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Disciplina
ACTIVIDADE 11
Elaboração de um Programa de Acolhimento e Socialização
Candidato : Técnico(a) de Segurança e Higiene do Trabalho da FICiTMoz
Junho, 2023
1. INTRODUÇÃO
O novo colaborador, ao ingressar na organização vai experimentar sentimentos de stress,
ansiedade e incerteza em relação ao que vai encontrar, perguntar-se-á como irão reagir os
seus colegas à sua presença, como será a organização, como será a sua chefia (Arachchige,
2014). A fim de atenuar o receio por parte do novo colaborador, algumas empresas
estabelecem programas e implementam práticas que visam identificar a informação-chave
acerca da organização, bem como das funções a desempenhar pelo novo colaborador. Este
processo tem o nome de Acolhimento e Integração. Segundo Armstrong (2014), o
Acolhimento e Integração apresenta quatro objectivos que são:
Tornar mais fácil a fase de integração na organização; Contribuir para que os novos
colaboradores estabeleçam uma visão positiva da organização; Ajudar a que os novos
colaboradores consigam atingir um desempenho eficaz no mais curto espaço de tempo
possível e, por último, reduzir a probabilidade de o novo colaborador querer sair da
organização. Torna-se ainda, necessário referir a importância do processo de Acolhimento do
ponto de vista organizacional, bem como da perspectiva individual. Ao nível organizacional
permite a redução dos custos e as saídas prematuras. Já ao nível individual possibilita o
aumento do compromisso organizacional e a clarificação do contrato psicológico, bem como
acelerar o processo de aprendizagem do novo colaborador e promover a socialização
(Armstrong, 2014). Muitas organizações estabelecem os seus próprios Programas de
Acolhimento e Integração Organizacionais (PAIO) e, por isso, estes programas não são
singulares.
1
Revisão da Literatura
Acolhimento e Integração
Os modelos socioeconómico actuais não permitem mais a existência da ideia de que
um trabalho é “para toda a vida”. Hoje em dia, os trabalhadores vão adquirindo a sua
experiencia profissional em várias organizações pelas quais vão passando ao longo
das suas carreiras. Assim, um trabalhador, independentemente da sua idade, pode ser
considerado como novo colaborador numa organização (Rollag, 2007). Tendo
presente esta linha de pensamento, este estudo procura construir e validar um modelo
Tridimensional das Práticas de Acolhimento e Integração, através da compreensão da
importância dos vários factores que influenciam um trabalhador a sentir-se bem
acolhido e integrado. Na literatura, Acolhimento e Integração é descrito como um
processo através do qual, se promove o ajustamento dos novos colaboradores, quer a
nível social quer a nível da performance de forma eficaz (Bauer, 2012), sendo
fundamental para adquirir conhecimento das atitudes e comportamentos
organizacionais que facilitam o processo de se tornar membro da organização
(Ashforth, Sluss, & Saks, 2007). Ainda, segundo Klein e Weaver (2000) este processo
deve fazer cumprir três objetivos chave que são: fazer com que os novos
colaboradores se sintam parte integrante da organização; que aprendam acerca da
linguagem organizacional, cultura, missão, estrutura e história da organização e, por
fim, que compreendam plenamente os princípios básicos do local de trabalho. O
Acolhimento e Integração corresponde a uma das sete práticas de gestão de recursos
humanos (Cesário, 2015), na medida em que corresponde aos esforços efectuados
pelas organizações no sentido de promover a melhor adaptação possível dos
colaboradores e, consequentemente, um melhor desempenho.
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Acolhimento Estruturado
Os Programas de Acolhimento e Integração Organizacionais (PAIO) correspondem a
um tipo de apoio onde se procura transmitir conhecimentos chave da organização,
como as normas, protocolos, valores organizacionais, missão, entre outros, aos novos
colaboradores. Estes PAIO’s podem ser conduzidos de múltiplas formas, existindo
organizações que reúnem todos os novos colaboradores numa sessão de boas vindas,
em contraste com outras que preferem sessões realizadas individualmente. Estas
sessões podem atingir uma perspectiva macro, em que se reúnem todos os
colaboradores, independentemente do departamento em 6 que vão trabalhar.
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Acolhimento e Integração Outcomes
Acolhimento e Integração
Discordo Totalmente Discordo Não Concordo nem Discordo Concordo Concordo Totalmente
1 2 3 4 5
● 7) Quando entrei para a organização a informação que recebi foi útil para conhecer a sua
atividade e os seus negócios.
● 8) Quando entrei nesta organização não me senti confortável com o acolhimento dos
meus colegas.
● 9) Quando entrei nesta organização não me senti confortável com o acolhimento por
parte da minha chefia.
● 10) Quando entrei nesta organização recebi apoio adequado por parte dos meus colegas,
no sentido de facilitar a minha integração.
● 11) Quando entrei para esta organização recebi apoio adequado por parte da minha
chefia no sentido de facilitar a minha integração.
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Horário Acções a desenvolver Pessoas Envolvidas
09H00 Boas Vindas e Recepção Director/Técnico de
Recursos Humanos
Director/Técnico de
Recursos Humanos
09H15 Apresentação da Empresa:
História Missão, Objectivos
Funcionamento,
Organização (mostrar organigrama)
Negócio, Actividades,
Mercado Implantação,
dispersão geográfica
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cartão de identificação
12H30 Formalidades administrativas: Director/Tecnico RH
Leitura e assinatura do Contrato de Trabalho
(dar um exemplar) Preenchimento de
vários formulários
13H00 Almoço
Conclusão
No momento em que um indivíduo se vê confrontado com uma nova posição
profissional e uma nova rede social, todo o apoio que possa obter da organização será
por ele entendido como gratificante e ficará guardado na sua memória para o futuro.
Daí que as primeiras impressões e experiências se revistam de tanta importância.
Fazer com que o novo elemento, logo nos primeiros dias, se sinta parte de uma
família ou equipa é, pois, fundamental para o seu ulterior desenvolvimento
profissional na organização. Tratando-se de um primeiro emprego, deve ser posto um
cuidado especial no tratamento do recém-admitido. A falta de experiência
profissional, associada ao desconhecimento do modo de funcionamento das
organizações, aumenta a ansiedade do recém-admitido.
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Referências Bibliográficas
Akremi, A., Nasr, M., & Richebé, N. (2014). Relational, organizational and
individual antecedents of the socialization of new recruits. M@n@gement, 17,
317 - 345.
Arachchige, B. J. H. (2014). Absence of induction and its impact on the
organization. The IUP Journal of Management Research. 13, 7 - 16.
Cunha, M., Rego, A., Cunha, R., Cabral-Cardoso, C., Marques, C. & Gomes, J.
(2012) Manual de Gestão de Pessoas e do Capital Humano (2nd Ed.). Lisboa:
Edições Sílabo
D’Oliveira, T. (2007). Teses e dissertações – recomendações para a elaboração e
estruturação de trabalhos científicos (2nd Ed.). Lisboa: Editora RH.