Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Introdução
O Guia prático de pilotagem de Drones é um material produzido para auxiliar os
iniciantes no fantástico mundo dos drones, sejam eles interessados na utilização
profissional ou para lazer. Vamos passar de forma resumida as principais informações
que um piloto iniciante de Drone precisa saber para fazer voos seguros, dentro das
normas legais conforme a legislação brasileira, com conhecimentos técnicos básicos
do funcionamento das aeronaves. Boa leitura e aproveite ao máximo tudo que esses
equipamentos voadores podem oferecer.
1
Sumário
..................................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Introdução .................................................................................................................................................. 1
1- Introdução ao mundo dos drones. ......................................................................................................... 4
1.1- Termos utilizados ......................................................................................................................... 4
1.2- Diferença entre um Aeromodelo e um Drone/RPA ............................................................................ 4
1.3- Aprenda a pilotar .............................................................................................................................. 5
1.4 – Utilidades ........................................................................................................................................ 6
2- Partes básicas de um drone. .................................................................................................................10
2.1- Multi rotores ....................................................................................................................................10
2.2- Modelos e Configurações .................................................................................................................11
2.2.1- Tricóptero .................................................................................................................................11
2.2.2- Quadricópteros .........................................................................................................................11
2.2.3- Hexacópteros ............................................................................................................................12
2.2.4- Octocopteros ............................................................................................................................13
2.3- Componentes básicos de um drone multirotor.................................................................................14
2.3.1- Shell e Frame.............................................................................................................................15
2.3.2- Controladora de Voo .................................................................................................................16
2.3.3- ESC (Eletronic Speed Control) ....................................................................................................18
2.3.4- Motor........................................................................................................................................18
2.3.5- Hélice ........................................................................................................................................19
2.3.6- Bateria ......................................................................................................................................19
2.3.7- Skid ou trem de pouso ...............................................................................................................20
2.3.8- Câmera .....................................................................................................................................20
2.3.9- Gimbal ......................................................................................................................................22
2.3.10- Sensores..................................................................................................................................22
2.3.11- Acelerômetro ..........................................................................................................................23
2.3.12- Giroscópio ...............................................................................................................................23
2.3.13- Unidade de Medição de Inércia (IMU) .....................................................................................24
2.3.14- Bússola / Magnetômetro .........................................................................................................24
2.3.15- Barômetro ...............................................................................................................................24
2.3.16- GPS .........................................................................................................................................24
2.2.17- Sensor de distância..................................................................................................................24
2.4- Asa Fixa............................................................................................................................................25
2.4.1- Asas ..........................................................................................................................................27
2.4.2- Corpo central ou fuselagem.......................................................................................................28
2
2.4.3- Servo .........................................................................................................................................28
2.4.4- Equipamento de lançamento.....................................................................................................28
2.4.5- Equipamento de recuperação ....................................................................................................28
3- Sistemas de comunicação e comando ...................................................................................................30
3.1- Conceitos e definições de radiofrequência .......................................................................................30
3.2- Antenas ...........................................................................................................................................31
3.2- Comunicação por Controle de Rádio (RC) .........................................................................................33
3.2.1- Rádio controle ou Rádio transmissor .........................................................................................33
3.2.2- Receptor ...................................................................................................................................33
3.2.3- Canais de RC..............................................................................................................................34
3.2.4- Considerações adicionais ao escolher um RC .............................................................................35
3.2.5- Outras formas de transmissão de sinal e controle......................................................................35
3.3- Estação de controle..........................................................................................................................36
4- Segurança de voo ..................................................................................................................................37
4.1- Segurança Aeronáutica ....................................................................................................................37
5- Teoria de voo e efeitos aerodinâmicas ..................................................................................................40
5.1- Eixos de Rotação ..............................................................................................................................40
5.2- Efeitos Aerodinâmicos .....................................................................................................................42
5.3-Forças Aerodinâmicas .......................................................................................................................42
5.3.1- Força (Thrust) ............................................................................................................................43
5.3.2-Fricção (Drag) .............................................................................................................................43
5.3.3-Gravidade (Weight) ....................................................................................................................43
5.4- Estol .................................................................................................................................................43
5.5- Efeito Carga .....................................................................................................................................44
5.6- Aerodinâmica de uma hélice ............................................................................................................45
5.7- Rotação de uma hélice .....................................................................................................................45
5.8- Tipos de hélices e materiais utilizados ..............................................................................................46
5.8.1- Plástico .....................................................................................................................................46
5.8.2- Fibra de Carbono .......................................................................................................................46
6- Do pré voo ao pós voo ...........................................................................................................................47
6.1- Multirotor ........................................................................................................................................47
6.2- ASA Fixa ...........................................................................................................................................48
6.3- Preparação para voo ........................................................................................................................48
6.3.1- Reconhecimento do ambiente de Voo .......................................................................................48
6.3.2- Pré Voo .....................................................................................................................................49
6.4- Em Voo ............................................................................................................................................51
6.5- Pós Voo ............................................................................................................................................52
6.6- Considerações finais.........................................................................................................................53
3
1- Introdução ao mundo dos drones.
