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Introdução
O Guia prático de pilotagem de Drones é um material produzido para auxiliar os
iniciantes no fantástico mundo dos drones, sejam eles interessados na utilização
profissional ou para lazer. Vamos passar de forma resumida as principais informações
que um piloto iniciante de Drone precisa saber para fazer voos seguros, dentro das
normas legais conforme a legislação brasileira, com conhecimentos técnicos básicos
do funcionamento das aeronaves. Boa leitura e aproveite ao máximo tudo que esses
equipamentos voadores podem oferecer.

Material desenvolvido pelo Engenheiro Rosinildo Honorato da Silva, Engenheiro


Eletricista, Engenheiro de Segurança ,Especialista em Drones, e atividades de
inspeções com drones.

Esse material faz parte do curso de pilotagem de Drones da Cajol Engenharia e


Serviços, empresa especialista em serviços de Engenharia com drones.

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Sumário
..................................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Introdução .................................................................................................................................................. 1
1- Introdução ao mundo dos drones. ......................................................................................................... 4
1.1- Termos utilizados ......................................................................................................................... 4
1.2- Diferença entre um Aeromodelo e um Drone/RPA ............................................................................ 4
1.3- Aprenda a pilotar .............................................................................................................................. 5
1.4 – Utilidades ........................................................................................................................................ 6
2- Partes básicas de um drone. .................................................................................................................10
2.1- Multi rotores ....................................................................................................................................10
2.2- Modelos e Configurações .................................................................................................................11
2.2.1- Tricóptero .................................................................................................................................11
2.2.2- Quadricópteros .........................................................................................................................11
2.2.3- Hexacópteros ............................................................................................................................12
2.2.4- Octocopteros ............................................................................................................................13
2.3- Componentes básicos de um drone multirotor.................................................................................14
2.3.1- Shell e Frame.............................................................................................................................15
2.3.2- Controladora de Voo .................................................................................................................16
2.3.3- ESC (Eletronic Speed Control) ....................................................................................................18
2.3.4- Motor........................................................................................................................................18
2.3.5- Hélice ........................................................................................................................................19
2.3.6- Bateria ......................................................................................................................................19
2.3.7- Skid ou trem de pouso ...............................................................................................................20
2.3.8- Câmera .....................................................................................................................................20
2.3.9- Gimbal ......................................................................................................................................22
2.3.10- Sensores..................................................................................................................................22
2.3.11- Acelerômetro ..........................................................................................................................23
2.3.12- Giroscópio ...............................................................................................................................23
2.3.13- Unidade de Medição de Inércia (IMU) .....................................................................................24
2.3.14- Bússola / Magnetômetro .........................................................................................................24
2.3.15- Barômetro ...............................................................................................................................24
2.3.16- GPS .........................................................................................................................................24
2.2.17- Sensor de distância..................................................................................................................24
2.4- Asa Fixa............................................................................................................................................25
2.4.1- Asas ..........................................................................................................................................27
2.4.2- Corpo central ou fuselagem.......................................................................................................28
2
2.4.3- Servo .........................................................................................................................................28
2.4.4- Equipamento de lançamento.....................................................................................................28
2.4.5- Equipamento de recuperação ....................................................................................................28
3- Sistemas de comunicação e comando ...................................................................................................30
3.1- Conceitos e definições de radiofrequência .......................................................................................30
3.2- Antenas ...........................................................................................................................................31
3.2- Comunicação por Controle de Rádio (RC) .........................................................................................33
3.2.1- Rádio controle ou Rádio transmissor .........................................................................................33
3.2.2- Receptor ...................................................................................................................................33
3.2.3- Canais de RC..............................................................................................................................34
3.2.4- Considerações adicionais ao escolher um RC .............................................................................35
3.2.5- Outras formas de transmissão de sinal e controle......................................................................35
3.3- Estação de controle..........................................................................................................................36
4- Segurança de voo ..................................................................................................................................37
4.1- Segurança Aeronáutica ....................................................................................................................37
5- Teoria de voo e efeitos aerodinâmicas ..................................................................................................40
5.1- Eixos de Rotação ..............................................................................................................................40
5.2- Efeitos Aerodinâmicos .....................................................................................................................42
5.3-Forças Aerodinâmicas .......................................................................................................................42
5.3.1- Força (Thrust) ............................................................................................................................43
5.3.2-Fricção (Drag) .............................................................................................................................43
5.3.3-Gravidade (Weight) ....................................................................................................................43
5.4- Estol .................................................................................................................................................43
5.5- Efeito Carga .....................................................................................................................................44
5.6- Aerodinâmica de uma hélice ............................................................................................................45
5.7- Rotação de uma hélice .....................................................................................................................45
5.8- Tipos de hélices e materiais utilizados ..............................................................................................46
5.8.1- Plástico .....................................................................................................................................46
5.8.2- Fibra de Carbono .......................................................................................................................46
6- Do pré voo ao pós voo ...........................................................................................................................47
6.1- Multirotor ........................................................................................................................................47
6.2- ASA Fixa ...........................................................................................................................................48
6.3- Preparação para voo ........................................................................................................................48
6.3.1- Reconhecimento do ambiente de Voo .......................................................................................48
6.3.2- Pré Voo .....................................................................................................................................49
6.4- Em Voo ............................................................................................................................................51
6.5- Pós Voo ............................................................................................................................................52
6.6- Considerações finais.........................................................................................................................53
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1- Introdução ao mundo dos drones.
Drones já estão no mercado há algum tempo. Os avanços tecnológicos recentes
mudaram as capacidades dos sistemas muito além dos modelos relativamente brutos
operados anteriormente pelos consoles dos joysticks e limitados pelas restrições
operacionais. Os atuais modelos de drones, disponíveis para compra na forma de
componentes pré-montados ou personalizáveis, permitem uma série de recursos de
ponta que antigamente eram de uso exclusivos das forças militares. Os operadores de
sistemas pré-montados também podem aproveitar os sistemas de controle baseados em
smartphones, melhorando drasticamente a facilidade de uso. Tais sistemas permitem
ao usuário navegar com o drone simplesmente selecionando um destino em um
aplicativo.

1.1- Termos utilizados


O termo drone quer dizer zangão ou zumbido em inglês e não possui amparo técnico
ou definição na legislação. É um apelido informal para qualquer objeto voador não
tripulado.

RPAS é o termo técnico e padronizado internacionalmente para se referir aos sistemas


de aeronaves remotamente pilotadas, utilizadas com propósitos não recreativos.

O termo VANT de Veículo Aéreo Não Tripulado é considerado obsoleto, mas mesmo
assim, pode ser utilizado para se referir a todo e qualquer equipamento que acesse o
espaço aéreo sem a presença de um ser humano a bordo.

1.2- Diferença entre um Aeromodelo e um Drone/RPA


Tecnicamente falando, podemos dizer que a principal diferença está nos componentes
eletrônicos embarcados, que são mais simples em um aeromodelo, fazendo com que
seu uso seja basicamente recreativo. Um drone ou RPA possui componentes
eletrônicos mais complexos, isso possibilita que tenham uma utilização mais

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diversificada, podendo ser empregados em missões ou serviços mais complexos e
variados.

