Você está na página 1de 102

LUBRIFICAÇÃO GERAL

TIPOS DE LUBRIFICANTES

ÓLEOS

GRAXAS

MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO
PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES
CONTAMINAÇÃO

COLETAS DE AMOSTRAS DE LUBRIFICANTES

PLANO DE LUBRIFICAÇÃO
REGRAS NA LUBRIFICAÇÃO

PERFIL DO PROFISSIONAL DA LUBRIFICAÇÃO

SEGURANÇA E SAÚDE

CUIDADOS AO MEIO AMBIENTE


Lubrificação Geral

3
O QUE É LUBRIFICAÇÃO?

Procedimentos utilizados para reduzir o atrito entre


as superfícies metálicas.

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE


LUBRIFICAÇÃO NOS EQUIPAMENTOS?

A falta de lubrificação promove nos equipamentos um


aumento do atrito, temperatura, desgastes,
desalinhamento, dilatação, aquecimento, ruídos entre
outros . Ou seja, eleva o custo da manutenção.

4
O QUE É ATRITO?

É a força de resistência que ocorre no


deslocamento entre duas peças.

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DO ATRITO

O atrito causa vários problemas:


aumento da temperatura, desgaste
das superfícies, corrosão e formação
de sujeiras.

5
Tipos de lubrificantes

Os lubrificantes podem ser divididos em:


Líquidos, sólidos e pastosos.

LÍQUIDOS : Óleos, Fluídos de corte

SÓLIDOS: Mica, grafite, talco.

PASTOSOS ( semi sólido): Graxas.

6
ÓLEOS

Sem dúvidas o mais importante lubrificante,


o óleo tem funções importantes no
processo. Ele é responsável pela lubrificação
dos componentes, controle de temperatura,
vedação, remoção de impurezas.

7
TIPOS DE ÓLEOS

Quanto à sua classificação os óleos são


divididos em 4 tipos.

MINERAL : São derivados de petróleo e passam por diversos


tipos de tratamentos, o que lhe dão
suas principais características.

Semi Sintéticos: Esse tipo de lubrificante é fabricado a


partir da mistura de óleos sintéticos e minerais.

Sintéticos: São criados em laboratórios para oferecer


características especiais.

Graxos: São os de origem vegetal ou animal. Foram os


primeiros a serem utilizados como
lubrificante.

8
ÓLEOS LUBRIFICANTES MINERAIS

O lubrificante mineral é produzido a partir de óleos


básicos derivados do refino do petróleo bruto e
adicionados a aditivos específicos que lhe atribuem
características necessárias de funcionamento. Os
lubrificantes minerais adequam a motores
convencionais e sua viscosidade se adapta às
temperaturas de trabalho do equipamento.

9
ÓLEOS HIDRÁULICOS (SEMI SINTÉTICOS)

São óleos com um pacote de aditivos especiais para


serem aplicados a sistemas hidráulicos, bem como
em sistemas de transmissão de força veicular. São
termicamente estáveis, podendo trabalhar sob
condições extremas de temperatura e carga. Sua
elevada resistência à degradação e a formação de
borra garantem melhor limpeza e confiabilidade do
sistema.

10
FUNÇÕES DOS ÓLEOS HIDRÁULICOS

A principal função dos fluídos hidráulicos é transmitir e controlar


potência. Para isso o fluido deve ser praticamente incompreensível
e fluir facilmente. Há, todavia, outros requisitos extremamente
importantes para a correta operação do sistema.

a) O fluido deve ter suficiente viscosidade para proporcionar


adequada vedação, evitando assim, excessivo vazamento devido
aos gradientes de pressão no interior de bombas e válvulas.
b) Deve possuir adequada resistência de película para reduzir o
atrito e minimizar o desgaste entre as partes móveis.
c) Deve ser estável, no que se refere à oxidação, e proteger os
componentes contra a ferrugem e corrosão.
d) O fluído deve permitir rápida decantação e separação dos
contaminantes insolúveis.

