O documento discute o processo de integração de novos colaboradores em uma instituição de ensino. Um diagnóstico organizacional identificou a importância da integração e as dificuldades enfrentadas por quem não passou por esse processo. A integração é benéfica para os colaboradores se sentirem parte da organização e também para a instituição, pois promove maior comprometimento e alinhamento com os objetivos e cultura organizacional.
O documento discute o processo de integração de novos colaboradores em uma instituição de ensino. Um diagnóstico organizacional identificou a importância da integração e as dificuldades enfrentadas por quem não passou por esse processo. A integração é benéfica para os colaboradores se sentirem parte da organização e também para a instituição, pois promove maior comprometimento e alinhamento com os objetivos e cultura organizacional.
O documento discute o processo de integração de novos colaboradores em uma instituição de ensino. Um diagnóstico organizacional identificou a importância da integração e as dificuldades enfrentadas por quem não passou por esse processo. A integração é benéfica para os colaboradores se sentirem parte da organização e também para a instituição, pois promove maior comprometimento e alinhamento com os objetivos e cultura organizacional.
Por meio do diagnóstico organizacional é possível detectar a situação
real da organização, sendo este um instrumento em que se pode identificar o que os integrantes da pesquisa expressam, sentem e dizem. Por meio dele é possível verificar pontos fortes e fracos da organização e dar o primeiro passo para a mudança, através da elaboração de ações para possíveis intervenções, as quais irão subsidiar as mudanças necessárias em prol de resultados satisfatórios. O diagnóstico realizado neste trabalho foi desenvolvido por meio de entrevista, dirigida à gestora de recursos humanos do Colégio Kennedy e de questionário dirigido aos colaboradores do setor da Educação Infantil, compreendendo professores e atendentes. O diagnóstico teve como finalidade obter informações para o desenvolvimento do estudo sobre a integração do novo colaborador neste referido setor. Participaram da pesquisa dezenove pessoas, sendo dezessete do sexo feminino e duas do sexo masculino. Com a coleta de informações, alcançaram-se contribuições significativas sobre o tema abordado: processo de integração na instituição escolar, no segmento da educação infantil. As questões abertas do questionário e o roteiro de entrevista possibilitaram aos colaboradores expressarem sua real opinião sobre o que lhes foi perguntado. A seguir passa-se à análise dos dados coletados, ancorados com referencial teórico. Quando perguntados se consideravam importante um programa de integração, foi unânime a resposta sim e, quando solicitado que explicassem a sua resposta, obtiveram-se as seguintes declarações: a maioria dos colaboradores acredita que a integração seja importante em função do conhecimento que se pode receber quando se ingressa em uma organização; outros afirmaram que conhecer os colegas e a equipe os fariam se sentirem pertencentes à organização; mencionaram que conhecer a estrutura é essencial para poder realizar um trabalho com qualidade, favoreceria o desempenho e que se sentiriam seguros, acolhidos e com um norte para execução de suas atividades. A responsável pelo RH referiu que é muito importante para ambientalizar o novo colaborador, tendo em vista melhor aproveitamento e conhecimento dos processos internos, que dizem respeito à sua função. Em uma das respostas ficou evidente a importância da integração na instituição de ensino quando o pesquisado afirmou que: “[...] oportuniza a melhoria da qualidade da experiência escolar, potencializa as práticas educativas e aproxima o colaborador da comunidade/alunos”. Contribuiu outro colaborador afirmando que “é mais fácil adaptar-se ao novo ambiente de trabalho, quando temos um conhecimento prévio sobre como as coisas funcionam e como devemos fazer em determinadas situações”. Boog ( apud Zakir 1999, p. 444) destaca que:
As empresas têm investido nos programas de integração com o
objetivo de facilitar a ambientação do recém-contratado à nova organização. Um programa bem estruturado e conduzido apressa a assimilação da cultura organizacional e ajuda a estabelecer um vínculo entre funcionário e a empresa. Assim entendido, pode estar a serviço da melhoria das relações de trabalho e fazer parte do conjunto de ações que têm o mesmo objetivo.
