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JORNADA

PEDAGÓGICA
HUMANAS
HISTÓRIA
2022 GEOGRAFIA
SOCIOLOGIA
FILOSOFIA

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
BNCC
REFERECENCIAL CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO POTIGUAR
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
ENSINO MÉDIO

5.4. A ÁREA DE CIÊNCIAS


HUMANAS E SOCIAIS
APLICADAS

A BNCC na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas – integrada


por Filosofia, Geografia, História e Sociologia – propõe a ampliação
e o aprofundamento das aprendizagens essenciais desenvolvidas
até o 9º ano do Ensino Fundamental, sempre orientada para uma
educação ética. Entendendo-se ética como juízo de apreciação
da conduta humana, necessária para o viver em sociedade, e em
cujas bases destacam-se as ideias de justiça, solidariedade e livre-
-arbítrio, essa proposta tem como fundamento a compreensão e o
reconhecimento das diferenças, o respeito aos direitos humanos e
à interculturalidade, e o combate aos preconceitos.

No Ensino Fundamental, a BNCC se concentra no processo de


tomada de consciência do Eu, do Outro e do Nós, das diferenças em
relação ao Outro e das diversas formas de organização da família
e da sociedade em diferentes espaços e épocas históricas. Tais
relações são pautadas pelas noções de indivíduo e de sociedade,
categorias tributárias da noção de philia, amizade, cooperação, de
um conhecimento de si mesmo e do Outro com vistas a um saber
agir conjunto e ético. Além disso, ao explorar variadas problemá-
ticas próprias de Geografia e de História, prevê que os estudantes
explorem diversos conhecimentos próprios das Ciências Humanas:
noções de temporalidade, espacialidade e diversidade (de gênero,
religião, tradições étnicas etc.); conhecimentos sobre os modos de
organizar a sociedade e sobre as relações de produção, trabalho e
de poder, sem deixar de lado o processo de transformação de cada
indivíduo, da escola, da comunidade e do mundo.

No Ensino Médio, a ampliação e o aprofundamento dessas ques-


tões são possíveis porque, na passagem do Ensino Fundamental
para o Ensino Médio, ocorre não somente uma ampliação signifi-
cativa na capacidade cognitiva dos jovens, como também de seu
repertório conceitual e de sua capacidade de articular informa-
ções e conhecimentos. O desenvolvimento das capacidades de
observação, memória e abstração permite percepções mais acu-
radas da realidade e raciocínios mais complexos – com base em
um número maior de variáveis –, além de um domínio maior sobre
diferentes linguagens, o que favorece os processos de simbolização
e de abstração.

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Por esse motivo, dentre outros, os jovens intensificam os questio-


namentos sobre si próprios e sobre o mundo em que vivem, o que
lhes possibilita não apenas compreender as temáticas e conceitos
utilizados, mas também problematizar categorias, objetos e pro-
cessos. Desse modo, podem propor e questionar hipóteses sobre as
ações dos sujeitos e, também, identificar ambiguidades e contradi-
ções presentes tanto nas condutas individuais como nos processos e
estruturas sociais.

Além de promover essas aprendizagens no Ensino Médio, a área de


Ciências Humanas e Sociais Aplicadas tem ainda o grande desafio de
desenvolver a capacidade dos estudantes de estabelecer diálogos
entre indivíduos, grupos sociais e cidadãos de diversas nacionalida-
des, saberes e culturas distintas. Para tanto, propõe habilidades para
que os estudantes possam ter o domínio de conceitos e metodo-
logias próprios dessa área. As operações de identificação, seleção,
organização, comparação, análise, interpretação e compreensão de
um dado objeto de conhecimento são procedimentos responsáveis
pela construção e desconstrução dos significados do que foi sele-
cionado, organizado e conceituado por um determinado sujeito ou
grupo social, inserido em um tempo, um lugar e uma circunstância
específicos.

De posse desses instrumentos, os jovens constroem hipóteses e


elaboram argumentos com base na seleção e na sistematização de
dados, obtidos em fontes confiáveis e sólidas. A elaboração de uma
hipótese é o primeiro passo para o diálogo, que pressupõe sempre
o direito ao contraditório. É por meio do diálogo que os estudantes
ampliam sua percepção crítica tanto em relação à produção cientí-
fica quanto às informações que circulam nas mídias, colocando em
prática a dúvida sistemática, elemento essencial para o aprimora-
mento da conduta humana.

Esse processo, já iniciado no Ensino Fundamental, tem continuidade


no Ensino Médio, de modo a permitir aos jovens utilizar os diversos
meios de comunicação de forma crítica, não aceitando como verdade
o “fato” veiculado nas diferentes mídias. Desvendar e reconhecer os
sujeitos, os sentidos obscuros e silenciados, as razões da constru-
ção de uma determinada informação e os meios utilizados para a sua
difusão é tarefa básica das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e
exercício necessário para a formação dos jovens.

Todavia, a identificação de uma questão, a realização de recortes e


a interpretação de fenômenos demandam uma organização lógica,
coerente e crítica para a elaboração das hipóteses e para a cons-
trução da argumentação em torno das categorias selecionadas. Nas

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Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, analisar, relacionar, comparar


e compreender contextos e identidades são condições para conhe-
cer, problematizar, criticar e tomar posições.

Nessa direção, é imprescindível que a área dê continuidade, no Ensino


Médio, ao desafio de dialogar com as novas tecnologias, iniciado no
Ensino Fundamental. Afinal, essa é uma das marcas mais caracterís-
ticas de nosso tempo, que atinge distintos grupos sociais, mas que é
especialmente intensa entre os jovens estudantes. As tecnologias digi-
tais apresentam apelos consumistas e simbólicos capazes de alterar
suas formas de leitura de mundo, práticas de convívio, comunicação,
participação política e produção de conhecimento, interferindo efe-
tivamente no conjunto das relações sociais. Diante desse cenário, é
necessário oportunizar o uso e a análise crítica das novas tecnologias,
explorando suas potencialidades e evidenciando seus limites na con-
figuração do mundo atual.

Aprender a indagar, ponto de partida para uma reflexão crítica, é


uma das contribuições essenciais das Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas para a formação dos estudantes do Ensino Médio. A per-
gunta bem elaborada e a dúvida sistemática contribuem igualmente
para a construção e apreciação de juízos sobre a conduta humana,
passível de diferentes qualificações. Elas também colaboram para o
desenvolvimento da autonomia dos sujeitos diante de suas tomadas
de decisão na vida cotidiana, na sociedade em que vivem e no mundo
no qual estão inseridos.

Para a promoção de tais aprendizagens, para o desenvolvimento


do protagonismo juvenil e para a construção de uma atitude ética
pelos jovens, é fundamental mobilizar recursos didáticos em dife-
rentes linguagens (textuais, imagéticas, artísticas, gestuais, digitais,
tecnológicas, gráficas, cartográficas etc.), selecionar formas de regis-
tros, valorizar os trabalhos de campo (entrevistas, observações,
consultas a acervos históricos etc.) e estimular práticas voltadas para
a cooperação. Os materiais e os meios utilizados podem ser varia-
dos, mas o objetivo central, o eixo da reflexão, deve concentrar-se no
conhecimento do Eu e no reconhecimento do Outro, nas formas de
enfrentamento das tensões e conflitos, na possibilidade de concilia-
ção e na formulação de propostas de soluções.

Considerando esses desafios e finalidades no tocante às aprendiza-


gens a ser garantidas aos jovens, a BNCC da área de Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas está organizada de modo a tematizar e problema-
tizar, no Ensino Médio, algumas categorias dessa área, fundamentais
à formação dos estudantes: tempo e espaço; territórios e fronteiras;
indivíduo, natureza, sociedade, cultura e ética; e política e trabalho.

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Essas categorias são fundantes para a investigação e a aprendiza-


gem, não se confundindo com temas ou propostas de conteúdos.
São aquelas cuja tradição nos diferentes campos das Ciências
Humanas utiliza para a compreensão das ideias, dos fenômenos e
dos processos políticos, sociais, econômicos e culturais.

Se, no Ensino Fundamental, essas categorias estão presentes na


operacionalização das competências, habilidades e dos objetos de
conhecimento, no Ensino Médio elas são explicitadas considerando
a capacidade de abstração e simbolização dos estudantes. Por sua
vez, as competências e habilidades propostas permitem ampliar e
aprofundar os conhecimentos já sistematizados, compreendendo-
-os em circunstâncias.

As categorias de tempo e espaço são problematizadas na análise


de contextos mais amplos. Território e fronteira são categorias
que estruturam o conceito de espaço em suas diferentes dimen-
sões, para além da noção de superfície terrestre, de país ou de
nação. As relações entre sociedade e natureza em diferentes cul-
turas, sua organização social, política e cultural, suas formas de
trabalho, suas relações com outras populações e seus conflitos e
negociações permitem compreender seus significados, ultrapas-
sando o campo das evidências e caminhando para o campo das
representações abstratas.

Na BNCC de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Ensino


Médio, a definição de competências e habilidades, ao considerar
essas categorias, pretende possibilitar o acesso a conceitos, dados
e informações que permitam aos estudantes atribuir sentidos aos
conhecimentos da área e utilizá-los intencionalmente para a com-
preensão, a crítica e o enfrentamento ético dos desafios do dia a
dia, de determinados grupos e de toda a sociedade.

TEMPO E ESPAÇO

Tempo e espaço explicam os fenômenos nas Ciências Humanas


porque permitem identificar contextos, sendo categorias difíceis
de dissociar. No Ensino Médio, as análises sobre acontecimentos
ocorridos em circunstâncias variadas permitem compreender pro-
cessos marcados pela continuidade, por mudanças e por rupturas.

A localização no tempo e no espaço nos permite identificar circuns-


tâncias, tornando possível compará-las, observar as semelhanças
e as diferenças, assim como as permanências e as transforma-
ções. Nomear o que é semelhante ou diferente em cada cultura é

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relativamente simples. Bem mais complexo é explicar as razões e


os motivos (materiais e imateriais) responsáveis pela conforma-
ção de uma sociedade, de sua língua, seus usos e costumes. É
simples enunciar a diferença. Complexo é explicar a “lógica” que
produz a diversidade.

Portanto, analisar, comparar e compreender diferentes sociedades,


sua cultura material, sua formação e desenvolvimento no tempo e
no espaço, a natureza de suas instituições, as razões das desigual-
dades, os conflitos, em maior ou menor escala, e as relações de
poder no interior da sociedade ou no contexto mundial são alguns
dos principais desafios propostos pela área para o Ensino Médio.

Definir o que seria o tempo é um desafio sobre o qual se debru-


çaram e se debruçam grandes pensadores de diversas áreas do
conhecimento. O tempo é matéria de reflexão na Filosofia, na Física,
na Matemática, na Biologia, na História, na Sociologia e em outras
áreas do saber.

O tempo na história apresentou significados e importância varia-


dos. Ao se tratar do tempo, o fundamental, como nos lembra
Jacques Le Goff, é compreender que não existe uma única noção
de tempo e ele não é nem homogêneo nem linear, ou seja, ele
expressa diferentes significados. Diante dessas observações,
é importante desenvolver habilidades por meio das quais os
estudantes possam refletir sobre as diversas noções de tempo e
seus significados.

Assim, no Ensino Médio, os estudantes precisam desenvol-


ver noções de tempo que ultrapassam a dimensão cronológica,
ganhando diferentes dimensões, tanto simbólicas como abstra-
tas, destacando as noções de tempo em diferentes sociedades. Na
história, o acontecimento, quando narrado, permite-nos ver nele
tanto o tempo transcorrido como o tempo constituído na narra-
tiva sobre o narrado.

Por sua vez, a compreensão do espaço contempla as dimensões


histórica e cultural, ultrapassando suas representações car-
tográficas. Espaço está associado aos arranjos dos objetos de
diversas naturezas, mas também às movimentações das socie-
dades, nas quais ocorrem eventos, disputas, conflitos, ocupações
(ordenadas ou desordenadas) ou dominações. No espaço (em um
lugar) se dá a produção, distribuição e consumo de mercado-
rias. Nele são realizados fluxos de diversas naturezas (pessoas e
objetos) e são desenvolvidas relações de trabalho, com ritmos e
velocidade variados.

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TERRITÓRIO E FRONTEIRA

Na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas a utilização dessas


categorias é bastante ampla.

Território é uma categoria usualmente associada a uma porção


da superfície terrestre sob domínio de um grupo e suporte para
nações, estados, países. É dele que provêm alimento, segurança,
identidade e refúgio. Engloba as noções de lugar, região, fronteira
e, especialmente, os limites políticos e administrativos das cidades,
estados e países, sendo, portanto, esquemas abstratos de orga-
nização da realidade. Associa-se a ele também a ideia de poder,
jurisdição, administração e soberania, dimensões que expressam a
diversidade das relações sociais e permitem juízos analíticos.

Fronteira também é uma categoria construída historicamente. Ao


expressar uma cultura, grupos definem fronteiras, formas de organi-
zação social e, por vezes, áreas de confronto com outros grupos. A
conformação dos impérios coloniais, a formação dos Estados Nacio-
nais e os processos de globalização problematizam a discussão sobre
limites culturais e fronteiras nacionais. Os limites, por exemplo, entre
civilização e barbárie geraram, não raro, a destruição daqueles indiví-
duos considerados bárbaros. Temos aí uma fronteira sangrenta. Povos
com culturas e saberes distintos em muitos casos foram separados
ou reagrupados de forma a resolver ou agravar conflitos, facilitar ou
dificultar deslocamentos humanos, favorecer ou impedir a integração
territorial de populações com identidades semelhantes.

Para além das marcações tradicionais do território, as cidades são


repletas de territorialidades marcadas por fronteiras econômicas,
sociais e culturais. As músicas, as festas e o lazer podem aproxi-
mar, mas podem também separar, criar grupalidades ou circuitos
culturais ou de poder. As fronteiras culturais são porosas, móveis e,
nem sempre, circunscritas a um território específico.

Também há fronteiras de saberes, que envolvem, entre outros ele-


mentos, conhecimentos e práticas de diferentes sociedades. Caçar
ou pescar, por exemplo, são atividades que demandam habilida-
des nem sempre conhecidas e desenvolvidas por populações das
grandes cidades. Plantar e colher exigem competências e habili-
dades experimentadas no dia a dia por populações dedicadas ao
trabalho agrícola, desenhando fronteiras, frutos de diversas formas
de produção e convívio com a natureza.

