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Formulários e
Registros de
Manutenção
Aeronáuticos
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
CDU 656.7
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 6
1 Definição 8
13 Limitações de Aeronavegabilidade 13
3
Glossário 18
Atividades 20
Referências 21
1 Definição 23
Glossário 30
Atividades 31
Referências 32
1 Introdução 34
Glossário 41
Atividades 42
Referências 43
1 Ordem de Serviço 45
5 Ficha de Inspeção 51
4
6 Cadernetas de Célula, de Motor e de Hélice 52
6.1 Capa 54
7 Diário de Bordo 60
15 Lista de Discrepâncias 73
Glossário 75
Atividades 76
Referências 77
Gabarito 78
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 4 unidades, conforme
a tabela a seguir.
Bons estudos!
6
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À
REDAÇÃO TÉCNICA
7
Unidade 1 | Introdução à Redação Técnica
A autoridade de aviação civil brasileira estabelece, em seus regulamentos que, além
da obrigatoriedade de se manter a aeronavegabilidade continuada de um produto
aeronáutico, que possua um certificado brasileiro de aeronavegabilidade, devem ser
providenciados registros contendo a descrição correta dos serviços executados.
1 Definição
Os dados que forem utilizados como referências para execução dos serviços devem ser
mencionados. Caso não se deseje fazer um registro completo das tarefas realizadas,
o responsável pelo serviço deve então referenciar documentos em que estejam essas
descrições, por exemplo: ordem de serviço. Diante disso, é importante que o proprietário
e/ou operador da aeronave, responsável primário pela sua aeronavegabilidade, tenha
um documento no qual esteja atestada a condição da aeronave.
8
O devido registro deve ser apresentado e entregue ao
9
4 Pessoas Autorizadas a Executar Manutenção, Manutenção
Preventiva, Reconstrução e Alteração
Uma questão muito importante é a aprovação para retorno ao serviço após manutenção
preventiva, manutenção, reconstrução ou alteração, pois deve ser providenciado
o registro adequado, de acordo com o tipo de trabalho realizado que ateste essa
aprovação. Esse é o momento em que a pessoa designada para a função deve verificar
se todas as tarefas foram adequadamente realizadas e se todas as não conformidades
foram corrigidas. Após essa verificação, ele assumirá a responsabilidade pela condição
aeronavegável do produto em relação aos serviços que foram contratados e realizados,
fazendo a anotação necessária na documentação da aeronave, atestando essa condição.
Estabelece qual a qualificação mínima para que os diversos tipos de pessoa (física e
jurídica) sejam autorizados a aprovar o retorno ao serviço de um artigo após ele ter
sido submetido a trabalhos de manutenção preventiva, manutenção, modificações ou
reparos.
10
Essa é a função mais importante na manutenção aeronáutica. O
Serão dispostas nas unidades adiante as regras para confecção dos registros de
manutenção preventiva, manutenção, modificações e reparos, quanto a sua forma e
organização.
Controle de componentes com tempo limite de vida, ou seja, aquela peça para a qual
tenha sido estabelecido um limite obrigatório de substituição, conforme previsto no
projeto de tipo aprovado, nas instruções de aeronavegabilidade continuada ou no
manual de manutenção do fabricante do produto aeronáutico.
Existem muitos componentes para os quais o fabricante prevê a troca após determinado
período de tempo de operação, seja calendário (dias, meses, anos), horário (horas
de operação), ou cíclico (de acordo com critérios do fabricante). Alguns devem ser
descartados e não mais utilizados e outros podem ser revisados ou reconstruídos,
conforme aplicabilidade.