No segundo questionamento foi diagnosticado se o colaborador passou
por um processo de integração quando ingressou na instituição de ensino. As respostas sinalizaram que seis pessoas participaram deste processo e doze não tiveram esta oportunidade. Aos que responderam que sim, foi solicitado que relatassem como aconteceu a integração, bem como que conhecimentos receberam. Destes, a maioria relatou que foi através de reuniões, nas quais receberam informações sobre os espaços, detalhes da função e conheceram os colegas da equipe, conforme depoimento a seguir: “Fui levada a todos os ambientes da escola e apresentada a todos os colaboradores que estavam presentes no dia”. Um dos participantes expôs que recebeu novos conhecimentos de como interagir com as pessoas, mas não explicou a forma como isto ocorreu. E, por último, obteve-se a seguinte reflexão: “Na verdade foi um processo rápido no qual não aprendi tudo de imediato.” A integração do novo colaborador é uma etapa muito importante, pois é nesse momento que o mesmo recebe informações sobre a organização tais como: visão, missão, valores, a história da organização, as normas de conduta, os benefícios, o organograma, o ambiente de trabalho, a equipe que irá trabalhar e, principalmente, o detalhamento da função que irá desempenhar, deixando-o seguro de suas funções, reduzindo a ansiedade deste momento e ajustando as expectativas tanto do colaborador para organização quanto da organização para com o colaborador. O sucesso da organização está intimamente ligado às pessoas, sendo assim, é imprescindível que a mesma oportunize a integração do colaborador, também como forma de alcançar resultados positivos. Os respondentes que não passaram pela integração, expuseram como dificuldades para exercerem a função a falta de conhecimento sobre: as atividades a serem realizadas, a rotina escolar, as condutas com os alunos e as normas. Um dos colaboradores descreveu que “acredito que a principal dificuldade foi entrar no ritmo da escola, acabava fazendo mil coisas ao mesmo tempo e achando que não fazia nada”. Esse colaborador alertou para a importância do colégio em fornecer o suporte necessário para o desenvolvimento do trabalho. Lacombe (2005) alerta que toda a organização tem especificidades que necessitam ser explicitadas ao colaborador que está ingressando. Em relação à pergunta que indagava sobre quais os aspectos/temáticas que os colaboradores consideravam indispensáveis na integração do novo colaborador, constatou-se que são imprescindíveis: a colaboração no ambiente escolar, o cronograma diário, o trabalho que é desenvolvido, as normas, a visão e a missão. Na visão da gestora de RH, faz-se necessário informar sobre a cultura, valores e modelos de trabalho e fornecer uma visão geral sobre o que é esperado do novo colaborador. Chiavenato (1999, p.156) cita que: “Cada organização tem a sua cultura corporativa. Ela se refere ao conjunto de hábitos e crenças estabelecidas através de normas, valores, atitudes e expectativas compartilhado a todos os membros da equipe”. Desta forma, é indispensável que o novo colaborador receba todas as informações pertinentes a estes conhecimentos através da integração. Foi salientado, ainda, por um dos colaboradores, como sendo indispensável na integração: “Apresentação dos profissionais e seus espaços; salientar a sua importância no ambiente; esclarecer suas funções e a valorização de todos os funcionários [...].” Salientou outro colaborador: “deve estar ciente das demandas que deve alcançar e a qual público atenderá”. A integração precisa possibilitar ao colaborador o conhecimento sobre o funcionamento da instituição e sobre a função que irá exercer, ao mesmo tempo em que cabe a esse trazer suas contribuições e aprendizados para acrescentar à organização. Com o conhecimento da missão, da visão e dos valores as pessoas identificam a razão de ser da organização, bem como sua visão de futuro. Quando questionados sobre que vantagens um processo de integração do novo colaborador poderia causar à instituição de ensino, os colaboradores evidenciaram: a organização teria colaboradores mais seguros, que atenderiam os objetivos propostos e saberiam qual a expectativa da instituição de ensino em relação ao trabalho que iriam realizar. Esses conhecimentos certamente contribuiriam para o exercício da função, possibilitando trilhar um caminho de assertividade. Chiavenato (1999) descreve quatro vantagens em relação ao processo de integração