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O que são erros de portugues?

Os erros de língua são sempre um tópico polémico, em que se confrontam puristas, por
um lado, por outro lado, e defensores da renovação linguistica, por outro lado. De ponto
de vista científico, a questão dos erros de língua, a questão dos erros de língua é
particularmente estimulante, mobilizando argumentos de natureza diversa, linguística,
cognitivos e artes psicológicos.

Para se poder problematizar a questão do erro, e compreender a complexibilidade dos


factores que essa envolve, é necessário ter claro alguns conceitos, e ver como é que eles
se materializam na língua “real” dos seus falantes. O primeiro aspecto que vale apena
realçar é que o conceito erro si faz sentido quando o objecto linguístico classificado
como tal uma palavra ou uma expressão linguística, etc. É contaestado como uma
norma. Por exemplo: não há nada de errado em formar a palavra roubador a partir do
verbo roubar. Afinal, usamos a mesma regra de derivacao para formar palavrras como
organizador (a partir do verbo organizar) ou carregador ( apartitir do verbo carregar),
etc.

Portanto, a palavra, roubador só poder ser classificado como um erro de língua em


função de uma norma que estabelece que devemos usar a palavra ladrão para designar
‘o individuo que rouba’. A norma (prescritiva ou padrão) é aquela que deve ser aplicada
obrigatoriamente a todos os usos de uma língua. De uma forma geral, a variedade da
língua é padronizada é aquela que por diversas razoes sociopolíticos, históricas, etc.
adquiriu maior prestigio na comunidade, sendo a norma habitualmente escrita, ensinada
na instrução formal, e usadas pelos meios de comunicação social. É conveniente
salientar que a escolha da norma prescritiva não é determinada por meios linguísticos,
mas por factores sociais, económicos, culturais, etc.

Na verdade não há nada de ponto de vista estritamente linguístico, que leve a que uma
determinada variedade de língua seja preferida a uma outra, e é por essa razão que os
linguistas adoptam frequentemente uma atitude de “abstinência linguística” nos
processos e padronização. A tarefa dos linguistas consiste pois em identificar e
descrever as propriedades e regras que os falantes adoptam no seu discurso, e
estabelecer correlações entre os dados linguísticos e variáveis do tipo das que foram
atrás mencionadas (idade, grau de instrução, etc.,).
Em síntese “um erro é um facto físico imutável, mas uma construção social; um erro só
é só erro na medida em que pode ser julgado em confronto com uma norma específica”.
Por sua vez, a proeminência da norma padrão de uma língua sobre outras variedades
dessa mesma língua é condicionada por factores não linguísticos, que determinam a sua
imposição as comunidades, e também a sua legitimidade.

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