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Instituto Federal de Brasília

Campus​ Brasília
Curso Tecnólogo em Gestão Pública

SÉRGIO GUILHERME PORTO RIBEIRO


VINÍCIOS RODRIGO SANTANA FREIRE

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO SETOR PÚBLICO: ​um estudo sobre


os impactos da implantação do SEI em um departamento público

Brasília
2020
SÉRGIO GUILHERME PORTO RIBEIRO
VINÍCIOS RODRIGO SANTANA FREIRE

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO SETOR PÚBLICO: ​um estudo sobre


os impactos da implantação do SEI em um departamento público

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Tecnologia em Gestão Pública do
Campus Brasília do Instituto Federal de Brasília
como requisito parcial para obtenção de título
de Tecnólogo em Gestão Pública.

Orientador(a): Profª. M.a Jaqueline Thomazine


Brocchi

Brasília
2020
SÉRGIO GUILHERME PORTO RIBEIRO
VINÍCIOS RODRIGO SANTANA FREIRE

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO SETOR PÚBLICO: ​um estudo sobre


os impactos da implantação do SEI em um departamento público

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Tecnologia em Gestão Pública do
Campus Brasília do Instituto Federal de Brasília
como requisito parcial para obtenção de título
de Tecnólogo em Gestão Pública.

Orientador(a): Profª. M.a Jaqueline Thomazine


Brocchi

Aprovado em: 23 de outubro de 2020

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Profª. Me. Jaqueline Thomazine Brocchi

_______________________________________________
Profª. Me. Bibiani Borges Dias

_______________________________________________
Profª. Me. Érika Cristina Rodrigues de Morais
RESUMO

A administração pública tem por sua finalidade atender os anseios da sociedade


que necessita de práticas inovadoras que nem sempre caminha junto a
modernização. O presente estudo visou identificar contribuições e melhorias na
gestão de processos do Núcleo de Análise de Defesa Prévia - NUADP do
Departamento de Estradas de Rodagens do Distrito Federal - DER/DF depois
que foi implementado o Sistema Eletrônico de Informações - SEI. Para tanto, o
estudo teve como base o relatório de atividades do NUADP no período
compreendido entre os anos 2015 e 2019 e contou com uma entrevista realizada
com um servidor que estava no órgão desde antes a implementação do SEI.
Dessa forma, a pesquisa é classificada como qualitativa e descritiva,
utilizando-se de entrevista com questionário semi estruturado e análise
documental. Os resultados decorreram de análise de conteúdo. O estudo
baseia-se em três pilares nos quais são feitos resgates de conceitos e
aplicações na administração pública, sendo eles: a inovação; o governo
eletrônico e o próprio SEI. Os resultados apontam para uma gestão de
processos mais eficiente, menos burocrática, mais célere nas respostas de
resultados, com otimização do tempo e com formas mais simplificadas de
arquivo após adoção do SEI. Destacam-se como contribuições, qualidade de
vida no trabalho e qualidade de serviços prestados à população.

Palavras-chave:​ SEI. Governo Eletrônico. Inovação.


ABSTRACT

The purpose of public administration is to meet the needs of society that needs
innovative practices that do not always go hand in hand with modernization. The
present study aimed to identify contributions and improvements in the process
management of the Prior Defense Analysis Nucleus - NUADP of the Federal Roads
Department - DER / DF after the Electronic Information System - SEI was
implemented. To this end, the study was based on the NUADP activity report in the
period between the years 2015 and 2019 and included an interview with a server
who had been in the agency since before the implementation of the SEI. Thus, the
research is classified as qualitative and descriptive, using an interview with a semi-
structured questionnaire and documentary analysis. The results resulted from content
analysis. The study is based on three pillars on which rescues of concepts and
applications in public administration are made, namely: innovation; egovernment and
SEI. he results point to a more efficient process management, less bureaucratic,
faster response of results, with optimization of time and simplified forms of file after
adoption of the SEI. They stand out as contributions, quality of life at work and quality
of services provided to the population.

