5 - Transporte Solido

OBRAS MARÍTIMAS E FLUVIAIS
TRANSPORTE SÓLIDO
OMF - J. L. S. Pinho 1
OBRAS MARÍTIMAS E FLUVIAIS
TRANSPORTE SÓLIDO
SUMÁRIO
4.1 Introdução
4.2 Transporte sólido por arrastamento
4.3 Caudal sólido total
4.4 Software utilizado para estudos de dinâmica sedimentar
ESCOAMENTO FLUVIAL - EROSÃO
Introdução
Fundos formados por sedimentos de pequena dimensão

Situações de erosão local Introdução
1 2 1 2 1 2
S1 S2
i) ii) iii)
Introdução
A deposição de sedimentos reduz a capacidade das albufeiras; interfere com

operações portuárias; e, reduz ou modifica o leito dos cursos de água.
A erosão pode deteriorar estruturas.
O transporte sedimentar ocorre devido à existência de uma interface entre o

fluido em movimento e a fronteira de fundo móvel. A actividade nesta interface
(vulgarmente designada por camada limite de fundo) é extremamente
complexa.
Introdução
Introdução
Modos de transporte sólido:
• rolando ou deslizando sobre o fundo

(transporte por arrastamento);
• em suspensão na massa de água (transporte em suspensão).
Introdução
Configurações do fundo:
- Rugas Õ movimento sólido com baixos valores do número de Froude

- Dunas Õ movimento sólido com moderados valores do número de Froude
- Transição ou leito plano Õ valores do número de Froude médios, embora
ainda inferiores a 1 (configuração caracterizada por um alisamento das cristas
das dunas)
- Antidunas ou rápidos e fundões Õ valores do número de Froude da ordem
de um ou superior
Critérios de Vanoni: configurações do fundo em função do número de Froude
e de outros parâmetros.
Introdução
SUMÁRIO
Escoamento fluvial – Erosão
4.1 Introdução
Transporte sólido por arrastamento
Formulação de Meyer-Peter e Müller:
3
8 ⎛⎜ τ τ 0 ⎞⎟ 2
qsa = − ⎟
g (s −1) ⎜⎝ ρ ρ⎠
em que:
g ≈ 9.805 ms-2;
s = ρ s, com ρ =1000 kgm-3;
ρ
τ é a tensão real (Nm-2);
τ 0 é a tensão crítica para o início do movimento sólido (Nm-2),
Transporte sólido por arrastamento
Formulação de Meyer-Peter e Müller:

sendo dada por:
⎛ ⎞
β cos θ 1− tan 2 θ + sin β
⎜ 2 ⎟
τ 0 = τ 0h ⎜ cos ⎟
⎜
⎜ tan φ tan φ ⎟
⎟
⎝ ⎠
em que τ 0h ≈ 0.05 (ρs − ρ ) g D50 é a tensão crítica para o início do movimento de

sedimentos sobre um fundo horizontal, com
tan θ = cos β tan Θn (β é o declive do fundo colinear com o escoamento e Θn é o
declive do fundo perpendicular à direcção do escoamento).
SUMÁRIO
4.1 Introdução
Caudal sólido total
Formulação de Ackers e White:

m
⎛F ⎞
qD⎜⎜ gr −1⎟⎟
⎝
E ⎠
qst = C n
⎛u ⎞
h⎜⎜ * ⎟⎟
⎝ u ⎠
1−n
1 ⎡ ⎤
⎡ (
Dgr = D ⎢ g s 2−1 ⎥
⎤3 ) Fgr =
u*n ⎢
⎢
u ⎥
⎥
⎢⎣ ν ⎥⎦ gD (s −1) ⎢
32 log10 10h ⎥
⎢⎣ D ⎥⎦
em que:
Q Q τ0
q= ( m 3 s −1m −1 ) u= ( ms −1 ) u* = ( ms −1 ) h (m)
B A ρ
ρs
D = D50 ( m) s= ν = 1,1 × 10 −6 ( m 2 s −1 ) g = 9,805 ( ms −2 )
ρ
Formulação de Ackers e White:
Valores de n, m, E e C:
⎧n = 1.0 − 0.56 log Dgr