Drones já estão no mercado há algum tempo. Os avanços tecnológicos recentes
mudaram as capacidades dos sistemas muito além dos modelos relativamente brutos
operados anteriormente pelos consoles dos joysticks e limitados pelas restrições
operacionais. Os atuais modelos de drones, disponíveis para compra na forma de
componentes pré-montados ou personalizáveis, permitem uma série de recursos de
ponta que antigamente eram de uso exclusivos das forças militares. Os operadores de
sistemas pré-montados também podem aproveitar os sistemas de controle baseados em
smartphones, melhorando drasticamente a facilidade de uso. Tais sistemas permitem
ao usuário navegar com o drone simplesmente selecionando um destino em um
aplicativo.
O termo VANT de Veículo Aéreo Não Tripulado é considerado obsoleto, mas mesmo
assim, pode ser utilizado para se referir a todo e qualquer equipamento que acesse o
espaço aéreo sem a presença de um ser humano a bordo.
4
diversificada, podendo ser empregados em missões ou serviços mais complexos e
variados.
• Tempo de Voo – voe sem preocupações com o tempo de voo ou com a carga da
bateria;
1.4 – Utilidades
O drone deixou de ser uma tecnologia usada exclusivamente para fins militares. Com
a sua popularização, tem ganhado inúmeras utilizações em diversas áreas. O uso de
drones para recreação cresce a cada ano, pois há no mercado diversos modelos com
preços acessíveis, compactos e com câmeras. Entre as principais utilizações
profissionais de drones com câmeras, estão as filmagens e fotografias aéreas. São
utilizados para registros de eventos, mercado imobiliário, coberturas esportivas,
eventos jornalísticos, indústria cinematográfica entre outros. O drone permite registrar
imagens de ângulos exclusivos, que antes seria impossíveis de serem captados.
Outra utilidade que ganha uma grande fatia do mercado a cada dia é o mapeamento
geográfico. Os drones podem alcançar locais de difícil acesso, como o topo das
montanhas, e adquirir dados de alta resolução para criar mapas em 3D. A tecnologia já
está disponível em diversos softwares, permitindo-lhes coletar dados e baixar
instantaneamente as imagens.
6
Figura 2- Exemplo de levantamento de dados de terreno com utilização de drones.
Nas inspeções de estruturas, os drones podem fornecer acesso mais rápido, em tempo
real e de alta qualidade para todos os tipos de concessionárias que precisam inspecionar
linhas de energia, oleodutos e gasodutos, torres de transmissão, telhados, prédios e
pontes, turbinas eólicas e pás de rotor. O inspetor ou equipe podem acessar as
informações a partir de uma posição segura. A capacidade de detectar em 3D, fazer
leituras térmicas e detectar tensão de metal melhorará muito a inspeção de
infraestrutura.
