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Resumo
Recentemente na manutenção industrial e automotiva começaram a ser utilizados os condicionadores de
metais que promovem as reduções de atritos e desgastes. Através de pesquisas é possível comprovar que
os condicionadores de metais diminuem o atrito, reduzindo as quebras e as paradas por manut enções.
Nesse trabalho, foi realizado uma bancada de teste, composta por um motor elétrico e uma alavanca, no
qual 3 corpos de provas foram submetidos a um atrito com o eixo do m otor, em condições de lubrificação
deferentes. Foi usado uma carga pré -defina para os 3 ensaios, porém na primeira situação não foi usando
lubrificant e, no segundo caso somente o lubrificante sem o condicionador e por último foi usado o
lubrificant e com o condicionador de metais. Esses condicionadores criam uma película na peç a, fazendo
com que haja menos des gastes causados pelo atrito entre peças, assim, aumentando a vida útil dos
equipamentos. Nesse trabalho foi possível comprovar a eficiência do condici onador de metais, por meio da
análise macroscópica do desgaste dos 3 corpos de provas submetidos ao teste.
Abstract
Recently, in industrial and automotive maintenance, metal conditioners have been used to reduce friction
and wear. Research has shown that metal conditioners reduce friction, reducing breakdowns and downtime
for maintenance. In this work, a test bench was made up, consisting of an electric motor and a lever, in which
3 specimens were subjected to friction with the motor shaft, under different lubrication conditions. A pre-set
load was used for the 3 tests, but in t he first situation no lubricant was used, in t he second cas e only the
lubricant without the conditioner and lastly the lubricant with t he metal conditioner was used. These
conditioners create a film on the part, not changing the characteristic of the lubricating oil, causing less wear
caused by friction bet ween parts, thus extending the life of the equipment In this work it was possible to
prove the efficiency of the metal conditioner, through the macroscopic analysis of the wear of the 3
specimens submitted to the test.
Keywords: Metal conditioners; friction; wear.
Contato: tainara_corsi@hotmail.com / talisson.lage@gmail.com / mecânica@tecsoma.br
Introdução
Atualmente o principal foco nas manutenções industriais e automotivas, são nos
atritos e desgastes, buscando sempre por meios de maior durabilidade dos equipamentos.
Nessas pesquisas realizadas existem condicionadores de metais que atuam juntamente
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ao lubrificante, assim, afirmando a diminuição dos desgastes entre peças.
O atrito no motor é causado pelo contato entre outros corpos. Pode ser definido por
base elementar de situações de movimento, ou seja, dois corpos deslizantes um sobre o
outro neste caso a resistência ao movimento é chamado de atrito. (MEDEIROS, 210, p
37).
Os processos de desgaste são classificados quanto ao elemento interfacial podendo
ser de desgaste de dois corpos ou estar sob ação de partículas sólidas pressionadas
entre duas superfícies, por exemplo, poeira em lubrificantes, caracterizando um desgaste
de três corpos (RADI et al, 2007, p. 4).
Há estudos de artigos científicos que comprovam os reais benefícios dos
condicionadores. Na indústria a utilização do mesmo evita quebras e paradas não
programadas, afim de reduzir as manute nções. Nos motores as utilizações aumentam a
vida útil dos equipamentos, aumentando a segurança, diminuindo os desgastes dos
componentes.
Produtos químicos que são adicionados ao óleo para otimizar suas propriedades são
chamados de aditivos (SANTANA et al 2010). Já os condicionadores de metais não são
considerados aditivos para lubrificantes pois possui viscosidade similar aos fluidos
sintéticos e ao adicioná-lo ao fluido não altera as propriedades do óleo lubrificante. (DOS
ANJOS, 2012; KRIONI, 2012).
Este estudo foi desenvolvido com o intuito de avaliar a evolução do desgaste das
peças em contato com o atrito, sem lubrificação, lubrificada e acrescido o condicionador
de metal ao óleo lubrificante.
Materiais e Métodos
Materiais
01 pç Terminal Liga/Desliga
01 m Fios 1/2”
01 pç Chapa 0,60 x 0,50
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
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Figura 03: Motor 0,33CV, Torquimetro Vareta de encaixe 1/2”, Terminal Liga/Desliga,
Fios 1/2” e Chapa 0,60 x 0,50
Fonte: Autor
Métodos
A bancada de teste consiste em um motor Monofásico de 0,33cv de potência com
rotação de 1735 RPM, operando em 220V, onde é acoplado uma bucha que realiza o
movimento do rolamento e é conectado um pequeno mancal para realizar a lubrificação
da peça de ensaio. Ao lado direito consiste uma cantoneira ficha com uma alavanca para
amplificação de sua carga onde é colocado cargas nos corpos de provas e medidos a
força aplicada com o torquimetro como pode ser vista na figura 04 e 05.