Keywords:​ SEI. Electronic Government. Innovation.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 7
1.1 Pergunta de pesquisa 8
1.2 Objetivos específicos 8
2 INOVAÇÃO NO SETOR PÚBLICO 8
2.1 Governo Eletrônico 10
2.2 Sistema Eletrônico de Informações - SEI 12
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 13
3.1 Procedimento para a coleta de dados 14
3.2 Procedimentos para análise de dados 15
3.3 Breve descrição do local da pesquisa - Departamento de Estradas e
Rodagens (DER) 16
3.4 Sujeitos da pesquisa 17
3.5 Resultados e discussão 17
4​ ​CONSIDERAÇÕES FINAIS 19
REFERÊNCIAS 21
1 INTRODUÇÃO

Diante de um cenário farto em restrições, o setor público carece a todo


momento de práticas inovadoras, serviços eficientes e servidores preparados para
atender as demandas da sociedade. Para seguir as exigências de novos tempos, o
setor público procura inovar os serviços e aprimorá-los, na direção de obter
resultados rápidos e eficientes (RODRIGUES; SILVA; BERNARDO, 2017).
A demora e acúmulo de processos, juntamente com a necessidade latente por
melhoria da qualidade na tramitação e finalização desses processos sob domínio da
gestão do setor público, culminaram na ineficiência dos serviços e na insatisfação
dos seus usuários (RODRIGUES; SILVA; BERNARDO, 2017). Especificamente o
uso de documentos e processos eletrônicos na Administração Pública brasileira
inicia-se no final da década de 1990, e este movimento intensificou nos anos 2000 e
seguintes (​Software público, 2015), com o objetivo de facilitar e organizar os
trabalhos.
Balbe (2010) considera que os avanços tecnológicos têm contribuído para o
aprimoramento da tomada de decisão, especialmente em setores que mantém
contato com a população e que necessitam essencialmente de uma resposta
tempestiva. Considerado uma solução tecnológica, o SEI é ação da modernização,
criada para suprir a necessidade de eficiência no setor público, oferecendo redução
dos custos operacionais, maior facilidade de acesso e compartilhamento de
informações, maior agilidade e qualidade na instrução e tramitação de documentos,
entre outras melhorias (ALMEIDA, 2016).
O objetivo dessa pesquisa é, pois, avaliar as mudanças provocadas pelas
inovações tecnológicas no setor público. Para operacionalizar a pesquisa, optou-se
pelo recorte delimitado pelo estudo das mudanças provocadas pela adoção do SEI
no Núcleo de Análise de Defesa Prévia - NUADP, setor do Departamento de
Estradas de Rodagens do Distrito Federal DER-DF, na forma como eram feitas a
gestão dos processos no setor, a produção, a distribuição e o arquivo.
Estudo como esse, tem grande relevância para a sociedade em geral, para a
gestão pública, contribui para o aperfeiçoamento e divulgação dos serviços
prestados, para os servidores, permite identificar possíveis melhorias no modo de
trabalho e servirá como base para pesquisas futuras que ingressarem nessas
temáticas. Além de apresentar o SEI, inovação tecnológica que ainda dá os seus
primeiros passos como sistema de produção e gestão de documentos e processos
eletrônicos e tem por objetivo, a eficiência administrativa.
O artigo está dividido em 3 seções às quais seguem a metodologia utilizada e
as considerações finais. Na primeira delas é explorado o conceito de inovação e sua
aplicação no setor público. Em seguida, é apresentado o governo eletrônico e suas
finalidades diante da administração pública e por fim, é feito um resgate histórico do
SEI, desde sua criação até sua implantação no órgão e no setor.

1.1 Pergunta de pesquisa


Quais as mudanças ocasionadas pela implantação do SEI no Núcleo de
Analise de Defesa Prévia – NUADP do Departamento de Estradas de Rodagens do
Distrito Federal?

1.2 Objetivos Específicos


● Identificar melhorias proporcionadas pelo SEI;
● Verificar o cumprimento dos objetivos do SEI;
● Comparar as formas de produção e tramitação de processos, antes e
depois do SEI.