Assim, no Ensino Médio, o estudo dessas categorias deve pos-


sibilitar aos estudantes compreender os processos identitários

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marcados por territorialidades e fronteiras de diversas naturezas,


mobilizar a curiosidade investigativa sobre o seu lugar no mundo,
possibilitando a sua transformação e a do lugar em que vivem,
enunciar aproximações e reconhecer diferenças.

INDIVÍDUO, NATUREZA, SOCIEDADE, CULTURA E ÉTICA

A discussão a respeito dessas categorias, bem como de suas


relações, marca a constituição das chamadas Ciências Humanas.
O esclarecimento teórico dessas categorias tem como base a
resposta à questão que a tradição socrática, nas origens do pen-
samento grego, introduziu: O que é o ser humano?

Na busca da unidade, de uma natureza (physis), os primeiros pen-


sadores gregos sistematizaram questões e se indagaram sobre
as finalidades da existência, sobre o que era comum a todos os
seres da mesma espécie, produzindo uma visão essencializada e
metafísica sobre os seres humanos. A identificação da condição
humana como animal político – e animal social – significa que,
independentemente da singularidade de cada um, as pessoas são
essencialmente capazes de se organizar para uma vida em comum
e de se governar. Como assinala Florestan Fernandes, os seres
humanos têm uma necessidade vital da convivência coletiva.

Todavia, os humanos têm, também, necessidades relacionadas à


sua sobrevivência. Nesse sentido, exercem atividades que implicam
relações com a natureza, agindo sobre ela de maneira deliberada
e consciente, transformando-a. O processo dessa atividade, desse
trabalho, permite ao indivíduo produzir-se como ser social.

A sociedade, da qual faz parte o indivíduo, consiste em um grupo


humano, ocupante de um território, com uma forma de organi-
zação baseada em normas de conduta responsáveis por sua
especificidade cultural. Na construção de sua vida em sociedade,
o indivíduo estabelece relações e interações sociais com outros
indivíduos, constrói sua percepção de mundo, atribui significados
ao mundo ao seu redor, interfere e transforma a natureza, produz
conhecimento e saberes, com base em alguns procedimentos
cognitivos próprios, fruto de suas tradições tanto físico-materiais
como simbólico-culturais. A forma como diferentes sociedades
estruturam e organizam o espaço físico-territorial e suas ativi-
dades econômicas permite, por exemplo, reconhecer os diversos
modos como essas sociedades estabelecem suas relações com
a natureza, incluindo-se os problemas ambientais resultantes
dessas interferências.

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Aprender a viver em sociedade significa, então, submeter-se a


processos de socialização, ou seja, processos de incorporação e
internalização de valores, papéis e identidades. Portanto, a sociedade
como teia de relações é fundamental para apreender o modo como as
ações dos indivíduos configuram o mundo em que vivem, ao mesmo
tempo em que constroem uma identidade coletiva que lhes permite
se pensar como Nós diante do Outro (ou Outros de referência).

As transformações na ação das pessoas são mediadas pela cultura.


Em sua etimologia latina, a cultura remete à ação de cultivar saberes,
práticas e costumes em um determinado grupo. Na tradição metafí-
sica, a cultura foi apresentada em oposição à natureza. Atualmente,
as Ciências Humanas compreendem a cultura a partir de contri-
buições de diferentes campos do saber. O caráter polissêmico da
cultura permite compreender o modo como ela se apresenta a partir
de códigos de comunicação e comportamento, a partir de símbolos
e artefatos e como parte da produção, circulação e consumo de
sistemas de identificação cultural que se manifestam na vida social.
As pessoas estão inseridas em culturas (urbana, rural, erudita, de
massas, popular etc.) e, dessa forma, são produtoras e produto das
transformações culturais e sociais de seu tempo.

Na modernidade, a noção de indivíduo se tornou mais complexa em


razão das transformações ocorridas no âmbito das relações sociais
marcadas por novos códigos culturais, concepções de individua-
lidade e formas de organização política. Em meio às mudanças,
foram criadas condições para o debate a respeito da natureza dos
seres humanos, seu papel em diferentes culturas, suas instituições
e sua capacidade para a autodeterminação. A sociedade capita-
lista, por exemplo, ao mesmo tempo em que propõe a centralidade
de sujeitos iguais, constrói relações econômicas que produzem e
reproduzem desigualdades no corpo social.

As diferenças e semelhanças entre os indivíduos e as sociedades


foram sedimentadas ao longo do tempo e em múltiplos espaços e
circunstâncias. Procurar identificar essas diferenças e semelhanças
tanto em seu grupo social (familiar, escolar, bairro, cidade, país,
etnia, religião etc.) quanto em outros povos e sociedades consti-
tui uma aprendizagem a ser garantida aos estudantes na área de
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Afinal, o exercício de deslo-
camento para outros pontos de vista é central para a formação das
juventudes no Ensino Médio, na medida em que ajuda a superar
posturas baseadas na reiteração das referências de seu próprio
grupo para avaliar os demais.

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CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
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Seguindo essa atitude inquiridora da realidade, é preciso que os


estudantes percebam que a pretensão da validade e a aceitação de
princípios universais têm sido questionadas por diversos campos
das Ciências Humanas, visto que a legitimação dos saberes envolve
um conjunto de códigos produzidos em diferentes épocas e socie-
dades. A razão e a experiência, por exemplo, são paradigmas da
sociedade moderna ocidental e dificilmente servirão para analisar
outras sociedades, fundadas em outras lógicas, produto de outras
histórias e outros contextos.

O entrelaçamento entre questões sociais, culturais e indivíduos


permite aprofundar, no Ensino Médio, a discussão sobre a ética. Para
tanto, os estudantes devem dialogar sobre noções básicas como o
respeito, a convivência e o bem comum em situações concretas. A
ética pressupõe a avaliação de posturas e a tomada de posição em
defesa dos direitos humanos, a identificação do bem comum e o
estímulo ao respeito e ao acolhimento às diferenças entre pessoas
e povos, tendo em vista a promoção do convívio social e o respeito
universal às pessoas, ao bem público e à coletividade.

Em suma, o conhecimento do Outro, da outra cultura, depende da


capacidade de se indagar para indagar o Outro, atitudes funda-
mentais às aprendizagens da área de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas. Esse é o primeiro passo para a formação de novos sujeitos
protagonistas tanto no processo de construção do conhecimento
como da ação ética diante do mundo real e virtual, envolvido por
uma multiplicidade de culturas.

A investigação e a tomada de consciência acerca dessas questões


requerem conhecimento sobre os recursos naturais, suas formas de
preservação, consumo e de utilização sustentável. Por esse motivo,
indivíduo, sociedade, cultura e natureza são categorias abordadas
na BNCC de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Sua exploração
no Ensino Médio estimula o desenvolvimento de uma percepção
aguçada e crítica dos jovens sobre quem eles são e sobre a socie-
dade em que vivem.

Reconhecer, analisar e avaliar a ação de diferentes agentes e grupos


e seus vínculos com a natureza e as culturas são uma forma de esti-
mular a autonomia dos estudantes e o compromisso ético de suas
ações. Ao identificar que transformam e são transformados por suas
ações, os jovens adquirem maior competência para atuar em um
mundo marcado por polaridades e pluralidades por entre as quais
eles se deslocam.

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POLÍTICA E TRABALHO

A política ocupa posição de centralidade nas Ciências Humanas.


As discussões em torno do bem comum, dos regimes políticos
e das formas de organização em sociedade, as lógicas de poder
estabelecidas em diferentes grupos, a micropolítica, as teorias em
torno do Estado e suas estratégias de legitimação e a tecnologia
interferindo nas formas de organização da sociedade são alguns
dos temas que estimulam a produção de saberes nessa área.

A política está na origem do pensamento filosófico. Na Grécia


Antiga, o exercício da argumentação e a discussão sobre os des-
tinos das cidades e suas leis estimularam a retórica e a abstração
como práticas necessárias para o debate em torno do bem
comum. Esse exercício permitiu ao cidadão da pólis compreen-
der a política como produção humana capaz de favorecer as
relações entre pessoas e povos e, ao mesmo tempo, desenvolver
a crítica a mecanismos políticos como a demagogia e a manipu-
lação do interesse público. A política, em sua origem grega, foi
o instrumento utilizado para combater os autoritarismos, as tira-
nias, os terrores, as violências e as múltiplas formas de destruição
da vida pública.

No mundo contemporâneo, essas questões observadas tanto em


escala local como global ganham maior visibilidade na Geopolítica,
pois ela enuncia os conflitos planetários entre pessoas, grupos, países
e blocos transnacionais, desafio importante de ser conhecido e anali-
sado pelos estudantes.

As discussões sobre formas de organização do Estado, de governo e


do poder são temáticas enunciadas no Ensino Fundamental e apro-
fundadas no Ensino Médio, especialmente em sua dimensão formal
e como sistemas jurídicos complexos. Essas temáticas apresentadas
de forma ampla na BNCC fornecem alguns elementos capazes de
agregar diversos temas de ordem econômica, social, política, cultural
e ambiental e permitem, sobretudo, a discussão dos conceitos veicu-
lados por diferentes sociedades e culturas.

A categoria trabalho, por sua vez, comporta diferentes dimensões


– filosófica, econômica, sociológica ou histórica: como virtude;
como forma de produzir riqueza, de dominar e de transformar a
natureza; como mercadoria; ou como forma de alienação. Ainda,
podemos falar do trabalho como categoria pensada por diferen-
tes autores: trabalho como valor (Karl Marx); como racionalidade
capitalista (Max Weber); ou como elemento de interação do indi-
víduo na sociedade em suas dimensões tanto corporativa como de

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integração social (Émile Durkheim). Seja qual for o caminho ou os


caminhos escolhidos para tratar do tema, é importante destacar
a relação sujeito/trabalho e toda a sua rede de relações sociais.

Atualmente, as transformações na sociedade são grandes, espe-


cialmente em razão do uso de novas tecnologias. Observamos
transformações nas formas de participação dos trabalhadores nos
diversos setores da produção, a precarização das relações de tra-
balho, as oscilações de taxas de emprego e desemprego, o uso
do trabalho intermitente, a pulverização dos locais de trabalho e
o aumento global da concentração de renda e da desigualdade
social. Diante desse cenário, a experiência do trabalho na contem-
poraneidade impõe novos desafios e problematizações formuladas
no campo das Ciências Humanas, incluindo os impactos das inova-
ções tecnológicas nas relações de produção e de trabalho.

Como apontado, o estudo das categorias Política e Trabalho no Ensino


Médio permite aos estudantes compreender e analisar a diversidade
de papéis dos múltiplos sujeitos e seus mecanismos de atuação e
identificar os projetos políticos e econômicos em disputa nas diferen-
tes sociedades. Essas categorias contribuem para que os estudantes
possam atuar com vistas à construção da democracia, em meio aos
enfrentamentos gerados nas relações de produção e trabalho.

No tratamento dessas categorias no Ensino Médio, a heterogeneidade


de visões de mundo e a convivência com as diferenças favorecem
o desenvolvimento da sensibilidade, da autocrítica e da criatividade,
nas situações da vida, em geral, e nas produções escolares, em parti-
cular. Essa ampliação da visão de mundo dos estudantes resulta em
ganhos éticos relacionados à autonomia das decisões e ao compro-
metimento com valores como liberdade, justiça social, pluralidade,
solidariedade e sustentabilidade.

Por fim, para garantir as aprendizagens essenciais definidas para a


área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, é imprescindível que
os jovens aprendam a provocar suas consciências para a descoberta
da transitoriedade do conhecimento, para a crítica e para a busca
constante da ética em toda ação social.

Considerando esses pressupostos, e em articulação com as com-


petências gerais da Educação Básica e com as da área de Ciências
Humanas do Ensino Fundamental, no Ensino Médio a área de Ciên-
cias Humanas e Sociais Aplicadas deve garantir aos estudantes
o desenvolvimento de competências específicas. Relacionadas a
cada uma delas, são indicadas, posteriormente, habilidades a ser
alcançadas nessa etapa.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS E


SOCIAIS APLICADAS PARA O ENSINO MÉDIO

1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais


nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos,
a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a
compreender e posicionar-se criticamente com relação a esses processos
e às possíveis relações entre eles.
2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e
espaços, mediante a compreensão dos processos sociais, políticos,
econômicos e culturais geradores de conflito e negociação, desigualdade
e igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam o exercício
arbitrário do poder.
3. Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as relações das sociedades
com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas
à proposição de soluções que respeitem e promovam a consciência e a
ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional,
nacional e global.
4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes
territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na
construção, consolidação e transformação das sociedades.
5. Reconhecer e combater as diversas formas de desigualdade e violência,
adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e
respeitando os Direitos Humanos.
6. Participar, pessoal e coletivamente, do debate público de forma consciente
e qualificada, respeitando diferentes posições, com vistas a possibilitar
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida,
com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

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CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
ENSINO MÉDIO

5.4.1. CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS


NO ENSINO MÉDIO: COMPETÊNCIAS
ESPECÍFICAS E HABILIDADES

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 1

Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos


local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos
epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente
com relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.

Nesta competência específica, pretende-se ampliar as capacidades dos estudan-


tes de elaborar hipóteses e compor argumentos com base na sistematização de
dados (de natureza quantitativa e qualitativa); compreender e utilizar determina-
dos procedimentos metodológicos para discutir circunstâncias históricas favoráveis
à emergência de matrizes conceituais (modernidade, Ocidente/Oriente, civilização/
barbárie, nomadismo/sedentarismo, tipologias evolutivas, oposições dicotômicas
etc.); e operacionalizar conceitos como temporalidade, memória, identidade, socie-
dade, territorialidade, espacialidade etc. e diferentes linguagens e narrativas que
expressem conhecimentos, crenças, valores e práticas que permitem acessar infor-
mações, resolver problemas e, especialmente, favorecer o protagonismo necessário
tanto em nível individual como coletivo.