11
CUIDADOS NA ESCOLHA DE ÓLEOS HIDRÁULICOS

Um fluido inadequado pode causar dificuldades operacionais e


encurtar a vida útil no equipamento e do próprio fluido. Cada
sistema requer que o fluido utilizado tenha determinadas
propriedades físicas adequadas, tais como viscosidade, índice de
viscosidade e ponto de fluidez. Além disso, deve apresentar certas
características de desempenho.

Principais Fatores que Influenciam na Vida Útil de um Óleo Hidráulico

• Excessiva temperatura operacional;


• Contaminantes tais como: Água, poeira do ar ou resíduos de
fabricação, fluidos de usinagem de metais, metais de desgaste,
espuma e aeração.

12
ÓLEOS SINTÉTICOS

O lubrificante sintético é produzido a partir da mistura de


óleos básicos sintéticos e aditivos. A palavra “sintético”
indica que houve manipulação de empresas para tornar o
óleo mais aprimorado que os minerais. É um tipo de produto
que costuma responder muito bem às chamadas “condições
severas de uso”

13
CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DOS ÓLEOS SINTÉTICOS

Resistir à propagação do fogo é uma das principais vantagens


desses tipos de lubrificantes. Por esse motivo, são ideais para
sistemas que operam em altas temperaturas. A recomendação é
para trabalhos a até 150 º C.

Esses lubrificantes costumam ter uma extensa vida útil e baixo


custo de manutenção. A desvantagem que é são mais caros do que
os óleos minerais. Constituídos de ésteres complexos (como o de
fosfato) ou cloridratos de hidrocarbonatos, os óleos sintéticos são
ótimos lubrificantes. São encontrados em diversas viscosidades,
porém menores em relação aos óleos minerais.

14
ÓLEOS GRAXOS

Foram os primeiros a serem utilizados. Trata-se de lubrificantes


provenientes de animais e vegetais. Por possuírem baixa
estabilidade de trabalho e serem facilmente oxidáveis, quase não
tem uso industrial, exceto em composições de óleos minerais.

15
PROPRIEDADES DOS ÓLEOS

VISCOSIDADE

É a resistência que um fluido impõe ao escoamento.

Ou seja, é a característica dos líquidos que está


relacionada com a sua habilidade de fluir. Quanto
maior a viscosidade de um líquido (ou de uma
solução) mais difícil o líquido flui.

16
ANALOGIA: QUAL É MAIS VISCOSO?

Mel x Água

17
A viscosidade é determinada em
aparelhos chamados viscosímetros.

São os seguintes os viscosímetros mais comumente usados para medir


viscosidade de óleo lubrificantes:

− Cinemático (Uso Universal) - A viscosidade é dada em Cst.

− Saybolt (Estados Unidos) - A viscosidade é dada em SSU.

− Engler (Alemanha)

− Redwood (Inglaterra)

18
A viscosidade é determinada em
aparelhos chamados viscosímetros.

Para determinação da viscosidade, considera-se a


temperatura de 40º C ou 100 º C, conforme especificação.

19
CLASSIFICAÇÃO DA VISCOSIDADE
CLASSIFICAÇÃO ISO

A norma ISO define viscosidade,


baseando-se na temperatura de 40ºC,
por ser próxima a temperatura usual da
aplicação dos lubrificantes.

20
TABELA DE CLASSIFICAÇÃO ISO

21
CLASSIFICAÇÃO AGMA

A American Gear Manufactures


Association classifica apenas os óleos
para engrenagens fechadas e abertas.

22
TABELA DE CLASSIFICAÇÃO AGMA

23
CORRESPONDÊNCIA ISO X AGMA

24
PROPRIEDADES DOS ÓLEOS

ÍNDICE DE VISCOSIDADE

É um valor numérico que indica a variação


da viscosidade em relação à variação da
temperatura.

25
PROPRIEDADES DOS ÓLEOS

PONTO DE FULGOR E PONTO DE INFLAMAÇÃO

Ponto de fulgor ou lampejo é a temperatura em que o óleo,


quando aquecido em aparelho adequado, desprende os
primeiros vapores que se inflamam momentaneamente
(lampejo) ao contato de uma chama.

Ponto de inflamação ou combustão é a temperatura na qual o


óleo, aquecido no mesmo aparelho, inflama-se em toda a
superfície por mais de 5 segundos, ao contato de uma chama.

