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Os erros de língua são sempre um tópico polémico, em que se confrontam puristas, por
um lado, por outro lado, e defensores da renovação linguistica, por outro lado. De ponto
de vista científico, a questão dos erros de língua, a questão dos erros de língua é
particularmente estimulante, mobilizando argumentos de natureza diversa, linguística,
cognitivos e artes psicológicos.
Na verdade não há nada de ponto de vista estritamente linguístico, que leve a que uma
determinada variedade de língua seja preferida a uma outra, e é por essa razão que os
linguistas adoptam frequentemente uma atitude de “abstinência linguística” nos
processos e padronização. A tarefa dos linguistas consiste pois em identificar e
descrever as propriedades e regras que os falantes adoptam no seu discurso, e
estabelecer correlações entre os dados linguísticos e variáveis do tipo das que foram
atrás mencionadas (idade, grau de instrução, etc.,).
Em síntese “um erro é um facto físico imutável, mas uma construção social; um erro só
é só erro na medida em que pode ser julgado em confronto com uma norma específica”.
Por sua vez, a proeminência da norma padrão de uma língua sobre outras variedades
dessa mesma língua é condicionada por factores não linguísticos, que determinam a sua
imposição as comunidades, e também a sua legitimidade.