⎪ 10
⎪ 9.66 ⎧n = 0
⎪m = 1.34 + ⎪
⎪m = 1.5
⎪⎪ Dgr
1 < Dgr < 60 → ⎨ Dgr ≥ 60 → ⎨
⎪ E = 0.14 +
0.23 ⎪ E = 0.17
⎪
⎩C = 0.025
⎪ Dgr
⎪
⎪
⎩⎪
log10 C = 2.86 log10 Dgr − (log10 Dgr )2 − 3.53
Não haverá lugar a caudal sólido transportado, isto é qst=0, enquanto Fgr≤E.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Pretende-se construir uma barragem, cuja albufeira terá uma capacidade

inicial de 2x107 m3, no leito de um rio com uma largura de 10 m, uma
inclinação i=1/3000, uma profundidade h = 5 m e um caudal permanente de
87 m3/s.
O leito e margens do rio são predominantemente constituídos por material
não coesivo com as seguintes características medianas: D50 =0.30 mm e
ρs=2650 kg/m3. Considerando secções rectangulares, a porosidade e o
ângulo de repouso do material iguais a 0.30 e a 30o, respectivamente,
estimar o período de tempo que decorrerá até que a capacidade inicial da
albufeira se reduza a metade.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
D= 0.0003 Dgr= 7.12E+00

niu= 1.10E-06 n= 5.23E-01
Q= 87 m= 2.70E+00
B= 10 E= 2.26E-01
h= 5 log10C= -1.82E+00
u*= 0.0904157 C= 1.52E-02
Fgr= 1.06E+00
qst= 1.2444E-03
SUMÁRIO
4.1 Introdução
Software utilizado para estudos de dinâmica sedimentar
RMA2 SED2D FESWMS
Transporte
Hidrodinâmica sedimentos Erosão em
(2DH) (2DH) pilares
RMA2 Software utilizado para estudos de dinâmica sedimentar
y SIMPLIFICAÇÕES
η (x,y,t) Ondas superficiais desprezáveis
Aproximação hidrostática
Hipótese de Boussinesq
h(x,y) x
H(x,y,t) ρ = constante Massa volúmica constante
τ ∝ grad v
CONDIÇÕES FRONTEIRA
Cinemáticas - superfície e fundo

V
U Dinâmicas - superfície e fundo
EQUAÇÕES DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS
∂U ∂U ∂U ∂η g ∂ρ h + η ρ a kWv2 cos ϕ gU U 2 + V 2 ε ⎛ ∂ 2U ∂ 2U ⎞ (1)

+U +V = fV − g − + − + ⎜⎜ 2 + 2 ⎟⎟
∂t ∂x ∂y ∂x ρ ∂x 2 h +η (h + η )C 2
ρ ⎝ ∂x ∂y ⎠
∂V ∂V ∂V ∂η g ∂ρ h + η ρ a kWv2 senϕ gV U 2 + V 2 ε ⎛ ∂ 2V ∂ 2V ⎞ (2)

+U +V = − fU − g − + − + ⎜⎜ 2 + 2 ⎟⎟
∂t ∂x ∂y ∂y ρ ∂y 2 h +η (h + η )C 2 ρ ⎝ ∂x ∂y ⎠
∂η ∂ [(h + η )U ] ∂ [(h + η )V ]
+ + =0 (3)
∂t ∂x ∂y
Trecho do Rio Este
Trecho do Rio Este
Trecho do Rio Este
Trecho do Rio Este
RMA2 SED2D FESWMS
Transporte
(2DH) (2DH) pilares
FESWMS Software utilizado para estudos de dinâmica sedimentar
y SIMPLIFICAÇÕES
η (x,y,t) Ondas superficiais desprezáveis
Aproximação hidrostática
Hipótese de Boussinesq
h(x,y) x
H(x,y,t) ρ = constante Massa volúmica constante
τ ∝ grad v
CONDIÇÕES FRONTEIRA
Cinemáticas - superfície e fundo

V
U Dinâmicas - superfície e fundo
Descarregadores
(
Q w = K w z eh − z c )
1 .5
K w = C s C w Lw g
Segmento de
descarregador
Passagens Hidráulicas
1D
⎧ controlo por montante :
⎪
A Aterro
⎪ C c Ac 2 g (z h
− z inv
h
)
Qc = ⎨
s
⎪ controlo por jusante :