Fonte: Autor
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Fonte: Autor
Óleo lubrificante: foi utilizado no ensaio o óleo lubrificante Motul 4t 3000 20x50,
conforme figura 06.
Figura 06: Óleo Lubrificante utilizado no teste
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Procedimento de ensaio
O objetivo desde artigo é a análise do atrito, assim foram realizados três ensaios: um
sem lubrificação, um utilizando óleo lubrificante e um utilizando óleo lubrificante
adicionado o condicionador de metais.
Condições propostas para realização dos ensaios.
Testes, os três primeiros com aço temperado e os outros três de aço A-36 para melhor
visualização dos desgastes, assim se tem mais precisão nas medidas.
a) Foram utilizados 6 corpos de prova roletes com diâmetros de 12mm e altura de 28mm
cada, os três primeiros corpos de ensaios foram de material de aço temperado, e os três
últimos foram de ferro maciço;
b) No condicionador é indicado nas instruções de uso para a cada 4 Litros de óleo
lubrificante, acrescentar 200 ml de condicionador de metal. Para definição da quantidade
utilizado foi necessário fazer regra de 3 simples, conforme tabela 01, visando que serão
utilizados 15 ml de óleo lubrificante, conforme quadro 02.
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4000 ml 200 ml
15 ml X ml
Total Necessário 0,75 ml
Fonte: Autor
Ensaios
Foram realizados testes em duas etapas sendo ensaio 01, com três amostras de aço
temperado e ensaio 02, com três amostras de Aço A-36. Devido o material de aço
temperado ser mais resistente, fizemos os testes com Aço A-36 para melhor visualização
dos desgastes, assim se tem mais precisão nas medidas. A dosagem foi realizada com
seringa utilizando o método indicado nas instruções do condicionador de metal conforme
quadro 02.
Ensaio 01
O tempo foi definido pelo primeiro ensaio visto que o mesmo apresentou desgaste
nos primeiros 30 segundos de teste até travar o equipamento.
a) O primeiro corpo de prova rolete: Toda a área de contato foi limpa com solvente, após
isso, iniciou-se o teste, foram aplicados 20 N.m, medidas no torquimetro, o teste durou
cerca de 30 segundos e o equipamento travou devido aos desgastes. Sendo assim, foi
realizado o segundo teste.
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b) O segundo corpo de prova: Toda a área de contato foi limpa com solvente, após foi
iniciado teste, sendo aplicada uma força de 40 N.m por 30 segundos e o equipamento
travou devido aos desgastes. Sendo assim, foi realizado o terceiro teste.
O terceiro corpo de prova toda a área de contato foi limpa com solvente, após isso, foi
adicionado no reservatório 15ml de óleo lubrificante Motul 4t 3000 20 x 50 e 075ml de
condicionador de metal Militec-1, iniciou-se o teste, o teste durou cerca de 30segundos e
foi aplicado uma força de 40N.m, o elemento não apresentou desgaste, foi aplicado mais
30 segundos de força de 60N.m, assim não havendo desgastes, apenas um leve
polimento no elemento.
Ensaio 02
O tempo foi definido pelo primeiro ensaio visto que o mesmo apresentou desgaste
nos primeiros 60 segundos de teste.
a) O primeiro corpo de prova: Toda a área de contato foi limpa com solvente, após isso,
iniciou-se o teste, foram aplicadas 80 N.m, medidas no torquimetro, o teste durou cerca
de 60 segundos apresentou desgastes. Sendo assim, foi realizado o segundo teste.
b) O segundo corpo de prova: Toda a área de contato foi limpa com solvente, após isso,
foi adicionado no reservatório 15 ml de óleo lubrificante Motul 4t 3000 20x50, iniciou-se o
teste, aplicando uma força de 80 N.m por 60 segundos apresentou desgastes. Sendo
assim, foi realizado o terceiro teste.
c) O terceiro corpo prova: Toda a área de contato foi limpa com solvente, após isso, foi
adicionado no reservatório 15 ml de óleo lubrificante Motul 4t 3000 20x50 e 0,75 ml de
condicionador de metal Militec-1, iniciou-se o teste, o teste durou 60 segundos com força
de 80 N.m, assim não havendo desgastes, apenas um leve polimento no elemento.