11
9 Conteúdo, Forma e Distribuição de Registros de Inspeções
Conduzidas Conforme o RBHA 91 ou o RBAC 135
12
Essas regras expõem sobre a necessidade de se usar ferramentas, equipamentos e
aparelhos de teste que assegurem a execução do trabalho, de acordo com práticas
industriais de aceitação geral. Se o fabricante do produto que estiver sendo submetido
a serviços de manutenção recomendar o uso de equipamentos e aparelhos de testes
especiais, a pessoa deverá utilizá-los. Caso queira usar outros que sejam equivalentes,
equipamentos e aparelhos de testes especiais devem ser submetidos à aceitação pela
Anac.
A inspeção deve ser feita de modo que comprove que o produto aeronáutico atende
a todos os requisitos de aeronavegabilidade aplicáveis, a fim de obter sua aprovação
para retorno ao serviço de forma segura.
13 Limitações de Aeronavegabilidade
13
14 Manutenção, Manutenção Preventiva, Reconstrução e
Alteração Executada em Artigos Brasileiros por Organizações
Estrangeiras
Uma empresa estrangeira, não certificada pela Anac, poderá realizar serviços desde
que:
14
15 Apêndice A do RBAC 43 − Grandes Alterações, Grandes
Reparos e Manutenção Preventiva
15
17 Apêndice D do RBAC 43 − Objetivos e Detalhes de Itens
a Serem Incluídos nas Inspeções Anuais e Inspeções de 100
Horas
O Apêndice D do RBAC 43 trata sobre itens de inspeção que devem estar inseridos nas
instruções de inspeção de 100 horas aplicáveis às aeronaves que voarem menos ou
iguais a 100 horas no período de um ano.
Nesse apêndice, estão estabelecidos os pontos que devem ser verificados na inspeção
anual de manutenção. Nessa inspeção, é verificado se a aeronave:
• Ter sido corretamente mantida por empresas certificadas, por meio de programa
de manutenção/inspeção estabelecido conforme o RBHA 91 ou por um programa
de manutenção estabelecido conforme o RBAC 135 ou RBAC 121.
16
A obrigatoriedade de realizar a inspeção do sistema de altímetro está estabelecida no
RBHA 91.
Figura 1: Altímetro
Figura 2: Transponder
17
Resumindo
Nesta unidade foi mostrada a importância do RBAC 43. Por meio dele, a
autoridade de aviação civil brasileira estabeleceu os requisitos básicos para
elaboração de registros de manutenção adequados que atestem as
condições de aeronavegabilidade de produtos aeronáuticos que sejam
submetidos à manutenção, à manutenção preventiva, aos reparos, à
reconstrução ou à modificação.
Glossário
Certificado de tipo: documento emitido pela autoridade de aviação civil que atesta
que a aeronave teve seu projeto avaliado e considerado em conformidade com os
requisitos de certificação.
Projeto de tipo aprovado: é o projeto da aeronave, do motor e da hélice que foi criado
pelo fabricante do produto aeronáutico, de acordo com os requisitos regulamentares
e devidamente aprovado pela autoridade de aviação civil.
18
Recondicionamento (reconstrução): produto aeronáutico que foi desmontado,
limpo, inspecionado, reparado como necessário, remontado e testado para as mesmas
tolerâncias e limites de um item novo, usando componentes novos ou usados.
Tempo limite de vida (TLV): tempo máximo de operação permitido para um item,
após o qual ele é descartado para o uso.
Time between overhall (TBO): tempo máximo entre revisões gerais definido nos
respectivos programas de manutenção.
19
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O Regulamento Brasileiro de
Aviação Civil 43 é a regulamentação secundária que trata
apenas a manutenção preventiva.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
20
Referências
______. Instrução de Aviação Civil (IAC) nº 3151 – DIÁRIO DE BORDO - Portaria DAC
Nº 350/STE, DE 24/04/2002 - publicada no DOU n° 84, s/1, p.11, de 03/05/2002, Agência
Nacional de Aviação Civil.
21
UNIDADE 2 | REGISTROS
PRIMÁRIOS
22
Unidade 2 | Registros Primários
Registro primário é o apontamento adequado das tarefas que foram executadas,
atestando o resultado dos serviços de manutenção de forma clara, completa e concisa.