A avaliação dos processos de longa e curta duração, das razões que justificam diver-
sas formas de rupturas, dos mecanismos de conservação ou transformação e das
mudanças de paradigmas, como as decorrentes dos impactos tecnológicos, oferece
material e suporte para uma prática reflexiva e ética.

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HABILIDADES

(EM13CHS101) Analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas


linguagens, com vistas à compreensão e à crítica de ideias filosóficas e processos e
eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.

(EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas,


políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais da emergência de matrizes
conceituais hegemônicas (etnocentrismo, evolução, modernidade etc.), comparando-as a
narrativas que contemplem outros agentes e discursos.

(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos


a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com
base na sistematização de dados e informações de natureza qualitativa e quantitativa
(expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos, gráficos,
mapas, tabelas etc.).

(EM13CHS104) Analisar objetos da cultura material e imaterial como suporte de


conhecimentos, valores, crenças e práticas que singularizam diferentes sociedades
inseridas no tempo e no espaço.

(EM13CHS105) Identificar, contextualizar e criticar as tipologias evolutivas (como


populações nômades e sedentárias, entre outras) e as oposições dicotômicas (cidade/
campo, cultura/natureza, civilizados/bárbaros, razão/sensibilidade, material/virtual etc.),
explicitando as ambiguidades e a complexidade dos conceitos e dos sujeitos envolvidos
em diferentes circunstâncias e processos.

(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e de diferentes


gêneros textuais e as tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para
se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

560
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
ENSINO MÉDIO

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2

Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços,


mediante a compreensão dos processos sociais, políticos, econômicos e culturais
geradores de conflito e negociação, desigualdade e igualdade, exclusão e inclusão e
de situações que envolvam o exercício arbitrário do poder.

Nesta competência específica, pretende-se comparar e avaliar a ocupação do espaço, a


delimitação de fronteiras e o papel dos agentes responsáveis pelas transformações. Os
atores sociais, na cidade, no campo, nas zonas limítrofes, no interior de uma cidade, região,
Estado ou mesmo entre Estados, produzem diferentes territorialidades que envolvem
variados níveis de negociação e conflito, igualdade e desigualdade, inclusão e exclusão.
Dada essa complexidade de relações, é prioritário levar em conta o raciocínio geográfico
e estratégico, bem como o significado da história e da política na produção do espaço.

Além disso, toda a complexidade dos fluxos populacionais e da circulação de mer-


cadorias, especialmente nas sociedades contemporâneas, merece ser identificada e
analisada por meio de diversos instrumentos e linguagens, com especial destaque
para as novas tecnologias e para o protagonismo juvenil.

HABILIDADES

(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias


e do capital nos diversos continentes, com destaque para a mobilidade e a fixação de
pessoas, grupos humanos e povos, em função de eventos naturais, políticos, econômicos,
sociais e culturais.

(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e


nas dinâmicas das sociedades contemporâneas (fluxos populacionais, financeiros,
de mercadorias, de informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas
interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e culturais.

(EM13CHS203) Contrapor os diversos significados de território, fronteiras e vazio (espacial,


temporal e cultural) em diferentes sociedades, contextualizando e relativizando visões
dualistas como civilização/barbárie, nomadismo/sedentarismo e cidade/campo, entre outras.

(EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação


de territórios, territorialidades e fronteiras, identificando o papel de diferentes
agentes (como grupos sociais e culturais, impérios, Estados Nacionais e organismos
internacionais) e considerando os conflitos populacionais (internos e externos), a
diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas.

(EM13CHS205) Analisar a produção de diferentes territorialidades em suas


dimensões culturais, econômicas, ambientais, políticas e sociais, no Brasil e no mundo
contemporâneo, com destaque para as culturas juvenis.

(EM13CHS206) Compreender e aplicar os princípios de localização, distribuição, ordem,


extensão, conexão, entre outros, relacionados com o raciocínio geográfico, na análise da
ocupação humana e da produção do espaço em diferentes tempos.

561
BASE NACIONAL
COMUM CURRICULAR

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 3

Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as relações das sociedades com a


natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição
de soluções que respeitem e promovam a consciência e a ética socioambiental
e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.

Nesta competência específica, propõe-se analisar os paradigmas que conformam o


pensamento e os saberes de diferentes sociedades e povos, levando em consideração
suas formas de apropriação da natureza, extração, transformação e comercialização
de recursos naturais, suas formas de organização social e política, as relações de traba-
lho, os significados da produção de sua cultura material e imaterial e suas linguagens.

Considerando a presença, na contemporaneidade, da cultura de massa e das culturas


juvenis, é importante compreender os significados de objetos derivados da indústria
cultural, os instrumentos publicitários utilizados, os papéis das novas tecnologias e os
do consumismo.

HABILIDADES

(EM13CHS301) Problematizar hábitos e práticas individuais e coletivos de produção


e descarte (reuso e reciclagem) de resíduos na contemporaneidade e elaborar e/ou
selecionar propostas de ação que promovam a sustentabilidade socioambiental e o
consumo responsável.

(EM13CHS302) Analisar e avaliar os impactos econômicos e socioambientais de cadeias


produtivas ligadas à exploração de recursos naturais e às atividades agropecuárias em
diferentes ambientes e escalas de análise, considerando o modo de vida das populações
locais e o compromisso com a sustentabilidade.

(EM13CHS303) Debater e avaliar o papel da indústria cultural e das culturas de massa no


estímulo ao consumismo, seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas a uma
percepção crítica das necessidades criadas pelo consumo.

(EM13CHS304) Analisar os impactos socioambientais decorrentes de práticas de


instituições governamentais, de empresas e de indivíduos, discutindo as origens dessas
práticas, e selecionar aquelas que respeitem e promovam a consciência e a ética
socioambiental e o consumo responsável.

(EM13CHS305) Analisar e discutir o papel dos organismos nacionais de regulação,


controle e fiscalização ambiental e dos acordos internacionais para a promoção e a
garantia de práticas ambientais sustentáveis.

(EM13CHS306) Contextualizar, comparar e avaliar os impactos de diferentes modelos


econômicos no uso dos recursos naturais e na promoção da sustentabilidade econômica
e socioambiental do planeta.

562
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
ENSINO MÉDIO

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 4

Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, con-


textos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e
transformação das sociedades.

Nesta competência específica, o objetivo é compreender o significado de trabalho


em diferentes sociedades, suas especificidades e os processos de estratificação social
presididos por uma maior ou menor desigualdade econômico-social e participação
política.

Os indicadores de emprego, trabalho e renda devem ser avaliados em contextos espe-


cíficos que favoreçam a compreensão tanto da sociedade e suas implicações sociais
quanto das dinâmicas de mercado delas decorrentes. Já as transformações técni-
cas, tecnológicas e informacionais devem ser consideradas com ênfase para as novas
formas de trabalho geradas por elas, bem como seus efeitos em relação aos jovens e
às futuras gerações.

HABILIDADES

(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos e classes sociais


diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de
trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços e contextos.

(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e renda em


diferentes espaços, escalas e tempos, associando-os a processos de estratificação e
desigualdade socioeconômica.

(EM13CHS403) Caracterizar e analisar processos próprios da contemporaneidade, com


ênfase nas transformações tecnológicas e das relações sociais e de trabalho, para propor
ações que visem à superação de situações de opressão e violação dos Direitos Humanos.

(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes


circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações,
em especial, os jovens e as gerações futuras, levando em consideração, na atualidade, as
transformações técnicas, tecnológicas e informacionais.

563
BASE NACIONAL
COMUM CURRICULAR

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 5

Reconhecer e combater as diversas formas de desigualdade e violência, ado-


tando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os
Direitos Humanos.

O exercício de reflexão, que preside a construção do pensamento filosófico, permite


aos jovens compreender os fundamentos da ética em diferentes culturas, estimulando
o respeito às diferenças (culturais, religiosas, étnico-raciais etc.), à cidadania e aos
Direitos Humanos. Para a realização desse exercício, é fundamental abordar circuns-
tâncias da vida cotidiana que permitam desnaturalizar condutas, relativizar costumes,
perceber a desigualdade e o preconceito presente em atitudes, gestos e silenciamen-
tos, avaliando as ambiguidades e contradições presentes em políticas públicas tanto
de âmbito nacional como internacional.

HABILIDADES

(EM13CHS501) Compreender e analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas,


identificando processos que contribuem para a formação de sujeitos éticos que
valorizem a liberdade, a autonomia e o poder de decisão (vontade).

(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana (estilos de vida, valores, condutas


etc.), desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade e preconceito, e
propor ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às
diferenças e às escolhas individuais.

(EM13CHS503) Identificar diversas formas de violência (física, simbólica, psicológica


etc.), suas causas, significados e usos políticos, sociais e culturais, avaliando e propondo
mecanismos para combatê-las, com base em argumentos éticos.

(EM13CHS504) Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das


transformações científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus
desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades
e culturas.

564
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
ENSINO MÉDIO

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 6

Participar, pessoal e coletivamente, do debate público de forma consciente e


qualificada, respeitando diferentes posições, com vistas a possibilitar escolhas
alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Nesta competência específica, pretende-se tratar da linguagem política (aristocracia,


democracia, república, autoritarismo, populismo, ditadura, liberalismo, marxismo, fas-
cismo, stalinismo etc.), mostrando como os termos passaram por mudanças ao longo
da história. Portanto, cada uma das palavras precisa ser explicada e interpretada em
circunstâncias históricas específicas.

As interpretações podem ser variadas e o uso de determinadas palavras no cotidiano


podem levar a conflitos, em especial por envolver doutrinas políticas que, não raro, são
controvertidas. Diante desse grande desafio, é importante identificar demandas polí-
tico-sociais de diferentes sociedades e grupos sociais, destacando questões culturais,
em especial aquelas que dizem respeito às populações indígenas e afrodescendentes.

As formas de violência física e simbólica, o reconhecimento de diferentes níveis de


desigualdade e a relação desigual entre países indicam a importância da ampliação
da temática dos Direitos Humanos, relacionada à aquisição de consciência e responsa-
bilização tanto em nível individual como comunitário, nacional e internacional.

HABILIDADES

(EM13CHS601) Relacionar as demandas políticas, sociais e culturais de indígenas e


afrodescendentes no Brasil contemporâneo aos processos históricos das Américas e ao
contexto de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual.

(EM13CHS602) Identificar, caracterizar e relacionar a presença do paternalismo,


do autoritarismo e do populismo na política, na sociedade e nas culturas brasileira
e latino-americana, em períodos ditatoriais e democráticos, com as formas de
organização e de articulação das sociedades em defesa da autonomia, da liberdade,
do diálogo e da promoção da cidadania.

(EM13CHS603) Compreender e aplicar conceitos políticos básicos (Estado, poder,


formas, sistemas e regimes de governo, soberania etc.) na análise da formação de
diferentes países, povos e nações e de suas experiências políticas.

(EM13CHS604) Conhecer e discutir o papel dos organismos internacionais no contexto


mundial, com vistas à elaboração de uma visão crítica sobre seus limites e suas formas
de atuação.

(EM13CHS605) Analisar os princípios da declaração dos Direitos Humanos, recorrendo


às noções de justiça, igualdade e fraternidade, para fundamentar a crítica à desigualdade
entre indivíduos, grupos e sociedades e propor ações concretas diante da desigualdade
e das violações desses direitos em diferentes espaços de vivência dos jovens.

565
6.3 A ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, na etapa do Ensino Médio,


tem por objetivo consolidar, aprofundar e ampliar os conhecimentos e as habilidades
essenciais adquiridas e/ou desenvolvidas durante o Ensino Fundamental, cujo
enfoque consiste na:

Tomada de consciência do Eu, do Outro e do Nós, das diferenças em relação


ao Outro e das diversas formas de organização da família e da sociedade em
diferentes espaços e épocas históricas. Para tanto, prevê que os estudantes
explorem conhecimentos [tais como]: temporalidade, espacialidade,
ambiente e diversidade (de raça, religião, tradições étnicas etc.), modos de
organização da sociedade e relações de produção, trabalho e poder, sem
deixar de lado o processo de transformação de cada indivíduo, da escola, da
comunidade e do mundo (BNCC, 2018, p. 561).

Dessa forma, a Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, neste


Referencial Curricular, fundamenta, orienta, articula e dialoga com os princípios
norteadores do Ensino Médio Potiguar. Destarte, compreendemos o papel dos
estudantes enquanto sujeitos ativos da transformação social com potencial de
inserção e atuação no contexto local, atrelado às problemáticas e demandas globais.
Antes de nos aprofundarmos na Área, é necessário observarmos que na
perspectiva histórica, as Ciências Humanas emergem no século XIX, na Europa,
durante a segunda fase da revolução industrial. Nesse contexto, o modo de produção
capitalista gera a (re)organização das relações de trabalho, ocasionando, por
consequência, as lutas por direito.
As relações humanas tornaram-se objeto de estudos das teorias clássicas por
pensadores da época, como Karl Marx, na análise dialética, Émile Durkheim, na
análise funcionalista e Max Weber, na análise compreensiva; a contribuição desses
teóricos é importante para o entendimento de como os sujeitos passam a ser vistos
como protagonistas dos processos históricos, e, ocupam o cenário das reflexões na
busca de ressignificar a vida social.
No século XX, o amplo debate ocorrido nesse contexto histórico, no campo da
ciência e da pesquisa, ocasiona o desenvolvimento de estudos e análises sobre as
especificidades das diversas culturas, destacando a sua relevância sobre as relações
antagônicas da sociedade, apontando caminhos para responder as indagações que
permeiam o processo histórico da construção humana, enquanto um “ser” social.
Na contemporaneidade, as Ciências Humanas buscam dar respostas aos
desafios do tempo, da hegemonia financeira e das fraturas políticas e sociais – como
as desigualdades – à crise da democracia representativa, às reivindicações
identitárias, ao terrorismo, à migração forçada e à globalização de um mercado não
só de bens, de serviços, de tecnologias, mas também de pessoas, de cultura, de lazer,
de amor, que se somam à regulação da procriação e da fecundidade humana, a
arranjos famíliares plurais e de trabalho, à preservação do planeta e à distribuição da
riqueza. (CHIZZOTTI, 2016).
Nesta perspectiva, a área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas propõe
para o Ensino Médio a compreensão da realidade social, nas dimensões local,
regional, nacional e mundial e suas inter-relações, nos aspectos políticos, culturais,
ambientais, econômicos, de gênero, geração e etnia, bem como estudos de teorias e
conceitos, considerando os conhecimentos e metodologias de pesquisa provenientes
dos saberes sociológicos, filosóficos, históricos e geográficos.
Tais ciências possuem reflexões em comum: o estudo da humanidade em seus
aspectos sociais e históricos, a organização coletiva, estruturas e relações sociais, a
forma como é produzida e reproduzida a sociedade e os próprios sujeitos em suas
diversidades, temporalidades, territorialidades5 e em suas múltiplas linguagens,
incluindo os povos indígenas, camponeses, ribeirinhos, quilombolas, ciganos, como
também a comunidade LGBTQIA+, dentre outros grupos e movimentos identitários;
as interações (harmônicas e/ou predatórias) estabelecidas entre sociedade e
natureza, bem como a apropriação desta por meio do desenvolvimento tecnológico e
seus impactos sociais e/ou naturais.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2018) apregoam em
seu Art. 11, § 1º, que a organização da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
implica o fortalecimento das relações entre os saberes e a sua contextualização para
apreensão e intervenção na realidade, requerendo planejamento e efetivação
conjugados e cooperativos dos seus professores.