do novo colaborador: Reduzir a ansiedade das pessoas Reduzir a rotatividade Economizar tempo Para desenvolver as expectativas realísticas Para um dos colaboradores a integração “Pode evitar transtornos, evitar que o colaborador faça algo que não seja certo ou aceito pela escola”. Ao contratar um novo colaborador é necessário que a instituição esteja preocupada em capacitá-lo para que exerça da melhor forma possível a sua função. Quando indagados sobre os benefícios para o novo colaborador com a integração, os participantes destacaram: “[...] faz com que o colaborador sinta-se parte do grupo com confiança, comprometimento e responsável por suas ações”. “Colaboradores mais seguros contribuindo para um melhor rendimento.” “Ter um prévio conhecimento das normas e missão da escola faz com que o novo colaborador reveja seus métodos de ensino, buscando melhorias para atingir os objetivos da instituição.” Para a gestora de RH, o principal benefício é de que o processo de integração possibilitaria orientação aos colaboradores quanto aos objetivos estratégicos da organização. Com isso, não se despenderia tanto tempo para a adaptação com o ambiente, processos e colegas. Esta afirmação da gestora demonstra sua visão em relação à gestão, voltada para o alcance dos objetivos estratégicos da organização. Como consequência do processo de integração, a gestora sinalizou que o mesmo contribuirá para o alinhamento e padronização da instituição e, também, possibilitará o conhecimento da hierarquia e das metodologias utilizadas em cada segmento da escola. Boog (1999) retrata que há por parte do novo colaborador uma predisposição altamente positiva de colocar toda a sua competência e habilidade na nova organização, basta esclarecer as interfaces do seu trabalho, explicando a sua responsabilidade, deixando clara a sua importância com o serviço prestado e os objetivos da organização. A última questão do questionário solicitava que os colaboradores assinalassem três itens de seis opções que considerassem indispensáveis na integração do novo colaborador. Obtiveram-se as seguintes informações, demonstradas no gráfico a seguir: 5%
28%
Missão, Visão e Valores da
31% Instituição de Ensino Organograma Conhecer os espaços da instituição Detalhamento da função Conhecer a tecnologia utilizada pela instituição
13%
23%
Assim, pôde-se verificar que os respondentes consideraram importante
que o processo de integração contemple as seguintes informações, por ordem de incidência, ou seja: 31% correspondendo à temática detalhamento da função; 28% relativos ao conhecimento da missão, visão e valores da instituição de ensino; 23% referindo ao conhecimento dos espaços da instituição; 13% em relação ao conhecimento do organograma e 5% em relação ao conhecimento da tecnologia utilizada pela instituição. A gestora de RH destacou como itens que não podem faltar no processo de integração do novo colaborador: normas e condutas; missão, visão, valores e o detalhamento da função. Analisando os itens elencados pelos colaboradores e pela gestora de RH, evidenciaram-se como mais importantes para serem incluídos no processo de integração: o detalhamento da função e o conhecimento da missão, visão e valores da instituição. Com o programa de integração o colaborador desenvolve uma identificação com a organização. Chiavenato (1999, p. 146) complementa que: “as organizações procuram integrá-los ao seu contexto, condicionando-os as suas práticas e filosofias predominantes”. Desta forma, é imprescindível que a prática de integração seja devidamente planejada e aplicada, propiciando que o novo colaborador tenha condições de se adaptar à organização e colabore com seu conhecimento para o desenvolvimento de suas funções e a organização, por sua vez, forneça o suporte e informações necessários para subsidiar tais funções. Neste contexto faz-se importante que a instituição forneça o manual de integração, uma vez que este é uma ferramenta que subsidia o novo colaborador, tanto no processo de integração, quanto no suporte para as suas futuras ações. Este manual, segundo Araújo (1994, p.190) deve ser “[...] aquele que vai ser, realmente, lido e utilizado em benefício dos funcionários da organização e da própria organização”. Assim, o manual deve conter informações que possam auxiliar o novo colaborador para desenvolver suas atividades de forma a atender o que a organização espera do seu trabalho.
Extrato do Trabalho de Conclusão de Curso da acadêmica Annelize Vivian