1.3- Aprenda a pilotar


Simuladores de voo são uma excelente alternativa para se familiarizar com os
comandos de voo de um drone. É claro que não podemos comparar com uma situação
real que envolve vários fatores, mas nesse caso o principal objetivo é aprender e
praticar. São várias as vantagens que pilotos iniciantes tem ao praticar em simuladores.

• Segurança – elimine riscos de acidentes com o seu equipamento e possíveis danos a


terceiros;

• Investimento – aprenda a pilotar sem investir muito dinheiro;

• Tempo de Voo – voe sem preocupações com o tempo de voo ou com a carga da
bateria;

• Variação de modelos – é possível simular a pilotagem em diferentes modelos de


drones e aeromodelos com aviões e helicópteros.

Na lista abaixo estão alguns dos melhores softwares de simuladores disponíveis no


mercado:

Real Flight : https://www.realflight.com/

Aerofly RC7 Drone Simulator: https://www.ikarus.net/en/

DroneSim Pro Simulator: https://www.dronesimpro.com/

Heli X UAV Flight Simulator: https://www.heli-x.info/cms/

Liftoff By Immersion RC: https://www.immersionrc.com/fpv-products/liftoff-drone-


race-simulator/

Alguns modelos de RC que podem ser usados em simuladores:


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Figura 1- Tipos de rádios de comunicação

1.4 – Utilidades

O drone deixou de ser uma tecnologia usada exclusivamente para fins militares. Com
a sua popularização, tem ganhado inúmeras utilizações em diversas áreas. O uso de
drones para recreação cresce a cada ano, pois há no mercado diversos modelos com
preços acessíveis, compactos e com câmeras. Entre as principais utilizações
profissionais de drones com câmeras, estão as filmagens e fotografias aéreas. São
utilizados para registros de eventos, mercado imobiliário, coberturas esportivas,
eventos jornalísticos, indústria cinematográfica entre outros. O drone permite registrar
imagens de ângulos exclusivos, que antes seria impossíveis de serem captados.

Outra utilidade que ganha uma grande fatia do mercado a cada dia é o mapeamento
geográfico. Os drones podem alcançar locais de difícil acesso, como o topo das
montanhas, e adquirir dados de alta resolução para criar mapas em 3D. A tecnologia já
está disponível em diversos softwares, permitindo-lhes coletar dados e baixar
instantaneamente as imagens.

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Figura 2- Exemplo de levantamento de dados de terreno com utilização de drones.

Pequenas e grandes empresas têm demonstrado interesse em desenvolver projetos para


entregas de produtos com drones, tendo como intuito realizar entregas de maneira mais
rápida e econômica. Esse serviço já foi testado e é realidade em alguns países, já no
Brasil essa prática ainda não é regulamentada. Empresas como a Amazon e a DHL
estão avançadas nessa tecnologia e seguem em constante evolução

Figura 3- Protótipo de drone para transporte de encomendas

O uso de drones na agricultura crescem a cada dia. As razões incluem a necessidade de


monitorar de perto as culturas para melhorar o manejo e o rendimento; a necessidade
de fazer isso de forma mais regular e barata; e o ambiente de terras privadas com pouca
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ameaça para os outros. A Análise de plantação é um dos usos mais conhecidos dos
drones. Servem para analisar a plantação e detectar pragas e doenças, falhas de plantio,
excesso de irrigação, entre outros. São aliados a softwares para análise das imagens
captadas. Do alto, é possível analisar a coloração da planta para detectar a presença de
fungos. Para saber em que área plantar, o drone proporciona uma visão do alto de forma
fácil e ágil, ajudando a analisar quais são as áreas de sua fazenda que estão mais
propícias para a semeadura.

Nas inspeções de estruturas, os drones podem fornecer acesso mais rápido, em tempo
real e de alta qualidade para todos os tipos de concessionárias que precisam inspecionar
linhas de energia, oleodutos e gasodutos, torres de transmissão, telhados, prédios e
pontes, turbinas eólicas e pás de rotor. O inspetor ou equipe podem acessar as
informações a partir de uma posição segura. A capacidade de detectar em 3D, fazer
leituras térmicas e detectar tensão de metal melhorará muito a inspeção de
infraestrutura.

Figura 4- Inspeção de aerogerador realizada com drone

No gerenciamento de desastres, um drone fornece um meio rápido para coletar


informações navegando por cima de destroços que não abafa gritos de socorro. Além
de localizar as vítimas, um drone pode ser usado para levar suprimentos para um local
inacessível. Equipados com câmeras e radares de alta definição, os drones podem dar
acesso aos socorristas a um campo de visão mais alto, sem a necessidade de desperdiçar

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recursos em helicópteros tripulados. E, por causa de seu pequeno tamanho, eles podem
fornecer uma visão de perto de áreas onde veículos aéreos maiores se mostrariam
perigosos ou ineficientes.

A caça furtiva é um problema maior do que se imagina. Elefantes, rinocerontes e


grandes felinos estão desaparecendo numa velocidade perturbador. A presença de
drones provou servir como um impedimento para caçadores e madeireiros ilegais. Eles
também monitoram salmões, coelhos, focas, leões-marinhos, proporcionando uma
nova visão sobre o comportamento animal. Os dispositivos têm muitas vantagens nesse
tipo de monitoramento e pesquisa, incluindo a capacidade de abordar a vida selvagem
de perto sem assustá-la. A capacidade de operar à noite e, com sensores térmicos de
câmera, auxiliam na proteção sem precedentes.

Drones de corrida já são uma realidade, diversos pilotos que faziam da pilotagem de
drone um hobby, hoje são profissionais em grandes ligas como a DRL, que é a maior
organizadora de eventos de corridas de Drones do mundo. Esse é um nicho interessante
e com muito potencial.

Figura 5- Corrida de drones em Paris

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Além dos exemplos citados, novos nichos de mercado estão surgindo a todo momento.
Vale ficar atento em outros mercados como a fabricação de equipamentos e
componentes, manutenção de aeronaves, criação de dispositivos como sensores e
softwares, pesquisa e desenvolvimento de novos materiais .

2- Partes básicas de um drone.

2.1- Multi rotores


Figura 6 - Drone Multirotor

Drones multirotores são aeronaves de asas rotativas, feitos de um corpo central e


múltiplos rotores (geralmente 3, 4, 6 ou 8), que impulsionam hélices para levantar voo
e manobrar a aeronave. Uma vez no ar, um drone multirotor usa pás de hélice de passo
fixo para controlar o movimento da aeronave. Variando a velocidade relativa de cada

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rotor para alterar o impulso e torque produzido, permitindo uma gama única de
movimento.

As principais diferenças se comparados com os drones de asa fixa, são: os múltiplos


rotores que possibilitam a realização de decolagens e aterrissagens verticais; voos
indoor; voos em locais com pouco espaço; podem pairar no meio do voo; além da
possibilidade de voar em baixa altitude e baixa velocidade.

2.2- Modelos e Configurações

2.2.1- Tricóptero
Também conhecido como modelo em Y, possui 3 hélices. Não está entre os modelos
mais populares e fabricados pelas grandes empresas, sendo mais popular entre os
modelos personalizáveis.

Figura 7- Tricóptero

2.2.2- Quadricópteros
Certamente o modelo mais conhecido. Possui 4 hélices e pode ser encontrando em uma
enorme variedade de configurações, tamanhos e preços.