A territorialidade é compreendida como a apropriação, concreta e/ou simbólica, pelos


indivíduos ou grupos sociais do espaço – base material das ações dos sujeitos sociais (RAFFESTIN,
1993).
Nesse aspecto, ao longo do Ensino Fundamental, a área das Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas deve promover interações socioemocionais,
sociocognitivas, afetivas e lúdicas, capazes de desenvolver nos alunos competências
que os levem a “ler o espaço, interpretar o mundo e compreender sua realidade para
atuar de maneira ativa, ética e responsável” (RIO GRANDE DO NORTE, 2018, p.
904). Enquanto no Ensino Médio, a área deve aprofundar e consolidar os
conhecimentos e habilidades adquiridos durante a etapa anterior. Desse modo, a
proposta é que os estudantes, a partir de suas vivências locais relacionadas à
compreensão das conexões com os contextos globais, desenvolvam a capacidade de
estabelecer diálogos entre indivíduos, grupos sociais e cidadãos de diversas
nacionalidades, saberes e culturas distintas, elemento essencial para a aceitação da
alteridade e a adoção de uma conduta ética em sociedade.
Para tanto, define habilidades relativas ao domínio de conceitos e metodologias
próprias dessa área. As operações de identificação, seleção, organização,
comparação, análise, interpretação e compreensão de determinados objetos de
conhecimento, socialmente situados em temporalidades e territorialidades singulares,
são procedimentos responsáveis pela construção e desconstrução de significados do
que foi selecionado, organizado e conceituado por um sujeito ou grupo social, inserido
em um tempo, um lugar e uma circunstância específicos. Dessa forma, espera-se que
os estudantes elaborem hipóteses e argumentos com base na seleção e na
sistematização de dados, obtidos em fontes confiáveis e sólidas.
Nessa direção, a área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas prevê que, no
Ensino Médio, sejam enfatizadas as aprendizagens dos estudantes relativas ao
desafio de dialogar mutuamente e com as novas tecnologias. Considerando que estas
exercem influência no conjunto das relações sociais, é necessário assegurar aos
estudantes a análise e o uso consciente e crítico dessas tecnologias, explorando suas
potencialidades e evidenciando seus limites na configuração do mundo
contemporâneo.
É imprescindível, outrossim, favorecer o protagonismo juvenil, reconhecendo
as singularidades e a inclusão das diversas juventudes, investindo para que os
estudantes possam mobilizar diferentes linguagens (textuais, imagéticas, artísticas,
gestuais, digitais, tecnológicas, gráficas, cartográficas etc.), valorizar seus
conhecimentos prévios e suas potencialidades, e engajar-se em práticas
cooperativas, para a formulação e resolução de problemas frente aos desafios da
contemporaneidade. Também, nesse sentido, a área de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas deve promover, junto aos estudantes, reflexões e atitudes questionadoras,
mediante as quais possam projetar expectativas em relação às dimensões pessoal,
cidadã, acadêmica e profissional de suas vidas, baseando os processos de tomada
de decisão numa análise crítica de fatos, situações e circunstâncias em que estão
inseridos, direta ou indiretamente.
Formar jovens críticos e atuantes é preocupação nevrálgica das Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas, haja visto que é a partir do pensamento crítico que o
estudante compreende e intervém no mundo. Assim como, para não ser um fim em si
mesma, a atitude crítica-reflexiva, além de analítica e problematizadora, deve ser
propositiva. E a proposição ocorre mediante o diálogo, do qual podem prosperar
soluções ou alternativas para superação das contradições existentes em nosso
mundo, em nosso país ou em nosso estado.
Para a Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, é imprescindível
explorar as potencialidades regionais de nosso estado na aplicabilidade deste
Referencial Curricular. Isso pode ocorrer de duas maneiras: no planejamento e
desenvolvimento das aulas, trabalhando-se através da associação dos objetos de
conhecimento e dos objetivos de aprendizagem do currículo prescrito às formas e aos
conteúdos da realidade local e cotidiana dos estudantes; assim como explorar
potenciais técnicos, econômicos, sociais e naturais do RN para desenvolver projetos
e experiências que articulem inovação e investigação científica, mediação e
intervenção sociocultural, processos criativos e empreendedorismo, voltados para o
século XXI. Os recortes espaciais que podemos utilizar são variados. Podemos
recorrer à regionalização do IBGE, que dispõe o estado em regiões intermediárias e
imediatas; às divisões regionais tradicionais, tais como as regiões da Chapada do
Apodi, do Médio e Alto Oeste, do Vale do Açu, da Serra de São Miguel, de Pau dos
Ferros, de Umarizal, de Macau, de Angicos, da Serra de Santana, do Seridó Ocidental
e Oriental, do Mato Grande e da Baixa Verde, da Borborema Potiguar, do Agreste
Potiguar e do Litoral Nordeste e Sul; assim como propor e criar novas delimitações e
recortes de estudo sobre o território.
A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas no estado do Rio Grande do
Norte implica proporcionar ao estudante uma série de Objetos de Conhecimento que
remetem às “Humanidades”, compreendendo os componentes curriculares: Filosofia,
Sociologia, História e Geografia. Estes, como partes de um todo que se diferenciam e
se complementam para explicar os fenômenos sociais, políticos, econômicos,
espaciais e históricos, por meio de estratégias que possibilitem o diálogo entre a área
e os componentes curriculares, favorecendo e potencializando a articulação e a
comunicação entre os diferentes saberes e conhecimentos, fundamentados em um
planejamento integrado que viabilize a contextualização, a interdisciplinaridade e a
transdisciplinaridade, definida por cada projeto político pedagógico das escolas e
entre os profissionais da educação, os conselhos escolares e a comunidade.
Dessa forma, as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas buscam desenvolver
competências e habilidades integrando seus conhecimentos e saberes às outras
áreas das ciências: matemática, linguagens e da natureza, para, assim, ampliar,
investigar e compreender, formando uma consciência crítica e analítica sobre os
conhecimentos historicamente construídos nas relações antagônicas, e
complementares, como processo da práxis educacional.
Vislumbrando, ao mesmo tempo, a garantia de aprendizagens essenciais,
propomos uma organização curricular por eixos integradores, mediante os quais se
possa articular efetivamente os componentes curriculares da área do conhecimento.
A ideia dos eixos integradores permite aos professores, no âmbito de sua autonomia
e liberdade de cátedra, tematizar e problematizar suas aulas e projetos, tendo em vista
as especificidades dos territórios em que se encontram as escolas, privilegiando seus
potenciais, suas culturas e suas histórias.
Em Filosofia, parte-se da noção de que ela se constitui como pensamento que
surgiu a partir da reflexão sobre a realidade e a recusa de verdades prontas. Esse
modo de pensar permite aos estudantes criarem seus próprios conceitos para resolver
os problemas presentes em suas realidades, ou ressignificar conceitos de diversos
filósofos, adaptando-os ao contexto atual.
A especificidade da Filosofia, como pode se observar nos documentos oficiais
pós-LDB (PCNEM, PCN+, DCNEM, BNCC), está em sua natureza reflexiva e
conceitual e de que há filosofias e não uma filosofia. Mostram também que é sua
função desenvolver as capacidades de análise, de interpretação, de reconstrução
racional, de crítica e, sobretudo, de apresentar os objetos de conhecimento filosóficos
de modo contextualizado e problematizado. Destarte, trata-se de mobilizar a cognição
para desenvolver competências e habilidades relacionadas.
Assim, apresentam-se na matriz da área de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas diversas competências que abarcam os vários segmentos da filosofia, como
a teoria do conhecimento, a ética, a estética e a filosofia política. Os direcionamentos
constantes nessa matriz, devem ser vistos como norteadores da prática pedagógica,
cabendo ao professor, junto aos demais da área, planejar sobre quando e como
devem abordá-los, levando em conta o contexto de sua escola e de seus estudantes
e, naturalmente, seus próprios objetivos. Dessa forma, considera-se a pluralidade
como elemento fundante da própria constituição da filosofia e fomenta o diálogo, o
respeito à diversidade e ao pensamento crítico, que contribuem para a superação do
preconceito e da discriminação, como a questão da presença/ausência das mulheres
na filosofia, o estudo do racismo, entre outros, fortalecendo a cidadania e a
democracia.
A Sociologia segue os princípios que regem os ramos das ciências sociais para
explicar os fenômenos sociais, tendo como ponto de partida uma abordagem dialógica
com as singularidades e peculiaridades da história das sociedades, utilizando-se de
vários métodos de pesquisa para desenvolver o processo investigativo, entre esses
as pesquisas quantitativas, qualitativas, exploratórias, descritivas e explicativas.
Nesse sentido, a Sociologia propõe explicar e entender as mudanças que
ocorrem historicamente nos processos das relações sociais. Assim, como um ideário
de formação, consideramos que a criticidade se faz necessária para conhecer a
trajetória histórica das relações sociais, culturais e políticas das sociedades.
A Sociologia deve possibilitar o diálogo e a articulação entre as áreas de
conhecimento intencionando o desenvolvimento de competências e habilidades que
proporcionem aos estudantes a formação de posturas críticas, interrogativas e
investigativas sobre as manifestações sociais, culturais, políticas e ambientais da vida
cotidiana que os cercam.
Assim sendo, o ensino-aprendizagem pode evidenciar problemáticas que
contribuam para despertar questionamentos dos estudantes sobre a vida social, para
que possam ser discutidas a partir do contexto em que os jovens e adultos do Ensino
Médio estão inseridos. Daí a importância em desenvolver percepções investigativas
sobre temáticas relativas às desigualdades sociais e à diversidade dos sujeitos que
caracterizam a sociedade, como também os fenômenos sobre as violências que
afetam a vida de todos, e, em especial, a dos estudantes. Os temas envolvidos
incentivam e instigam a reflexão sobre os fragmentos do mundo social, percebido e
experienciado por eles como natural.
Diante do conjunto de temáticas e de problematizações sobre a realidade
social, pode-se trabalhar os campos que compõem as Ciências Sociais (Sociologia,
Política e Antropologia), por meio de propostas metodológicas contextualizadas,
transversais, interdisciplinares e transdisciplinares, a exemplo de temas como:
diversidade, identidade, cultura, poder, política, direitos humanos, cidadania, meio
ambiente, condições históricas de trabalho, entre outros, acrescentando as
contribuições dos componentes curriculares, como Filosofia, História, Geografia, e
com as áreas de conhecimento de Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza,
com o objetivo de superar a fragmentação dos conhecimentos.
Em Geografia, objetiva-se preparar os estudantes para identificar e localizar
fenômenos sociais e naturais, compreendê-los de forma dinâmica e articulada, bem
como pensar e problematizar a realidade socioespacial para formular proposições e
atuar criticamente no mundo, tendo em vista as constantes transformações
vivenciadas ao longo do tempo. É imprescindível, pois, articular conhecimentos sócio-
histórico, políticos, culturais e socioambientais ao se pensar numa formação cidadã
que pressuponha os estudantes como membros ativos e participativos de todas as
manifestações tanto da sociedade quanto da natureza.
Os fundamentos teóricos e metodológicos da Geografia perpassam, de
maneira geral, os conceitos de espaço, natureza, território, paisagem, lugar, região,
meio, rede e ambiente, coadunados também às dimensões de escala, tempo, cultura,
sociedade, tecnologia, poder e relações econômicas. Ambos constituem ferramentas
para estudar as formas e os conteúdos do processo de ocupação do mundo pelo
homem, que não só faz da natureza seu abrigo como a transforma através da
tecnologia, acarretando em implicações tanto positivas quanto negativas para a
sociedade e para esse mundo do qual faz morada (SANTOS, 2014). Conhecida
tradicionalmente como a disciplina “que estuda a localização na superfície da Terra
dos fenômenos físicos, biológicos e humanos, as causas e as relações entre esses
fenômenos”, o que de fato constitui a Geografia é essa estreita relação e
interdependência do homem com o ambiente, da qual resulta o seu objeto de estudo,
ou seja, o espaço geográfico (SELBACH, 2010, p. 32).
A relevância desse componente curricular advém da necessidade de
compreensão da dinâmica social e espacial, que transforma e (re)produz o espaço
geográfico nas diversas escalas (local, regional, nacional e mundial), perpassando
diferentes territorialidades e temporalidades por meio das quais se expressam a
historicidade e as coexistências do mundo e dos lugares.
Dessa forma, a compreensão geográfica intenciona superar a fase meramente
descritiva dos fatos para compreender suas interfaces e nuances no processo de
construção social. Essa compreensão pode recorrer à leitura de fenômenos e
manifestações da própria paisagem cotidiana ou a partir da leitura de paisagens
registradas (em fotografias, mapas etc.) ou (re)criadas (em obras de arte) em
representações cartográficas e imagéticas, dentre outros meios pictóricos - esse
exercício pode ser chamado de letramento cartográfico e/ou imagético.
No contexto das aprendizagens significativas, o componente contribui com a
compreensão do mundo articulada ao cotidiano e ao lugar de vivência dos estudantes,
valorizando os conhecimentos prévios acerca do meio geográfico no qual eles estão
inseridos. Essa dimensão é reveladora de atributos simbólicos e abstratos que
também são explorados pela Geografia por meio do que podemos chamar de
topologias e topofilias, para além da tradicional topografia. Isto é, podemos “aferir” o
espaço geográfico através de elementos descritivos da topografia, mas nele também
se correlacionam elementos explicativos, da topologia - além de descrever algo é
possível e necessário compreendê-lo; e elementos afetivos, da topofilia, oriundos da
relação inter-subjetiva de nós com o nosso meio.
Por ser um componente que valoriza as interações e contextualizações, é vital
se trabalhar interdisciplinarmente, o que não significa que o professor deva apropriar-
se de todos os aspectos, de todos os componentes, da própria área ou das demais,
mas que possa atuar como provocador e propositor, levando os próprios estudantes
a inferir sobre os vínculos entre as ciências e as áreas do conhecimento.
No ensino de História propomos ações pedagógicas-metodológicas que
possibilitem aos estudantes refletirem, criticamente, sobre a realidade circundante e
as experiências humanas. O objetivo é que conheçam e reflitam sobre a historicidade
dos acontecimentos, analisem as relações entre o presente e o passado, bem como
os vínculos dos sujeitos históricos com os contextos conjunturais e estruturais por eles
vivenciados.
Nesse sentido, a interdisciplinaridade no estudo da História pode criar
condições para que possibilite a compreensão da organização estrutural da
sociedade, como ela se configura no cotidiano em âmbito local, regional, nacional e
mundial, e de que forma historicamente foi constituída, apresentada e descrita nas
mais variadas linguagens – de uso corrente, científicas e artísticas.
Além disso, o estudo histórico pode favorecer reflexões e produções críticas
sobre como as juventudes estão inseridas na sociedade, identificando seus papéis e
o dos demais sujeitos históricos na organização e na transformação da coletividade.
Para Fontoura (2016, p. 27):