A análise dos ensaios foi realizada da seguinte forma: foi colocado os ensaios no
equipamento Profile Projector Mitutoyo - PJ-A3000, com intuito de dar zoom na peça para
melhor aproximação para coleta de dados e realizar as medições no programa
computacional chamado ImageJ onde foram medidos os desgastes ocorridos nos ensaios.
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Fonte: Autor
Fonte: Autor
Resultados
O ensaio 01 não foi possível medir o nível de desgastes, devido o material ser mais
resistente e não haver como medir com precisão.
Fonte: Autor
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Figura 10: Segundo corpo de prova - Aço temperado (com óleo lubrificante)
Fonte: Autor
Figura 11: Terceiro corpo de prova - Aço temperado (com óleo lubrificante
adicionado o condutor de metais)
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Figura 13: Primeiro corpo de prova - Aço A-36, no equipamento Profile Projector
Mitutoyo - PJ-A3000 (sem lubrificação)
Fonte: Autor
O segundo elemento rolete foi realizado lubrificação com óleo lubrificante Motul 4t
3000 20x50 apresentou diâmetro de 0,35 mm de desgaste, conforme figuras 14 e 15.
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Fonte: Autor
Figura 15: Segundo corpo de prova - Aço A-36, no equipamento Profile Projector
Mitutoyo - PJ-A3000 (com lubrificação)
Fonte: Autor
Figura 16: Primeiro corpo de prova - aço A-36, o equipamento Profile Projector
Mitutoyo - PJ-A3000 (com óleo lubrificante adicionado o condutor de metais)
Fonte: Autor
Figura 17: Primeiro corpo de prova - aço A-36, no equipamento Profile Projector
Mitutoyo - PJ-A3000 (com óleo lubrificante adicionado o condutor de metais)
Fonte: Autor
Discussão:
Após realização dos testes, análises comparativas e medições realizadas para medir
a eficiência do Condutor de Metais, em relação aos testes de desgastes sem lubrificação,
com lubrificação e com a adição do condutor de metais. Conforme resultados dos testes,
foi constatado que realmente o condutor de metal reduz os desgastes das peças que
estão em atrito.
O ensaio 01 não foi possível a igualação das forças aplicadas nos primeiros três
ensaios e medição do desgaste devido o material ser de aço temperado e ser mais
resistente (realizado processo de têmpera no material arrefecido com uma solução de
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salmoura ou água, desta forma se torna mais resistentes que o aço carbono padrão, e
mais eficiente para resistir a danos causados atritos), isso exigiria que o motor utilizado
fosse mais potente, por este motivo o motor estava travando na hora que começava a
apresentar desgastes e para realização dos testes, foi utilizado o aço A-36 para melhores
resultados (o aço ASTM A36, é classificado como um aço carbono de média resistência
mecânica, composto de (99%) de ferro).
A diferença de desgaste do corpo de prova 01 para o 02 estava muito grande,
aproximadamente o dobro, ensaio 01 com 1,06mm de desgaste e ensaio 02 com 0,35mm
de desgaste, a primeira peça que não foi utilizado lubrificante, ficou com um desgaste
profundo de aproximadamente perca de 35% do material (calculado com área total menos
a área de desgaste)
O segundo ensaio que utilizou óleo lubrificante houve um atrito de aproximadamente
10% de perca de material (calculado com área total menos a área de desgaste).
O terceiro ensaio que foi adicionado o condutor de metais ao lubrificante, o desgaste
foi baixo aproximadamente 3,2% (calculado com área total menos a área de desgaste),
considerado apenas um leve polimento
Isto prova que realmente a camada criada pelo condicionador de metal é eficaz
podendo sim prolongar a vida útil de materiais que estão em atrito.
Porém por ser um teste de bancada, seriam necessários outros testes para
verificação de viabilização da implantação dos condutores de metais nas manutenções
industriais e automotivas.
Conclusão
Agradecimentos
Referências
DOS ANJOS, G.C.; Utilização de matérias primas vegetais para a aplicabilidade co-
mo inibidores de corrosão. Dissertação de Mestrado, Universidade federal do Rio
Grande do Norte, Rio Grande do Norte, 2012.
http://www.jornalpopulacional.com.br/noticia/7364-militec-1-tira-todo-atrito-protege-o-
motor-veja-no-bruno-auto-service-em-ceres.html