26
PROPRIEDADES DOS ÓLEOS
PONTO DE FLUIDEZ E NÉVOA

Quando resfriamos um subproduto do petróleo


suficientemente, este deixa de fluir, mesmo sob a ação da
gravidade, devido a cristalização das parafinas ou o aumento
da viscosidade (congelamento).

Ponto de fluidez é a menor temperatura, expressa em


múltiplos de 3ºC, na qual a amostra ainda flui, quando
resfriada e observada sob condições determinadas.

O ponto de névoa é a temperatura em que, resfriando-se um


produto, a cristalização da parafina dá uma aparência turva a
este produto
.

27
PROPRIEDADES DOS ÓLEOS
EMULSIBILIDADE E DEMULSIBILIDADE

Demulsibilidade é a capacidade que possuem os óleos de se


separarem da água.

É a facilidade que o óleo tem de se misturar com a água.

28
PROPRIEDADES DOS ÓLEOS
EXTREMA PRESSÃO

A capacidade que um lubrificante possui em suportar pressões


elevadas, evitando que as superfícies em movimento entrem em
contato

Existem diversos métodos para se avaliar a capacidade de carga


de um óleo ou graxa lubrificante. Esses métodos são
determinados Ensaios ou Testes.

29
ENSAIOS DE EXTREMA PRESSÃO

TESTE DA CARGA TIMKEM

O teste Timkem mede a capacidade de


carga dos lubrificantes. Consiste de um
cilindro rotativo e um braço de alavanca,
sobre o qual são colocados cargas
graduadas, para aumentar a pressão que
o bloco de aço exerce sobre o anel de
aço preso ao cilindro rotativo. As cargas
são aumentadas até que o bloco
apresente ranhuras. A carga máxima
aplicada sem causar ranhuras é então
anotada como carga Timkem

30
ENSAIOS DE EXTREMA PRESSÃO

TESTE 4 ESFERAS (FOUR BALL)

No teste de quatro esferas (four ball),


três esferas são dispostas juntas
horizontalmente, e uma quarta,
presa a um eixo, gira sobre elas a
uma velocidade de 1800 RPM. Para
determinar-se a capacidade de
carga, a velocidade da esfera girante
é constante, e a carga sobre ela é
aumentada gradativamente. Quando
as esferas se soldam, é então
anotada a carga máxima suportada
pelo lubrificante.

31
Aditivos
São componentes que são incorporados aos
óleos básicos para garantir melhor
performance aos lubrificantes. Os principais
são: dispersante, detergente, antidesgastante,
anticorrosivo, antioxidante, aumentadores do
índice de viscosidade, além, se for necessário,
da presença de abaixador do ponto de fluidez
e antiespumante.

32
33
GRAXAS

Uma graxa lubrificante pode ser definida


como um material pastoso ou semi-sólido,
constituindo de um agente
espessante (sabão metálico) disperso num
lubrificante líquido (óleo), mais aditivos.

34
GRAXAS – onde usar?

• Onde o óleo não pode ser contido ou vaza com facilidade;


• Onde existem dificuldades e condições inseguras para realizar a relubrificação;
• Onde o lubrificante deve ter também a função de vedar;
• Onde o projeto da máquina especifica a utilização de graxa;
• Onde o tempo de relubrificação for reduzido;
• Onde se quer reduzir a frequência de lubrificação;
• Onde existem equipamentos com lubrificação intermitente;
• Onde é importante a redução de ruídos;
• Onde existem condições extremas de altas temperaturas, altas pressões,
cargas de choque e baixas velocidades com cargas elevadas.

35
GRAXAS – modo de obtenção

36
GRAXAS - composição

As graxas são diferenciadas quanto à


natureza do espessante. Existe uma grande
variedade de espessantes,
dentre os quais, destacam-se sabões
metálicos, argilas tratadas, polímeros de
uréia e outros, sendo que cerca de
90% dos casos os espessantes empregados
são sabões metálicos.

37
Quanto a natureza do sabão metálico as graxas
se classificam da seguinte forma:

• Graxas à base de sabão de Cálcio – bastante


aderentes, são indicadas para uso em peças que
trabalham em contato com água. Não são indicadas
para utilização em temperaturas superiores a 80ºC.