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Figura 8 – Quadricóptero

2.2.3- Hexacópteros
Existem dois tipos de hexacópteros, ambos com 6 hélices. O modelo mais conhecido e
utilizado é o de seis braços, mas também existe o modelo Y6 que possui três braços,
sendo dois motores em cada. São aeronaves mais utilizadas para fins profissionais.

Figura 9- Hexacóptero

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2.2.4- Octocopteros
Esse modelo possui 8 hélices. São equipamentos mais robustos, com maior
estabilidade, capacidade de carga e redundância de motores. Assim como os hexa, são
encontrados em dois tipos de configuração: o mais utilizado com oito braços e o
formato octoquad com quatro braços e oito hélices.

Figura 10- Hóctacopteros

Figura 11-Hóctacopteros

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2.3- Componentes básicos de um drone multirotor.

• Shell e Frame

• Controladora de voo

• ESC

• Motor

• Hélice

• Bateria

• Skid ou Trem de pouso

• Câmera

• Gimbal

• Sensores

Figura 12- Componentes de um drone


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2.3.1- Shell e Frame
Ambas servem para acondicionar peças, sensores, componentes eletrônicos e sistemas
embarcados. A principal diferença entre elas é que a Shell dá um acabamento mais
refinado, servindo como uma capa protetora com uma função mais estética. Modelos
com shell são os mais populares e facilmente encontrados no mercado.

Figura 13- Shell de um drone

O Frame é uma estrutura base, um tipo de chassi do drone, proporcionando maior


liberdade de montagem e de configuração da aeronave. São tipicamente impressos em
3D em TPU (um polímero flexível) ou fabricados por moldagem de fibra de carbono
ou policarbonato. São muito utilizados em modelos de corrida (racing). Também
existem modelos com as duas estruturas (shell/frame), servindo como corpo base,
acabamento estético e maior proteção.

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Figura 14- Frame de um drone

2.3.2- Controladora de Voo

Uma controladora de voo ou FC (Flight Controller) é o cérebro da aeronave. É


basicamente uma placa de circuito com sensores que detectam mudanças de orientação
do drone. Também recebe comandos do usuário e controla os motores para manter a
aeronave no ar.

Quase todas as controladoras de voo possuem sensores básicos, como giroscópio e


acelerômetro. Alguns FCs podem incluir sensores mais avançados, como barômetro
(sensores de pressão barométrica) e magnetômetro (bússola). A controladora de voo
também é um hub para muitos outros periféricos, como GPS, LED, entre outros.

É importante conhecer os tipos de controladora de voo, pois softwares usados em certas


controladoras podem ter recursos adicionais que não estão disponíveis em outros. Saber
quais recursos e funções adicionais são oferecidos é fundamental, principalmente se
deseja atuar em alguma área específica.
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Veja alguns exemplos de recursos encontrados em diferentes tipos de softwares:

• Waypoint - Com ela é possível definir pontos de referência pelo GPS que o drone
seguirá de forma autônoma.

• Oribiting - Permite ao drone mover-se em torno de uma coordenada GPS fixa com a
frente da aeronave sempre apontada para a o ponto marcado (muito utilizado para
filmagem).

• Siga-me – Permite ao drone seguir algo baseado em coordenadas GPS (por exemplo,
seguir uma pessoa, um animal, um carro).

• Imagens 3D - A maioria das imagens em 3D são processadas em softwares após o


voo. É importante conhecer quais softwares e controladoras são compatíveis antes de
efetuar voos para esta finalidade

• Código aberto - o software associado a certas controladoras de voo não permitem


modificações (código fechado). Controladoras de código aberto geralmente permitem
que o usuário possa fazer modificações para atender necessidades específicas.

Exemplos de controladoras de voo:

Figura 15- Controladoras de voo

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2.3.3- ESC (Eletronic Speed Control)
É o responsável por controlar e regular eletronicamente a velocidade dos motores do
drone. São drivers capazes de interpretar os pulsos que vem da placa controladora de
voo e transformá-los em rotação dos motores. São conectados a bateria, motor e
controlador de voo.

Figura 16- Exemplos de ESCs

2.3.4- Motor
É o dispositivo que converte a energia elétrica em energia mecânica, responsável pela
potência do drone. O mais utilizado entre as aeronaves menores é o motor escovado,
entre as de maior porte o motor brushless é o mais comum.

Figura 17- Exemplos de motores de drones

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2.3.5- Hélice
A hélice de uma aeronave consiste de duas ou mais pás conectadas ao cubo central no
qual elas são fixadas. Toda pá é um perfil aerodinâmico capaz de gerar uma
sustentação. Cada hélice gira empurrando o ar para baixo, criando uma área de menor
pressão sobre a hélice, e uma área de pressão mais alta abaixo dela, resultando em uma
diferença de pressão que “empurra” o drone para cima fazendo ele voar.

Figura 18- Hélices de drones

2.3.6- Bateria
É o dispositivo que transforma em corrente elétrica a energia desenvolvida numa
reação química. As mais utilizadas entre os drones são as de LiPo (líthio-polímero),
pois são leves, recarregáveis e possuem alta capacidade de descarga, o que é ideal para
esta aplicação. Também são mais seguras e agridem menos o meio ambiente. Bateria
deve ser manuseada com cuidado, armazenada em local adequado e seguro e evitar
quedas, assim é possível o aumento da sua vida útil e prevenir maiores problemas como
perda de potência e até mesmo explosões.

Figura 19- Modelos de baterias de drones

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2.3.7- Skid ou trem de pouso
Basicamente representa as pernas de um drone. Sua principal função é evitar o contato
do equipamento embarcado com o solo (câmeras, sensores, entre outros). Em caso de
uma queda em baixa altitude, eles serão os responsáveis por minimizar os danos da
aeronave. Nos multirotores existem modelos fixos e retráteis.

Figura 20- Modelos de trens de pouso

2.3.8- Câmera

Figura 21- Exemplo de camera utilizada em um drone

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É o instrumento que realiza a captação das imagens. Alguns modelos de drone já vem
de fábrica com câmeras fixas, mas também é possível encontrar ou montar modelos
onde é possível utilizar outros tipos de equipamento para captação de imagens.

Exemplos de modelos de câmeras que podem ser utilizadas em drones:

Câmera RGB: São as câmeras comuns que capturam informações no espectro visível
(R = Red (Vermelho), G = Green (Verde), B = Blue (Azul)), estas câmeras podem
variar desde modelos mais simples até câmeras profissionais conhecidas como DSLR.

Câmera NIR: Near Infrared (Infravermelho Próximo), são câmeras capazes de capturar
imagens na banda infravermelho próximo do espectro eletromagnético. São câmeras
utilizadas para detectar a saúde da vegetação, sendo muito úteis na área de agricultura
de precisão.

Câmeras TIR: Thermal Infra Red (Infravermelho Termal), são câmeras capazes de
capturar o calor dos objetos. Podem ser utilizadas para inspeções em cabos de energia,
para identificar focos de combustão, localizar animais silvestres, inspeções em placas
de energia solar, entre outros.

FPV: É um termo usado para indicar que há uma câmera a bordo com um transmissor
de vídeo em tempo real. Para conseguir essa visualização é necessário que o drone
transmita as imagens do voo para o piloto em solo e este realize a pilotagem sem
contato visual direto com a aeronave. A pilotagem é feita exclusivamente pelas
informações da câmera de bordo, utilizando um óculos de FPV. Para isso, é necessário
instalar na aeronave, uma mini câmera ligada a um transmissor de vídeo e um receptor
de vídeo em solo que transmitirá as imagens em tempo real.