Uma atividade tão importante quanto a realização dos serviços propriamente dito.
1 Definição
Como o próprio nome diz, esses registros são a fonte primária de informações que
atestam a condição aeronavegável ou não de um produto aeronáutico. É o registro
principal das atividades de manutenção. O registro de cumprimento (registro primário)
deverá ser completo e claro, conter o método de cumprimento utilizado e o resultado
da ação de manutenção executada.
23
Também são muito úteis no acompanhamento de panes que se repetem continuamente,
consideradas como dificuldades em serviço, e que podem ser objeto de análise pela
autoridade de aviação e pelo fabricante do produto aeronáutico para fins de emissão
de uma diretriz de aeronavegabilidade ou documento equivalente.
Por fim, deve ser registrado ainda o nome e a assinatura do responsável pela aprovação
para retorno ao serviço após a conclusão das tarefas. Essa pessoa deve verificar se todas
as tarefas foram executadas adequadamente, verificando in loco o desempenho do
trabalho de todos os técnicos e o resultado de cada ação. Para tanto, deve inspecionar
os pontos previstos nas tarefas designadas, como, por exemplo, os itens da ficha
de inspeção utilizada como guia para realização de uma inspeção programada. Com
relação à qualificação, essa pessoa deve atender ao que está previsto no RBAC 43, que
trata das qualificações mínimas do pessoal autorizado a aprovar o retorno ao serviço
após manutenção, manutenção preventiva, reconstrução e alteração.
24
No texto do registro, além de identificar os dados técnicos que serviram de base para
a inspeção final do produto, deve também estar claro o resultado desse trabalho, ou
seja, se o produto está ou não aeronavegável.
Existem diversas formas de registros primários que serão vistos na unidade 4, conforme
relacionado a seguir (entre outros):
• Ordem de serviço;
• Ficha de inspeção;
• Diário de bordo;
25
• Apêndice C – IS 43.9-004 – Laudo de avarias;
• Lista de discrepâncias.
Uma aeronave, motor, hélice e suas partes somente serão aprovados para retorno
ao serviço após terem sido submetidos à manutenção, ao recondicionamento, à
modificação ou ao reparo e deve, primeiramente, ser efetuada a anotação nos registros
de manutenção, conforme já apresentado.
26
que fala sobre tempos limite ou limitações de aeronavegabilidade; nesse capítulo, as
informações já foram aprovadas pela autoridade de aviação no processo de certificação
de tipo de uma aeronave.
27
Figura 3: Demonstração da probabilidade de falhas
A anotação dos registros decorrentes dessa revisão é feita apenas após a conclusão
de todos os trabalhos, inclusive o teste do equipamento no final da revisão. A
aprovação para retorno ao serviço é feita por meio do uso da etiqueta de aprovação
de aeronavegabilidade (SEGVOO 003). Depois, é feita anotação na caderneta aplicável
(célula, motor ou hélice).
28
procedimentos, o componente foi testado e aprovado da mesma maneira e com as
mesmas tolerâncias e limitações de um componente novo, utilizando partes novas
ou usadas. Essas partes usadas devem estar conforme as tolerâncias e os limites de
partes novas ou com dimensões submedidas ou sobremedidas aprovadas para um
componente novo.
hh
Quando se faz o teste em um equipamento, verifica-se não
somente se ele está funcionando corretamente, mas também se
ele supera uma fase crítica de sua operação.
Resumindo
29
Glossário
Certificado de tipo: documento emitido pela autoridade de aviação civil que atesta
que a aeronave teve seu projeto avaliado e considerado em conformidade com os
requisitos de certificação.