2 INOVAÇÃO NO SETOR PÚBLICO


Os primeiros estudos sobre inovação tiveram como suas bases a evolução da
tecnologia e da economia, e já que tinha forte influência do setor industrial, o foco
era desenvolver produtos e processos para o setor privado. Schumpeter (1982) teve
um papel importante relacionando a tecnologia e a economia da inovação, sua teoria
descreve como devem ser combinados os materiais e as forças produtivas para a
criação de novos produtos para substituir antigas tecnologias. Essa prática é
denominada “destruição criadora” (BRANDÃO, 2012, p. 229).
Nesse contexto, os estudos sobre inovação tiveram forte influência de uma
abordagem tecnicista, que abrangia a inovação como evolução tecnológica. Vargas
e Lima (2010) afirmam que os métodos do tecnicista incluem pesquisas inovadoras
influenciados por crenças da indústria de serviços. O resultado é baixa
produtividade, baixa intensidade e uso de capital e a imagem de contratação de
talentos de baixa qualidade. Essa abordagem é composta por dois objetivos: o
primeiro destaca formas particulares em inovação, sendo ela intangível e interativa,
e o segundo produzir teorias locais que são aplicadas em atividades específicas,
consequência de sua diversidade (GALLOUJ, 2002).
Kosh e Hauknes (2005) destacam que há barreiras que dificultam o estudo da
inovação no setor público, pois grande parte desses estudos são focados no serviço
privado. A inovação com ênfase na melhoria da qualidade do serviço público, tem
sido cada vez mais utilizada como estratégia na administração pública. Esse tema
vem se desenvolvendo gradualmente, trazendo contribuições teóricas e empíricas
que auxiliam a compreender como funciona o processo de inovação na economia
bem como no desenvolvimento econômico (FARIA; BRANDÃO, 2013).
A economia e a inovação se ampliam, não somente para o Estado construir
um cenário favorável ao setor privado, mas também para desenvolver capacidades
inovadoras própria e empreendedora, engajando em rede com atores não estatais
(Cavalcante et al., 2016, p.17). Nesse sentido, o serviço público e a inovação, para
Osborne e Brown (2005), são elementos chave para novos conhecimentos, nova
organização, novas habilidades de gestão processual, sendo a inovação
responsável pela descontinuidade com o passado.
Assim, na administração pública brasileira ainda é comum se deparar com
processos administrativos lentos e obsoletos, além de técnicas ultrapassadas que
foram moldadas a partir de tecnologias limitadas do passado e que hoje são
facilmente substituídas, devido aos avanços constantes dos meios tecnológicos.
Segundo Agune e Carlos (2017), os governos atuais, tal como a maioria das
organizações, foram trabalhados a partir dos modelos e técnicas criados pela era
industrial.
Devido às limitações tecnológicas, ideias e projetos eram deixados de lado, a
partir dos avanços da tecnologia, foi possível oferecer uma grande rede de
comunicação e troca de informação, fazendo com que a tecnologia fosse a principal
indutora da inovação (AGUNE; CARLOS, 2017). A Administração Pública brasileira,
durante várias décadas, amargou longas demoras para a solução dos seus
processos administrativos (LYRA, 2014).
As inovações tecnológicas se propõem atender as necessidades do novo
modelo de administração, o gerencial. Secchi (2009) define esse modelo de
administração como normativo e pós-burocrático, que se baseia em valores como a
eficiência, eficácia e competitividade. E, como decorrência da reforma gerencial
iniciada em 1995, foi incluído entre os princípios que norteiam a Administração
Pública, a eficiência, através da emenda 19/98, o mais jovem princípio constitucional
remete-se a excelência, primando pelo serviço público de qualidade no menor tempo
e no menor custo (PATRIOTA, 2017)
Segundo Lyra (2014), a Administração Pública brasileira de procura meios
mais eficazes de gerir seus processos, com vistas a gerar economia e a apresentar
melhores serviços à sociedade como um todo. E, nesse cenário, as Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs) se apresentam como possível ferramenta a ser
utilizada, como será apresentado na seção seguinte.