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Figura 22- Exemplo de FPV de drones

2.3.9- Gimbal
É o estabilizador de câmera. Composto por dois ou mais motores, esse equipamento
compensa os movimentos do voo para manter as imagens sempre estáveis e contínuas.
Também é possível controlar a inclinação da câmera sem deslocar a aeronave,
acionando o comando pelo rádio controle.

Figura 23- Exemplo de gimbal de um drone

2.3.10- Sensores
Para tornar uma missão de RPA bem sucedida, são necessários uma série de sistemas
de suporte. Entre os mais relevantes, estão os sensores, que transmitem informações
essenciais como posição de navegação, altitude, ângulo, entre outros. Os
principais sensores utilizados em drones são:

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2.3.11- Acelerômetro
Os acelerômetros medem a aceleração linear em até três eixos (X, Y e Z). A saída de
um acelerômetro pode ser integrada duas vezes para fornecer uma posição, embora,
devido a perdas na saída, esteja sujeita a deriva. Uma característica muito importante
dos acelerômetros de três eixos é que eles detectam a gravidade e, como tal, podem
saber qual direção está abaixo. Isso desempenha um papel importante ao permitir que
aeronaves multirotores permaneçam estáveis. O acelerômetro é conectado ao
controlador de voo para que os eixos lineares se alinhem com os eixos principais da
aeronave.

Figura 24- Linhas dos eixos de um acelerômetro

2.3.12- Giroscópio
Um giroscópio mede a taxa de mudança angular em até três eixos angulares. As
unidades são geralmente graus por segundo. O giroscópio não mede ângulos absolutos
diretamente, mas você pode iterar para obter o ângulo que, assim como um
acelerômetro, está sujeito à deriva. Normalmente, o giroscópio é incorporado na
mesma unidade que o acelerômetro de 3 eixos, dessa forma, o acelerômetro calcula a
posição e o giroscópio o ângulo em que se encontra.

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2.3.13- Unidade de Medição de Inércia (IMU)
Uma IMU é essencialmente uma pequena placa que contém tanto um acelerômetro
quanto um giroscópio (normalmente estes são multi-eixos). A maioria contém um
acelerômetro de três eixos e um giroscópio de três eixos, e outros podem conter
sensores adicionais, como um magnetômetro de três eixos, fornecendo um total de 9
eixos de medição.

2.3.14- Bússola / Magnetômetro


Uma bússola magnética eletrônica é capaz de medir o campo magnético da terra e usá-
lo para determinar a direção da bússola do drone (em relação ao norte magnético). Este
sensor está quase sempre presente se o sistema tiver entrada GPS e estiver disponível
em um a três eixos.

2.3.15- Barômetro
Como a pressão atmosférica muda quanto mais longe estiver do nível do mar, um
sensor de pressão pode ser usado para fornecer uma leitura bastante precisa da altura
do RPA. A maioria dos controles de voo recebe informações do sensor de pressão e da
altitude do GPS para calcular uma altura mais precisa acima do nível do mar.

2.3.16- GPS
Os Sistemas de Posicionamento Global (GPS) usam os sinais enviados por um número
de satélites em órbita ao redor da terra para determinar sua localização geográfica
específica. Um controlador de voo pode ter GPS integrado ou um que esteja conectado
a ele por meio de um cabo. Para obter uma coordenada GPS precisa, o chip GPS deve
receber dados de vários satélites e, quanto mais, melhor.

2.2.17- Sensor de distância


Os sensores de distância estão sendo usados cada vez mais em drones, já que as
coordenadas GPS e os sensores de pressão não podem dizer a que distância você está
do solo ou se você acertar um objeto. Um sensor de distância voltado para baixo pode

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ser baseado em tecnologia ultrassônica, laser ou lidar (o infravermelho tem problemas
na luz do sol). Poucos controladores de voo incluem sensores de distância como parte
do pacote padrão.

Marcas mais conhecidas de multirotores

Figura 25 - Marcas mais conhecidas de multirotores

2.4- Asa Fixa

Drones de asa fixa são projetados como tipos mais tradicionais de aeronaves, e são
semelhantes a um avião. Eles são feitos de um corpo central que tem duas asas e uma
única hélice (alguns modelos podem ter mais de uma). Uma vez no ar, as duas asas
geram sustentação que compensa seu peso permitindo que a aeronave permaneça em
voo. Sua aerodinâmica também possibilita uma maior autonomia de voo e menor
consumo de energia. São mais utilizados na monitoração e medição de grandes áreas,
normalmente contando com câmeras, sensores térmicos e infravermelhos. Diferentes
25
dos multirotores, esses modelos precisam de impulsão para decolar. Em alguns
modelos, a decolagem é realizada manualmente, em outros, ela é realizada por meio de
uma catapulta de lançamento. Já no pouso, alguns modelos pousam de barriga no solo
e outros possuem paraquedas. Também existem modelos com trem de pouso com
rodas, como nos modelos de uso militar.

Exemplos de drones de asa fixa:

Figura 26- Exemplos de drones de asa fixa

A estrutura e o modo de voo de um modelo de asa fixa é completamente diferente de


um multirotor. Os componentes básicos como motor, hélice, esc, controladora de voo,
bateria, câmeras e sensores são utilizados nos dois tipos de aeronave (multirotores e
asas fixas).

Além dos elementos já citados, veja outros componentes encontrados apenas em


modelos de asa fixa:

• Asas

• Corpo central ou fuselagem

• Servo
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Figura 27- Disposição dos componentes de um drone de asa fixa

2.4.1- Asas

As asas são as responsáveis pela sustentação e aerodinâmica da aeronave no ar. Nas


asas, ainda existem os elementos móveis, com a função de controlar o voo da aeronave.
Esses são chamados de superfícies de controle, como os ailerons e flaps.

Figura 28- Asas de um drone de asa fixa

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2.4.2- Corpo central ou fuselagem

É um tipo de Shell/Frame do modelo asa fixa. Nele são conectadas as asas e


acondicionados todos os componentes necessários para o voo como: a bateria,
controladora de voo, sensores, esc, motor, câmera, entre outros.

2.4.3- Servo

Os servos são os mecanismos responsáveis por fazer os movimentos dos ailerons, leme
e profundor da RPA. De forma resumida, o servo é um conjunto de engrenagens de
diferentes tamanhos encaixados de modo que a pequena força exercida pelo motor na
entrada resulte em uma grande força na saída, que chamamos de torque. Existem
diversos tamanhos e modelos de servos, isso por que cada modelo de aeronave exige
um tipo específico de servo.

Figura 29- Servos de um drone de asa fixa

2.4.4- Equipamento de lançamento

Alguns modelos de asa fixa exigem equipamentos adicionais para auxiliar no


lançamento. O equipamento de lançamento é tipicamente uma rampa de aceleração
com um trole para fornecer velocidade suficiente à aeronave para dar sustentação no
início do voo.