30
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os registros primários devem
identificar claramente o tipo de serviço realizado e o
resultado dessa ação.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
31
Referências
______. Instrução de Aviação Civil (IAC) nº 3151 – DIÁRIO DE BORDO - Portaria DAC
Nº 350/STE, DE 24/04/2002 - publicada no DOU n° 84, s/1, p.11, de 03/05/2002, Agência
Nacional de Aviação Civil.
32
UNIDADE 3 | REGISTROS
SECUNDÁRIOS
33
Unidade 3 | Registros Secundários
Registros secundários são obtidos em decorrência da análise feita dos registros
primários, cujos dados são sintetizados em forma de mapas, listagens ou tabelas. É o
registro simplificado das atividades de manutenção que referencia ou complementa
um registro primário de manutenção executada.
1 Introdução
Os mapas podem ser estáticos, isto é, ser atualizados somente quando o equipamento
se submete a uma tarefa de manutenção, principalmente uma inspeção anual de
manutenção (IAM). Os respectivos mapas de inspeções, os componentes e as diretrizes
de aeronavegabilidade são atualizados pela oficina ou setor de manutenção da
empresa aérea e entregues ao proprietário/operador da aeronave, juntamente com os
registros primários de manutenção. A partir desse momento, o responsável primário
deve fazer o acompanhamento da situação da aeronave a fim de evitar que qualquer
item vença o tempo.
Esses mapas também podem ser dinâmicos quando a atualização diária é feita, ou seja,
quando se faz o lançamento diário das horas efetivamente voadas pela aeronave ou
são cumpridas inspeções e/ou revisões programadas, ou sempre que há o cumprimento
34
de uma nova diretriz de aeronavegabilidade ou uma DA repetitiva. Nesse método,
procura-se um meio eficaz que atualize automaticamente os campos de horas voadas
e os créditos disponíveis relativos a cada tipo de intervenção de manutenção que
possam ter prazo de vencimento (horas, ciclos, calendário, ano, mês, dias).
As planilhas eletrônicas são muito utilizadas pelas empresas aéreas, por sua
possibilidade de armazenar dados e fazer os cálculos mais necessários. No mercado,
existem vários outros tipos de programas de controle técnico que facilitam bastante
esse trabalho.
hh
Os mapas mostram o caminho para se chegar à verificação das
condições técnicas reais de uma aeronave.
35
Por exemplo, se o programa adotado pelo operador de uma aeronave possui inspeções
periódicas de 50, 100, 200, 500 e 1.000 horas, as inspeções são lançadas na primeira
coluna da tabela e cada uma delas em uma linha separada, de forma simplificada para
melhor compreensão.
Na segunda coluna, insere-se, por exemplo, quantas horas totais a aeronave tem e o
dia em que está sendo elaborada a tabela.
Na terceira coluna, pode-se inserir quantas horas totais ela tinha e a data do último
cumprimento da referida inspeção.
Na quarta coluna, inserem-se quantas horas disponíveis (podem ser dias e ciclos,
conforme aplicável) até a próxima intervenção daquele tipo.
Tabela 1: Mapa de controle de inspeções
Último Disponibilidade
Horas totais
Tipo de cumprimento
inspeção Horas/ Horas/ Horas/dias/
Data Data ciclos
ciclos ciclos
50 horas
100 horas
200 horas
500 horas
1.000 horas
Outro exemplo pode ser visto na Tabela 2, que usa uma planilha de computador.
36
Tabela 2: Mapa de controle de inspeções – planilha eletrônica
Esse mapa deve ser elaborado e/ou atualizado ao se atestar uma IAM, ou quando da
realização de uma grande inspeção (check-C, 1.000 horas, por exemplo).
37
• Na quarta coluna, lançar as horas totais do componente no momento em que foi
confeccionado o mapa.
• Na quinta coluna, lançar as horas totais e a data de quando foi cumprida a última
intervenção daquele tipo.
Modelo Nº de Tipo de
Horas totais Último cumprimento Créditos
P/N série Sv
Horas/
Horas/ Horas/
dias/ Data Data
ciclos ciclos
ciclos
Esse mapa deve ser elaborado e/ou atualizado ao se atestar uma IAM, ou quando
ocorrer a revisão geral de algum componente.