2.1 Governo Eletrônico


O Governo eletrônico, também chamado de e-gov, é definido como a
“utilização dos recursos de tecnologia da informação e comunicação para que a
administração pública preste serviços ao cidadão” (LAIA, 2009, p. 313-314).
Complementarmente, o governo eletrônico pode ser entendido como o uso de TIC
para se ter um relacionamento com a população e com o desenvolvimento da
Administração Pública (PRZEYBILOVICZ; CUNHA; MEIRELLES, 2018).
O uso das TICs na Administração Pública, segundo Pereira e Silva (2010) tem
alguns objetivos, tais como alcance e melhoria na qualidade, aumento de eficácia e
eficiência, transparência dos atos administrativos, fiscalização das ações
governamentais e participação popular no exercício da cidadania por meio do
acesso a serviços públicos pela internet.
Diniz e colaboradores (2009) afirmam que o governo eletrônico tem uma
ampla dimensão, e não são definidos somente em uso massivo de artefatos
tecnológicos no setor público, mas que pode ser usado para a melhoria na gestão
pública. No Brasil, o e-gov se popularizou por apresentar diversos serviços que
facilitava a interação com os cidadãos. Alguns exemplos são o uso do sistema de
votação por meio de uma urna eletrônica, declaração de imposto de renda e
matrículas de alunos de escolas públicas via internet (ARAÚJO; REINHARD;
CUNHA, 2017).
Batista (2017) diz que a política do governo eletrônico pode ser considerada
como uma ação que promove a modernização da Administração Pública, que atende
às necessidades da população com um serviço eficiente. Assim, entende-se que o
e-gov moderniza a Administração Pública por meio do uso de tecnologias de
informação e comunicação (TICs) (DINIZ et al., 2009) nas atividades que são
demandadas no ambiente de trabalho, tendo em vista a comunicação com as
diversas partes que integram o governo com a sociedade, podendo ter acessos
remotos. Uma das funções do e-gov é a aproximação e a informação, sendo de mais
fácil acesso para a sociedade os dados abertos, onde o público pode ter
conhecimento e encontrar transparência nos processos (DINIZ et al., 2009).
Segundo Ruediger (2002), há três perspectivas por meio das quais se pode
analisar o e-gov: 1) aplicações web com foco para o segmento governo-negócio
[G2B]; 2) aplicações web voltadas para a relação governo-cidadão [G2C]; e 3)
aplicações web referentes a estratégias governo-governo [G2G]. No G2B, a
administração pública se relaciona com organizações da sociedade, para se
comunicar de forma rápida e eletrônica. O segundo tipo, G2C, o foco é a
comunicação de forma online com os cidadãos sobre os serviços que são prestados,
como saúde, educação, impostos, informações, etc. O G2G, governo para governo,
é a terceira forma, onde a própria administração pública se comunica entre os
diferentes órgãos.
Rover (2012) diz que o governo eletrônico ideal permitiria que o cidadão
tivesse acesso a todos os procedimentos de seu interesse ou da coletividade e que
dependam da ação governamental, a qualquer tempo e em qualquer lugar. Langner
e Zuliani (2015, p. 1) alegam que:

O surgimento do governo eletrônico possibilitou inúmeros benefícios, tais


como, a desburocratização, o acesso à informação pública, a transparência
do governo e o consequente controle social, agilidade nos procedimentos e
redução de custos públicos.

Rover (2012) cita que o governo eletrônico poderia ocasionar a melhoria da


qualidade dos serviços prestados pelo Estado e, além disso, o governo eletrônico
avançaria em várias áreas, tais como:

- Simplificação dos procedimentos e integração das informações com


consequente aperfeiçoamento dos modelos de gestão pública (diminuição
da burocracia);
- Integração dos órgãos do governo em todos os seus âmbitos, municipal,
estadual e federal;
- Transparência e otimização das ações do governo e dos recursos
disponíveis, através da prestação eletrônica de informações, serviços e das
contas públicas;
- Desenvolvimento do profissional do serviço público;
- Avanço da cidadania e da democracia com a promoção do ensino,
alfabetização e educação digital.

Nota-se a possibilidade de aproximação entre cidadão e governo, onde o


cidadão tem mais acesso à informação pública, tendo maior transparência do serviço
público e maior controle por parte do governo (LANGNER E ZULIANI, 2015).
Continuando, Rover (2012) revela os principais desafios para a construção do
governo eletrônico nas organizações:

- Falta de determinação e de um esforço coordenado, dificuldades em dar o


primeiro passo, conservadorismo, medo;
- Obstáculos culturais: cultura do curto prazo faz com que se pense que
mudanças importantes podem ocorrer facilmente e rapidamente, dificuldade
em adaptação às mudanças;
- Burocracia representada em estruturas e normas arcaicas;
- Chefias castradoras de novas ideias;
- Duplicidades, fracionamento de serviços;
- Escassez de recursos;
- Há serviços que não podem ser prestados sem a presença do cidadão;
- A automação dos processos gera desemprego e exige maior escolaridade
da mão de obra;
- A infraestrutura da comunicação deve ser objeto de permanente
investimento;
- Há muita diversidade de padrões de procedimentos nas diferentes
entidades o que exige muita articulação e um maior custo no processo.