A história nos permite conhecer a nós mesmos e aos outros, esclarecer


eventos importantes do presente e, inclusive, concluir que nossa própria
realidade é o resultado de mudanças que não são aleatórias (...) atentarmos
para nossa realidade histórica é uma das melhores maneiras que temos de
raciocinar sobre o mundo e de nos instrumentalizar para que, conhecendo o
presente, possamos agir menos ingenuamente.

Tendo em vista o contexto contemporâneo de ampla difusão de informações


nos meios de comunicação e de livre acesso a obras digitais, expressas em diferentes
e múltiplas linguagens, incluindo inúmeras fontes documentais, faz-se necessária a
incorporação desse potencial de multimídia aos estudos históricos escolares, com
orientações de debates que considerem as especificidades das linguagens, com
produções – textuais/discursivas autorais, enfatizando um ensino inovador que
valorize o conhecimento prévio de estudantes.
Desta forma, os diferentes campos de estudos das Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas consideram como fundamental a complexidade das realidades
contemporâneas, os conhecimentos humanos e seus embates, as produções culturais
dos povos expressas nas mais variadas linguagens, as novas tecnologias e seu
potencial de comunicação e criatividade, além do compromisso com a formação de
gerações que valorizam o saber, a reflexão crítica, a ética, a liberdade, a diversidade
e a democracia, nos diferentes campos de vivência e de atuação da sociedade.
Assim, propomos que os direcionamentos ora apresentados para a Área das
Ciências Humanas Sociais Aplicadas sejam compreendidos como orientações para o
desenvolvimento das ações pedagógicas e metodológicas de professores, enquanto
mediadores do conhecimento, como forma de acesso e garantia ao ensino-
aprendizagem de qualidade social para formação cidadã dos estudantes do território
potiguar.
O processo avaliativo da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, em
consonância com este Referencial Curricular, que apregoa os princípios de educação
democrática, integral e inclusiva, dispõe-se a avaliar, em corresponsabilidade com os
estudantes, percebendo-os como protagonistas da própria aprendizagem. Desse
modo, podemos avaliar a capacidade de interpretação e inter-relações de fenômenos
naturais e sociais, englobando processos políticos, econômicos, ambientais, culturais
e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de cunhos
qualitativos e quantitativos, propondo uma reflexão sobre as práticas individuais e
coletivas no mundo contemporâneo em diferentes fontes e narrativas expressas em
diversas linguagens.
Nesse sentido, ajuíza-se o domínio de processos e eventos históricos,
geográficos, sociológicos e compreensões filosóficas, convergindo para um sistema
interdisciplinar, articulando os processos cognitivos aos contextos da vida cotidiana.
Para isso, os professores devem dotar-se de metodologias diversificadas e inclusivas,
bem como instrumentos de avaliação que considerem o protagonismo estudantil, além
das competências e habilidades específicas da área, em consonância com os eixos
integradores: Cultura, conhecimento e tecnologia; Sociedade, território e
temporalidade; Indivíduo, natureza e sustentabilidade; Ética, práticas sociais e
diversidades; Trabalho, desenvolvimento e desigualdade; Poder, Estado e
democracia. Dessa forma, a área cumpre o seu objetivo de contribuir para a formação
de sujeitos críticos e aptos para o exercício pleno da sua cidadania, bem como para
a construção de uma melhor qualidade de vida futura.
6.3.1 Matriz da Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS


COMPETÊNCIA 1 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos
epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente com relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade com a reflexão crítica sobre o
conhecimento, a compreensão da origem e a contribuição da Filosofia e dos campos de
A origem do conhecimento filosófico, períodos e
investigação com atenção ao estudo sobre a razão, verdade, política e a lógica.
(EM13CHS101) os campos de investigação. Principais períodos
Analisar e comparar diferentes da História do Pensamento humano. A razão. A
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade apresentando as narrativas
fontes e narrativas expressas verdade. A política. A lógica. O conhecimento.
historiográficas para o estudo da origem e formação dos diferentes povos em diferentes
em diversas linguagens, com História, memória, cultura, identidade e
regiões do mundo.
vistas à compreensão e à crítica diversidade. A produção do conhecimento
de ideias filosóficas e processos histórico e a origem dos povos do Oriente Médio,
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao diferençar as relações entre
e eventos históricos, Ásia, Europa, América e reinos e impérios da
espaço, sociedade, natureza, trabalho e tempo e ao introduzir o estudante no estudo
geográficos, políticos, África. As relações entre espaço, sociedade,
geopolítico do mundo contemporâneo.
econômicos, sociais, natureza, trabalho e tempo. Cultura, sociedade,
ambientais e culturais. poder e cidadania. Evolucionismo e diferença.
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar as variadas formas
Padrões e normas da cultura em distintas
de vida humana e o evolucionismo, bem como a formação social, os padrões e as normas
sociedades. Mundos do trabalho.
da cultura em distintas sociedades.
(EM13CHS102) Organização e funcionamento da sociedade:
Identificar, analisar e discutir as A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar e a colonização da indivíduo, sociedade, cidade e urbano.
circunstâncias históricas, América, os ideais iluministas e o imperialismo europeu na África e na Ásia. Sociedades tradicionais e urbano-industriais: as
geográficas, políticas, transformações da paisagem e do território pelo
econômicas, sociais, A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade a partir do estudo da vida social, modo de vida e pela ocupação do espaço. O
ambientais e culturais da da ética como princípio da moral e vida coletiva, dos fundamentos da pólis e das noções conceito de civilização: do Iluminismo à
emergência de matrizes de Estado. contemporaneidade, civilização e barbárie.
conceituais hegemônicas Processos históricos e geográficos para analisar
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 1 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos
epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente com relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
(etnocentrismo, evolução, A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade associando as questões a concepção de etnocentrismo e modernidade,
modernidade etc.), referentes à sociedade e à formação do modo de vida urbano a partir das transformações cultura e sociedade e cidadania e cidadão.
comparando-as a narrativas do território. Apresenta a formação da sociedade, da vida coletiva, das cidades e do Analisar politicamente os usos dos territórios em
que contemplem outros agentes urbano. distintos tempos e lugares.
e discursos.
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar os fenômenos do
mundo moderno: divisão do trabalho, especialização, variação moral, coesão social,
racionalização, influência religiosa sobre a vida humana, relações produtivas e conflitos
entre classes sociais. Promove, ainda, o estranhamento e a desnaturalização diante das
regras e estruturas sociais.

(EM13CHS103) A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade a partir do estudo da ciência,


Elaborar hipóteses, selecionar cultura, religião, ética e liberdade.
A transformação do capitalismo desde a
evidências e compor
Revolução Industrial até o imperialismo. A
argumentos relativos a A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade analisando a configuração da
contribuição das revoluções do século XX para
processos políticos, produção dos espaços geográficos em distintos tempos e espaços, analisando situações
as configurações geo-históricas do mundo. A
econômicos, sociais, geográficas a partir de diferentes linguagens e representações.
sociedade e a relação com o trabalho. Classe e
ambientais, culturais e
estratificação social. A ciência na história. A
epistemológicos, com base na A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao retomar as questões relativas
cultura e a religião. A ética: existência ética e
sistematização de dados e à origem e aos desdobramentos das Revoluções históricas, apresentando as
liberdade. As transformações no espaço
informações de natureza transformações para compreender os fundamentos da contemporaneidade.
geográfico a partir da produção de mercadorias.
qualitativa e quantitativa
A dinâmica da natureza e os impactos causados
(expressões artísticas, textos A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade com objetivo trabalhar a
pela ação antrópica.
filosóficos e sociológicos, crítica ao senso comum, promovendo o estranhamento e desnaturalização da realidade,
documentos históricos, mostrando a relação da sociedade com o trabalho e os desdobramentos do capitalismo
gráficos, mapas, tabelas etc.). na estratificação social.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 1 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos
epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente com relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA

A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao tratar do conceito de


cultura material e imaterial, do sentido de patrimônio e da relação entre comunicação de
massa, ideologia e cultura.

A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar o legado cultural de


(EM13CHS104) Cultura: dimensões, diversidade e difusão de
cada povo em diferentes períodos e lugares, relacionando essa herança à formação da
Analisar objetos da cultura informações e conhecimentos. Patrimônio
sociedade ocidental, sobretudo a brasileira, a partir do enfoque do patrimônio histórico
material e imaterial como cultural: material e imaterial. Patrimônio natural e
cultural e da importância da preservação da memória.
suporte de conhecimentos, conservação. Turismo ambiental. Indústria
valores, crenças e práticas que cultural e meios de comunicação de massa:
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade pela compreensão do caráter
singularizam diferentes sociedade, ideologia e consumo. Estética e arte.
material que se impõe aos indivíduos, do padrão estético e das produções de significados.
sociedades inseridas no tempo A arte como forma de pensamento e produção de
e no espaço. significados e as concepções estéticas.
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a relação da cultura
e do território e as práticas territoriais que revelam marcas culturais, os símbolos e as
características do habitar e do viver a cidade. Apresenta a importância que o patrimônio
natural possui para a conservação, bem como a relação do patrimônio com o turismo.

(EM13CHS105) A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar o reconhecimento Consequências da Modernidade: tecnologia,
Identificar, contextualizar e das características e interconexões entre espaços urbanos e rurais. Tais interconexões trabalho, obsolescência e degradação ambiental.
criticar as tipologias evolutivas expressam organizações espaciais codependentes e complexas, que geram conflitos em Complexidade: entendimento dos conflitos e
(como populações nômades e ambos os espaços. situações divergentes, observando dicotomias,
sedentárias, entre outras) e as ambiguidades e julgamentos valorativos
oposições dicotômicas (cidade/ A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade a partir do estudo da razão e da excludentes e opositivos. Espaço urbano e rural:
campo, cultura/natureza, filosofia do conhecimento, da filosofia da ciência e da Teoria Crítica. conflitos pela terra, interesses divergentes e
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 1 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos
epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente com relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
civilizados/bárbaros, ambiguidades. Razão e pensamento científico.
razão/sensibilidade, A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a ideia de barbárie, Subjetividades, religiosidades, senso comum e
material/virtual etc.), os ideais iluministas e o conceito de civilizado, o neocolonialismo na África e Ásia, o valores tradicionais. Concepções de mudanças
explicitando as ambiguidades e ultranacionalismo dos regimes totalitários e a presença da dicotomia na organização das sociais em distintos tempos e lugares: evolução,
a complexidade dos conceitos e sociedades. progresso e desenvolvimento.
dos sujeitos envolvidos em A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao tratar dos limites e das
diferentes circunstâncias e críticas à Modernidade. As ideias de progresso, de razão e de avanço rumo a uma
processos. sociedade melhor são passíveis de revisão crítica, possibilitando superar uma visão de
mundo dicotômica.
(EM13CHS106)
Utilizar as linguagens A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade por meio de análise crítica de Escala Cartográfica e Escala Geográfica.
cartográfica, gráfica e documentos de natureza diversa: fotografias, obras de arte, caricaturas, quadrinhos, Diferentes formas de representação espacial da
iconográfica e de diferentes filmes, músicas, textos literários e teatrais, propagandas etc. informação, por exemplo, no acesso e uso da
gêneros textuais e as Internet e das redes sociais, considerando as
tecnologias digitais de A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao propor exercícios que desigualdades regionais e sociais. Análise de
informação e comunicação de permitam vivenciar e apreender as diferenças conceituais entre distintos pensadores em mapas temáticos e de dados sobre os usos do
forma crítica, significativa, tempos históricos diferentes. território no Brasil e no mundo a partir da malha
reflexiva e ética nas diversas rodoviária, ferroviária, hidroviária, aeroviária e a
práticas sociais (incluindo as A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade através da interpretação de relação com a mobilidade da produção. Leitura
escolares) para se comunicar, dados e informações de distintos fenômenos espaciais a partir de representações gráficas de imagem (fotografia, charges, caricaturas etc.)
acessar e disseminar de mapas, gráficos, quadros e tabelas para que o estudante possa relacionar, comparar, em diferentes suportes para identificar visões de
informações, produzir compreender e diferenciar os fenômenos espaciamente referenciados. mundo, parcialidades, estereótipos e
conhecimentos, resolver intencionalidades. Informação e comunicação: a
problemas e exercer A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao tratar da estrutura e relação entre os sistemas de comunicação e as
protagonismo e autoria na vida funcionamento dos meios de comunicação de massa e das tecnologias de produção e redes técnicas. Algoritmos, privacidade e “bolhas
pessoal e coletiva. difusão de informação, assim como as condições e consequências sociais de acesso e digitais”. Fake News e comunicação política.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 1 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir de procedimentos
epistemológicos e científicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente com relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
usos de tais recursos.

MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS


COMPETÊNCIA 2 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão dos processos sociais, políticos, econômicos e culturais geradores
de conflito e negociação, desigualdade e igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam o exercício arbitrário do poder.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar as implicações de
(EM13CHS201)
diferentes regimes políticos na organização territorial de países e continentes, ao analisar
Analisar e caracterizar as
distintas relações étnicas e de xenofobia frente a processos de povoamento e ao analisar Regimes políticos e dinâmicas territoriais. Etnias,
dinâmicas das populações, das
a formação do território brasileiro a partir da migração. xenofobia e conflitos territoriais. Territorialidades
mercadorias e do capital nos
urbanas e rurais. Propriedade da terra e
diversos continentes, com
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade com a análise de aspectos organização territorial. Migrações e conflitos
destaque para a mobilidade e a
políticos e econômicos de espaços geradores e receptores de migrantes e com a análise socioespaciais: fluxos e relações escalares
fixação de pessoas, grupos
do trabalho e moradia em espaços urbanos e rurais, e das alterações na dinâmica global (eventos naturais, políticos, sociais e
humanos e povos, em função
a partir dos processos migratórios. econômicos).
de eventos naturais, políticos,
econômicos, sociais e culturais.
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao discutir o Pensamento
Social Brasileiro frente à problemática da emancipação, do direito à diferença, dos limites
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 2 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão dos processos sociais, políticos, econômicos e culturais geradores
de conflito e negociação, desigualdade e igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam o exercício arbitrário do poder.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
à liberdade, da definição da dignidade como projeto social e do reconhecimento da
exclusão.

A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade relacionando as formas e


organizações territoriais aos tipos de governos e debatendo dimensões éticas
relacionadas à convivência entre as diferenças.

A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade relacionando moradia,


transporte, qualidade de vida e tecnologia; compreendendo a relação entre tecnologia,
(EM13CHS202)
produção e trabalho; e analisando as relações entre meio ambiente e tecnologia.
Analisar e avaliar os impactos
das tecnologias na estruturação Tecnologias digitais e redes sociais: impactos em
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade a partir do confronto entre as
e nas dinâmicas das diferentes sociedades e escalas de análise.
interpretações, versões, fatos e processos tecnológicos em diferentes tempos por meio de
sociedades contemporâneas Fronteiras culturais: integração e exclusão
diferentes narrativas e fontes documentais.
(fluxos populacionais, sociocultural. Política e interculturalidade.
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade promovendo a análise da
financeiros, de mercadorias, de Tecnologia, globalização e dinâmica produtiva.
influência da tecnologia na difusão, manutenção, alteração de padrões comportamentais
informações, de valores éticos e Estados e organismos internacionais:
e a partir da reflexão sobre poderes transnacionais e locais, conflitos e movimentos contra-
culturais etc.), bem como suas protecionismo, multilateralismo e governança
hegemônicos.
interferências nas decisões global.
políticas, sociais, ambientais,
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade refletindo sobre a relação entre
econômicas e culturais.
técnicas, culturas e vida digital e analisando a relação entre ciência, ética, tecnologia.

(EM13CHS203) A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade através de situações Fronteira, território e territorialidade: conceito
Contrapor os diversos geográficas onde os territórios, as fronteiras e as territorialidades tensionem as político e jurídico e a noção social de ocupação
significados de território, demarcações legais e os marcos cartográficos. do espaço. Fronteiras e território: identificações
fronteiras e vazio (espacial, étnico-nacionais, produções de diferenças
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 2 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão dos processos sociais, políticos, econômicos e culturais geradores
de conflito e negociação, desigualdade e igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam o exercício arbitrário do poder.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
temporal e cultural) em A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade contrapondo conceitos e sociais e hibridismos culturais. Formação dos
diferentes sociedades, processos referentes à ocupação/invasão, povoamento/conquista, dominador/dominado, Estados nacionais: princípios e elementos de
contextualizando e relativizando civilização/barbárie e diáspora/migração. composição do Estado; nações, Estados e
visões dualistas como sociedades sem Estados. Formas de Estado.
civilização/barbárie, A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade compreendendo as diferentes Sistemas e formas de governo. Democracia
nomadismo/sedentarismo e relações de poder: e compreendendo e analisando a complexidade das relações de antiga e democracia moderna. Cidadania
cidade/campo, entre outras. sentido em um dado momento histórico. moderna e cidadania antiga.

A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade analisando o papel do


governo, da violência institucional no controle do território, da organização administrativa
para exercício do poder e do enraizamento dos indivíduos em uma comunidade.
(EM13CHS204) A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade abordando as territorialidades
Comparar e avaliar os decorrentes de acordos internacionais e a influência dos organismos internacionais na
processos de ocupação do organização dos Estados e analisando as semelhanças e diferenças dos países A produção do espaço urbano: formação de
espaço e a formação de federalistas: a importância do município como terceiro ente do federalismo brasileiro. territórios e governança. Federalismo e gestão
territórios, territorialidades e do território: descentralização e arranjos
fronteiras, identificando o papel A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a formação dos institucionais, as diferenças entre o federalismo
de diferentes agentes (como Estados Nacionais, os tratados de limites fronteiriços, a partilha da África e as fronteiras do Brasil e de outros países. Potências mundiais:
grupos sociais e culturais, estabelecidas durante a Guerra Fria e na atualidade. fronteiras, territórios e territorialidades. Impérios
impérios, Estados Nacionais e e Estados Nacionais: sobreposição de
organismos internacionais) e A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade a partir de abordagens territorialidades étnico-culturais. Organismos
considerando os conflitos teóricas que analisam a relação entre marcos regulatórios e questões ambientais e internacionais, Estados Nacionais: soberania,
populacionais (internos e identificando relações entre aumento populacional, surgimento de favelas e violência territorialidades e políticas de administração
externos), a diversidade étnico- urbana. nacionais.
cultural e as características
socioeconômicas, políticas e A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao promover a reflexão sobre o
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 2 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão dos processos sociais, políticos, econômicos e culturais geradores
de conflito e negociação, desigualdade e igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam o exercício arbitrário do poder.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
tecnológicas. ser em si e a coletividade para compreender a diversidade atual e histórica, desconstruindo
pré-conceitos sobre o humano e a sociabilidade.

A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar as transformações


socioespaciais, focando nas territorialidades em disputa, no urbano e no rural, frente ao
acesso a serviços, trabalho, lazer, educação e saúde.

(EM13CHS205) A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar o desenvolvimento


Renovação cultural, ética, valores e cultura
Analisar a produção de de formas de solidariedade e a elaboração de normas e códigos de conduta de grupos
juvenil. Transição demográfica, população
diferentes territorialidades em identitários, minoritários ou excluídos, frente às normas e valores hegemônicos. Também
economicamente ativa e ocupação das áreas
suas dimensões culturais, aborda as condições históricas, políticas, econômicas e o surgimento da juventude.
urbanas. Territorialidades juvenis: centralidades
econômicas, ambientais, A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar o papel dos grupos
e periferização no urbano e no rural, em distintas
políticas e sociais, no Brasil e no de jovens junto aos movimentos de vanguarda musical, literária e política. Aborda também
escalas de análise. Tecnologias da informação e
mundo contemporâneo, com a juventude após Segunda Guerra Mundial, os movimentos estudantis da década de 1960
comunicação e a atuação da juventude em
destaque para as culturas e movimento dos “cara-pintadas”.
movimentos sociais.
juvenis.
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade através do estudo da ética e da
conduta moral, analisando a complexidade e fragilidade da dualidade bem e mal. Também
aborda as práticas juvenis e o avanço tecnológico.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 2 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão dos processos sociais, políticos, econômicos e culturais geradores
de conflito e negociação, desigualdade e igualdade, exclusão e inclusão e de situações que envolvam o exercício arbitrário do poder.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar as múltiplas
escalaridades dos fenômenos, de modo a compreender possíveis e prováveis relações
entre local, regional e global.
Abrangência escalar do fenômeno espacial:
(EM13CHS206)
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar os usos do espaço local, regional e global e as relações entre os
Compreender e aplicar os
no Brasil colonial e monárquico. Também aborda o reconhecimento da importância e princípios do raciocínio geográfico. Redes
princípios de localização,
influência da configuração espacial no desenvolvimento das sociedades antigas, na urbanas, cidades globais, megalópoles e
distribuição, ordem, extensão,
formação das aldeias agrícolas e primeiras cidades e no estabelecimento de rotas metrópoles, considerando as barreiras
conexão, entre outros,
comerciais. econômicas, sistemas de informação e
relacionados com o raciocínio
comunicação e as contradições socioespaciais
geográfico, na análise da
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade a partir da contribuição contemporâneas. Processos de urbanização e o
ocupação humana e da
marxista sobre o estudo da cidade, problematizando com foco na qualidade de vida direito à cidade. Redes e sociabilidades urbanas:
produção do espaço em
urbana. localização e mapeamento de aparelhos culturais
diferentes tempos.
e de entretenimento pela cidade.”
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade através da reflexão sobre a
influência do pensamento científico na organização dos espaços contemporâneos,
considerando a garantia dos Direitos Humanos e sociais.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 3 ESPECÍFICA DA BNCC
Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de
soluções que respeitem e promovam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao estudar as situações
geográficas a partir da relação entre sociedades e natureza em diferentes escalas de
análise e ao considerar as características de uso e ocupação dos lugares.
A produção de mercadorias, o consumo e o
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao apresentar a produção de descarte de resíduos, considerando o papel do
(EM13CHS301) mercadorias, o consumo e o descarte de resíduos em diferentes contextos históricos. Estado, da sociedade e do indivíduo. Impactos
Problematizar hábitos e práticas ambientais em áreas rurais e urbanas e a relação
individuais e coletivos de A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao estimular a reflexão, com a produção econômica. Técnicas e
produção e descarte (reuso e abordando a questão da individualidade e coletividade na sociedade de consumo, tecnologias em diferentes tempos e lugares.
reciclagem) de resíduos na possibilitando ao estudante argumentos que promovam a consciência crítica, responsável Modelos de desenvolvimento econômicos e os
contemporaneidade e elaborar e ética. padrões de sustentabilidade: a durabilidade dos
e/ou selecionar propostas de produtos, as cidades sustentáveis e a
ação que promovam a A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a questão da obsolescência programada. As questões
sustentabilidade socioambiental produção em massa nas sociedades industriais, as estratégias empresariais de ambientais de uso e ocupação dos solos em
e o consumo responsável. predeterminação da validade dos produtos e a questão da novidade na formação do gosto diferentes lugares do mundo: lixões, aterro
e na criação de distinções sociais pela moda, por exemplo. A abordagem sobre os lixões sanitários, compostagem, cooperativas de
e seus entornos, impactos e trabalhadores permite discutir efeitos do descarte massivo de catadores e a vida no lixo.
resíduos e a questão do materialismo como prática social de consumo, descarte e
orientações éticas.

(EM13CHS302) A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar as cadeias Impactos ambientais gerados pelas atividades
Analisar e avaliar os impactos produtivas do petróleo e dos minérios, considerando os impactos socioambientais, a agropecuárias e extrativas em diferentes países,
econômicos e socioambientais dinâmica do comércio global e os fluxos de produção e consumo. como desmatamento, assoreamento,
de cadeias produtivas ligadas à queimadas, erosão, poluição do ar, do solo, das
exploração de recursos naturais A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao facilitar o entendimento das águas e redução da biodiversidade. Cadeia
e às atividades agropecuárias relações entre homem e natureza a partir de conceitos sobre modos de vida, consumo, produtiva do petróleo e dos minérios. Setores
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 3 ESPECÍFICA DA BNCC
Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de
soluções que respeitem e promovam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
em diferentes ambientes e cultura e produção. econômicos, estrutura produtiva e questões
escalas de análise, socioambientais. Pesquisa científica e
considerando o modo de vida A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a constituição de tecnológica e a conservação ambiental: unidades
das populações locais e o redes assimétricas de interdependência entre as economias capitalistas. Analisa a de conservação, estação ecológica, reserva
compromisso com a produção e seus impactos no contexto de um sistema mundial de dependências. Também biológica, parque nacional, monumento natural,
sustentabilidade. analisa o trabalho e suas condições na diversidade dos processos produtivos. refúgio da vida silvestre. Modo de vida, hábitos
culturais e o uso de recursos naturais pelas
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar modos de vida, populações locais em diferentes lugares e
hábitos culturais e o uso de recursos naturais pelas populações locais em diferentes tempos.
lugares do mundo.

A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a indústria cultural


no período atual da globalização, entre produção, consumo e uso do território. Aborda
A globalização, o meio técnico-científico
ainda a Divisão Internacional do Trabalho a partir do espaço geográfico da produção, do
informacional e o uso do território pela indústria
(EM13CHS303) consumo e da riqueza entre grandes corporações, bem como o uso do território e o avanço
cultural (música, gastronomia, moda). A ideologia
Debater e avaliar o papel da das técnicas pelas especialidades produtivas.
capitalista e a produção da indústria cultural de
indústria cultural e das culturas
massa. O avanço das técnicas e tecnologias no
de massa no estímulo ao A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a produção da
meio de comunicação e informação. Cultura de
consumismo, seus impactos indústria cultural em diferentes contextos históricos e a ideologia capitalista do consumo.
massa, publicidade e a produção de desejos
econômicos e socioambientais,
(publicidade infantil e o uso dos estereótipos,
com vistas a uma percepção A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao promover a reflexão acerca
consumo e estilo de vida, marcas e a fetichização
crítica das necessidades do consumismo nas sociedades modernas e dos consequentes problemas
dos produtos). Cidadania, cidadão e consumidor:
criadas pelo consumo. contemporâneos. Trata a questão dos efeitos da comunicação de massa na criação de
a lógica perversa do consumo na exclusão social
necessidades de consumo junto à população, assim como a criação de status e estilos de
do período atual.”
vida associados ao consumo de determinadas marcas e produtos.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 3 ESPECÍFICA DA BNCC
Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de
soluções que respeitem e promovam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao exercitar a reflexão sobre a
ideologia capitalista, a produção de desejos pela indústria da cultura de massa e a questão
da cidadania e consumo.