38
4 Mapa de Controle de Diretrizes de Aeronavegabilidade
Esse mapa deve ser elaborado e/ou atualizado ao se atestar uma IAM, ou quando
for realizada uma grande inspeção (check-C, por exemplo), ou ainda por ocasião do
cumprimento de uma DA.
39
5 Lista de Grandes Modificações e Grandes Reparos
Um dos requisitos que devem ser observados em uma aeronave é se ela está de acordo
com o seu projeto de tipo, ou seja, se está de acordo com as especificações técnicas que
foram aprovadas pela autoridade de aviação civil ao final do processo de certificação
do produto aeronáutico.
Nome/
Grande
Tipo Do Endereço Último Base De Data Da
Modificação/
Documento Do Agente Cumprimento Aprovação Aprovação
Reparo
Executor
Essa lista deve ser elaborada e/ou atualizada ao se atestar uma IAM, quando for
incorporada ou desincorporada alguma grande modificação, ou sempre que for
realizado algum grande reparo, mantendo a lista em ordem e em dia.
40
Antes de se fazer qualquer alteração em uma aeronave, deve-se perguntar se a alteração
está prevista ou não no projeto de tipo aprovado. Caso não esteja, provavelmente será
uma grande modificação e deverão ser providenciados dados técnicos aprovados para
realização desse serviço.
Resumindo
Glossário
41
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os registros secundários não
demonstram a presente situação da aeronave e de cada um
de seus componentes controlados, ou seja, aqueles que
possuem tempo indeterminado de vida (TLV) e/ou tempo
limite para revisão geral (TBO), contado a partir da data de
fabricação ou a partir da última revisão geral.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
42
Referências
______. Instrução de Aviação Civil (IAC) nº 3151 – DIÁRIO DE BORDO - Portaria DAC
Nº 350/STE, DE 24/04/2002 - publicada no DOU n° 84, s/1, p.11, de 03/05/2002, Agência
Nacional de Aviação Civil.
43
UNIDADE 4 | TIPOS DE
REGISTROS DE MANUTENÇÃO
44
Unidade 4 | Tipos de Registros de Manutenção
Em concordância com o que é previsto pela regulamentação aeronáutica brasileira,
existe a necessidade de registrar todo o serviço de manutenção feito em um produto
aeronáutico. Portanto, de acordo com a tarefa executada, há determinados tipos de
registros de manutenção que devem ser preenchidos.
1 Ordem de Serviço
O controle das ordens de serviço fica a critério da empresa. Elas podem ser registradas,
por exemplo, em um livro de controle, por ordem numérica, identificando o cliente,
o produto para o qual ela foi emitida, o número de série do referido produto, as
instruções especiais para o caso e qual o tipo de trabalho a ser desenvolvido.
As ordens de serviço, assim como outros formulários, devem estar relacionadas nos
respectivos manuais das empresas (organização de manutenção aeronáutica ou
empresa aérea), assim como as instruções de preenchimento.
45
A ordem de serviço, quando entregue em sua forma original para o cliente, também é
considerada como um registro primário para fins de composição do histórico de
manutenção da aeronave e das suas partes.
Tabela 7: Ordem de serviço
Para que seja atestada uma IAM, é necessário que a empresa tenha a seguinte
documentação disponível para analisar:
46
• Os registros de manutenção da aeronave desde a sua fabricação, incluindo as
cadernetas de célula, motor e hélice; laudos de revisão geral; etiquetas amarelas;
SEGVOO 003 ou etiquetas/CAE de motores, de hélices e de componentes
instalados;
47
Tabela 8: Ficha de inspeção anual de manutenção – frente e verso
48
O CA é o documento emitido pela autoridade de aviação que autoriza uma aeronave
a ser operada. Tal certificado pode ter sua validade suspensa ou cancelada se for
comprovado que a aeronave não atende aos requisitos de aeronavegabilidade
continuada. Dependendo da gravidade, pode vencer após seis anos da data da emissão
do primeiro certificado, ou após a última revalidação.