2.4.5- Equipamento de recuperação

O equipamento de recuperação mais comum é o paraquedas. Pode ser instalado dentro


ou fora da aeronave e combinado com um meio para absorver a energia de impacto
(airbag) ajuda a diminuir possíveis danos no pouso.
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Figura 30- Dispositivo de recuperação de um drone de asa fixa

Marcas mais conhecidas de Asa Fixa

Figura 31- Marcas mais conhecidas de drones de asa fixa

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3- Sistemas de comunicação e comando
A informação pode ser definida como digital ou analógica e o meio é onde o sinal viaja.
Pode ser o ar, o espaço, a água, fios ou qualquer outra forma que permita a passagem
do sinal com maior ou menor intensidade. Cada meio apresenta suas próprias vantagens
e distorções. Dependendo do meio, a portadora pode ser a luz, como em uma
comunicação óptica, ou um sinal de micro-ondas, como em uma comunicação móvel.

A perda de transmissão ocorre com qualquer tipo de sinal, seja digital ou analógico,
transmitido com ou sem fios. Quanto maior for a distância, maior é a atenuação, até o
ponto que o sinal torna-se fraco impossibilitando o entendido entre os pontos. Em geral,
os sinais analógicos podem ser transmitidos a distâncias maiores que os digitais,
enquanto os sinais digitais trabalham apenas com dois sinais distintos.

3.1- Conceitos e definições de radiofrequência

Radiofrequência são sinais difundidos via condutores cabeados, e são irradiados no ar


através de antenas. Essas antenas convertem um sinal de formato cabeado em um sinal
sem fio e vice-versa. O resultado dessas ondas eletromagnéticas são sinais irradiados
no ar que são espalhados por todas as direções.

As ondas de radiofrequência levam energia de um ponto ao outro no formato de campos


eletromagnéticos. Essas ondas fazem a comunicação entre os transmissores e
receptores sem a necessidade de fios ou cabos. Exemplo: transmissões de televisão e
celular.

Existem dois tipos de ondas, as mecânicas e as eletromagnéticas. As mecânicas são


ondas que não se propagam no vácuo, são produzidas por alguma forma de vibração
num meio material, seja ele sólido, líquido ou gasoso, como por exemplo, uma onda
na água ou a vibração de uma corda. As ondas eletromagnéticas são produzidas por
30
variação de um campo elétrico e um campo magnético, logo se propagam no vácuo
como as ondas de rádio e de televisão.

A forma da onda é a representação gráfica da onda ao longo do tempo e o ciclo de


várias ondas em um determinado tempo é chamado de frequência. A frequência de uma
onda é a quantidade de vezes que a onda oscila em um segundo, conhecido por Hertz
(hz). Cada faixa de frequência possui suas próprias características. Veja qual a
diferença entre as principais faixas utilizadas:

900MHz (0.9GHz) − Baixa frequência, sinal penetra com mais facilidade árvores e
paredes; − Mais fácil produzir as antenas por estas serem maiores; − Para transmissão
de imagens, menos qualidade do que 5.8GHz; − Pode ter um impacto negativo nos
receptores GPS; − Melhor para distâncias médias; − Considerado tecnologia antiga.

1.2GHz (1.2 para 1.3GHz) − Ideal para voos FPV e para transmissão de vídeos à longas
distâncias; − Grande variedade de antenas no mercado; − Frequência muito utilizada
em vários outros dispositivos; − Sofre mais o efeito de obstáculos do que frequências
menores; − Melhor para médias e longas distâncias.

2.4GHz (2.3 para 2.4GHz) − Utilizado para voos FPV e vídeos à longa distância com
poucos obstáculos; − Uma das mais utilizadas para dispositivos sem fio; − Grande
variedade de acessórios disponíveis, como antenas, transmissores, etc; − Bastante
suscetível a interferência para voos em área urbana; − Muito utilizada para curtas e
médias distâncias.

5.8GHz − Ótima para curtas distâncias; − Sofre muito impacto de obstruções como
paredes e árvores; − Utiliza antenas pequenas e compactas; − Muito utilizada em
aplicações FPV em drones de corrida.

3.2- Antenas
Antena é um dispositivo que transforma energia elétrica em radiação eletromagnética,
como ondas de rádio. Quando uma corrente elétrica é passada através de um fio, um

31
campo magnético é produzido ao redor do fio. Em dois fios aproximados que
transportam correntes de cargas opostas, os campos magnéticos serão opostos e
essencialmente se anularão mutuamente. No entanto, se a orientação desses fios
positivos e negativos for manipulada corretamente, eles serão capazes de propagar com
sucesso a radiação eletromagnética na forma de ondas de rádio. Em essência, isso é
uma antena. Não existe uma diferença particular entre uma antena transmissora e uma
antena receptora, qualquer antena pode ser usada para qualquer propósito. No entanto,
a adequação da seleção da antena deve ser cuidadosamente considerada. De forma
resumida, é ela a responsável pela comunicação entre a estação de controle (RC) e a
aeronave, lembrando que as antenas são limitadas quanto ao seu raio de alcance.

São 3 tipos de Antenas

Omnirecional: Fornece um padrão de radiação em forma de círculo em 360º,


proporcionando a mais ampla cobertura de sinal possível em aplicações sem fio,
interiores e exteriores.

Path ou Direcionais: Este tipo de antena foca a emissão do sinal em uma direção
específica, geralmente alcançando maiores distâncias, porém resultando em uma
cobertura limitada com relação a área.

Polarizadas: Além de irradiarem o sinal também em 360º, possuem um padrão de


redundância na emissão do sinal devido aos seus polos, o que proporciona uma melhor
qualidade na emissão e recepção das ondas.

Figura 32- Tipo de antenas


32
3.2- Comunicação por Controle de Rádio (RC)
Normalmente envolve um transmissor (rádio controle) e um receptor RC instalado na
aeronave

3.2.1- Rádio controle ou Rádio transmissor


É o equipamento que utiliza sinais de rádio para controlar remotamente um dispositivo
de forma manual.

Figura 33- Exemplos de radios de drones

3.2.2- Receptor
É o responsável por receber os comandos do rádio para que a aeronave realize os
movimentos durante o voo. Por si só, o receptor simplesmente retransmite os valores
de entrada para o controlador e como tal, não pode controlar o drone. O receptor deve
estar conectado a uma controladora de voo, que precisa ser programado para receber
sinais de RC.

Figura 34- Exemplo de receptores de rádios

33
3.2.3- Canais de RC
Um canal de RC é uma faixa de frequência de rádio independente, cada uma delas dá
ao RPA uma função de controle. Para operar uma aeronave, você precisa de um mínimo
de quatro canais, (se tiver mais melhor). Esses quatro canais são responsáveis pelos
comandos dos movimentos básicos da aeronave.

• Pitch - movimento para frente e para trás

• Throttle – para cima e para baixo

• Yaw - girando no sentido horário ou anti-horário

• Roll – vira para a esquerda e para a direita

Ilustração dos comandos básicos de RC:

Figura 35- Comandos básicos RC

Canais adicionais podem ser usados para:

• Ligar e desligar a aeronave

• Controlar o gimbal da câmera

34
• Alterar os modos de voo

• Ativar ou liberar uma carga útil

• Ligar e desligar leds

• Acionar sistemas de recuperação

• Outros

3.2.4- Considerações adicionais ao escolher um RC


• Nem todos os transmissores RC podem fornecer toda a faixa de sinal RC. Alguns
limitam artificialmente isso, já que a maioria das aplicações RC são para carros, aviões
e helicópteros controlados remotamente;

• O alcance máximo sem fio de um sistema RC quase nunca é fornecido pelos


fabricantes porque envolve muitos fatores, como obstruções, temperatura, umidade,
energia da bateria entre outros;

•Alguns sistemas RC possuem um receptor que também possui um transmissor


embutido para transmitir dados do sensor (coordenadas GPS, por exemplo) que são
mostrados no display LCD do transmissor RC.