Diante da necessidade de ofertar serviços que atendam a sociedade e que


todos tenham as mesmas oportunidades de acessá-los, surge o desafio da não
exclusão digital enfrentado pelas soluções de governo eletrônico. Langner e Zuliani
(2015) destacam que a informação publicizada deve ser compreensível, “de forma a
permitir a transparência não meramente formal, mas sim a busca por formas de
efetivo entendimento dos cidadãos”.
A próxima seção apresenta o Sistema Eletrônico de Informações, uma
solução de governo eletrônico implantada no governo brasileiro e que está se
expandindo a mais órgãos e níveis governamentais (federal, estadual e municipal).

2.2 Sistema Eletrônico de Informações - SEI


O Sistema Eletrônico de Informações - SEI foi desenvolvido pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sendo cedido gratuitamente à Administração
Pública para construir infraestruturas públicas de processos e documentos
administrativos eletrônicos por meio do projeto Processo Eletrônico Nacional (PEN),
iniciativa conjunta de órgãos e entidades de todas as esferas da Administração
Pública (PORTAL SEI, 2020).
A implementação do SEI encontrou obstáculos para o início do seu uso,
estando entre eles a necessidade dos servidores em aprender a usar o novo sistema
e pressão por parte das empresas privadas em função das soluções concorrentes
do mercado, mas quando o extinto Ministério do Planejamento (MP) selecionou um
produto desenvolvido pelo próprio governo, foi excluída a possibilidade de adotar
uma solução feita pela iniciativa privada (SARAIVA, 2018).
Após ser considerado um software público licenciado por três Acordos de
Cooperação Técnica (ACT) sendo o primeiro entre MP e TRF4, o segundo entre MP
e RFB (Receita Federal do Brasil), o terceiro entre MP, GDF (Governo do Distrito
Federal), Embrapa e CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o SEI começou a ser
cedido gratuitamente para as instituições públicas e, apesar de ser denominado
como público, o SEI não é livre e nem público, pois o seu acesso é restrito ao
governo (SARAIVA, 2018).
O modelo de governança do SEI é composto por cinco estruturas, sendo o
Comitê Gestor a autoridade máxima, Coordenação Executiva responsável pela
operacionalização do modelo de governança, Câmara Técnica responsável por
aspectos de tecnologia da informação do SEI, Comunidade de Negócio composta
por gestores dos órgãos onde o SEI é implementado, responsáveis pelas correções
e por apresentar necessidade de evolução, Comunidade Técnica composta por
usuários envolvidos na implementação do sistema (PORTAL DE COMPRAS
GOVERNO FEDERAL, 2014).
O SEI no Governo do Distrito Federal (GDF) teve seu início em 2013. Sendo o
órgão responsável pela implantação e gestão no GDF a Secretaria de Economia do
Distrito Federal (SEEC), e por meio da Secretaria Adjunta de Gestão de Estratégica,
que é a coordenadora do projeto de implementação do SEI no DF (PORTAL SEI,
2017).
O decreto nº 36.756 de 16 de setembro de 2015 estabelece o SEI como
sistema oficial para a gestão de documentos e processos administrativos no âmbito
dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Distrito Federal (SINJ-DF, 2015).
No Art 2º são descritos objetivos que o SEI visa alcançar em cada órgão no qual foi
implantado, são eles:
I – Aumentar a produtividade e a celeridade na tramitação de documentos e
processos;
II – Aprimorar a segurança e a confiabilidade dos dados e das informações;
III – criar condições mais adequadas para a produção e utilização de
informações;
IV – Facilitar o acesso às informações;
V – Reduzir o uso de papel, os custos operacionais e de armazenamento da
documentação.

Para o SEI atingir seus objetivos é preciso analisar toda a estrutura


organizacional e verificar como eram feitos os processos operacionais, o site
(software público, 2015) afirma que “para implantação do SEI na instituição, é
fundamental alinhar este projeto com a missão, visão, valores, objetivos, atividades e
tarefas do órgão, considerando todos os níveis e funções da instituição, a fim de
produzir resultados alinhados com suas diretrizes”.

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
A presente pesquisa é de natureza quali-quantitativa e descritiva, realizada a
partir da análise de conteúdo e entrevista junto a servidor do DER, com passagem
pelo Protocolo e Gerência de Infrações, setores do órgão em questão.
Após entrar em contato via mensagens enviadas através do WhatsApp com 4
servidores do órgão, apenas um demonstrou interesse em colaborar com esse
estudo. Os demais, não retornaram as mensagens ou alegaram não ter tempo
disponível para a realização.