Para revalidar o CA das aeronaves que operam segundo o RBHA 91 (aviação geral) e/
ou RBAC 135, deve ser apresentado à Anac o RCA/LV a cada seis anos, desde que essas
aeronaves não sejam empregadas no transporte público regular.
No caso da aeronave não operada por empresas aéreas, a responsabilidade pela emissão
do RCA/LV é da oficina de manutenção certificada, segundo o RBAC 145 e conforme seu
manual de qualidade (MCQ). No caso de empresas aéreas, essa responsabilidade é da
própria empresa aérea operadora da aeronave, segundo seu manual geral manutenção
(MGM) e, exclusivamente, com aeronaves da sua frota.
A empresa que emitir esse CA estará comprovando as mesmas condições que são
verificadas na IAM, só que para fins de renovação do certificado. A empresa encaminha
para a Anac uma via do RCA juntamente com a lista de verificação (LV) a fim de que seja
emitido um novo CA para a aeronave, com validade de seis anos.
hh
O RCA/LV substitui a vistoria especial que os inspetores de
aviação civil (Inspac) fazem para revalidar os certificados de
aeronavegabilidade das aeronaves, exceto os de linha regular.
Em decorrência do grande número de aeronaves existentes,
essa tarefa foi delegada, na sua maioria, para as empresas de
manutenção e aérea, respectivamente.
49
Tabela 9: Relatório de condição de aeronavegabilidade
A lista de verificação, em inglês check list, é utilizada na inspeção da aeronave para fins
de emissão do RCA semelhante à ficha de inspeção. Essa lista também pode servir de
base para uma ficha de inspeção para IAM. A LV também é utilizada pelos inspetores
da Anac como guia de vistoria de aeronaves. A LV é entregue junto com o RCA para fins
de renovação do CA.
50
Tabela 10: Lista de verificação para emissão de RCA
5 Ficha de Inspeção
No cumprimento de uma lista de verificação, deve-se utilizar uma lista de itens previstos
no programa de manutenção adotado, chamada de ficha de inspeção. Essa ficha pode
ser confeccionada pela própria empresa de manutenção, pela empresa operadora da
aeronave, pode ser fornecida pelo fabricante do equipamento sob inspeção ou obtida
de alguma outra fonte. Deve ser mantida atualizada de acordo com os dados utilizados
como referência, como, por exemplo, o manual de manutenção.
51
A ficha também pode ser traduzida se as informações originais estiverem em outra
língua. A tradução precisa ser feita por alguém da área de manutenção aeronáutica,
designado pela empresa de transporte aéreo, devendo o procedimento e a
responsabilidade pela tradução estar definido no manual da empresa.
Tabela 11: Ficha de inspeção
52
que opera segundo as referidas regulamentações. Essas aeronaves podem seguir
procedimentos alternativos, desde que aceitos formalmente pela autoridade de
aviação civil. Para as aeronaves que operam segundo as regras do RBAC 121, é opcional
o uso de cadernetas.
53
Tendo em vista que as cadernetas são a principal fonte de registro de manutenção,
seguem algumas instruções de preenchimento para conhecimento.
6.1 Capa
b) Pág. – preencher com a sequência numérica. Ex.: 20/140, ou seja, vigésima folha
de 140 existentes.
54
g) TSN, CSN, ano de fabricação – preencher com as horas e os ciclos desde nova, ano
de fabricação.
55
6.3 Parte I – Registros Mensais de Utilização
b) Pág. – preencher com a sequência numérica. Ex.: 20/140, ou seja, vigésima folha
de 140 existentes.
f) Controle total de TSN e CSN – preencher com a soma das horas e dos ciclos
existentes anteriormente com as voadas no mês.
b) Pág. – preencher com a sequência numérica. Ex.: 20/140, ou seja, vigésima folha
de 140 existentes.
