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Uma peneira: separa apenas duas frações que são ditas não classificadas, pois apenas
uma das medidas extremas de cada fração é conhecida: a da maior partícula da fração
fina e a menor da fração grossa.
Duas ou mais peneiras: Frações classificadas, sendo que a operação passa a se chamar
Classificação Granulométrica.
Objetivos do peneiramento:
- Dividir o sólido granular em frações homogêneas.
- Obter frações com partículas de mesmo tamanho.
- Para a operação com uma peneira, o objetivo é apenas separar a alimentação em finos e
grossos.
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5.1 - A Operação de Peneiramento
Em uma operação ideal, a maior partícula fina é menor que a menor partícula dos
grossos, ou seja, não há mistura entre as frações separadas.
Diâmetro de Corte: Limita o tamanho máximo das partículas da fração fina e o mínimo da
fração grossa. As duas frações obtidas nas operações são frações ideais,
representadas por Fi (finos) e Gi (grossos).
ϕ
1,0
Fi = Fração de finos, com
diâmetro menor que Dc
C = Ponto de corte Gi = Fração de grossos, com
Fi partículas maiores que Dc
Gi
DC D
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ϕ
1,0
Finos
Grossos
Fi Gi
DC D
As operações reais de peneiramento não permitem realizar separações assim tão nítidas.
Neste caso, algumas partículas maiores que Dc passam pela peneira e se incorporam aos finos,
enquanto outras tantas partículas menores do que Dc ficam retidas nos grossos.
As frações reais obtidas são agora representadas por F e G e suas análises
granulométricas acumuladas têm o seguinte aspecto:
ϕ
1,0 Grossos
ϕG G
Alimentação
ϕA A
Finos
ϕF F
DC D
ϕF: Fração acumulada de grossos (>Dc) nos finos F, isto é, a fração da massa total de F que é
constituída de partículas maiores que Dc.
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ϕG: Fração acumulada de grossos (>Dc) no produto grosseiro G.
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Aϕ A = Fϕ F + Gϕ G
A
G
A= F +G
temos:
F ϕ A − ϕG
=
A ϕ F − ϕG
e
G ϕF − ϕ A
=
A ϕ F − ϕG
Por análise do gráfico abaixo, observa-se que (ϕF - ϕG e ϕG - ϕF) é o segmento total FG ,
ϕ
1,0 Grossos
ϕG G
Alimentação
ϕA A
Finos
ϕF F
DC D
Grossos na
Alimentação = A.ϕA
Grossos = G.ϕG
Grossos nos
Finos = F.ϕ F
G.ϕ G
EG =
A.ϕ A
F.(1 - ϕ F )
EF =
A.(1 − ϕ A )
E = EG ⋅ E F
Portanto:
F.G ϕ G .(1 − ϕ F )
E= .
A 2 ϕ A .(1 − ϕ A )
ou
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(ϕ A − ϕ G ).(ϕ F − ϕ A ).ϕ G .(1 − ϕ F )
E=
ϕ A .(1 − ϕ A ).(ϕ F − ϕ G ) 2
ϕG = 1 ϕF = 0
G = A. ϕA F = A.(1-ϕA)
Portanto EG = 1; EF = 1; E = 1.
ton
C = Capacidade específica ;
24h ⋅ m ⋅ mm
2
θ⋅A
S=
C ⋅ DC
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Muito comumente, no entanto, a peneira deve ser instalada numa unidade de fabricação
que opera 24 horas por dia, sendo-lhe especificada uma alimentação nominal de A ton.h-1, como
se ela também funcionasse continuamente, muito embora o seu período real de funcionamento
seja de apenas θ horas por dia. Neste caso a superfície deverá ser maior para compensar as horas
de inatividade, podendo ser calculada como segue:
Exemplo 01 - Uma mistura de sólidos é separada por peneiramento numa peneira de 10 mesh
Tyler. Calcular a relação F/A, G/A e as eficiências de recuperação de grossos (EG), recuperação
de finos (EF) e global do peneiramento (E).
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Exemplo 02 - Uma peneira com 10 malhas por polegada, feita com fios de 0,04 polegadas de
diâmetro, foi utilizada para separar sólidos em grossos e finos, resultando na análise abaixo.
Calcular a relação entre grossos e alimentação e finos e alimentação. Calcular as eficiências da
peneira.
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- Tipo de peneira.
Ex : Telas inclinadas
- Tela vibrada: elas possuem eletroímans que atuam diretamente sobre a tela. A freqüência é
bastante alta (1800 a 7200 vibrações por minuto) e a amplitude é bem pequena. Fazem o
peneiramento de finos (80 a 100 mesh), não sendo recomendadas para trabalho pesado.
Apresentam como desvantagem um desgaste excessivo da tela e ruído (pode ser atenuado
utilizando telas emborrachadas ou feitas totalmente de borracha).
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