8
recursos em helicópteros tripulados. E, por causa de seu pequeno tamanho, eles podem
fornecer uma visão de perto de áreas onde veículos aéreos maiores se mostrariam
perigosos ou ineficientes.
Drones de corrida já são uma realidade, diversos pilotos que faziam da pilotagem de
drone um hobby, hoje são profissionais em grandes ligas como a DRL, que é a maior
organizadora de eventos de corridas de Drones do mundo. Esse é um nicho interessante
e com muito potencial.
9
Além dos exemplos citados, novos nichos de mercado estão surgindo a todo momento.
Vale ficar atento em outros mercados como a fabricação de equipamentos e
componentes, manutenção de aeronaves, criação de dispositivos como sensores e
softwares, pesquisa e desenvolvimento de novos materiais .
10
rotor para alterar o impulso e torque produzido, permitindo uma gama única de
movimento.
2.2.1- Tricóptero
Também conhecido como modelo em Y, possui 3 hélices. Não está entre os modelos
mais populares e fabricados pelas grandes empresas, sendo mais popular entre os
modelos personalizáveis.
Figura 7- Tricóptero
2.2.2- Quadricópteros
Certamente o modelo mais conhecido. Possui 4 hélices e pode ser encontrando em uma
enorme variedade de configurações, tamanhos e preços.
11
Figura 8 – Quadricóptero
2.2.3- Hexacópteros
Existem dois tipos de hexacópteros, ambos com 6 hélices. O modelo mais conhecido e
utilizado é o de seis braços, mas também existe o modelo Y6 que possui três braços,
sendo dois motores em cada. São aeronaves mais utilizadas para fins profissionais.
Figura 9- Hexacóptero
12
2.2.4- Octocopteros
Esse modelo possui 8 hélices. São equipamentos mais robustos, com maior
estabilidade, capacidade de carga e redundância de motores. Assim como os hexa, são
encontrados em dois tipos de configuração: o mais utilizado com oito braços e o
formato octoquad com quatro braços e oito hélices.
Figura 11-Hóctacopteros
13
2.3- Componentes básicos de um drone multirotor.
• Shell e Frame
• Controladora de voo
• ESC
• Motor
• Hélice
• Bateria
• Câmera
• Gimbal
• Sensores
15
Figura 14- Frame de um drone
• Waypoint - Com ela é possível definir pontos de referência pelo GPS que o drone
seguirá de forma autônoma.
• Oribiting - Permite ao drone mover-se em torno de uma coordenada GPS fixa com a
frente da aeronave sempre apontada para a o ponto marcado (muito utilizado para
filmagem).
• Siga-me – Permite ao drone seguir algo baseado em coordenadas GPS (por exemplo,
seguir uma pessoa, um animal, um carro).
17
2.3.3- ESC (Eletronic Speed Control)
É o responsável por controlar e regular eletronicamente a velocidade dos motores do
drone. São drivers capazes de interpretar os pulsos que vem da placa controladora de
voo e transformá-los em rotação dos motores. São conectados a bateria, motor e
controlador de voo.
2.3.4- Motor
É o dispositivo que converte a energia elétrica em energia mecânica, responsável pela
potência do drone. O mais utilizado entre as aeronaves menores é o motor escovado,
entre as de maior porte o motor brushless é o mais comum.
18
2.3.5- Hélice
A hélice de uma aeronave consiste de duas ou mais pás conectadas ao cubo central no
qual elas são fixadas. Toda pá é um perfil aerodinâmico capaz de gerar uma
sustentação. Cada hélice gira empurrando o ar para baixo, criando uma área de menor
pressão sobre a hélice, e uma área de pressão mais alta abaixo dela, resultando em uma
diferença de pressão que “empurra” o drone para cima fazendo ele voar.