• Graxas à base de sabão de Sódio – recomendadas


para mancais planos e rolamentos que trabalham a
altas velocidades e temperaturas elevadas (até 120ºC)
e, ocasionalmente, em engrenagens. É
desaconselhável o seu uso em presença de umidade,
pois o sabão é solúvel em água.

38
Quanto a natureza do sabão metálico as graxas
se classificam da seguinte forma:

• Graxas à base de sabão de Alumínio – são indicadas


para uso onde o principal requisito seja a característica
de aderência da graxa, proporcionando boa proteção
contra a ferrugem e resistência à lavagem por água. Não
resiste a temperaturas elevadas.

• Graxas à base de sabão de Lítio – são bastante


aderentes e relativamente insolúveis em água,
substituindo, em aplicações convencionais, muito bem
as graxas de Cálcio e Sódio, sendo, portanto, de
aplicações múltiplas. Possuem grande estabilidade
mecânica e alto ponto de gota, sendo de fácil aplicação
por meio de pistolas e sistemas centralizados de
lubrificação.

39
Comparativo de graxas quanto a resistência do
sabão metálico

40
Vantagens e desvantagens dos sabões metálicos

41
Propriedades das graxas

Consistência

É a resistência oferecida por uma graxa à sua


penetração.
É determinada pelo método que consiste em medir a
penetração (em décimos de milímetros) exercida por
um cone sobre uma amostra de graxa, sob ação de
carga padronizada durante 5 segundos e à temperatura
de 25ºC. O aparelho utilizado nesta medição é
chamado penetrômetro.

42
Propriedades das graxas

Medição de consistência

43
Penetrômetro

44
Com base nos resultados obtidos no penetrômetro, o
National Lubricating Grease Institute (NLGI) criou um
sistema de classificação para as graxas definidos de
consistência trabalhada em 60 ciclos que variam de 000
(muito macia) a 6 (muito dura).

45
Propriedades das graxas

Ponto de gota

Indica a temperatura em que a graxa passa do estado


sólido ou semi-sólido para o líquido.
Na prática, esta medida serve como orientação para a
mais alta temperatura a que certa graxa pode ser
submetida durante o trabalho. Deve-se considerar
como limite operacional uma temperatura 20% inferior
ao seu ponto de gota.

46
Ponto de gota

47
Propriedades das graxas

Bombealidade

É a capacidade de fluir de uma graxa pela ação de


bombeamento. Os fatores que afetam o bombeamento
são:
a consistência da graxa, a viscosidade do óleo e o tipo
de espessante.

A bombeabilidade afeta o método de aplicação da graxa


(adequação ao sistema centralizado, por exemplo) e a
movimentação interna da graxa dentro do elemento
mecânico, influindo diretamente na capacidade de
lubrificação da mesma.

48
Bombealidade - comparação

49
Propriedades das graxas

Miscibilidade

É a capacidade de misturar graxas sem efeitos adversos.


Se forem misturadas graxas incompatíveis, a
consistência resultante poderá mudar radicalmente, a
ponto de causar danos nos rolamentos, por exemplo,
em decorrência de vazamento intenso.

50
Miscibilidade

51
LUBRIFICANTES SÓLIDOS

Os lubrificantes sólidos são usados, geralmente,


como aditivos de lubrificantes líquidos ou pastosos.
Algumas vezes, são aplicados em suspensão, em
líquidos que se evaporam após a sua aplicação.

52
LUBRIFICANTES SÓLIDOS

A grafite, o molibdênio, o talco, a mica,


PTFE etc., são os mais empregados. Estes
lubrificantes apresentam grande resistência
a elevadas pressões e temperaturas.

53
Métodos de lubrificação

A escolha do método de aplicação do óleo lubrificante


depende dos seguintes fatores:

− Tipo de lubrificante a ser empregado (graxa ou óleo)


− Viscosidade do lubrificante
− Quantidade do lubrificante
− Custo do dispositivo de lubrificação

54
MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO À ÓLEO

Quanto ao sistema de lubrificação, este pode ser:

− Por gravidade
− Por salpico
− Por imersão ou Banho

55
Gravidade

• Lubrificação manual
A lubrificação manual é feita por meio de almotolias e
não é muito eficiente, pois, não produz uma camada
homogênea de lubrificante.

