Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 REAÇÕES QUÍMICAS
A. Catalíticas
B. Não Catalíticas
2 CONTATO FÍSICO
A. Transferência de Calor
- Para o, e do, leito fluidizado
- Entre gases e sólidos
- Controle de temperatura
- Entre pontos do leito
B. Mistura de Sólidos
C. Mistura de Gases
D. Secagem
- Sólidos
- Gases
1
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
E. Aeração
F. Classificação
- Sólidos
- Gases
G. Adsorção-Dessorção
H. Tratamento Térmico
- A velocidade muito baixa: O fluido percorre pequenos e tortuosos canais, perdendo energia e
pressão. Sendo -∆P (Perda de Carga) função da permeabilidade, rugosidade das partículas,
densidade, viscosidade e velocidade superficial (vs = v.ε).
- Com aumento da velocidade: Atinge um valor que a ação dinâmica do fluido permite reordenação
das partículas, de modo a oferecer menor resistência à passagem.
2
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
9.3 - Vantagens da Fluidização
Área superficial é grande, porque as partículas podem ser bem menores favorecendo a
transferência de calor e massa.
Rápida mistura dos sólidos fazem condições dentro do leito serem isotérmicas (rápida troca
de calor);
3
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
9.5 - Teoria da Fluidização
Quando um fluido está passando por um leito de partículas a uma velocidade muito baixa
(regime laminar), as partículas permanecem fixas e a queda de pressão (perda de carga) do fluido
através do leito é descrita pela Equação de Ergun:
∆P φ s .D p ε 3 150. (1 - ε )
. . = + 1,75 para Re < 10
L ρ .v (1 - ε ) φ . D . v. ρ
2
µ
s p
onde
φs → esfericidade da partícula
Dp → diâmetro da partícula
µ → viscosidade do fluido
ρ → densidade do fluido
ε → porosidade do leito
L → altura do leito
∆P → queda de pressão do fluido através do leito
v → velocidade superficial média
Vazão volumétrica Q
v= =
Área Transversal A
A velocidade superficial média é usada, pois é difícil calcular a velocidade entre os poros,
que no caso denominamos de velocidade intersticial.
Considerando a partícula esférica (φs = 1) e sendo Re = (ρ.v.Dp)/µ temos :
∆P D p ε3 150. (1 - ε )
. . = + 1,75 para Re < 10
L ρ .v (1 - ε )
2
Re
4
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
A figura abaixo mostra um gráfico da queda de pressão em função de Re para um leito de
sólidos.
Intervalo AB: Leito fixo ou estático (Região I). Regime laminar (Re<10). Pode-se aplicar a
equação de Ergun.
Intervalo BC: Leito instável, onde as partículas ajustam suas posições para oferecer menor
resistência ao escoamento.
Intervalo CD: Movimento desordenado das partículas com freqüentes choques, devido à baixa
porosidade e menor perda de carga.
5
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
Intervalo DE: Aumento da agitação à perda de carga constante (Região III). Leito em “Ebulição”
ou fluidização.
Além de E: Arraste das partículas (Região IV). Fluidização contínua ou em fase diluída. Ocorre o
transporte pneumático das partículas.
Conforme se pode analisar pelo gráfico, um ponto de especial interesse é o ponto C (mínima
fluidização). Um balanço de forças neste ponto fornece:
− ∆P
= (ρ S − ρ )(
. 1 − ε ).g
L
− ∆P ρ
= 1 − .(1 − ε ).g
L ρ S
Para ρS ≅ ρ: O leito expande com o aumento da velocidade do líquido tendo uma expansão mais ou
menos uniforme tanto em baixa como alta vazão, só aumentando a agitação das
6
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
partículas nas altas vazões. Isso acontece geralmente em fluidização com líquidos.
Esse caso é conhecido como Fluidização Particulada ou Homogênea.
Para ρS >> ρ: A fluidez é irregular devido a coalescência de bolhas, denominado “Slugging”. Isso
acontece quando temos grandes partículas e alta velocidade de um gás ou partículas
muito pequenas e um gás. Esse efeito depende muito da altura e diâmetro do leito.
Esse caso é conhecido como Fluidização Agregativa ou Heterogênea.
Lembrando que o leito expande-se mais, a medida que a velocidade superficial aumenta.
Uma vez que a perda de carga total permanece constante, a queda de pressão por unidade de volume
diminui quando a porosidade aumenta. Isso pode ser observado pela equação clássica.
Para se determinar se a fluidização é Agregativa ou Particulada, pode-se seguir dois
crtitérios:
1o Critério: Pelo número adimensional de Froude, que é dado pela razão da energia cinética e
energia gravitacional:
v2
Fr =
D P .g
ρ -ρ L
Fr. Re . S . > 100 Fluidização Agregativa ou Coesiva ou Heterogênea.
ρ D
ρ -ρ L
Fr. Re . S . < 100 Fluidização Particulada ou Homogênea.
ρ D
7
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
9.7 - Propriedades Físicas do Leito
a) POROSIDADE
VFluido
ε=
VFluido + VSólido
Depois de fragmentado, o leito passa a ter uma porosidade que depende da granulometria
(tamanho) e da forma das partículas. O leito estático apresenta porosidade que representaremos por
εe. Quando a fluidização tem início, o valor da porosidade do leito recém formado é denominada
porosidade mínima, εm. Se a fluidização for particulada, εe e εm coincidem inicialmente. À medida
que o leito expande, a porosidade vai aumentando.
A porosidade mínima (εm), para partículas com Dp < 500 µm, pode ser calculada pela
seguinte correlação:
εm = 1 – 0,356.(logDP – 1)
onde DP = µm.
