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FAM

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAM

CURSO BACHAREL EM QUÍMICA

QUÍMICA INORGÂNICA - LABORATÓRIO

PILHA GALVÂNICA

CARLOS ALBERTO DOS SANTOS RA: 125980


DENNIS BELARMINO DA SILVA RA: 148600
ENDELY GIGLIO TÓTOLO RA: 152787
ISABELLA DA SILVA HERNANDES RA: 126072
RICARDO GOMES SOUSA RA: 154422
PIETRO HENRIQUE H. VIVEIROS RA: 121002

PROF.: RICARDO CALVO COSTA

SÃO PAULO
2019
OBJETIVO

Conhecer por meio de uma pilha galvânica a reação de oxidação e


redução e potencial padrão de eletrodos dos elementos em questão.
INTRODUÇÃO
O experimento da pilha galvânica (ou voltaica igualmente chamada de
célula galvânica incide fundamentalmente em um dispositivo que é capaz de
produzir energia elétrica através de uma reação química. Ela recebeu esses
nomes em homenagem aos cientistas Luigi Aloísio Galvani e Alessandro
Giuseppe Antônio Anastásio) acontece uma reação espontânea (que é uma
transformação química ou física tende a ocorrer sem a necessidade de ser
provocada por uma influência externa) onde ocorre a oxirredução (com perda e
ganho de elétrons).
A oxidação e a redução se realizam quando os agentes oxidantes e
redutores podem gerar uma corrente elétrica através de um eletrodo de zinco
metálico, que é embebido numa solução de sulfato de zinco, e um eletrodo de
cobre metálico, que é então embebido numa solução de sulfato de cobre. As
duas soluções são colocadas em contato por meio de uma superfície porosa,
de maneira que não se misturem, mas íons possam atravessá-la.
Alternativamente, uma ponte salina, que pode ser um tubo contendo em seu
interior uma solução salina de KCl (cloreto de potássio), fechado por material
poroso, interligando as soluções de sulfato de cobre (CuSO4) e de sulfato de
zinco (ZnSO4).
As pilhas são compostas por dois eletrodos e um eletrólito. O eletrodo
positivo é chamado de cátodo (metal com maior tendência de receber
elétrons) e é onde incide a reação de redução. Já o eletrodo negativo é
o ânodo (que é o metal com maior tendência de doar elétrons) e é onde
acontece a reação de oxidação. O eletrólito é também chamado de ponte
salina e é a solução guia de íons.
Os dois eletrodos são conectados por meio de fios a um voltímetro, que
encarregará a detecção ou uso da corrente elétrica gerada pela pilha. Depois
de acontecido a reação é utilizada a equação de Nersnt (é uma equação
matemática capaz de determinar o valor da diferença de potencial ou variação
do potencial de uma pilha em exato momento do seu funcionamento).
A equação de Nernst é justamente cultivada somente quando utilizamos
as atividades das substâncias, estando a atividade de qualquer sólido ou
liquido puro igual a 1. Em regra, ao invés da informação da atividade do
eletrodo, obtém o dado da concentração (mol/L) de íons, avaliando que as
soluções são relativamente diluídas, com isso, colocando uma pequena falha
desprezível na equação.
MATERIAIS
 2 Placas de Cobre Metálico
 2 Placas de Zinco Metálico
 Algodão
 Béquer 250 ml
 Fios Elétricos com Garras de Jacaré
 Palha de Aço
 Pipeta Graduada 10 ml
 Pipetador
 Solução de cloreto de potássio (KCl)
 Solução de sulfato de cobre (CuSO4)
 Solução de sulfato de zinco (ZnSO4)
 Tubo de vidro recurvado com extremidades abertas (ou tubo em U)
 Voltímetro
METODOLOGIA
Pipete 150 ml de CuSO 4 (Sulfato de cobre) e coloque em um béquer de
250 ml. Pipete 150 ml de ZnSO 4 (Sulfato de zinco) e coloque em outro béquer
de 250 ml. A seguir, mergulhe uma barra de zinco no béquer com ZnSO 4 e uma
barra de cobre no béquer com CuSO 4. Observe e reserve.
Pegue um tubo em U, encha com KCl (Cloreto de potássio) e tampe as
extremidades com chumaço de algodão. Após seguir tais passos, vire as
extremidades do tubo em U para baixo e mergulhe cada uma em um dos
béqueres reservados anteriormente. Caso tenha ocorrido a formação de bolhas
no tubo em U, haverá a necessidade de remoção, pois poderá interferir no
experimento.
Com a ajuda de um voltímetro, faça a medição da diferença de tensão
entre as duas barras (de zinco e de cobre). Anote as informações pertinentes.
Obs.: Potencias-padrão de eletrodo em anexo.