2.3.6- Bateria
É o dispositivo que transforma em corrente elétrica a energia desenvolvida numa
reação química. As mais utilizadas entre os drones são as de LiPo (líthio-polímero),
pois são leves, recarregáveis e possuem alta capacidade de descarga, o que é ideal para
esta aplicação. Também são mais seguras e agridem menos o meio ambiente. Bateria
deve ser manuseada com cuidado, armazenada em local adequado e seguro e evitar
quedas, assim é possível o aumento da sua vida útil e prevenir maiores problemas como
perda de potência e até mesmo explosões.
19
2.3.7- Skid ou trem de pouso
Basicamente representa as pernas de um drone. Sua principal função é evitar o contato
do equipamento embarcado com o solo (câmeras, sensores, entre outros). Em caso de
uma queda em baixa altitude, eles serão os responsáveis por minimizar os danos da
aeronave. Nos multirotores existem modelos fixos e retráteis.
2.3.8- Câmera
20
É o instrumento que realiza a captação das imagens. Alguns modelos de drone já vem
de fábrica com câmeras fixas, mas também é possível encontrar ou montar modelos
onde é possível utilizar outros tipos de equipamento para captação de imagens.
Câmera RGB: São as câmeras comuns que capturam informações no espectro visível
(R = Red (Vermelho), G = Green (Verde), B = Blue (Azul)), estas câmeras podem
variar desde modelos mais simples até câmeras profissionais conhecidas como DSLR.
Câmera NIR: Near Infrared (Infravermelho Próximo), são câmeras capazes de capturar
imagens na banda infravermelho próximo do espectro eletromagnético. São câmeras
utilizadas para detectar a saúde da vegetação, sendo muito úteis na área de agricultura
de precisão.
Câmeras TIR: Thermal Infra Red (Infravermelho Termal), são câmeras capazes de
capturar o calor dos objetos. Podem ser utilizadas para inspeções em cabos de energia,
para identificar focos de combustão, localizar animais silvestres, inspeções em placas
de energia solar, entre outros.
FPV: É um termo usado para indicar que há uma câmera a bordo com um transmissor
de vídeo em tempo real. Para conseguir essa visualização é necessário que o drone
transmita as imagens do voo para o piloto em solo e este realize a pilotagem sem
contato visual direto com a aeronave. A pilotagem é feita exclusivamente pelas
informações da câmera de bordo, utilizando um óculos de FPV. Para isso, é necessário
instalar na aeronave, uma mini câmera ligada a um transmissor de vídeo e um receptor
de vídeo em solo que transmitirá as imagens em tempo real.
21
Figura 22- Exemplo de FPV de drones
2.3.9- Gimbal
É o estabilizador de câmera. Composto por dois ou mais motores, esse equipamento
compensa os movimentos do voo para manter as imagens sempre estáveis e contínuas.
Também é possível controlar a inclinação da câmera sem deslocar a aeronave,
acionando o comando pelo rádio controle.
2.3.10- Sensores
Para tornar uma missão de RPA bem sucedida, são necessários uma série de sistemas
de suporte. Entre os mais relevantes, estão os sensores, que transmitem informações
essenciais como posição de navegação, altitude, ângulo, entre outros. Os
principais sensores utilizados em drones são:
22
2.3.11- Acelerômetro
Os acelerômetros medem a aceleração linear em até três eixos (X, Y e Z). A saída de
um acelerômetro pode ser integrada duas vezes para fornecer uma posição, embora,
devido a perdas na saída, esteja sujeita a deriva. Uma característica muito importante
dos acelerômetros de três eixos é que eles detectam a gravidade e, como tal, podem
saber qual direção está abaixo. Isso desempenha um papel importante ao permitir que
aeronaves multirotores permaneçam estáveis. O acelerômetro é conectado ao
controlador de voo para que os eixos lineares se alinhem com os eixos principais da
aeronave.
2.3.12- Giroscópio
Um giroscópio mede a taxa de mudança angular em até três eixos angulares. As
unidades são geralmente graus por segundo. O giroscópio não mede ângulos absolutos
diretamente, mas você pode iterar para obter o ângulo que, assim como um
acelerômetro, está sujeito à deriva. Normalmente, o giroscópio é incorporado na
mesma unidade que o acelerômetro de 3 eixos, dessa forma, o acelerômetro calcula a
posição e o giroscópio o ângulo em que se encontra.