3.2.5- Outras formas de transmissão de sinal e controle


• Bluetooth - O Bluetooth foi originalmente planejados para transferir dados entre
dispositivos sem a complexidade de emparelhamento ou correspondência de
frequências. Certos controladores de voo no mercado podem enviar e receber dados
sem fio via conexão Bluetooth.

• Wi-fi - Normalmente, o controle wi-fi é obtido usando um roteador, computador ou


smartphone. O wi-fi é capaz de lidar tanto com a transmissão de dados quanto com a
transmissão de imagens, mas é muito mais difícil de configurar. Tal como acontece
com todos os dispositivos wi-fi , o alcance é limitado pelo seu próprio transmissor.

35
• Infravermelho (IR) - A comunicação de infravermelho é raramente usada para
controlar drones. Embora seja possível, não é sugerido como uma opção primária.

• Controle via Smartphone - Quase todos os telefones inteligentes incluem Bluetooth


integrado, bem como wi-fi, ambos podem ser usados para controlar alguns modelos de
drone e ou receber dados de navegação.

3.3- Estação de controle


É um centro de controle em solo que fornece as funções necessárias para operar as
aeronaves. Além da possibilidade de controle total da pilotagem das RPAs, também
pode fornecer instantaneamente informações de voo, status da aeronave, executar
planejamento de missão, simulação de voo, controles de carga útil, ajuste de direção
da câmera entre outros comandos necessários.

Outra finalidade importante das estações de controle é a possibilidade de transportar e


acondicionar equipamentos adicionais para cada tipo de missão, tais como: cabos e
conexões, notebooks, rádio transmissor, carregadores, baterias, antenas entre outros.
Cada tipo de missão pode exigir um tipo diferente de equipamento que também varia
conforme o local onde ela será realizada.

Também existem as estações de controle de drones militares que podem ser terrestres
(fixas ou móveis) ou marítimas.

São 4 fatores determinantes para que o piloto mantenha a comunicação com a


aeronave:

1 -Antenas

2 - Radiofrequência

3 - Interferência

4 - Potência de transmissão

36
4- Segurança de voo

4.1- Segurança Aeronáutica

Estudos realizados por universidades dos EUA, especializadas em tecnologia de


aeronaves remotamente controladas, demonstram que cerca de 80% dos acidentes
envolvendo RPAS/Drones são motivados por falha humana. E apenas 20% se dá por
falha eletrônica ou mecânica do próprio equipamento.

A segurança deve ser tratada com extrema importância, pois na maioria dos casos
envolve não só o piloto e seus equipamentos, mas também pessoas, animais, danos
materiais envolvendo terceiros (como quedas em automóveis ou colisão com
edificações), e a mais preocupante, a colisão contra aeronaves tripuladas.

No Brasil existem regras próprias para o uso de aeronaves remotamente pilotadas. O


DECEA, que é o órgão central do sistema de controle do espaço aéreo brasileiro tem
como responsabilidade legislar acerca dos procedimentos para o acesso ao espaço
aéreo, cabendo aos demais órgãos reguladores como ANAC e ANATEL tratar dos
assuntos dentro de sua área de atuação. Toda e qualquer tipo de aeronave que
compartilhe do espaço aéreo deve seguir as regras previstas em legislação definida. É
preciso ficar atento e atender todos os pré-requisitos previstos na legislação dos órgãos
reguladores.

No site do DECEA, você terá acesso ao SARPAS, um sistema desenvolvido para


facilitar a solicitação de acesso ao espaço aéreo para o uso de drones.

A ANAC, responsável pela definição de normas e categorização dos equipamentos


aeronáuticos no Brasil, desenvolveu um sistema para cadastro online de drones e
aeromodelos chamado de SARPAS. Nesse sistema todas as aeronaves com peso acima
de 250g devem ser cadastradas.

Não menos importante, temos também as frequências de rádio, que não podem ser
usadas aleatoriamente. Os drones possuem transmissores de radiofrequência em seus
controles remotos e, em alguns casos, no próprio veículo aéreo. Esses equipamentos
37
precisam ser homologados pela Anatel inclusive os de uso recreativo, como os de
aeromodelismo.

Guia Básico do Piloto de Drone88

É importante que o piloto tenha conhecimento das regras de uso do espaço aéreo
brasileiro e sobre a atividade de pilotagem, conhecimento do equipamento, fenômenos
meteorológicos, teoria de voo e aerodinâmica, fundamentos aeronáuticos e
principalmente bom senso. Ler o manual de instruções da sua aeronave também é
fundamental para conhecer suas limitações.

Há uma grande preocupação da aviação civil em relação aos drones, mesmo sabendo
que a probabilidade de choque com aeronaves civis em nosso espaço aéreo é bastante
remota, ela existe e pode causar estragos de grandes proporções.

Veja alguns exemplos:

• Numa colisão entre uma ave de aproximadamente 1,2 Kg a turbina de um avião pode
sofrer danos sérios, perder força ou parar.

• Numa colisão com uma ave pesando acima de 1,2Kg existe o risco de pane total das
turbinas e até mesmo de explosões.

• Um drone de pequeno porte pode apresentar uma massa similar à de pequenas aves.

Guia Básico do Piloto de Drone89J.L.M.

Medidas de prevenção de acidentes em voo são possíveis com hábitos simples que
podem ser adotados pelos pilotos.

Por exemplo, num voo em área rural que existe tráfego aéreo de aviação agrícola, além
das autorizações necessárias, também é fundamental informar-se sobre atividades de
voo que poderão ocorrer no mesmo dia e local. Para cada atividade há itens
fundamentais que podem não ser tão relevantes para outro perfil de profissional, por
isso a necessidade de um checklist personalizado com itens adequados ao seu uso
específico de atuação.

38
Os fenômenos meteorológicos também podem exercer forte influência durante um voo,
podendo ser um fator determinante para a segurança na hora da operação. É importante
conhecer seus tipos e quais influências podem causar.

Na atmosfera podemos encontrar circulações de praticamente qualquer tamanho e


diferentes escalas da ordem. Essas escalas de movimentos atmosféricos são divididas
em 3 tipos: Microescala, mesoescala e macroescala. Respectivamente da menor para a
maior elas podem apresentar dimensões de ordem que variam de 1 metro até algumas
centenas de quilômetros e duração da ordem de um dia a meses. Esses fenômenos têm
também um importante papel na determinação das características climáticas e sazonais
nas diversas regiões do globo terrestre. Além destes fenômenos também temos as
variações nas correntes de vento como turbulência, rajadas e cortantes de vento que
exercem maior influência nos voos com pequenas aeronaves.

Algumas empresas desenvolveram softwares e aplicativos que auxiliam muito os


pilotos na hora do voo. Os mais utilizadas são: UAV Forcast, Hover, Flightradar24 e
Google Earth. Entre suas principais funções estão a possibilidade de verificar as
condições meteorológicas do local do voo, o acompanhamento em tempo real de todas
as aeronaves do mundo, realizar avaliação previa do ambiente de voo, registrar locais
onde foram realizados voos, além de verificar outras informações.