Potenciais de POTENCIAIS-PADRÃO DE ELETRODO Potenciais de


oxidação redução
em volts (E°)em volts
+ 3,04 e- + Li+  Li - 3,04
+ 2,92 e- + K+  K - 2,92
+ 2,90 2e- + Ba2+  Ba - 2,90
+ 2,87 2e- + Ca2+  Ca - 2,87
+ 2,71 e- + Na+  Na - 2,71
+ 2,36 2e- + Mg2+  Mg - 2,36
+ 1,66 3e- + Al 3+  Al - 1,66
+ 1,18 2e- + Mn2+  Mn - 1,18
+ 0,76 2e- + Zn2+  Zn - 0,76
+ 0,74 3e- + Cr 3+  Cr - 0,74
+ 0,48 2e- + S  S2 - - 0,48
+ 0,44 2e- + Fe 2+  Fe - 0,44
+ 0,41 e- + Cr 3 +  Cr2 + - 0,41
+ 0,28 2e- + Co2 +  Co - 0,28
+ 0,25 2e- + Ni2+  Ni - 0,25
+ 0,14 2e- + Sn2 +  Sn - 0,14
+ 0,13 2e- + Pb2 +  Pb - 0,13
0,00 2e- + 2H+  H2 0,0
0
- 0,14 2e- + 2H++ S  H2 S + 0,14
- 0,15 2e- + Sn4 +  + 0,15
Sn2+
- 0,34 2e- + Cu2 +  Cu + 0,34
- 0,40 2e- + H2O+ + 1/2 O2  2 OH- + 0,40
- 0,52 e- + Cu+  Cu + 0,52
- 0,54 2e- + I2  2I- + 0,54
- 0,68 2e- + 2H+ + O2  H2O2 + 0,68
- 0,77 e- + Fe3+  + 0,77
Fe2 +
- 0,80 e- + Ag+  Ag + 0,80
- 0,80 2e- + 4H+ + 2NO -  2H2O + 2 NO2 + 0,80
3

- 0,85 2e- + Hg2+  Hg + 0,85


-0,96 3e- + 4H+ + NO3-  2H2O + NO + 0,96
-1,07 2e- + Br2  + 1,07
2 Br -
-1,33 6e- + 14H+ + CrO -  2 Cr 3+ + 7H2O + 1,33
7

-1,36 2e + Cl2
-  + 1,36
2 Cl -
-1,50 3e- + Au3+  Au + 1,50
-1,51 5e- + 8H+ + MnO4 -  Mn2 + + 4H2O + 1,51
-1,78 2e- + 2H+ + H2O2  2H2O + 1,78
DISCUSSÃO

Sabe-se que os íons cobre (II) reagem espontaneamente com o zinco


metálico.

Trata-se de uma reação de óxido-redução em que o zinco sofre


oxidação e os íons cobre (II) sofrem redução:

O zinco sofreu oxidação: perdeu elétrons e seu número de oxidação


aumentou.
O íon Cu2+ sofreu redução: recebeu elétrons e seu número de oxidação.
Em uma óxido-redução, a espécie que se oxida — o zinco, no caso — transfere
elétrons para a que se reduz — os íons cobre (II), no caso. E se conseguirmos
fazer com que essa transferência ocorra por meio de ur fio metálico? Seria
estabelecida uma corrente elétrica!
Para conseguir isso, considere uma placa de zinco mergulhada numa
solução aquosa contendo 1,0 mol/L de íons zinco (de um sal solúvel de zinco
como, por exemplo, sulfato de zinco, ZnSO 4). Esse conjunto será denominado
semicela (ou meia-cela) e será representado por Zn+2/Zn0.
Considere, também, uma placa de cobre mergulhada numa solução
aquosa contendo 1,0 mol/L de íons cobre (II) (por exemplo, uma solução de
sulfato de cobre (II), CuSO4). Essa semicela é representada por Cu2+/Cu0. Ao
conectar as placas metálicas de ambos os eletrodos, usando fios metálicos e
uma lâmpada (de 1,5 V), e colocar uma ponte salina, verificamos que a
lâmpada acende!
A União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) propôs uma
maneira esquemática para representar uma cela galvânica. Tal representação
é bastante útil, pois permite descrever de modo rápido e simples esse tipo de
dispositivo sem a necessidade de desenhá-lo.Vamos exemplificar essa
representação para a pilha de Daniell:
Zn(s) | Zn2+(aq) || Cu2+(aq) | Cu(s)