8
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
A relação entre altura do leito e porosidade pode ser definida pela relação:
LM .A.(1 - ε M ) = LE .A.(1 - ε E )
b) DENSIDADE APARENTE
ρo = ε . ρFluido + (1 - ε) . ρSólido
c) DENSIDADE DO FLUIDO
P.M
ρ Fluido =
Z.R.T
Vazão Volumétrica Q
v= =
Área A
Sabe-se que o coeficiente de atrito de Fanning (f) é função do Reynolds modificado através
do gráfico de Moody. Então a perda de carga pode ser calculada para leitos fluidizados de partículas
consideradas esféricas pela equação de Fanning modificada (consideram-se os poros como
microtubos):
2.f.L.v 2 .ρ ' (1 − ε )
2
∆P = . [ Kg/m 2 ]
Dp ε3
9
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
sendo ρ’ é a densidade do fluido.
Para partículas de outra formas geométricas, multiplica-se a equação acima pelo quadrado
do fator de forma de Leva:
SP a
λ L = 0,25. 2
= 0,25. 2
VP 3 b 3
Onde:
- SP : área externa da partícula.
- VP : volume da partícula.
Para esferas : λL = 1
2.f.L.v 2 .ρ ' (1 − ε ) 2
2
∆P = . .λ L
Dp ε3
200. µ. L. v (1 − ε ) 2 2
∆P = . .λ L
D 2P ε3
A equação de Leva, acima, pode ser utilizada tanto para leito fixo como fluidizado.
G
Para escoamento laminar tem-se a seguinte condição: ≤ 100
a' µ
−1
5.L.G 2 .a ' G
∆P = .
g c ⋅ ρ '⋅ε 3 a '.µ
10
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
G
Para escoamento turbulento: ≥ 100
a' µ
∆P = .
g c ⋅ ρ '⋅ε 3 G
A perda de pressão através do leito é calculada com uma equação análoga a de Fanning:
2.f.L.v 2 .ρ '
∆P =
Dp
onde:
(1 - ε)
2. f = 2. f ' .
ε3
Sendo o valor de (2.f’) dado pela equação de Ergun:
(1 - ε)
2. f ' = 150. + 1,75
Re
150. µ. L. v (1 − ε ) 2
∆P = .
D 2P ε3
11
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
1o Termo da Equação: Perdas por atrito superficial do fluido com as partículas sólidas.
2o Termo da Equação: Perdas cinéticas provocadas por mudança de direção, expansões e contrações
no interior do leito.
Re
Outras condições: < 5 ⇒ Regime Laminar
(1 − ε)
Re
> 2000 ⇒ Regime Turbulento
(1 − ε )
Obs: Não usa-se o gráfico de Moody, pois os valores de f são diferentes, tratando-se de um
leito poroso.
Sabendo que no ponto crítico de fluidização, a perda de carga do fluido iguala-se ao peso do
sólido e ao empuxo, temos a equação do ponto de mínima fluidização:
− ∆P
= ( ρ S − ρ )(
. 1 − ε m ).g
L
Igualando a equação acima com a equação de perda de carga de Leva, podemos encontrar a
velocidade mínima de fluidização ou velocidade crítica de fluidização:
1 ρ D ε3
vm = . g . S − 1. P . m
λL . f ρ' 2 1− εm
100 100. µ
Para regime laminar, considerando que: f = =
Re ρ. v. D P
12
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
Substituindo na equação de vm temos:
g. (ρ S − ρ). D P2 . ε m
3
200. µ . (1 − ε m ). λ L
vm =
g.( ρ S − ρ ').DP2 .ε m3
vm =
150.µ .(1 − ε m )
Equação empírica válida para partículas pequenas (100 a 250 µm) com densidade (ρS) entre
1,1 a 3,9 t/m3, sendo fluidizados com gases de densidade (ρ) entre 0,16 e 1,79 Kg/m3.
vm = quando ε ≅ 1,0
800.µ .
g. D 2P . (ρ S − ρ)
v Max = quando ε ≅ 1,0
18. µ.
13
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
Exemplo 9.1) Um reator de leito fluidizado catalítico está sendo projetado com 3 m de diâmetro
para operar um catalisador constituído de partículas esféricas de 0,2 mm de diâmetro e ρS = 2700
Kg/m3. 15 toneladas de catalisador são empregados durante a operação normal do reator, sendo a
fluidizacão realizada com gás em reação a 5 atm e 550 oC. Calcule altura mínima que deverá ter o
reator para manter uma vazão de gás de 6000 m3/h.
Exemplo 9.2) Partículas de alumina de 60 Mesh Tyler devem ser fluidizadas com ar a 400 oC e 6
KgF / cm2 (pressão manométrica). O leito estático tem uma profundidade de 3 m e 2,7 m de
diâmetro, com porosidade de 40 %. A densidade das partículas sólidas é de 3,5 ton/m3. Calcular:
a) Porosidade mínima do leito.
b) Densidade máxima do leito.
c) Altura mínima do leito.
d) Perda de carga para mínima fluidização.
e) Velocidade mínima de fluidização
Exemplo 9.3) Um catalisador com 50 µm de diâmetro (esférico) e ρS = 1,65 g /cm3 é usado para
craquear vapores de hidrocarbonetos, num reator de leito fluidizado a 900 oF e 1 atm. O leito em
repouso, tem ε = 0,35 e Le = 3 ft. nas condições de operação, a viscosidade do fluido é 0,02 cP e ρ =
0,21 lb / ft 3. Sendo ε m = 0,42. Determine :
a) A velocidade superficial do gás necessária para fluidizar o leito.
b) A velocidade em que o leito principia a escoar com o gás.
c) O grau de expansão do leito quando a velocidade do gás é a média das velocidades determinadas
previamente.
d) A fluidização que ocorre é agregativa?
14
Prof. Gustavo Lopes Colpani
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