3.1 Procedimento para a coleta de dados


Foi feita uma entrevista via telefone, na qual o entrevistado respondeu
perguntas pré-estabelecidas (quadro 1) sobre como era feita a gestão de processos
antes do SEI e sua percepção após a implementação do SEI. Também foi usado os
dados do relatório de atividades do NUADP entre os anos 2015 e 2019, obtidos pelo
o e-sic (Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão), que é um
sistema web que centraliza pedidos de informação amparados pela Lei de Acesso à
Informação (nº 12.527/2011).
Para fins deste artigo, foi feita uma pesquisa bibliográfica e documental dos
serviços prestados pelo setor e para isso, foi solicitado através do portal e-sic,
relatórios de atividades anuais, nos quais obtivemos resposta depois de 30 dias.
Sobre os tipos de pesquisas (GIL, 2002, p. 44) “A pesquisa bibliográfica é
desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de
livros e artigos científicos”. Já a pesquisa documental (GIL, 2002, p. 45):

“à pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A


diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a
pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos
diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental
vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou
que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa”.

Quadro 1: Questionário utilizado para entrevista

1 - SEXO 4 - BREVE HISTÓRICO 7 - QUAIS FORAM AS


PROFISSIONAL MUDANÇAS PERCEBIDAS
NO DESENVOLVIMENTO DAS
ATIVIDADES DO SETOR?

2 - IDADE 5 - COMO ERA A GESTÃO DE 8 - QUAIS FORAM AS


PROCESSOS DO SEI? MUDANÇAS PERCEBIDAS
NO RESULTADO DO SETOR?

3 - BREVE CURRÍCULO 6 - COMO E QUANDO SE DEU 9 - OUTROS COMENTÁRIOS


A IMPLEMENTAÇÃO DO SEI
Fonte: elaborado pelos autores

3.2 Procedimentos para análise de dados


Após realizada a entrevista via telefone, na qual foi gravada com autorização
do entrevistado, foi feita a transcrição dessa entrevista e os dados do relatório de
atividades interpretados a partir da análise de conteúdo. Para Bardin (2011) o termo
análise de conteúdo caracteriza:

Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando a obter, por


procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das
mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de
conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis
inferidas) destas mensagens (BARDIN, 2011, p. 47).

Os dados foram sendo investigados e relacionados em ordem cronológica a


fim de se averiguar se a adoção do SEI provocou mudanças no comportamento dos
dados. As falas do entrevistado foram contrastadas com tais inferências juntamente
com o conteúdo do referencial teórico. Tudo isso em vistas de gerar um resultado
consistente com o problema em foco.
3.3 Breve descrição do local da pesquisa - Departamento de Estradas e
Rodagens (DER)
O Departamento de Estradas de Rodagens do (DER) é uma autarquia
vinculada à Secretaria de Transportes e Mobilidade do Distrito Federal criada pelo
Decreto n° 6 de 09 de junho de 1960 e publicado no diário Oficial da União em 20 de
junho de 1960 (DER, 2020).
O NUADP tem, entre outras competências, analisar os processos de Defesa
de Autuação (ou Prévia) oriundos de infrações de trânsito, para subsidiar as
decisões da Autoridades de Trânsito sobre manutenção e cancelamento do auto de
infração. As atividades de autuação e protocolização dos requerimentos
administrativos (Defesa da Autuação/Prévia e Recursos) são realizadas pela
Gerência de Infrações e Penalidades - GEIPE (setor de multas) mediante
apresentação da documentação necessária pelo interessado, após são
encaminhados ao NUADP para análise.
De acordo com as competências regimentais exposto em seu art 3° são
finalidades do DER/DF:

I - Proporcionar a infraestrutura viária adequada, garantindo a


sustentabilidade e eficiência, para o deslocamento de veículos, cargas,
pessoas e animais no SRDF;
II - Construir, manter, conservar, operar e fiscalizar as vias do SRDF e
respectivas faixas de domínio;
III - Promover segurança, fluidez do trânsito, mobilidade e conforto aos
usuários do SRDF;
IV - Contribuir para a educação no trânsito;
V - Cumprir e fazer cumprir o Código de Trânsito Brasileiro, Lei 9.503/97, e
suas alterações;
VI - Realizar estudos e pesquisas, confeccionar, implantar, coordenar as
atividades relativas à sinalização de endereçamento, indicativa e de
utilidade pública no âmbito do Distrito Federal.