A barra vertical simples (|) indica a fronteira que separa duas fases, e a
barra vertical dupla (||) indica a ponte salina. Do lado esquerdo é representada
a semicela em que ocorre a oxidação (ânodo) e, do lado direito, a semicela em
que ocorre a redução (cátodo). Assim:
RESULTADO
Foram-se realizados quatro procedimentos onde foi alterado apenas a
concentração, conforme as equações a seguir:

(01) Zn0(s) | Zn2+(aq) (1,00mol/L) || Cu2+(aq) (1,00mol/L) | Cu0(s)


(02) Zn0(s) | Zn2+(aq) (1,00mol/L) || Cu2+(aq) (0,10mol/L) | Cu0(s)
(03) Zn0(s) | Zn2+(aq) (1,00mol/L) || Cu2+(aq) (0,01mol/L) | Cu0(s)
(04) Cu2+(aq) | Cu(s) (0,01mol/L) || Cu2+(aq) (1,00mol/L) | Cu0(s)

Após realizar os procedimentos observou-se que no procedimento 01,


02, 03, o valor medido no voltímetro se manteve constante (0,00Volts). Já o
procedimento 04 o valor medido pelo voltímetro foi de 0,0Volts comprovando
que Cu2+(aq) | Cu(s) (0,01mol/L) || Cu2+(aq) (1,00mol/L) | Cu0 não ocorre troca de
elétrons.
Aplicando se a equação de Nernst:

∆E= ∆E0 – (0,059/n).log ([Zn+2.(aq)]/[Cu+2.(aq)])


 Procedimento (01);

0,059 1
∆E= 1,1 – .log ×
2 1
∆E= 1,1V
 Procedimento (02);

0,059 1
∆E= 1,1 – .log ×
2 0,1
∆E = 1,0705V
 Procedimento (03);

0,059 1
∆E= 1,1 – .log ×
2 0,01
∆E = 1,0410V

 Procedimento (04);
0,059 [Cu+ 2.( aq)]
∆E= 1,1 – .log ×
n [Cu+ 2.( aq)]

Não se pode aplicar a equação de Nernst no procedimento pois não


ocorre reação química e troca de elétrons.
CONCLUSÃO
Depois de feitos os experimentos da pilha galvânica podemos
compreender que houve oxirredução entre elétrons pertencentes a uma placa
de zinco até à placa de cobre através da ponte salina. Foram comprovados a
condutividade elétrica no conceito das pilhas e a influência da agregação de
elementos das concentrações das soluções.
REFERÊNCIAS
HILSDORF, J.W.; BARROS, N. D. D.; TASSINARI, C. A.; COSTA, I.
Química tecnológica. SP: Thomson Learning, 2003.

GENTIL, V. Corrosão. RJ: LTC, 1994.

Disponível em: <https://www.profpc.com.br/Equa


%C3%A7%C3%A3o_Nernst.htm>. Acesso em: 08 de novembro de 2019.

Disponível em:
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/equacao-nernst.htm>. Acesso
em: 08 de novembro de 2019.

Disponível em: < https://www.engquimicasantossp.com.br/2015/06/pilha-


galvanica-ou-voltaica-celula.html>. Acesso em: 08 de novembro de 2019.

Disponível em: <


https://www.engquimicasantossp.com.br/2015/09/equacao-de-nernst.html>.
Acesso em: 08 de novembro de 2019.

Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/pilhas.htm>.


Acesso em: 08 de novembro de 2019.

Disponível em: <https://alunosonline.uol.com.br/quimica/pilha-


limao.html>. Acesso em: 08 de novembro de 2019.

“Eletroquímica" em SóQ. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2019.


Consultado em: 08 de novembro de 2019. Disponível em:
http://www.soq.com.br/conteudos/em/eletroquimica/>.

FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Medição dos potenciais


eletroquímicos"; Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/medicao-dos-potenciais-
eletroquimicos.htm>. Acesso em 08 de novembro de 2019.

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