56
e) TSN e CSN – preencher com as horas totais voadas e ciclos totais de operação da
aeronave, completados no momento da execução do serviço.
57
Tabela 13.B: Modelo de caderneta de célula – parte IV – IS 43.9-003
b) Pág. – preencher com a sequência numérica. Ex.: 20/140, ou seja, vigésima folha
de 140 existentes.
e) TSN e CSN – preencher com as horas totais voadas e os ciclos totais de operação
da aeronave, completados no momento da realização do presente serviço.
58
h) Nome/assinatura reg. serviço – preencher com o nome e a assinatura da pessoa
que registrar o serviço.
b) Pág. – preencher com a sequência numérica. Ex.: 20/140, ou seja, vigésima folha
de 140 existentes.
f) TSN e CSN – preencher com as horas totais voadas e ciclos totais de operação
desde a fabricação da aeronave, completados no momento da instalação do
componente.
59
m) Nome, código e assinatura – preencher com o nome, o código da Anac e a
assinatura do mecânico e do inspetor que supervisionou o serviço na função de
inspetor da empresa, ou com o Crea do tecnólogo ou do engenheiro responsável
pelo retorno ao serviço da aeronave.
7 Diário de Bordo
O diário de bordo deverá ser assinado pelo comandante da aeronave, que também é
o responsável pelas anotações que nele constam, incluindo o total de tempo de voo e
de jornada.
60
a) Tipo da última intervenção de manutenção (exceto trânsito e diária).
61
Tabela 14: Diário de bordo – parte I – IAC 3151
a) Quando se trata de partes novas, o SEGVOO 003 informa que um certo produto
foi fabricado de acordo com determinado dado de projeto aprovado e está em
condição segura de operação (aeronavegabilidade), ou em fase de aprovação
(conformidade) e sob um sistema de produção aprovado (ou em processo de
aprovação). Utiliza-se o lado esquerdo do campo do certificado referente à
aprovação para retorno ao serviço, enquanto o lado direito deve ser anulado com
um traço diagonal.
62
b) Quando se trata de partes usadas que passaram por um serviço de manutenção
ou revisão geral, conforme o RBAC 43, e estão próprias para o retorno à operação,
utiliza-se o lado direito do campo do certificado referente à aprovação para
retorno ao serviço e o lado esquerdo deve ser anulado com um traço diagonal.
Nesse caso, a função da etiqueta é a aprovação para retorno ao serviço.
63
Tabela 15 - Certificado de liberação autorizada – SEGVOO 003 – IS 43.9-002
Campo 2 – Título (title) – Agência Nacional de Aviação Civil (Brazilian Civil Aviation
Authority)/certificado de liberação autorizada (authorized release certificate)/Etiqueta
de aprovação de aeronavegabilidade (airwortiness approval tag), impresso, título do
documento.
64
NNNNN – sequência alfanumérica com tantos dígitos quanto seja a necessidade da
empresa, de modo a permitir um número único para cada etiqueta, dentro do mesmo
ano.
Campo 8 – Número da peça (part number) – colocar o número da peça como indicado
nos documentos de projeto.
65
Campo 12 – Categoria/trabalho (status/work) – colocar o tipo de serviço de manutenção
realizado no produto aeronáutico. (Inspecionado, recondicionado, testado, modificado,
reparado, revisado etc.).
a) Qualquer restrição.
g) Quando utilizado para aprovação de exportação para produtos classe II e III, para
produtos que tenham retornado ao serviço, baseado no RBAC 43, as seguintes
palavras podem ser inseridas em letra maiúscula: export, used part, shipped
per country acceptance letter of used part (o uso da palavra export é opcional
e seu uso depende dos requisitos de acordos bilaterais ou requisitos do país
importador). Essas palavras, dependendo dos requisitos do país importador, não
são necessárias para partes recém-revisadas.