A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade estudando a dimensão


geopolítica da questão ambiental. Apresenta o Fórum Mundial Ambiental da ONU, o Fórum
Mundial da Água, a Conferência do Clima, entre outros eventos que permitem refletir sobre
o papel dos países e das instituições. Aborda, ainda, políticas e programas ambientais
Governança ambiental no Brasil e em diferentes
(EM13CHS304) para a Amazônia.
países do mundo. Riscos, vulnerabilidade e
Analisar os impactos
insegurança ambiental: políticas e programas
socioambientais decorrentes de A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar os impactos
ambientais para a Amazônia. Mudanças
práticas de instituições socioambientais e o papel dos indivíduos, das instituições, dos Estados e dos órgãos
climáticas. O papel dos indivíduos, das
governamentais, de empresas e multilaterais a partir de situações como construção de ferrovias, rodovias, usinas
instituições, dos Estados e dos órgãos
de indivíduos, discutindo as hidrelétricas e nucleares; reformas urbanísticas; campanhas sanitárias; entre outras.
multilaterais no enfrentamento das questões
origens dessas práticas, e
socioambientais. O Programa das Nações
selecionar aquelas que A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao analisar os discursos éticos
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e o
respeitem e promovam a e políticos, identificando posições não enunciadas, mas que podem dirigir os processos.
fortalecimento das instituições mundiais para o
consciência e a ética
desenvolvimento sustentável. Estratégias e
socioambiental e o consumo A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a questão da
instrumentos internacionais de promoção das
responsável. degradação ambiental nas sociedades modernas. Reflete sobre os efeitos do processo de
políticas ambientais.”
modernização e debate questões como pesquisas com embriões, mudança climática,
riscos globais e a produção de discursos.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 3 ESPECÍFICA DA BNCC
Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de
soluções que respeitem e promovam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao comparar as proposições
legais – nacionais e internacionais – às ações de demarcação/uso/conservação e
preservação de áreas e ao apresentar as questões globais ambientais diante dos dilemas
e impactos políticos e econômicos.
Produção econômica e as legislações para
(EM13CHS305)
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar acordos uso/preservação/restauração/conservação dos
Analisar e discutir o papel dos
internacionais relativos ao aquecimento global, à preservação e ao desenvolvimento recursos naturais. Acordos, tratados, protocolos
organismos nacionais de
sustentável, bem como os compromissos assumidos pelo Brasil. e convenções ambientais internacionais e a
regulação, controle e
soberania nacional. Estados nacionais,
fiscalização ambiental e dos
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao considerar o estudo das desenvolvimento econômico e a preocupação
acordos internacionais para a
instituições de poder e as questões relativas ao desenvolvimento econômico e à global com o ambiente. Movimentos sociais
promoção e a garantia de
sustentabilidade. Aborda a questão da organização da sociedade civil, ações coletivas e ambientalistas e a agenda global. Ações e
práticas ambientais
participação dos movimentos sociais. instituições estatais e não governamentais de
sustentáveis.
fiscalização e proteção ambiental.”
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade apresentando possibilidades e
limites da ação individual e coletiva. Reflete sobre a relação das sociedades com a
natureza e a preservação inteligente das condições para a manutenção da vida.

(EM13CHS306) A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao apresentar a Economia verde, bem-estar humano e equidade
Contextualizar, comparar e especialização do território a partir da lógica global de produção e o comportamento de social. Riscos ambientais e a escassez
avaliar os impactos de diferentes países nos setores primários e secundários da economia, mostrando a ecológica: o comportamento de países
diferentes modelos econômicos diferença que existe no tratamento dado aos recursos naturais em países da África, desenvolvidos e em desenvolvimento nos
no uso dos recursos naturais e Europa, Ásia e América Central. setores primários da economia. Padrões de
na promoção da industrialização, riscos e meio ambiente em
sustentabilidade econômica e A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar os estudos pioneiros diferentes países do mundo. Dinâmicas
socioambiental do planeta. de Thomas Malthus e David Ricardo em reconhecer a dimensão ambiental no processo socioespaciais produtivas e a especialização do
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 3 ESPECÍFICA DA BNCC
Contextualizar, analisar e avaliar criticamente as relações das sociedades com a natureza e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de
soluções que respeitem e promovam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
de crescimento econômico; os efeitos do choque do petróleo na década de 1970, que território da produção econômica.
levou à preocupação com a escassez de recursos naturais; e o programa Proálcool que Cooperativismo, economia solidária e
encontrou no etanol um combustível renovável e menos poluente. associativismo: a questão do indivíduo, da
coletividade, da ética e da solidariedade.
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar o tema pela via do
cooperativismo, em relação à produção, à organização do trabalho e ao consumo. Aborda
também a economia solidária e o associativismo.

A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao refletir sobre questões


relativas ao indivíduo na sociedade, à coletividade e à solidariedade como prática da vida
humana.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 4 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e
transformação das sociedades.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao reconhecer as mudanças nas
As mudanças nas relações de trabalho e
relações de trabalho ao longo do tempo: Pré-História, escravismo antigo, senhores e
mercado nos diferentes períodos históricos:
servos, aprendizes e mestres, escravidão moderna, o trabalhador livre, a nova
antiguidade, modernidade e contemporaneidade.
organização do trabalho (taylorismo, fordismo), resistências dos trabalhadores (movimento
Relações de trabalho e mercado no mundo
operário, entre outros).
globalizado. A precarização do trabalho e os
vínculos informais: autônomo, freelancer,
(EM13CHS401) A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade por meio da análise das
temporário, parcial, terceirizado, trainee, etc. O
Identificar e analisar as relações relações geopolíticas do mundo do trabalho e da mudança socioterritorial que as relações
Meio Técnico, Científico e Informacional e os
entre sujeitos, grupos e classes impõem ao atual período técnico. O estudo geográfico do mundo do trabalho é
impactos no uso do território pelas relações do
sociais diante das desenvolvido a partir dos princípios do raciocínio geográfico para compreender os
mundo do trabalho. Modos de produção e
transformações técnicas, processos de organização de diferentes espaços e o uso do território
regimes de trabalho, em diferentes sociedades,
tecnológicas e informacionais e
considerando as mudanças técnicas,
das novas formas de trabalho A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao comparar formas variadas
tecnológicas e informacionais ocorridas: trabalho
ao longo do tempo, em de organização do trabalho, compreendendo a diversidade e as formas de desigualdades
escravo, servil e assalariado e os perfis sociais
diferentes espaços e contextos. sociais nas sociedades capitalistas.
das diferentes ocupações. As desigualdades de
gênero e étnico-raciais no mercado de trabalho.
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao estimular a compreensão
A dimensão ética da economia e do trabalho: as
crítica da realidade social capitalista. Neste sentido, apresenta-se como um elemento
categorias e os conceitos de classe social,
pedagógico de incentivo à apreensão dos aspectos mais contraditórios e problemáticos da
proprietário, meios de produção, trabalho e
vida social moderna.
renda.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 4 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e
transformação das sociedades.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade analisando locais com forte
estratificação social, de modo a compreender as razões que legitimam e reproduzem esse
quadro e as questões relacionadas às desigualdades sociais e territoriais que se impõe ao
Questões conceituais como trabalho, emprego,
mundo a partir do meio técnico, científico e informacional.
renda, estratificação e desigualdade
socioeconômica. Indicadores de emprego,
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao reconhecer as mudanças
(EM13CHS402) trabalho e renda no Brasil (Pnad, IBGE e Ipea) e
ocorridas no pensamento econômico e na política econômica dos países com a Crise de
Analisar e comparar indicadores indicadores em países da Europa, Ásia, Oceania
1929, a decadência do Estado de Bem-Estar Social, a consolidação do neoliberalismo e
de emprego, trabalho e renda e África. Desemprego conjuntural, desemprego
as mudanças ocorridas no mercado de trabalho desde o século XX.
em diferentes espaços, escalas estrutural e políticas públicas de geração de
e tempos, associando-os a emprego e renda em diferentes escalas: Brasil,
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a dimensão
processos de estratificação e EUA, UE, Ásia, África e Oceania. Trabalho e
econômica, considerando as transformações da sociedade pós-industrial, caminhando
desigualdade socioeconômica. estratificação social no Brasil, na América Latina
para uma economia de serviços, de produção flexível e de desemprego estrutural. Trata
e em outros países do mundo. Distribuição de
ainda da questão do salário e das desigualdades sociais.
renda: conceito, aplicação e análise em
diferentes escalas e lugares.
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar os significados e os
processos da realidade social inclusos nas questões relacionadas ao mundo do trabalho.

(EM13CHS403) A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade através da interpretação de Questões conceituais sobre justiça socioespacial
Caracterizar e analisar situações geográficas que permitam a associação entre fragilidade social e precarização e Direitos Humanos: conjunto de direitos
processos próprios da das condições de trabalho com o fim de compreender as características do mundo atual, atribuídos ao ser humano independentemente
contemporaneidade, com o papel das técnicas, a globalização e as relações de emprego e trabalho a partir das das diferenças e desigualdades sociais e
ênfase nas transformações grandes corporações, bem como as desigualdades socioespaciais. territoriais. Violações aos Direitos do Trabalho no
tecnológicas e das relações Brasil e no mundo: temas como trabalho escravo,
sociais e de trabalho, para A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao problematizar as questões trabalho infantil, assédio moral e sexual,
propor ações que visem à relativas aos direitos ao trabalho no Brasil e no mundo: trabalho escravo, trabalho infantil, discriminação de gênero, raça e portadores de
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 4 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e
transformação das sociedades.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
superação de situações de assédio moral e sexual, discriminação de gênero, raça, tráfico humano, entre outros temas. deficiência no local de trabalho, tráfico humano,
opressão e violação dos entre outros. A globalização como perversidade:
Direitos Humanos. A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao refletir sobre o contexto a produção de riquezas e pobreza,
das inovações tecnológicas, da reestruturação produtiva e das novas formas de gestão da desigualdades socioeconômicas, os direitos
mão de obra. Trata da flexibilização da produção e suas consequências para as formas trabalhistas na lógica dos países pobres e ricos.
precárias de contratação e de trabalho. A precarização do trabalho no mundo globalizado
neoliberal: vínculos informais de trabalho, direitos
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade como reflexão acerca do caráter trabalhistas, tratamento degradante,
societário das atividades e relações humanas com o mundo, podendo descortinar o terceirização, empreendedorismo,
sentido de direitos, justiça social, Direitos Humanos e trabalho. multifuncionalidade e trabalho domiciliar.

A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao reconhecer a diversidade e a


complexidade de sociedades e culturas em diferentes tempos, destacando a situação dos economicamente ativa, a transição demográfica
(EM13CHS404) excluídos e dominados: indígenas, mulheres, camponeses, escravos, miseráveis das e o envelhecimento. A precarização do trabalho
Identificar e discutir os múltiplos cidades e do campo etc. no mundo globalizado: vínculos informais de
aspectos do trabalho em trabalho, terceirização, empreendedorismo e
diferentes circunstâncias e A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade abordando a relação entre multifuncionalidade. Trabalho: diferentes
contextos históricos e/ou transformações no mundo do trabalho e o envelhecimento da população, suas novas significados e sentidos. O ócio e o lazer no
geográficos e seus efeitos sobre implicações para as gerações futuras e o uso do território em decorrência dos novos mundo do trabalho. Trabalhos “invisíveis”:
as gerações, em especial, os arranjos do mundo do trabalho. domésticos, voluntários, imigrante, trabalho para
jovens e as gerações futuras, consumo próprio (cultivo, pesca, caça, criação de
levando em consideração, na A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar diferentes visões animais, artesanato etc.). Profissões “invisíveis”:
atualidade, as transformações a respeito do trabalho. Ela implica a reflexão sobre a sociedade capitalista industrial, o gari, faxineiro, sepultador, porteiro, catadores de
técnicas, tecnológicas e aumento da produtividade, a racionalização e o controle, bem como a ideologia do trabalho lixo reciclável etc. Profissões ameaçadas pelo
informacionais. na atualidade, a redução de jornadas e o incentivo ao uso do tempo para o ócio e o lazer. avanço das tecnologias e os impactos da nova
configuração do trabalho para as gerações
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 4 ESPECÍFICA DA BNCC
Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e
transformação das sociedades.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa ao desvendar a complexidade presente e futuras.”
determinante nas relações homem-mundo e estimular o entendimento das formas de
produção, bem como dos limites que se impõem ao desenvolvimento da produção.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 5 ESPECÍFICA DA BNCC
Reconhecer e combater as diversas formas de desigualdade e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar questões éticas em
vários períodos, como o teocentrismo da Idade Média que impregnou as concepções
éticas da época; o racionalismo moderno e as ideias iluministas e suas contradições em
propor os Direitos do Homem e do Cidadão com a exclusão das mulheres, entre outros.
Compreensão dos valores éticos, justiça social,
(EM13CHS501)
solidariedade, igualdade e equidade em
Compreender e analisar os A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade identificando em processos
diferentes períodos históricos. Mecanismos de
fundamentos da ética em históricos marcas da ética, de valores democráticos e solidários.
promoção e proteção de direitos: a construção da
diferentes culturas,
cidadania na história da humanidade e em
identificando processos que A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao analisar as tensões
diferentes lugares. A igualdade e o respeito à
contribuem para a formação de políticas que revelam desigualdades territoriais e violências que envolvam o desrespeito
diversidade. Diferenças e desigualdades:
sujeitos éticos que valorizem a aos direitos e a dignidade no modo de vida.
preconceitos, discriminações e a questão da
liberdade, a autonomia e o
(in)tolerância. Ética global e moral local: o debate
poder de decisão (vontade). A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao discutir a construção sócio-
sobre o universalismo e o pluralismo ético.
histórica e arbitrária do comportamento humano, a partir das influências recebidas pela
cultura e instituições. Trata das teorias da fundação da chamada sociedade civil, discutindo
também, no âmbito das contribuições políticas, a relação entre moralidade e ação política.