Figura 36- Softwares que auxiliam no voo

39
5- Teoria de voo e efeitos aerodinâmicas
5.1- Eixos de Rotação
São três os eixos de rotação de uma aeronave, seja ela tripulada ou não. O ponto onde
se encontram as 3 linhas imaginárias é o centro de gravidade da aeronave. E como cada
eixo corresponde a um movimento, também se usam os mesmos termos tanto na
aviação tripulada como na não tripulada:

Figura 37- Eixos de rotação

Eixo longitudinal que cruza a aeronave da proa até a cauda, pelo qual a aeronave faz o
movimento de rolamento para a esquerda e para a direita.

Figura 38- Eixo longitudinal

40
Eixo transversal que cruza a aeronave da direita para a esquerda, pelo qual a aeronave
faz o movimento para frente e para trás.

Figura 39- Eixo transversal

Eixo vertical que atravessa a aeronave de cima para baixo, pelo qual a aeronave faz o
movimento de giro ou guinada. Esse movimento permite à aeronave movimentos no
próprio eixo nos sentidos horário e antihorário.

Figura 40- Eixo vertical

41
5.2- Efeitos Aerodinâmicos

Toda aeronave possui informações operacionais e de desempenho, detalhes de dados


em torno de coisas como decolagem, tamanho, alcance, sustentação, resistência e
descida. Você pode pensar que um drone voa sozinho, e em muitos aspectos você está
certo, mas uma aeronave não tripulada é atualmente um dos dispositivos de consumo
mais complexos do mercado. E você deve entender e conhecer o funcionamento interno
do seu equipamento e qual o tipo de desempenho pode esperar em condições
atmosféricas normais. Por exemplo, se você estiver operando um RPA de asa fixa, o
leme controlará a "guinada" dessa aeronave. E, quando você está comparando um asa
fixa com um multirotor, a manobrabilidade que você obtém com aquela guinada pode
ser bastante diferente um do outro.

5.3-Forças Aerodinâmicas

Num voo normal o ar escoa pela asa de um avião, (sendo estas no caso dos multirotores
as pás de suas hélices) a pressão diminuirá mais no extradorso que no intradorso
produzindo assim a resultante aerodinâmica, força dirigida para cima e inclinada para
trás. O ângulo de ataque é o ângulo formado entre o vento relativo e a corda da asa. Se
o ângulo de ataque for aumentado, a resultante aerodinâmica aumenta e o centro de
pressão avança. Num perfil simétrico, quando aumentamos o ângulo de ataque, a
resultante aerodinâmica aumenta, mas o centro de pressão permanece no mesmo lugar.
As duas componentes da resultante aerodinâmica são: sustentação que é a componente
vertical (90º com a corda) e o arrasto que é a componente horizontal.

Quando se está em um voo nivelado, não acelerado, existem quatro forças que podem
atuar em sua aeronave em qualquer momento durante o voo:

42
5.3.1- Força (Thrust)
É o que impulsiona a aeronave na direção do movimento. (Os motores e as hélices
produzem impulso).

5.3.2-Fricção (Drag)
É a força que age oposta à direção do movimento. (diferente do arrasto que é causado
por fricção e diferenças na pressão do ar)

5.3.3-Gravidade (Weight)
É a força da gravidade. Atua em direção descendente, em direção ao centro da Terra.

5.3.4- Sustentação (Lift)

É a força que atua em um ângulo reto na direção do movimento através do ar. A


sustentação é criada por diferenças na pressão do ar. Em uma curva, a sustentação é o
componente horizontal que faz girar o RPA.

Em um voo reto e nivelado, sustentação é igual a gravidade e fricção é igual a força.

Figura 41- Forças em um voo reto e nivelado

5.4- Estol
Um estol ocorre quando o fluxo de ar que flui sobre a asa da aeronave é interrompido,
e a sustentação degenera rapidamente, o que pode causar a queda de sua aeronave. Em
um estol, sua asa não pode gerar elevação adequada para sustentar o voo nivelado, e
43
isso acontece quando um piloto excede o ângulo crítico de ataque. Resumidamente o
ângulo de ataque é o ângulo formado pela asa (ou propulsor) e pelo vento relativo, o
vento relativo sendo o oposto da direção da viagem da aeronave.

É fundamental conhecer os aspectos práticos de recuperação através de pilotagem


manual para a recuperação da estabilidade da aeronave em caso de estol.

Ilustração de um tipo de estol

Figura 42- Exemplo de um tipo de Estol

5.5- Efeito Carga

Antes de qualquer voo, o piloto deve verificar se a aeronave está corretamente


carregada determinando a condição de peso e equilíbrio da mesma. Embora um peso
máximo de decolagem bruto possa ser especificado em seu manual de voo, os RPAS
podem nem sempre decolar e efetuar o voo com segurança com esta carga em todas as
condições. Em altitudes maiores, é indicado reduzir o peso máximo de decolagem
bruto.

44
Outros fatores a serem considerados antes da decolagem é a sua superfície de
lançamento e declive (no caso de asas fixas), seu vento de superfície e a presença de
obstáculos. Qualquer um desses fatores pode exigir uma redução no peso antes do voo.
Além disso, o piloto remoto deve considerar que o fator de carga nas asas pode ser
aumentado sempre que o drone é submetido a manobras que não sejam voos retos e
nivelados.

5.6- Aerodinâmica de uma hélice


As hélices dos drones multirotores são as responsáveis pela sustentação da aeronave
no ar, o empuxo produzido por uma hélice depende da densidade do ar, da rotação da
hélice, do diâmetro, da forma e da área das pás e do passo. A eficiência de uma hélice
se refere ao ângulo de ataque que é definido como o passo da pá menos o ângulo da
hélice. A eficiência em si é uma relação entre a potência de saída e a potência de
entrada. O ângulo de ataque é afetado pela velocidade relativa, portanto, uma hélice
terá eficiência diferente em diferentes velocidades do motor. A eficiência também é
afetada pela borda dianteira da hélice, e é muito importante que seja o mais suave
possível.

5.7- Rotação de uma hélice


As hélices são projetadas para girar no sentido horário (chamadas de empurradores) e
no sentido anti-horário (chamadas de puxadores). O mais confiável para reconhecer o
tipo de hélice correto por sua forma como mostrado abaixo. A borda mais grossa é a
borda de ataque que se move na direção da rotação. O bordo de fuga é mais radical
recortado e geralmente mais fino (a superfície superior é curvada para fora).

Figura 43- Hélices de um drone

45
Em modelos como o Y6 e X8 que possuem dois rotores no mesmo braço, suas posições
são invertidas para que a orientação dos propulsores mantenha o empuxo para baixo.

5.8- Tipos de hélices e materiais utilizados


Os materiais usados para fazer as hélices podem ter um impacto moderado nas
características de voo, mas a segurança deve ser a consideração principal,
especialmente se você é novo e inexperiente.

5.8.1- Plástico
O plástico moldado por injeção (ABS / Nylon etc.) é a escolha mais popular entre os
drones multirotores. Isto é em grande parte devido ao seu baixo custo, boa eficiência
de voo e boa durabilidade. Normalmente, em um acidente, pelo menos uma hélice
acaba quebrada, e quando estamos aprendendo a voar possivelmente algumas podem
quebrar. Uma hélice de plástico que foi reforçada com fibra de carbono é sem dúvida
a melhor escolha devido à sua rigidez e baixo custo.