23
2.3.13- Unidade de Medição de Inércia (IMU)
Uma IMU é essencialmente uma pequena placa que contém tanto um acelerômetro
quanto um giroscópio (normalmente estes são multi-eixos). A maioria contém um
acelerômetro de três eixos e um giroscópio de três eixos, e outros podem conter
sensores adicionais, como um magnetômetro de três eixos, fornecendo um total de 9
eixos de medição.
2.3.15- Barômetro
Como a pressão atmosférica muda quanto mais longe estiver do nível do mar, um
sensor de pressão pode ser usado para fornecer uma leitura bastante precisa da altura
do RPA. A maioria dos controles de voo recebe informações do sensor de pressão e da
altitude do GPS para calcular uma altura mais precisa acima do nível do mar.
2.3.16- GPS
Os Sistemas de Posicionamento Global (GPS) usam os sinais enviados por um número
de satélites em órbita ao redor da terra para determinar sua localização geográfica
específica. Um controlador de voo pode ter GPS integrado ou um que esteja conectado
a ele por meio de um cabo. Para obter uma coordenada GPS precisa, o chip GPS deve
receber dados de vários satélites e, quanto mais, melhor.
24
ser baseado em tecnologia ultrassônica, laser ou lidar (o infravermelho tem problemas
na luz do sol). Poucos controladores de voo incluem sensores de distância como parte
do pacote padrão.
Drones de asa fixa são projetados como tipos mais tradicionais de aeronaves, e são
semelhantes a um avião. Eles são feitos de um corpo central que tem duas asas e uma
única hélice (alguns modelos podem ter mais de uma). Uma vez no ar, as duas asas
geram sustentação que compensa seu peso permitindo que a aeronave permaneça em
voo. Sua aerodinâmica também possibilita uma maior autonomia de voo e menor
consumo de energia. São mais utilizados na monitoração e medição de grandes áreas,
normalmente contando com câmeras, sensores térmicos e infravermelhos. Diferentes
25
dos multirotores, esses modelos precisam de impulsão para decolar. Em alguns
modelos, a decolagem é realizada manualmente, em outros, ela é realizada por meio de
uma catapulta de lançamento. Já no pouso, alguns modelos pousam de barriga no solo
e outros possuem paraquedas. Também existem modelos com trem de pouso com
rodas, como nos modelos de uso militar.
• Asas
• Servo
26
Figura 27- Disposição dos componentes de um drone de asa fixa
2.4.1- Asas
27
2.4.2- Corpo central ou fuselagem
2.4.3- Servo
Os servos são os mecanismos responsáveis por fazer os movimentos dos ailerons, leme
e profundor da RPA. De forma resumida, o servo é um conjunto de engrenagens de
diferentes tamanhos encaixados de modo que a pequena força exercida pelo motor na
entrada resulte em uma grande força na saída, que chamamos de torque. Existem
diversos tamanhos e modelos de servos, isso por que cada modelo de aeronave exige
um tipo específico de servo.
29
3- Sistemas de comunicação e comando
A informação pode ser definida como digital ou analógica e o meio é onde o sinal viaja.
Pode ser o ar, o espaço, a água, fios ou qualquer outra forma que permita a passagem
do sinal com maior ou menor intensidade. Cada meio apresenta suas próprias vantagens
e distorções. Dependendo do meio, a portadora pode ser a luz, como em uma
comunicação óptica, ou um sinal de micro-ondas, como em uma comunicação móvel.
A perda de transmissão ocorre com qualquer tipo de sinal, seja digital ou analógico,
transmitido com ou sem fios. Quanto maior for a distância, maior é a atenuação, até o
ponto que o sinal torna-se fraco impossibilitando o entendido entre os pontos. Em geral,
os sinais analógicos podem ser transmitidos a distâncias maiores que os digitais,
enquanto os sinais digitais trabalham apenas com dois sinais distintos.