• Copo conta gotas


Esse é o tipo de copo mais comumente usado na
lubrificação industrial, sua vantagem esta na
possibilidade de regular a quantidade de óleo aplicado
sobre o mancal.

56
Salpico

Na lubrificação por salpico, o lubrificante contido num


depósito (ou cárter) é borrifado por meio de uma ou
mais peças móveis, Veja figura a seguir.
Esse tipo de lubrificação é muito comum, especialmente
em certos tipos de motores.

57
Imersão ou Banho

• Lubrificação por banho de óleo


Nesse método, as peças a serem lubrificadas
mergulham total ou parcialmente num recipiente de
óleo. O excesso de lubrificante é distribuído por meio
de ranhuras a outras peças.
O nível do óleo deve ser constantemente controlado
porque, além de lubrificar, ele tem a função de resfriar
a peça. Esse tipo de lubrificação é empregado em
mancais de rolamentos de eixos horizontais e em
caixas de engrenagens.

58
Banho e Salpico

Redutores de velocidade pode haver lubrificação por banho e por salpico


Ao mesmo tempo.

59
MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO À GRAXA

Quanto ao sistema de lubrificação, este pode ser:

− Por enchimento
− Por pincel manualmente
− Por bomba manualmente
− Por bomba pneumática

60
Enchimento

• Lubrificação por enchimento


Esse método de lubrificação é usado em mancais de
rolamento. A graxa é aplicada manualmente até a
metade da capacidade do depósito.

61
Manual com pincel

• Lubrificação manual com pincel ou espátula


É um método através do qual se aplica uma película de
graxa sobre a peça a ser lubrificada.

62
Manual com bomba

• Lubrificação manual com bomba


Nesse método a graxa é introduzida por intermédio do
pino graxeiro de uma bomba manual.

63
Bomba pneumática

• Lubrificação com bomba pneumática


Nesse método a graxa é introduzida por intermédio do
pino graxeiro de uma bomba acionada por ar.

64
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO CENTRALIZADA

65
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO CENTRALIZADA

O sistema centralizado é um método de


lubrificação a graxa ou a óleo que tem a finalidade
de lubrificar um elevado número de pontos,
independentemente de sua localização.

Esse sistema possibilita o abastecimento da


quantidade exata de lubrificante, além de reduzir
custos de mão-de-obra de lubrificação.

66
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO CENTRALIZADA

Um sistema centralizado completo possui os


seguintes componentes: bomba e manômetro;
redes de suprimento (principal e distribuidores;
válvulas e porca de compressão; conexões e
joelhos; acoplamentos e uniões).

67
CONTAMINAÇÃO

68
CONTAMINAÇÃO

É todo agente, interno ou externo que possa ser


nocivo ao sistema de lubrificação.

A contaminação é um dos grandes vilões da


manutenção. Um ambiente de contaminação
elevada aumenta os custos do processo
promovendo gastos com lubrificantes, mão de
obra, além de aumentar o tempo de parada dos
equipamentos e comprometer a produção.

69
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO

Em um sistema de lubrificação, os principais


agentes contaminantes são:

▼ Água
▼ partículas
▼ Misturas com outros lubrificantes
▼ Outros agentes
▼ Mistura com outros produtos

70
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO

71
Contaminação com água

72
Contaminação por partículas

73
Contaminação em escala micrométrica

74
Comparação de partículas em mícron

75
COLETAS DE AMOSTRAS DE LUBRIFICANTES

76
IMPORTÂNCIA DAS AMOSTRAS

A saúde dos equipamentos deve ser monitorada


pelo estado de degeneração ou contaminação do
óleo, portanto, a amostragem, ou procedimento
de coleta de amostra, é uma etapa de suma
importância neste processo. A amostragem será a
responsável pela qualidade das informações que a
amostra fornecerá.

Se bem-feita, o resultado da análise da amostra


será ferramenta fabulosa para uma tomada de
decisão. Se malfeita, induzirá a erros de
interpretação e comprometerá a confiabilidade de
avaliação, trazendo prejuízos..