A utilização do portal SEI em todos os processos e documentos do DER/DF


teve início em 27 de novembro de 2017 após a publicação da Portaria Conjunta nº
63 de 09 de novembro de 2017 (SINJ, 2017). Ao analisar a implantação do SEI no
Departamento de Estradas de Rodagens (DER) foi possível constatar que entre os
seus objetivos estratégicos do órgão há uma preocupação com o desenvolvimento
de práticas eficientes:

5 – Ser Eficiente no Atendimento das Demandas Administrativas e na


Adequação dos Processos Organizacionais;
10 – Aperfeiçoar e Adequar a Infraestrutura Tecnológica Adotando as
Melhores Práticas de Governança de T.I. (DER, 2020).
A escolha deste órgão se deu pela proximidade em que um dos autores teria com os
servidores e o conhecimento dos setores, devido ao estágio realizado no órgão.
Assim também, nasceu a ideia do tema, pois diariamente era possível verificar uma
demanda muito grande de processos e ficava o questionamento de como era feita a
gestão e o armazenamento antes do SEI, já que eram produzidos e tramitados
somente pelo meio físico.

3.4 Sujeitos da pesquisa


O entrevistado é um servidor do sexo masculino de 34 anos, formado em
Direito e pós-graduação em Segurança e Educação no Trânsito que acompanhou
todo processo de implementação e está no órgão desde antes o SEI, dessa forma,
foi possível fazer essa comparação de antes e depois. O tempo de entrevista foi de
12 minutos.

3.5 Resultados e discussão


A partir do desenvolvimento do método citado, apresentam-se a seguir os
resultados obtidos.
Figura 1: números totais anuais de processos com entrada no NUADP

Fonte: Relatório de Atividades NUADP, 2020.


Conforme os dados constantes na figura 1, os anos de 2015 e 2016,
anteriores à implantação do SEI, o meio de tramitação dos processos da área era
apenas físico, tornando-se complexa a sua distribuição e controle. Essa inferência é
reforçada pela percepção do sujeito entrevistado, o qual afirma que a gestão dos
processos:

(...) era um serviço muito burocrático, (...) era um serviço chato, muito
mecânico no sentido de capa de processo, carimbo, numeração das
páginas, tinha que cadastrar em um sistema que até hoje está implantado
no órgão somente para consulta, pois depois do SEI, ele caiu em desuso, é
mais para consulta de processo ainda que não foram digitalizados no SEI, o
nome desse programa é SICOP (...)​.

É possível afirmar, então, que a tramitação dos processos físicos ocorria de


maneira pouco célere e que eles percorriam um longo caminho desde a sua criação
até a análise final. Dessa forma, é possível identificar que o SEI trouxe uma
melhoria. Baseando-se em Santos (2013), verificou-se a simplificação dos
procedimentos e integração das informações com consequente aperfeiçoamento dos
modelos de gestão pública, ou seja, uma diminuição da burocracia associada a
esses procedimentos.
Seguindo o estudo do documento, viu-se que o arquivo, em 2015, recebeu
9.099 processos e, em 2016, foram 12.241, sendo concluídos em cada ano,
respectivamente, 8.374 e 5.219 processos. Esses processos eram guardados em
espaços físico, dificultando a agilidade na localização e tramitação de processos.
Sobre este quesito, o entrevistado relata que:

(...) antes da chegada do SEI, esses processos eram guardados, eram


armazenados no próprio Protocolo, porque lá também é núcleo de
comunicação, documentação e arquivo, então lá já tinha um espaço físico,
então, era um espaço enorme porque a demanda do DER, ela gera defesas,
recursos, transferências de pontuações então é uma demanda muito vasta e
a cada ano isso só tem a crescer cada mais, então o que acontece esse
sistema de arquivo, onde os processos eram guardados, eram enfileirados
em caixas e o armazenamento delas além de ser nas caixas era dentro de
gavetões, então era pouco complicado e cada dia o espaço estava
diminuindo (...).

Fica evidente, então, que, de acordo com o objetivo V do decreto 36.756 de


2015, o SEI cumpre a sua finalidade de redução de papel, custos operacionais e de
armazenamento de documentos.
Em novembro de 2017, o SEI foi implementado no DER, havendo treinamento
para os servidores conhecer o novo sistema e aprender suas funcionalidades. Sobre
isso, o entrevistado diz que:
(...) O treinamento primeiro com nós do protocolo, nós éramos responsáveis
por difundir essa informação para todo o órgão e antes houve orientação da
Escola do Governo com equipe específica para esse tipo de trabalho (...).