900MHz (0.9GHz) − Baixa frequência, sinal penetra com mais facilidade árvores e
paredes; − Mais fácil produzir as antenas por estas serem maiores; − Para transmissão
de imagens, menos qualidade do que 5.8GHz; − Pode ter um impacto negativo nos
receptores GPS; − Melhor para distâncias médias; − Considerado tecnologia antiga.
1.2GHz (1.2 para 1.3GHz) − Ideal para voos FPV e para transmissão de vídeos à longas
distâncias; − Grande variedade de antenas no mercado; − Frequência muito utilizada
em vários outros dispositivos; − Sofre mais o efeito de obstáculos do que frequências
menores; − Melhor para médias e longas distâncias.
2.4GHz (2.3 para 2.4GHz) − Utilizado para voos FPV e vídeos à longa distância com
poucos obstáculos; − Uma das mais utilizadas para dispositivos sem fio; − Grande
variedade de acessórios disponíveis, como antenas, transmissores, etc; − Bastante
suscetível a interferência para voos em área urbana; − Muito utilizada para curtas e
médias distâncias.
5.8GHz − Ótima para curtas distâncias; − Sofre muito impacto de obstruções como
paredes e árvores; − Utiliza antenas pequenas e compactas; − Muito utilizada em
aplicações FPV em drones de corrida.
3.2- Antenas
Antena é um dispositivo que transforma energia elétrica em radiação eletromagnética,
como ondas de rádio. Quando uma corrente elétrica é passada através de um fio, um
31
campo magnético é produzido ao redor do fio. Em dois fios aproximados que
transportam correntes de cargas opostas, os campos magnéticos serão opostos e
essencialmente se anularão mutuamente. No entanto, se a orientação desses fios
positivos e negativos for manipulada corretamente, eles serão capazes de propagar com
sucesso a radiação eletromagnética na forma de ondas de rádio. Em essência, isso é
uma antena. Não existe uma diferença particular entre uma antena transmissora e uma
antena receptora, qualquer antena pode ser usada para qualquer propósito. No entanto,
a adequação da seleção da antena deve ser cuidadosamente considerada. De forma
resumida, é ela a responsável pela comunicação entre a estação de controle (RC) e a
aeronave, lembrando que as antenas são limitadas quanto ao seu raio de alcance.
Path ou Direcionais: Este tipo de antena foca a emissão do sinal em uma direção
específica, geralmente alcançando maiores distâncias, porém resultando em uma
cobertura limitada com relação a área.
3.2.2- Receptor
É o responsável por receber os comandos do rádio para que a aeronave realize os
movimentos durante o voo. Por si só, o receptor simplesmente retransmite os valores
de entrada para o controlador e como tal, não pode controlar o drone. O receptor deve
estar conectado a uma controladora de voo, que precisa ser programado para receber
sinais de RC.
33
3.2.3- Canais de RC
Um canal de RC é uma faixa de frequência de rádio independente, cada uma delas dá
ao RPA uma função de controle. Para operar uma aeronave, você precisa de um mínimo
de quatro canais, (se tiver mais melhor). Esses quatro canais são responsáveis pelos
comandos dos movimentos básicos da aeronave.
34
• Alterar os modos de voo
• Outros
35
• Infravermelho (IR) - A comunicação de infravermelho é raramente usada para
controlar drones. Embora seja possível, não é sugerido como uma opção primária.
Também existem as estações de controle de drones militares que podem ser terrestres
(fixas ou móveis) ou marítimas.
1 -Antenas
2 - Radiofrequência
3 - Interferência
4 - Potência de transmissão
36
4- Segurança de voo
A segurança deve ser tratada com extrema importância, pois na maioria dos casos
envolve não só o piloto e seus equipamentos, mas também pessoas, animais, danos
materiais envolvendo terceiros (como quedas em automóveis ou colisão com
edificações), e a mais preocupante, a colisão contra aeronaves tripuladas.