⎪
(z )
Hh
⎩ C c Ac 2 g
h
s − z st
Passagem
Hidráulica 2D
B
Equações 1 a 3
Hh mod ificadas
Ht
(escoament o 2 DH
sob pressã o)
Efeito de pilares
Pilar
1
Fd Fd = C d ρV 2 A p
2
τ b1 = τ b + Fd Ae
Elemento
Efeito de pilares
Erosão
d sl = 2.0 K1 K 2 K 3b 0.65 y a
0.35 0.43
Fra 1 Vs2
D50 = 0.7
~
d sl = 0.32 K11b 0.62 y a Fra D50−0.09
0.47 0.22 (S s − 1) 2 g
Contracção em trecho fluvial
RMA2 SED2D FESWMS
Transporte
(2DH) (2DH) pilares
SED2D Software utilizado para estudos de dinâmica sedimentar
Transporte de sedimentos
CÁLCULOS
- Sedimento em suspensão
- Tensão tangencial no fundo
- Fonte de sedimento
- Modelo dinâmico do fundo
Sedimento em suspensão
∂C ∂C ∂C ∂ ⎛ ∂C ⎞ ∂ ⎛ ∂C ⎞
+U +V = ⎜ Dx ⎟ + ⎜ Dy ⎟ + α1C + α 2
∂t ∂x ∂y ∂x ⎝ ∂x ⎠ ∂y ⎝ ∂x ⎠
Tensão tangencial
u ⎛ u*D ⎞ gun 1 ⎛ f w u om + f c u ⎞⎛ u om ⎞
= 5.75 log⎜⎜ 3.32 ⎟⎟ u* = u *
= ⎜
⎜ u +u ⎟ ⎟⎜ u + ⎟
u* ⎝ ν ⎠ CME D16
2 ⎝ om ⎠⎝ 2 ⎠
Fonte /sumidouro
C eq − C
S=
tc
Modelo dinâmico do fundo
Re servatório ρ = ρ f − (ρ f − ρ e )e − βt
SED2D/RMA2 Software utilizado para estudos de dinâmica sedimentar
6000
Caudal (m3/s)
5000
4000
3000
0 6 12 18 24
Tempo (horas)
Simulação regime permanente
Simulação da cheia
Concentração de sedimento
Deposição/escavação
D=2 mm D=5 mm D=10 mm

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OBRAS MARÍTIMAS E FLUVIAIS

Fundos formados por sedimentos de pequena dimensão

A deposição de sedimentos reduz a capacidade das albufeiras; interfere com

A erosão pode deteriorar estruturas.

O transporte sedimentar ocorre devido à existência de uma interface entre o

Modos de transporte sólido:

• rolando ou deslizando sobre o fundo

• em suspensão na massa de água (transporte em suspensão).

- Rugas Õ movimento sólido com baixos valores do número de Froude

Formulação de Meyer-Peter e Müller:

Formulação de Meyer-Peter e Müller:

em que τ 0h ≈ 0.05 (ρs − ρ ) g D50 é a tensão crítica para o início do movimento de

Formulação de Ackers e White:

Formulação de Ackers e White:

⎧n = 1.0 − 0.56 log Dgr

Pretende-se construir uma barragem, cuja albufeira terá uma capacidade

D= 0.0003 Dgr= 7.12E+00

RMA2 SED2D FESWMS

η (x,y,t) Ondas superficiais desprezáveis

Cinemáticas - superfície e fundo

EQUAÇÕES DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS

∂U ∂U ∂U ∂η g ∂ρ h + η ρ a kWv2 cos ϕ gU U 2 + V 2 ε ⎛ ∂ 2U ∂ 2U ⎞ (1)

∂V ∂V ∂V ∂η g ∂ρ h + η ρ a kWv2 senϕ gV U 2 + V 2 ε ⎛ ∂ 2V ∂ 2V ⎞ (2)

Trecho do Rio Este

Trecho do Rio Este

Trecho do Rio Este

Trecho do Rio Este

RMA2 SED2D FESWMS

η (x,y,t) Ondas superficiais desprezáveis

Cinemáticas - superfície e fundo

⎪ controlo por jusante :

Contracção em trecho fluvial

Contracção em trecho fluvial

Contracção em trecho fluvial

Contracção em trecho fluvial

RMA2 SED2D FESWMS

Modelo dinâmico do fundo

Simulação regime permanente

D=2 mm D=5 mm D=10 mm

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