Foram encaminhados no ano de 2017 para o NUADP 13.829 processos


administrativos que contava com um grande acervo de processos físicos para serem
digitalizados e inseridos no novo sistema documental. Já em 2018, ano em que
apenas uma parcela de processos foram digitalizados, a análise desses processos
aconteceu de forma simultânea com o cadastro e inserção dos processos no sistema
SEI assim, parte dos processos tramitam fisicamente e outra parte tramitou pelo SEI.
Neste ano, o setor recebeu 16.211 processos administrativos.
No ano de 2019, 26.305 processos foram tramitados nesse setor, desse
número de processos, 17.917 foram concluídos, apresentando, portanto, um
aumento significativo se comparado com os anos anteriores à implementação do
SEI. Identifica-se aqui uma otimização da produção e tramitação dos documentos
gerados, o que fica evidente quando o entrevistado diz que:

(...) acabou que ficou muito mais fácil para o setor, garantiu grandes
resultados, ficou otimizado o tempo, ainda mais através de análise de
processos (...) acabou que gerou menos tempo na produção de processos,
na distribuição de processos, então o relator revisa mais fácil (...).

Observa-se, ainda, que, conforme aumentava o número de processos que


eram encaminhados para o NUADP ao longo destes anos, aumentava, também, o
número de processos que eram concluídos com análise. Isso demonstra que,
conforme são aplicadas melhorias nas condições de trabalho e há inovação nos
métodos de trabalho e investimento em tecnologias da informação, os resultados
são visíveis na produtividade e eficiência do setor.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa propôs-se a colaborar para os estudos acerca da adoção de
inovações no setor público, tendo como foco o caso da implantação do SEI no
Núcleo de Análise de Defesa Prévia - NUADP, setor do Departamento de Estradas
de Rodagens do Distrito Federal DER-DF. Após a análise dos resultados, lava-se a
conclusão que o SEI cumpre com suas finalidades, proporcionando qualidade nos
serviços prestados, meios eficazes de gestão de processos e modernização da
forma de trabalho. Mesmo com os resultados obtidos sendo considerados positivos,
é preciso constante aperfeiçoamento, estudos na área de governo eletrônico é uma
alternativa de investimento para que se busque uma Administração Pública
prestadora de serviços de qualidade e mais célere.
Após o estudo dos dados do relatório de atividades do setor, viu-se que o
conteúdo da entrevista concedida pelo servidor do órgão veio para corroborar com
os dados documentais. Leva-se afirmar, então, que o sistema SEI contribuiu para um
trabalho eficiente e produtivo, criando condições mais adequadas de produção,
tramitação e armazenagem de documentos, além de promover melhorias no trabalho
dos servidores e usuários no que tange ao acesso de informações e qualidade das
informações prestadas.
Apesar dos pontos positivos apresentados, isso não significa que o SEI foi
somente maravilhas, o entrevistado revela que “foi um pouco complicado no início,
pois havia quem não suportava a novidade”.
Para avançar nos estudos sobre governo eletrônico e, principalmente,
inovação é preciso que esses termos não sejam tratados como simples ou sejam
meros figurantes ao lado de questões que carecem atenção na administração
pública. Estudar essas áreas, é investir numa Administração Pública mais inclusiva,
eficiente e mais próspera e assim caminhar para desenvolvimentos de programas e
sistemas que facilitem a forma de trabalho e ofereçam respostas tempestivas as
demandas da população.
Os desafios encontrados para o desenvolvimento dessa pesquisa se referem
a obtenção de dados do setor, que não estavam de fácil acesso e que necessitou
recorrer a um sistema eletrônico para obter essas informações, gerando uma
espera, na nossa visão, longa, atrapalhando o andamento e finalização deste
estudo. Sugere-se então, que haja padronização nas divulgações de relatórios de
atividades anuais em órgãos públicos, promovendo a transparência e contribuindo
com pesquisas futuras.
Portanto, estudos como este, contribuem para o aperfeiçoamento das práticas
de trabalho, servem como retorno para desenvolvedores de sistemas na área de
governo eletrônico, pois ao identificar que estão cumprindo com suas finalidades,
sugere-se o caminho certo a seguir para uma Administração Pública eficiente e de
qualidade.
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