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Chamamos de 

conjunto toda e qualquer coleção de elementos.


Estes elementos podem ser números, objetos, figuras, pessoas,
animais e tudo o que podemos ordenar, catalogar ou reunir em
grupos de seus elementos. Por exemplo: Se quisermos construir o
conjunto de crianças de uma escola que possuam exatos 10 anos de
idade, podemos dizer que o conjunto é composto pelos alunos
Pedrinho, Joãozinho, Mariazinha, ..., e todos os alunos que tenham
10 anos de idade na escola. Matematicamente, quase sempre os
conjuntos serão compostos por números e que dependam de
algumas condições. Por exemplo: O conjunto dos números Reais, o
conjunto dos números Inteiros, o conjunto dos números maiores do
que 2 e menores do que 7, e muito mais.

A relação básica entre um conjunto e o elemento que o compõe é


chamada de relação de pertinência, ou seja, definimos um conjunto
quando existe uma regra que permite decidir se um elemento
pertence ou não a ele. Se um elemento x pertence a um conjunto
(ou coleção) A, dizemos que x pertence a A. Formalmente
escrevemos:

x∈A
E quando x não é um elemento deste conjunto, dizemos que x não
pertence a A:

x∉A
A maioria dos conjuntos em matemática não possuem uma
definição para todos os seus elementos, logo a forma mais fácil de
definir um conjunto é utilizando uma propriedade comum para
todos os seus elementos, ou seja, uma lei que consiga ser associada
a todos os elementos que o compõe. Vejamos abaixo alguns
conjuntos numéricos usuais:

 Números Naturais: N={0,1,2,3,4,5,...}
 Números Inteiros: Z={...,−4,−3,−2,−1,0,1,2,3,4,...}
 Números Racionais: Q={pq:p∈Z;q∈Z∗}
Exemplo 1: Vamos definir um conjunto A que seja construído a
partir dos números Naturais e que qualquer elemento de A seja
maior ou igual a 5 e menor ou igual a 10. Então o conjunto será:

A={5,6,7,8,9,10}
Como sabemos que qualquer elemento x que pertence a A é um
número Natural neste exemplo, podemos representar o conjunto da
seguinte maneira:

A={x∈N:5≤x≤10}
Lê-se: O conjunto A é igual a x (elemento qualquer de A) que
pertence aos naturais, tal que 5 é menor ou igual a x e x é menor
ou igual a 10 (ou x está entre 5 e 10).

Conjunto vazio
Existem alguns conjuntos que são representados por uma
propriedade onde não é possível gerar elementos. Vejamos um
caso:

A={x∈N:1<x<2}
Note que qualquer elemento de A pertence ao conjunto dos
naturais, porém é um absurdo dizer que nos naturais existem
números entre 1 e 2, ou seja, em ℕ não existe o número 1,5, por
exemplo. Então, neste caso, dizemos que o conjunto A é vazio. E
será representado por:

A=∅
Atenção! O conceito de conjunto vazio remete a não existência de
elementos, e não que o seu elemento é zero.

Subconjuntos
Note que no exemplo 1, os elementos do conjunto A estão contidos
nos números Naturais, dizemos então que o conjunto A é um
Subconjunto dos números Naturais, ou seja, o conjunto A está
contido no conjunto ℕ. Escrevemos então:

A⊂N
Exemplo 2: Basicamente, um subconjunto é um conjunto que
possui elementos de outro. Como no exemplo da introdução,
tomando o conjunto de crianças de 10 anos de idade em uma escola
(chamaremos de A), e selecionando apenas os meninos
(chamaremos de B), podemos dizer que o conjunto de meninos com
10 anos de idade é um subconjunto do conjunto das crianças. De
uma maneira geral, dados dois conjuntos A e B, dizemos A é
subconjunto de B quando todo elemento de A é também elemento
de B. Sendo assim:

A⊂B
Exemplo 3: Os conjuntos numéricos ℕ, ℤ e ℚ cumprem uma relação
de inclusão, onde:

N⊂Z⊂Q
Propriedades da inclusão:

  A⊂A (A sempre está contido em A);


  Se A⊂B e se B⊂A então A = B ;
  Se A⊂B e se B⊂C então A⊂C.

Operações entre conjuntos


União de conjuntos: A união (ou reunião) de conjuntos é a junção
dos elementos de um conjunto A mais ou elementos de um
conjunto B. Podemos afirmar então que se um elemento x pertencer
a união de A com B, então x pertence a A ou pertence a B.
Formalmente definimos:
A∪B={x:x∈A ou x∈B}
Veja abaixo uma representação no chamado diagrama de Venn. A
região cinza simboliza a união dos seus respectivos elementos.

Interseção de conjuntos: A interseção de conjuntos é formada


pelos elementos que são comuns entre A e B. Então:

A∩B={x:x∈A e x∈B}
Na Matemática, utilizamos símbolos que são capazes de quantificar
elementos. Esses símbolos, chamados de quantificadores, são
empregados tanto no estudo da álgebra quanto no estudo da lógica
matemática.
Os quantificadores possuem a função de nos informar a respeito de
determinada quantidade de elementos em uma situação. Esses
quantificadores podem ser classificados em dois tipos “Quantificador
Universal” ou “Quantificador Existencial”.
 O quantificador universal é utilizado quando queremos nos referir a
todos os elementos de um conjunto. Por exemplo, se afirmamos que
“todo número natural par é múltiplo de 2”, podemos reescrever essa
afirmação de outra forma, veja: seja a um número natural par, esse
número natural pode ser escrito na forma 2n, sendo que n é natural,
isto é, para todo a pertencente aos naturais, a = 2n. Para simplificar a
notação, podemos substituir o termo para todo por ?, o qual possui o
mesmo significado, podendo ainda ser lido como “qualquer que seja”
ou “para cada”. Vejamos outro exemplo: seja n um número natural
qualquer, podemos afirmar que:

Portanto, independentemente do número natural que escolhermos, o


seu produto com zero resultará em zero.
 O quantificador existencial diferencia-se do universal porque não
se refere a todos os elementos de um conjunto. Ele faz referência a
pelo menos um elemento pertencente ao conjunto. Por exemplo,
posso afirmar que um ônibus escolar só faz determinado trajeto se
houver pelo menos um aluno que se dirigirá à escola “Educar o
Educando”. Não importa se há mais alunos que irão para essa escola
ou mesmo se todos os alunos estudam nessa escola. O fato de haver
pelo menos um aluno da escola “Educar o Educando” já é razão
suficiente para o motorista fazer o trajeto que o leva à escola. Para
expressarmos o quantificador existencial, utilizamos o símbolo ?, que
pode ser lido como “existe um”, “existe pelo menos um”, “algum”
ou “existe”.
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Vejamos um novo exemplo: existe pelo menos um número


natural n que, subtraído de seu quadrado, resulta em 0, isto é:

Essa afirmação é válida para qualquer valor de n? Se escolhermos o


valor de 2 para n, teremos 2² – 2 = 4 – 2 = 2. A igualdade não resultará
em zero. Os únicos valores básicos para que a igualdade seja
verdadeira são n = 1 e n = 0.
 Há ainda um quantificador de existência e unicidade. Esse
quantificador refere-se à existência de um único elemento. Para
representar o quantificador de existência, utilizamos o símbolo ?! e
lemos “existe um e um só” ou “existe um único”. Por exemplo,
podemos afirmar que existe um único número natural n que, somado
com 5, resulte em 6. Podemos escrever:

Existe um único valor para n que possibilita que essa igualdade seja


verdadeira. Esse valor é n = 1 e não há qualquer outro número natural
que valide essa equação.

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