77
ITENS FUNDAMENTAIS PARA COLETA

Numa coleta, alguns fatores importantes devem


ser considerados:

Local de coleta;
Dispositivo de coleta;
Recipiente para a coleta (frasco);
Frequência de coleta e análise.

78
Fatores a ser observados para uma boa coleta.

Identifique nos equipamentos os pontos de


amostragem. Defina aqueles que melhor
representarão as condições do lubrificante em uso,
“zonas vivas” que tenham turbulência, por
exemplo, cotovelos de tubulações

Utilize frascos de coleta e utensílios limpos e


apropriados, sempre descartando os frascos
usados e no caso do uso de mangueiras e bomba,
nunca utilize a mesma mangueira para a coleta de
diversos pontos.

79
Fatores a ser observados para uma boa coleta.

Não permita a entrada de contaminantes externos


no frasco de amostra, pois não será distinguido do
contaminante do lubrificante

Drenar e descartar um volume equivalente a um


frasco de óleo antes de coletar a amostra, evitando
assim o excesso de contaminantes que poderiam
estar acumulados nas reentrâncias da válvula de
amostragem.

80
Fatores a ser observados para uma boa coleta.

Preferencialmente efetuar a coleta com o


equipamento em operação: nas condições normais
de temperatura, velocidade, ciclos e cargas. Se não
for possível, coletar em no máximo 30 minutos
após a parada do equipamento.

Drenos e pontos muito próximos ao fundo não são


recomendados. Evite amostragem com o
equipamento frio, após elementos filtrantes ou em
“zonas mortas” de óleo parado dentro da máquina

81
OBSERVAÇÃO:

O que importa é a criticidade da máquina e não o


volume de óleo do reservatório!

A ANÁLISE DO ÓLEO NÃO DIZ RESPEITO AO ÓLEO,


MAS SIM AO EQUIPAMENTO QUE O UTILIZA!

82
PLANO DE LUBRIFICAÇÃO

83
PONTOS PRINCIPAIS

Um plano de lubrificação eficiente deve conter as


seguintes informações:

▼ Todos os pontos de lubrificação


▼ Periodicidade de relubrificação
▼ Tipo de lubrificante empregado
▼ Quantidade correta de lubrificante
▼ Condições adequadas de lubrificação
(operando e parado)

84
BENEFÍCIOS DE UM PLANO EFICIENTE

Dentre os benefícios de um plano de Lubrificação eficiente


estão;

▼ ECONOMIA – Menos gastos com manutenção em geral, tendo


em vista que a lubrificação incorreta é um dos principais fatores
de quebras em manutenção.

▼ CONFIABILIDADE – Melhor monitoramento do equipamento


contribuindo para aumento de sua vida útil.

▼ OTIMIZAÇÃO DE CUSTOS – Aplicação da quantidade ideal de


lubrificantes evitando o desperdício.

▼ MELHOR PERFORMANCE – Através de uma rotina adequada de


lubrificação contribuindo para um alto desempenho dos
equipamentos.

85
Saúde, Segurança e meio ambiente na Lubrificação

86
Saúde, Segurança e meio ambiente na Lubrificação

A saúde e segurança são valores que devem ser


preservados e priorizados em todas as profissões.

O profissional da Lubrificação deve-se atentar a


esta afirmação e buscar sempre soluções
inovadoras que visam melhorias no processo de
realização da atividade.

87
Saúde, Segurança e meio ambiente na Lubrificação

DEVERES DO BOM PROFISSIONAL

Fazer uso correto de todos os meios de seguranças


disponíveis.
Aderir a todos os procedimentos conforme
treinamentos.
Cumprir todas as metas de segurança exigidas pela
empresa.

88
Saúde, Segurança e meio ambiente na Lubrificação

Uso da FISPQ

Necessário que todos os produtos existentes


possuam a FISPQ atualizada.
Todos os profissionais envolvidos devem ser
treinados.
As FISPQ’s devem ficar a frente do lubrificante ou de
fácil acesso para garantir que todos possam ter
acesso as informações.