Não menos importante, temos também as frequências de rádio, que não podem ser
usadas aleatoriamente. Os drones possuem transmissores de radiofrequência em seus
controles remotos e, em alguns casos, no próprio veículo aéreo. Esses equipamentos
37
precisam ser homologados pela Anatel inclusive os de uso recreativo, como os de
aeromodelismo.
É importante que o piloto tenha conhecimento das regras de uso do espaço aéreo
brasileiro e sobre a atividade de pilotagem, conhecimento do equipamento, fenômenos
meteorológicos, teoria de voo e aerodinâmica, fundamentos aeronáuticos e
principalmente bom senso. Ler o manual de instruções da sua aeronave também é
fundamental para conhecer suas limitações.
Há uma grande preocupação da aviação civil em relação aos drones, mesmo sabendo
que a probabilidade de choque com aeronaves civis em nosso espaço aéreo é bastante
remota, ela existe e pode causar estragos de grandes proporções.
• Numa colisão entre uma ave de aproximadamente 1,2 Kg a turbina de um avião pode
sofrer danos sérios, perder força ou parar.
• Numa colisão com uma ave pesando acima de 1,2Kg existe o risco de pane total das
turbinas e até mesmo de explosões.
• Um drone de pequeno porte pode apresentar uma massa similar à de pequenas aves.
Medidas de prevenção de acidentes em voo são possíveis com hábitos simples que
podem ser adotados pelos pilotos.
Por exemplo, num voo em área rural que existe tráfego aéreo de aviação agrícola, além
das autorizações necessárias, também é fundamental informar-se sobre atividades de
voo que poderão ocorrer no mesmo dia e local. Para cada atividade há itens
fundamentais que podem não ser tão relevantes para outro perfil de profissional, por
isso a necessidade de um checklist personalizado com itens adequados ao seu uso
específico de atuação.
38
Os fenômenos meteorológicos também podem exercer forte influência durante um voo,
podendo ser um fator determinante para a segurança na hora da operação. É importante
conhecer seus tipos e quais influências podem causar.
39
5- Teoria de voo e efeitos aerodinâmicas
5.1- Eixos de Rotação
São três os eixos de rotação de uma aeronave, seja ela tripulada ou não. O ponto onde
se encontram as 3 linhas imaginárias é o centro de gravidade da aeronave. E como cada
eixo corresponde a um movimento, também se usam os mesmos termos tanto na
aviação tripulada como na não tripulada:
Eixo longitudinal que cruza a aeronave da proa até a cauda, pelo qual a aeronave faz o
movimento de rolamento para a esquerda e para a direita.
40
Eixo transversal que cruza a aeronave da direita para a esquerda, pelo qual a aeronave
faz o movimento para frente e para trás.
Eixo vertical que atravessa a aeronave de cima para baixo, pelo qual a aeronave faz o
movimento de giro ou guinada. Esse movimento permite à aeronave movimentos no
próprio eixo nos sentidos horário e antihorário.
41
5.2- Efeitos Aerodinâmicos
5.3-Forças Aerodinâmicas
Num voo normal o ar escoa pela asa de um avião, (sendo estas no caso dos multirotores
as pás de suas hélices) a pressão diminuirá mais no extradorso que no intradorso
produzindo assim a resultante aerodinâmica, força dirigida para cima e inclinada para
trás. O ângulo de ataque é o ângulo formado entre o vento relativo e a corda da asa. Se
o ângulo de ataque for aumentado, a resultante aerodinâmica aumenta e o centro de
pressão avança. Num perfil simétrico, quando aumentamos o ângulo de ataque, a
resultante aerodinâmica aumenta, mas o centro de pressão permanece no mesmo lugar.
As duas componentes da resultante aerodinâmica são: sustentação que é a componente
vertical (90º com a corda) e o arrasto que é a componente horizontal.
