) são
apresentados os resultados de cada item em uma tabela comparativa, na qual é
possível notar as diferenças e semelhanças das médias de cada um dos itens.
Item UF IF
O item 4 também tem mais de 1 ponto de diferença, o IF tem média 2,78, enquanto
a UF tem 3,90, porém ambas pontuações se enquadram na percepção de falta de
preocupação organizacional com o bem-estar do indivíduo. Ou seja, os
colaboradores não acreditam que é possível obter ajuda da organização quando
precisarem de um favor especial.
Assim, tais resultados ainda devem ser analisados pela instituição, a fim de que a
percepção de suporte organizacional dos docentes possa ser levada em
consideração no desenvolvimento de ações para melhorar a satisfação dos
colaboradores no trabalho e impactar diretamente no desempenho das funções
exercidas pelos profissionais. Dessa forma cada docente poderia lutar para alcançar
os objetivos da organização como um todo e por fim se esforçar no desempenho
das suas funções e impactar diretamente na sociedade por meio da construção do
saber.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em consideração os novos formatos organizacionais estabelecidos de
forma a trazer benefícios para o trabalhador e a instituição, pode-se aferir que a
percepção que o colaborador do suporte oferecido pela organização afeta o
resultado e a qualidade dos serviços prestados pela instituição como um todo.
Os resultados apresentados podem servir como base para aqueles que quiserem
dar continuidade à pesquisa com um maior aprofundamento no tema, ou com
análise por outra abordagem e/ ou metodologia. Também pode ser útil para
gestores, tanto públicos como privados, que queiram tomar os dados apresentados
como base para melhorias dentro do ambiente organizacional, desenvolver e
implementar práticas de gestão de pessoas ou como instrumento de auxílio nas
tomadas de decisão.
Para isso, esta pesquisa fornece subsídios para que as instituições públicas
implementem melhorias com base na análise dos pontos destacados e planejem
ações que possam proporcionar um melhor ambiente laboral, e consequentemente
motivar os colaboradores na realização das tarefas diárias, que impactaria na
prestação de uma educação com mais qualidade no setor público.
futuros estudos possam abarcar uma população maior e mais instituições de ensino
para obter o máximo de validação e generalização possível.
REFERÊNCIAS
VIEIRA, Jeanine Ângela; ANJOS, Alex Costa; SILVA, Lígia Carolina Oliveira.
Comportamento Organizacional: diferenças na produção empírica entre psicologia e
Administração. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, [s.l.], v.
10, n. 3, p.152-162, 2016. http://dx.doi.org/10.12712/rpca.v10i3.656.
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1 - Idade:
( )18 a 24
( )25 a 29
( )30 a 34
( )35 a 39
( )40 a 44
( )45 a 49
( )50 a 54
( )55 a 59
( )60 ou mais
2- Sexo:
( ) Feminino ( )Masculino
3- Grau de Escolaridade:
( )Superior Completo
( )Especialização em andamento
( )Especialização concluída
( )Mestrado em andamento
( )Mestrado concluído
( )Doutorado em andamento
( )Doutorado concluído
( )7 a 9 anos
( )10 a 12 anos
( )13 a 15 anos
( )16 a 18 anos
( )19 a 21 anos
( )22 a 25 anos
( )Mais que 25 anos
( )Outros
8- Qual nível do ensino superior leciona (pode marcar mais de uma opção):
( )Graduação ( )Tecnólogo ( )Especialização ( )Mestrado ( )Doutorado
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IDADE
25 A 29 1
30 A 34 5
35 A 39 4
40 A 44 4
45 A 49 2
50 A 54 5
55 A 59 1
60 OU MAIS 1
TOTAL 23
SEXO
MAS 14
FEM 9
TOTAL 23
ESCOLARIDADE
ESPECIALIZAÇÃO COMPLETO 2
MESTRADO EM ANDAMENTO 1
MESTRADO CONCLUÍDO 8
DOUTORADO EM ANDAMENTO 2
DOUTORADO CONCLUÍDO 10
TOTAL 23
TEMPO DE DOCÊNCIA
1 A 3 ANOS 4
4 A 6 ANOS 5
7 A 9 ANOS 3
10 A 12 ANOS 7
13 A 15 ANOS 1
16 A 18 ANOS 0
19 A 21 ANOS 1
22 A 25 ANOS 0
MAIS DE 25 ANOS 2
TOTAL 23
28
MENOS DE 1 ANO 3
1 A 3 ANOS 4
4 A 6 ANOS 7
7 A 9 ANOS 5
10 A 12 ANOS 3
13 A 15 ANOS 1
TOTAL 23
LINGUÍSTICA,LETRAS E ARTES 2
OUTROS 2
TOTAL 22
LINGUÍSTICA,LETRAS E ARTES 1
OUTROS 2
TOTAL 25
IDADE
25 A 29 1
30 A 34 1
35 A 39 7
40 A 44 4
45 A 49 1
50 A 54 3
55 A 59 3
60 OU MAIS 1
TOTAL 21
SEXO
MAS 14
FEM 7
TOTAL 21
ESCOLARIDADE
DOUTORADO EM ANDAMENTO 1
DOUTORADO CONCLUÍDO 20
TOTAL 21
TEMPO DE DOCÊNCIA
1 A 3 ANOS 1
4 A 6 ANOS 1
7 A 9 ANOS 3
10 A 12 ANOS 5
13 A 15 ANOS 3
16 A 18 ANOS 1
19 A 21 ANOS 1
22 A 25 ANOS 3
MAIS DE 25 ANOS 2
TOTAL 20
1 A 3 ANOS 4
4 A 6 ANOS 2
7 A 9 ANOS 4
10 A 12 ANOS 3
13 A 15 ANOS 3
16 A 18 ANOS 0
19 A 21 ANOS 2
22 A 25 ANOS 1