89
Saúde, Segurança e meio ambiente na Lubrificação

CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE

A atividade de lubrificação, quando não se tem


controle, pode ocasionar danos irreparáveis ao meio
ambiente; contaminação do solo, da água, do ar.

O profissional da lubrificação tem obrigatoriedade


em cuidar e preservar o meio ambiente.

Conhecer seus deveres para com o ambiente e ter


consciência de suas ações, são atitudes que tornam o
profissional diferenciado dos demais.

90
DANOS AO MEIO AMBIENTE A SER EVITADO

91
Boas práticas na Lubrificação

92
Boas práticas na Lubrificação

O depósito de lubrificantes deve ser em local coberto, bem


ventilado, afastado de fontes de contaminação e de calor excessivo,
e suficientemente amplo para permitir a movimentação dos
tambores e a guarda de todo o material e equipamento necessário à
lubrificação.

93
Organização e limpeza no depósito de lubrificação

É conveniente que haja uma sala de lubrificação separada do


depósito ou almoxarifado de lubrificantes a fim de facilitar o
controle e o serviço dos lubrificadores.

94
REGRAS E SUGESTÕES PARA UM BOM DESEMPENHO NA
LUBRIFICAÇÃO:

Para escolher um lubrificante considere: tipo de elemento de máquina ou


equipamento, regime de serviço, condições locais e preparo do
lubrificador

Quanto ao lubrificante a utilizar, siga as indicações do fabricante -


consulte o manual do equipamento

O excesso é tão prejudicial quanto a falta

Cuidado com as misturas. Mesmo tendo feito teste de compatibilidade,


acompanhe "de perto” o desempenho do equipamento

95
REGRAS E SUGESTÕES PARA UM BOM DESEMPENHO NA
LUBRIFICAÇÃO:

A contaminação começa na armazenagem e manuseio do lubrificante

O lubrificante é o sangue da máquina. Assim como no sangue, a análise


do óleo pode prevenir e diagnosticar doenças

Prefira um produto sintético somente quando o mineral não puder dar


conta do serviço

O óleo “novo” já possui “contaminantes” - faça pré-filtragem

96
Perfil do profissional da Lubrificação

97
Perfil do profissional da Lubrificação

Há bem pouco tempo, a função de lubrificador era


delegada àqueles funcionários que faziam a limpeza do
chão de fábrica ou para o aprendiz de mecânica, pois era
um trabalho considerado sujo e de menor importância,
uma operação secundária.

O homem lubrificador era chamado com escárnio de


“meloso”, e assumia o seu papel: um homem sem
qualquer capacitação, sem treinamento, sem auto-
estima, sem ambição e, muitas vezes, sem qualquer tipo
de equipamento ou ferramenta adequada para fazer o
serviço.

98
Perfil do profissional da Lubrificação

Hoje em dia o lubrificador é a pessoa responsável


por
garantir o perfeito funcionamento do maquinário,
através da correta aplicação dos lubrificantes,
e por antever qualquer anormalidade
que possa interferir neste desempenho.

99
Perfil do profissional da Lubrificação
Os conhecimentos e aptidões necessários para o
desempenho da função de lubrificador, ou de
Técnico em Lubrificação, são:

• Conhecer o funcionamento das máquinas;


• Conhecer a teoria da lubrificação, dos
lubrificantes e o comportamento destes em
trabalho;
• Conhecer os principais contaminantes dos
lubrificantes, como identificá-los e como avaliar a
“saúde” dos lubrificantes;
• Fazer relatórios e registros de ocorrências;
• Desenvolver inspeções preventivas;
• Ter organização, manter-se interessado e ser
observador.

10
0
Perfil do profissional da Lubrificação

Vale observar que as mulheres começam a fazer


parte deste time, realizando um trabalho até então
exclusivamente masculino, agregando qualidade e
responsabilidade.

10
1
Lembre-se, a Lubrificação é um dos processos de
maior responsabilidade dentro de uma empresa.
Como tal deve haver o orgulho, respeito e devida
atenção por parte dos envolvidos para que possa ter
o devido valor.

Tenha sempre orgulho de pertencer a essa área de


fundamental importância para a empresa.

10
2

Você também pode gostar