Quando se está em um voo nivelado, não acelerado, existem quatro forças que podem
atuar em sua aeronave em qualquer momento durante o voo:
42
5.3.1- Força (Thrust)
É o que impulsiona a aeronave na direção do movimento. (Os motores e as hélices
produzem impulso).
5.3.2-Fricção (Drag)
É a força que age oposta à direção do movimento. (diferente do arrasto que é causado
por fricção e diferenças na pressão do ar)
5.3.3-Gravidade (Weight)
É a força da gravidade. Atua em direção descendente, em direção ao centro da Terra.
5.4- Estol
Um estol ocorre quando o fluxo de ar que flui sobre a asa da aeronave é interrompido,
e a sustentação degenera rapidamente, o que pode causar a queda de sua aeronave. Em
um estol, sua asa não pode gerar elevação adequada para sustentar o voo nivelado, e
43
isso acontece quando um piloto excede o ângulo crítico de ataque. Resumidamente o
ângulo de ataque é o ângulo formado pela asa (ou propulsor) e pelo vento relativo, o
vento relativo sendo o oposto da direção da viagem da aeronave.
44
Outros fatores a serem considerados antes da decolagem é a sua superfície de
lançamento e declive (no caso de asas fixas), seu vento de superfície e a presença de
obstáculos. Qualquer um desses fatores pode exigir uma redução no peso antes do voo.
Além disso, o piloto remoto deve considerar que o fator de carga nas asas pode ser
aumentado sempre que o drone é submetido a manobras que não sejam voos retos e
nivelados.
45
Em modelos como o Y6 e X8 que possuem dois rotores no mesmo braço, suas posições
são invertidas para que a orientação dos propulsores mantenha o empuxo para baixo.
5.8.1- Plástico
O plástico moldado por injeção (ABS / Nylon etc.) é a escolha mais popular entre os
drones multirotores. Isto é em grande parte devido ao seu baixo custo, boa eficiência
de voo e boa durabilidade. Normalmente, em um acidente, pelo menos uma hélice
acaba quebrada, e quando estamos aprendendo a voar possivelmente algumas podem
quebrar. Uma hélice de plástico que foi reforçada com fibra de carbono é sem dúvida
a melhor escolha devido à sua rigidez e baixo custo.
As hélices mais novas têm uma rosca no sentido oposto ao da rotação do motor, em
vez de um furo e o eixo do motor tem a mesma rosca, essencialmente apertando a hélice
ao girar.
6.1- Multirotor
• Menor tempo de voo
47
• Menor sustentabilidade a problemas decorrentes de rajadas de ventos
• Preço acessível
• Maior velocidade
• Difícil pilotagem
• Preço elevado
48
• Existência e localização de animais
49
• Checar integridade e funcionalidade do trem de pouso
• Checar leds
50
6.4- Em Voo
• Seguir a legislação local
• Pairar por alguns segundos próximo ao piloto procurando ouvir sons anormais e
testando os controles • Confirmar se o nível de bateria está correto
• Não voe em local que há outros drones voando sem um pré acordo sobre frequências
• Mantenha distância de pelo menos 30 metros de pessoas que não são participantes
da operação
• Não voe em locais públicos sem autorização prévia dos órgãos reguladores da sua
região
• Caso tenha ocorrido algum incidente ou defeito na aeronave, anote para prestar
possíveis providências
52
6.6- Considerações finais
Agora você possui as informações básicas necessárias para voar com responsabilidade
e segurança. Lembre-se de ler com atenção o manual do seu equipamento e seguir as
recomendações do fabricante. Escolha sempre áreas adequadas e seguras para adquirir
experiência e confiança em voo. Caso não tenha uma aeronave, pesquise antes de fazer
o investimento. Também recomendamos a leitura na integra dos arquivos sobre
legislação, eles são encontrados no site do DECEA/DRONE.
Certamente, seguindo o conteúdo apresentado neste guia, você estará dando um grande
passo para se tornar um excelente piloto de drone
53