(EM13CHS502) A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao desenvolver a compreensão Mito da democracia racial e tipos de racismo:
Analisar situações da vida da variedade de formas de vida e de expressões valorativas. Estimula o estudante a injúria racial, racismo institucional e racismo
cotidiana (estilos de vida, perceber e compreender a diversidade cultural humana, visando à apreensão de estrutural. Laicidade, pluralismo e intolerância
valores, condutas etc.), diferentes possibilidades de afirmações éticas e a superação de preconceitos. religiosa. Preconceito e desigualdade de gênero.
desnaturalizando e Sexualidade, identidade, orientação e expressão
problematizando formas de A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar o legado do de gênero. Vulnerabilidade social, políticas
desigualdade e preconceito, e patriarcalismo e da escravidão na composição das relações sociais e de poder, bem como públicas e planejamento. Segregação
propor ações que promovam os as desigualdades e os preconceitos no tempo presente sob diferentes formas. socioespacial, o uso do território e as condições
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 5 ESPECÍFICA DA BNCC
Reconhecer e combater as diversas formas de desigualdade e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
Direitos Humanos, a A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao analisar situações de de infraestrutura em determinados espaços da
solidariedade e o respeito às segregação socioespacial, compreendendo por que determinados espaços da cidade cidade.
diferenças e às escolhas possuem melhores condições de infraestrutura e outros não.
individuais.
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao discutir a formação de
normas e padrões sociais e culturais e diferentes formas de manifestação de preconceitos
variados contra grupos e indivíduos. Trata ainda do tema da laicidade do Estado e das
manifestações de preconceito contra religiões ou grupos.

A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao analisar fenômenos


espaciais decorrentes de perseguições religiosas e políticas, como os fenômenos sociais
da migração, pobreza, exclusão e vulnerabilidade social, comparando a condição
Ações de regimes ditatoriais e totalitários, golpes
socioeconômica, direitos políticos e religiosos.
de Estado, terrorismo e formas de repressão.
(EM13CHS503) Apartheid na África do Sul e a segregação étnico-
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao reconhecer o uso da violência
Identificar diversas formas de racial nos EUA. Ação, juízo, reflexão, violência e
como instrumento de poder, nas políticas raciais, nas ações do Estado e na divulgação de
violência (física, simbólica, as relações com fenômenos sociais como
notícias.
psicológica etc.), suas causas, migração, pobreza, exclusão e vulnerabilidade
significados e usos políticos, social. Diferentes violências – física, psicológica
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao discutir a questão do
sociais e culturais, avaliando e e simbólica – em questões étnico-raciais, de
Estado e das chamadas minorias simbólicas, a partir da temática da criação de padrões e
propondo mecanismos para gênero, sexo e religião. Atlas da violência na
as variadas formas e estratégias de dominação entre os subgrupos sociais. Trata-se de
combatê-las, com base em representação cartográfica. Uso político, social e
uma abordagem mais ampla do fenômeno da discriminação e das ações de grupos
argumentos éticos. cultural da violência: campanhas políticas,
hegemônicos.
propagandas ideológicas, redes sociais e uso
político de fake news.
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade no sentido de posicionar o
sujeito frente aos comportamentos opressores e aos variados modos de violência,
propiciando reflexão acerca dos valores, pressupostos e implicações.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 5 ESPECÍFICA DA BNCC
Reconhecer e combater as diversas formas de desigualdade e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar as revoluções
Os objetivos e significados da ciência e da
científicas, suas consequências culturais e usos econômicos e políticos.
tecnologia para a vida social e desenvolvimento
científico. Empirismo, ciência e tecnologia. O
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade analisando a organização do
(EM13CHS504) mito da certeza e da neutralidade da ciência. O
espaço e a divisão internacional do trabalho a partir da lógica de produção industrial e
Analisar e avaliar os impasses conflito entre ciência e religião. A geopolítica das
científica; o avanço das técnicas e o uso do território; as grandes corporações e a
ético-políticos decorrentes das técnicas e da ciência. Os conflitos espaciais na
geopolítica das técnicas e da ciência; e a segregação decorrente da desigualdade social
transformações científicas e produção, distribuição e consumo: a divisão
e territorial.
tecnológicas no mundo internacional e territorial do trabalho. Produção
contemporâneo e seus da vida e arranjos técnicos. A questão da técnica,
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao discutir transformações
desdobramentos nas atitudes e tecnologia e ciências e a cultura tecnológica.
recentes e efeitos das inovações tecnológicas. Dialoga com perspectivas contemporâneas
nos valores de indivíduos, Transformações sociais: da ética moral-coletiva
para discutir questões morais sobre valores como confiança, responsabilidade,
grupos sociais, sociedades e do dever à lógica dos prazeres, utilidade e
solidariedade etc.
culturas. interesses individuais. Ciência, produção e
mudanças de costumes: exemplos da indústria
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao promover o descentramento
farmacêutica, de práticas médico-sanitárias e de
individual, pelo exercício da análise crítica, objetiva e rigorosa, a partir da questão da
prevenções.
técnica e da tecnologia no cotidiano das pessoas.
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 6 ESPECÍFICA DA BNCC
Participar, pessoal e coletivamente, do debate público de forma consciente e qualificada, respeitando diferentes posições, com vistas a possibilitar escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao refletir e discutir as
políticas institucionais de embranquecimento da população no Brasil e na América Latina;
o processo de constituição da República e a política de direitos; e a redistribuição de renda
e diminuição da desigualdade social no Brasil.
(EM13CHS601) Diáspora africana e seus efeitos na formação das
Relacionar as demandas sociedades latino-americanas. Populações
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade analisando o sentido de
políticas, sociais e culturais de indígenas no Brasil: colonização, escravidão,
cidadania e de sociabilidade frente às questões históricas e aos problemas atuais.
indígenas e afrodescendentes políticas de embranquecimento e terras
no Brasil contemporâneo aos indígenas. Desigualdade, exclusão e direitos: os
A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar os impactos da
processos históricos das distintos aspectos da sociabilidade e da
conquista e ocupação da América para os povos indígenas, o tráfico de escravizados, a
Américas e ao contexto de cidadania. Território e identidade: a
tutela dos povos indígenas, a violência sobre as populações indígenas e negras no Brasil
exclusão e inclusão precária territorialização de grupos indígenas e
e nas Américas e a imprensa negra como elemento de resistência e superação das
desses grupos na ordem social afrodescendentes. Equidade social: políticas
discriminações.
e econômica atual. redistributivas, ações afirmativas e políticas de
cotas.
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade analisando dados
socioeconômicos que revelam as contradições das relações socioespaciais atuais dos
grupos indígenas e afrodescendentes do Brasil e da América Latina.

(EM13CHS602) A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade abordando a relação entre


Identificar, caracterizar e público e privado, a utilização do poder político para fins individuais com privilégios aPaternalismo, autoritarismo e populismo:
relacionar a presença do grupos ou classes sociais, o papel e a atuação política em respeito à lei e à democracia,conceituação, origens e características no Brasil
paternalismo, do autoritarismo e a função dos partidos políticos e dos órgãos do poder político e a relação entre a sociedade
e na América Latina. O patriarcalismo, o
do populismo na política, na e o Estado. coronelismo e o clientelismo na formação da
sociedade e nas culturas sociedade brasileira. Divergências entre países
brasileira e latino-americana, A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao reconhecer o patriarcalismo, latino-americanos: os conflitos territoriais nas
em períodos ditatoriais e o coronelismo e o clientelismo na formação da sociedade brasileira e latino-americana e fronteiras entre os países e as migrações entre
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 6 ESPECÍFICA DA BNCC
Participar, pessoal e coletivamente, do debate público de forma consciente e qualificada, respeitando diferentes posições, com vistas a possibilitar escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
democráticos, com as formas ao abordar os governos populistas no Brasil, na Argentina, no México, na Bolívia e no os países latino-americanos. Política, poder e
de organização e de articulação Equador. Estado: ordem político-social, instituições e
das sociedades em defesa da funcionamento das regulações e leis, em
autonomia, da liberdade, do A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade refletindo sobre as questões contexto histórico e filosófico. Populismo,
diálogo e da promoção da fronteiriças na América Latina e as divergências territoriais entre países, por exemplo, clientelismo e instituições político-partidárias: o
cidadania. Colômbia e Venezuela, Chile e Bolívia, Inglaterra e Argentina, entre outras. assistencialismo e a cidadania negada.

A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade por meio da argumentação


crítica, com a reflexão sobre conceitos e valores da política, do Estado e da ética nos
espaços públicos e privados.

A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a formação do Estado


na Antiguidade, as monarquias e os diferentes absolutismos, o Estado liberal burguês, o
Estado Moderno, o Estado de Bem-Estar Social, o neoliberalismo, o Estado autoritário na
(EM13CHS603) Os sentidos histórico-filosóficos de poder,
América Latina e as democracias contemporâneas.
Compreender e aplicar política, Estado e governo. Formas de governo:
conceitos políticos básicos república, monarquia e anarquismo. Regimes de
A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade abordando conceitos e
(Estado, poder, formas, governo: democrático, autoritário e totalitário; e
situações didáticas da Geografia Política: soberania nacional, conflitos territoriais étnicos
sistemas e regimes de governo, sistemas de governo: presidencialismo e
e culturais e a pluralidade social dos Estados Nacionais contemporâneos.
soberania etc.) na análise da parlamentarismo. Doutrinas políticas: liberalismo,
formação de diferentes países, neoliberalismo, socialismo, comunismo,
A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao dialogar com a Ciência
povos e nações e de suas anarquismo, socialdemocracia, conservadorismo
Política acerca da disputa, conquista e organização da administração do poder político,
experiências políticas. e progressismo. Soberania nacional e a esfera
abordando as relações estabelecidas internamente entre os diferentes órgãos do poder
pública e privada.
com o conjunto da população.

A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao apresentar as diferentes


MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 6 ESPECÍFICA DA BNCC
Participar, pessoal e coletivamente, do debate público de forma consciente e qualificada, respeitando diferentes posições, com vistas a possibilitar escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
perspectivas de poder, política, Estado e governo para pensar a pluralidade da realidade
social.

A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao tratar das relações entre


Estados e organismos internacionais, investigando as negociações entre os Estados, os
problemas relativos as fronteiras, os acordos firmados para mediar conflitos e a questão
dos organismos internacionais e a globalização após o Tratado de Vestfália. A função e as formas de atuação de organismos
internacionais: ONU, FMI, Conselho de
(EM13CHS604) A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar o papel das Segurança, OMC, OIT, OMS, UNESCO. A
Conhecer e discutir o papel dos organizações internacionais na elaboração e regulação de normas e acordos entre países, relação dos organismos internacionais e os
organismos internacionais no considerando as tensões entre interesses globais e locais. blocos de integração econômica mundiais.
contexto mundial, com vistas à Estados Nacionais e governança global: dos
elaboração de uma visão crítica A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao abordar a atuação dos aspectos filosóficos e históricos até a conjuntura
sobre seus limites e suas organismos internacionais no contexto da Guerra Fria, nas ações da OTAN sobre o Iraque atual. Os tratados internacionais, o Sistema de
formas de atuação. (2003), a Líbia (2011) e a Síria (2013) e na questão dos movimentos migratórios Vestfália e seus limites na forma de atuação. A
transnacionais. economia globalizada a partir das ações de
organismos internacionais como FMI, OMC e
A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade com a análise crítica dos Banco Mundial.
conceitos relativos aos valores éticos na política e na economia.

A Filosofia contribui no desenvolvimento dessa habilidade propondo a compreensão dos


(EM13CHS605) princípios de justiça, igualdade, fraternidade, liberdade e direitos a partir do enfoque da Histórico de criação e princípios da Declaração
Analisar os princípios da cidadania e do direito do ser humano de ser reconhecido como pessoa em qualquer lugar. Universal dos Direitos Humanos. As questões
declaração dos Direitos relativas aos Direitos Humanos e a desigualdade
Humanos, recorrendo às A Geografia contribui no desenvolvimento dessa habilidade analisando situações de social e territorial. Redes globais e fluxos
MATRIZ DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPETÊNCIA 6 ESPECÍFICA DA BNCC
Participar, pessoal e coletivamente, do debate público de forma consciente e qualificada, respeitando diferentes posições, com vistas a possibilitar escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
HABILIDADES DA BNCC
VINCULADAS À ARTICULAÇÃO DA HABILIDADE NO COMPONENTE OBJETOS DO CONHECIMENTO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA
noções de justiça, igualdade e violação dos direitos humanos a partir da identificação das características financeiros e a relação com a vulnerabilidade
fraternidade, para fundamentar socioeconômicas dos lugares, de modo a reconhecer a vinculação entre fragilidade social
social e as desigualdades territoriais. Os
a crítica à desigualdade entre e territorial de distintos grupos e a propensão a submissão e a condições de violação de
princípios de justiça, igualdade, fraternidade e
indivíduos, grupos e sociedades direitos. liberdade a partir do enfoque dos Direitos
e propor ações concretas diante Humanos sobre a saúde, educação, trabalho e
da desigualdade e das A História contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao reconhecer situações de vida digna. A questão da cidadania e o direito de
violações desses direitos em violação dos Direitos Humanos, como o regime de apartheid na África do Sul, as leis ser, em todos os lugares, reconhecido como
diferentes espaços de vivência segregacionistas dos Estados Unidos e as violações dos Direitos Humanos praticadas pessoa perante a lei.
dos jovens. pelas ditaduras em diferentes lugares do mundo.

A Sociologia contribui no desenvolvimento dessa habilidade ao discutir o tema dos Direitos


Humanos, do enfrentamento das desigualdades sociais e da promoção do protagonismo
juvenil.

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