5.8.2- Fibra de Carbono


As peças de fibra de carbono ainda não são muito fáceis de produzir e isso faz com que
sejam mais caras se comparar com uma hélice de plástico com as mesmas
especificações. No caso de um acidente, uma hélice de fibra de carbono é mais difícil
de quebrar e flexionar e também causará mais danos a qualquer coisa que entrar em
contato com ela. Dito isto, se você quiser considerar uma hélice reforçada com fibras,
elas normalmente são bem feitas e raramente requerem balanceamento, são mais
rígidas (portanto, menos perdas de eficiência devido à flexão, etc.) e são mais leves do
que outros materiais. Essas hélices são recomendadas para pilotos que já tenham
alguma experiência de voo e conheçam bem o seu equipamento.

As aeronaves não seguem um padrão de tamanho, e o mesmo acontece com as hélices,


para cada aeronave existe um tamanho ideal de hélice. Como tal, existem alguns
46
diâmetros de eixo do motor de tamanho padrão. As hélices geralmente vêm com uma
pequena seleção desses anéis adaptadores para pressionar em um recorte da hélice para
que ela se centralize no eixo do motor.

As hélices mais novas têm uma rosca no sentido oposto ao da rotação do motor, em
vez de um furo e o eixo do motor tem a mesma rosca, essencialmente apertando a hélice
ao girar.

6- Do pré voo ao pós voo

O primeiro passo para iniciar a operação é escolher o equipamento ideal. Compare e


escolha o melhor para você.

Figura 44- Multirotor e Asa fixa

6.1- Multirotor
• Menor tempo de voo

• Cobertura de áreas menores

• Menor velocidade • Fácil pilotagem

• Pouso e decolagem vertical

47
• Menor sustentabilidade a problemas decorrentes de rajadas de ventos

• Preço acessível

• Voo paerado e em baixa velocidade

• Aumenta consideravelmente as áreas de atuação

6.2- ASA Fixa


• Maior tempo de voo

• Cobertura de grandes áreas em cada voo

• Maior velocidade

• Difícil pilotagem

• Pouso e decolagem horizontal

• Maior suscetibilidade a problemas decorrentes de rajadas de ventos

• Preço elevado

• Voa apenas em alta velocidade

• Diminui consideravelmente as áreas de atuação

6.3- Preparação para voo


É extremamente importante conhecer o ambiente de voo, e nunca sobrevoar pessoas
não envolvidas na operação. Fazer um bom reconhecimento da área antes do voo
também é critério essencial para um bom piloto. Veja alguns pontos importantes que
devem ser observados no ambiente de voo:

6.3.1- Reconhecimento do ambiente de Voo


• Existência e localização de cabos, fios e linhas

48
• Existência e localização de animais

• Localização de pessoas envolvidas na operação

• Existência e localização de pessoas não operacionais

• Localizar zonas de escape (emergência)

• Análise topográfica do local para manter visada de controle

• Locais alternativos de pouso em caso de obstrução no local de decolagem

• Temperatura adequada ao equipamento

• Visibilidade adequada a modalidade de voo planejada

• Analisar informação meteorológica sobre probabilidade de chuvas e velocidade dos


ventos (voe somente dentro das condições que o seu equipamento suporta)

• Existência de lagos e rios, evitar voar sobre a água

• Discutir o plano de voo com seu observador

• Em caso de espaço aéreo controlado, esteja com a documentação exigida em mãos


conforme legislação local

• Planejamento de comunicação em caso de emergência médica

6.3.2- Pré Voo

• Verificar se as baterias de todos os sistemas estão carregados

• Verificar se existem interferências nos sistemas de vídeo

• Checar as superfícies de controles quando asa fixa

• Checar montagem dos motores

• Checar integridade das hélices

49
• Checar integridade e funcionalidade do trem de pouso

• Testar conexões elétricas

• Checar se todo equipamento de vídeo está seguro e funcional

• Checar localização apontada pelo GNSS

• Checar movimentos IMU via software

• Checar nível do local de decolagem

• Checar configurações de câmera em relação ao ambiente

• Checar se o cartão de memória está inserido e tem espaço suficiente

• Checar posição neutra dos sticks e modos de voo

• Realizar sequência de ligação na ordem correta (primeiro RC depois drone)

• Checar leds

• Nova checagem visual (pessoas, animais, veículos)

• Armar equipamento com a frente do drone em direção oposta ao piloto

• Decolar acelerando suavemente mas de maneira contínua

• Configuração do return to home adequada ao local

• Antena na posição correta

• Bússola calibrada e sem erros

• Frequência escolhida limpa

• Testar todas movimentos dos sticks via software

• Local de decolagem seguro e plano, ao menos 5m livres ao redor

• Área de decolagem livre de pessoas

50
6.4- Em Voo
• Seguir a legislação local

• Pairar por alguns segundos próximo ao piloto procurando ouvir sons anormais e
testando os controles • Confirmar se o nível de bateria está correto

• Se o voo for manual ou att, nunca tire os dedos dos sticks

• Voe a uma altura que minimize os riscos e diminua a poluição sonora

• Mantenha distância segura de pessoas, linha elétrica, construções e acidentes


geográficos naturais

• Nunca perca o drone de vista

• Se o voo inevitavelmente tiver que ocorrer em local arriscado, opte por um


equipamento leve, com hélices de plástico e mantenha uma distância que possibilite
recuperação e voo para uma área segura em caso de problemas

• Não voe em local que há outros drones voando sem um pré acordo sobre frequências

• Tenha sempre locais alternativos para pouso seguro

• Anuncie quando pousar

• Mantenha uma velocidade que propicie antecipação e recuperação em caso de


obstáculos inesperados

• Mantenha distância de pelo menos 30 metros de pessoas que não são participantes
da operação

• Não voe em locais públicos sem autorização prévia dos órgãos reguladores da sua
região

• Se o voo for em FPV, um observador é muito recomendado

• Mantenha no mínimo 7km de distância de aeroportos

• Pouse com a frente do drone para o lado contrário ao piloto


51
6.5- Pós Voo
• Desligue primeiro o drone, depois o rádio controle

• Desligue a câmera (quando aplicável)

• Realize a inspeção visual do equipamento

• Caso tenha ocorrido algum incidente ou defeito na aeronave, anote para prestar
possíveis providências

• Confira se as fotos ou filmagem foram realizadas e estão salvas com sucesso.

Para quem pretende trabalhar com processamento de dados, os softwares mais


utilizados são:

Figura 45- Softwares de processamento de dados

52
6.6- Considerações finais
Agora você possui as informações básicas necessárias para voar com responsabilidade
e segurança. Lembre-se de ler com atenção o manual do seu equipamento e seguir as
recomendações do fabricante. Escolha sempre áreas adequadas e seguras para adquirir
experiência e confiança em voo. Caso não tenha uma aeronave, pesquise antes de fazer
o investimento. Também recomendamos a leitura na integra dos arquivos sobre
legislação, eles são encontrados no site do DECEA/DRONE.

Certamente, seguindo o conteúdo apresentado neste guia, você estará dando um grande
passo para se tornar um excelente piloto de drone

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