66
Campos 14 A 18 – não são preenchidos quando a etiqueta (formulário SEGVOO 003)
é utilizada para aprovação para retorno ao serviço, após manutenção, manutenção
preventiva, recondicionamento, modificação ou reparo.
Campo 19 – Aprovação para o retorno ao serviço – marque com um (X) o quadro que
representa qual regulamento foi utilizado para aprovação para retorno ao serviço, o
RBAC 43.9 ou o regulamento de outra autoridade aeronáutica.
hh
A emissão de um formulário SEGVOO 003, para retorno ao
serviço de um motor ou uma hélice, não substitui o certificado
de aeronavegabilidade para exportação, documento previsto
para a aeronave como um todo, motor e hélice.
67
9 Registro e Aprovação de Grandes Modificações e Grandes
Reparos – SEGVOO 001
68
10 Ficha de Cumprimento de Diretriz de Aeronavegabilidade
(FCDA)
69
11 Apêndice A – IS 43.13-004 – Registro a Ser Feito nos
Documentos de Aeronave Reparada Após Acidente/
Incidente Aeronáutico
Figura 7: Apêndice A – Modelo do registro a ser feito na documentação da aeronave reparada após
acidente/incidente aeronáutico ou ocorrência de solo – IS 43.13-004
70
12 Apêndice B – IS 43.13-004 – Comunicação e Conclusão de
Reparo
71
13 Apêndice C – IS 43.13-004 – Laudo de Avarias
Após a conclusão dos serviços de reparos de uma aeronave avariada por acidente/
incidente aeronáutico, a oficina certificada deverá elaborar um relatório de reparos.
Esse relatório deverá ser arquivado juntamente com o laudo de avarias por um período
não inferior a cinco anos, findo esse período, ficará a critério da empresa certificada
seu destino.
72
Figura 10: Apêndice D – Relatório de reparos – IS 43.13-004
15 Lista de Discrepâncias
Se uma pessoa ou empresa estiver executando uma inspeção e vier a considerar que
a aeronave não está aeronavegável, ou seja, não está de acordo com a certificação
de tipo, e/ou está em desacordo com as instruções de cumprimento de diretrizes
de aeronavegabilidade e/ou em desacordo com outros requisitos necessários à
aeronavegabilidade, deverá ser fornecida ao proprietário ou operador da aeronave
uma lista assinada e datada, contendo tais discrepâncias.
Para os itens permitidos ficarem inoperantes, segundo o RBHA 91, deverá ser
instalado um placar que cumpra com a regulamentação de certificação da aeronave,
em cada instrumento inoperante e nos controles na cabine de comando de cada um
dos equipamentos inoperantes. Deve-se marcar tais instrumentos com a palavra
inoperante e adicionar estes itens à lista de discrepâncias fornecida ao operador ou ao
proprietário da aeronave.
73
Na falta de qualquer tipo de registro de manutenção, necessário para comprovar um
item de aeronavegabilidade, este deve ser considerado como vencido e incluído na
lista de discrepâncias.
74
Resumindo
Glossário
Inspetor de aviação civil (Inspac): Agente público designado pela Anac para executar
a fiscalização e o apoio à aviação civil.
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Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. No cumprimento de uma lista
de verificação, deve-se utilizar uma lista de itens previstos
no programa de manutenção adotado, chamada de ficha de
inspeção.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
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Referências
______. Instrução de Aviação Civil (IAC) nº 3151 – DIÁRIO DE BORDO - Portaria DAC
Nº 350/STE, DE 24/04/2002 - publicada no DOU n° 84, s/1, p.11, de 03/05/2002, Agência
Nacional de Aviação Civil.
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Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F V
Unidade 2 V F
Unidade 3 F V
Unidade 4 V F
78
79