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João Raimundo Feniasse

ESTUDO COMPLETO DE UMA FUNÇÃO

Licenciatura em ensino de Matemática – 4º ano

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Universidade Pedagogica
Quelimane
2015

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João Raimundo Feniasse

ESTUDO COMPLETO DE UMA FUNÇÃO

Didáctica de Matemática 4
Licenciatura em ensino de Matemática – 4º ano

O trabalho pesquisa a ser entregue ao


docente da cadeira com fins
avaliativos.

Docente:
Dr Tang

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Universidade Pedagógica
Quelimane
2015

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Índice

Introdução.............................................................................................................................................

Definição, domínio e contradomínio.....................................................................................................

Zeros e sinal de uma função..................................................................................................................

Monotonia de uma função.....................................................................................................................

Periodicidade duma função...................................................................................................................

Extremo duma função...........................................................................................................................

Teorema 1: Teorema do valor extremo..................................................................................................

Extremos locais (Relativos )................................................................................................................

Determinação dos extremos..................................................................................................................

Teorema 2: Primeiro teorema da derivada para valores de extremos locais.........................................

Teste da Derivada Segunda para Extremos Relativos:..........................................................................

Definição: Ponto critico........................................................................................................................

Concavidade..........................................................................................................................................

Concavidade e coeficiente angular da tangente..................................................................................

Sinal da Derivada Segunda.................................................................................................................

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Pontos de Inflexão...............................................................................................................................

Construção de Gráficos.......................................................................................................................

Exemplos do estudo completo duma função.......................................................................................

Assimptotas.........................................................................................................................................

Problemas de optimização sobre extremos máximos..........................................................................

Problema de optimização (mínimos)..................................................................................................

Conclusão............................................................................................................................................

Bibliografia.........................................................................................................................................

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Introdução

O trabalho em curso constitui um dos métodos de avaliação adoptado pelo Instituto Superior de
Ciências Educação a Distância na disciplina de Didactica de Matematica, e subordina-se a tema:
Estudo Completo de Funções.

A composição deste trabalho está alga maçada basicamente pelo elemento do estudo completo
duma função e no final é apresentado algumas tarefas de optimização para estudo de extremos, com
uma resolvida para cada situação.

Na realização deste trabalho temos como objectivo geral, apresentar a aplicação da lógica e teoria
de conjuntos no estudo completo de funções tem como objectivo específicos descrever Definição,
domínio e contradomínio, Zeros e sinal de uma função. destacar o estudo completo de uma função e
apresentar o exemplo deste.

Para efetivação deste trabalho, usou-se como metodologia a consulta bibliográfica em varias obras
que serviram como fonte de inspiração na elaboração deste trabalho. Esta consulta fez com que
releva-se mais qualidade de informação no desenvolvimento do trabalho, e de uma forma minuciosa
foram analisados os dados encontrados e apuradas as melhores informações como produto final que
resultou nesse trabalho, e usou se a internet para fazer uma reflexão condigna das várias
informações.

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FUNDAMENTO TEÓRICO
Definição, domínio e contradomínio
Dados dois conjuntos A e B, uma função de A em B é uma correspondência que associa a cada

elemento a ∈ A um e um só elemento b ∈ B (correspondência unívoca). É usual a notação

f:A⟶B

para representar uma função f de A em B . Para cada a∈A o correspondente elemento


b ∈ B é a imagem de a por f e é usualmente representado por f (a).

O conjunto A é o domínio de f , também representado por Df.

O conjunto B é o conjunto de chegada de f.

O conjunto das imagens dos elementos de A por f , isto é, o conjunto


{f (a) ∈ B: a ∈ A }

é o contradomínio de f , usualmente representado por CD f . Naturalmente, tem-se que

CD f ⊆ B .
Uma função está definida quando se conhece o seu domínio, o seu conjunto de chegada e o modo
de identificar ou calcular a imagem de cada elemento do domínio.
Ao definir uma função real de variável real f através de uma expressão designatória f(x), se não se
indicar explicitamente o domínio de f deve sempre assumir-se que este é o conjunto de todos os
reais a tais que f(a) representa um número real. Por exemplo, quando se diz “f é a função real de

variável real definida por f ( x )=√ x−1 no seu domínio” tal significa que f é a função

⟶R
¿
1,+∞ ¿
¿
f :¿

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Zeros e sinal de uma função

Seja f uma função real de variável real e a ∈ D f . Diz-se que

 a é um zero de f se f (a)=0

 f é positiva em a se f (a)> 0

 f é não negativa em a se f (a)≥ 0

 f é negativa em a se f (a)∈ 0

 f é não positiva em a se f (a)≤ 0

Diz-se que a função f é positiva num subconjunto A de D f se f é positiva em a

para cada a ∈A . De igual modo se define função não negativa, negativa e não positiva em A.

Gráfico de uma função f

Na figura encontra-se o gráfico de uma função f real de variável real, com domínio

.
−2,11 / 2¿ Observe-se que
D f =¿

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7

 -2 e 2 são zeros da função f

 f é positiva em ]2,11/2[

 f é não negativa em [2,11/2[

 f é negativa em ]-2,2[

 f é não positiva em [-2,2]

Monotonia de uma função


Seja f uma função real de variável real e seja A um subconjunto de Df .
Diz-se que
 f é uma função crescente em A se
f(a) > f(b) para cada a, b A tal que a > b
 f é uma função crescente em sentido lato em A
se f(a) f(b) para cada a, b A tal
que a > b

 f é uma função decrescente em A se


f(a) < f(b) para cada a, b A tal que a >
b

 f é uma função decrescente em sentido lato em A


se f(a) f(b) para cada a, b A tal que
a>b

Designa-se também por estritamente crescente e estritamente decrescente em A uma função


crescente e decrescente em A, respectivamente.
A função f diz-se monótona em A se for crescente em A ou se for decrescente em A.
Quando A = Df , pode omitir-se a referência a A. Neste caso, fala-se então simplesmente de
função crescente, função decrescente, função monótona, etc.
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Gráfico de uma função f


Na figura encontra-se o gráfico de uma função f real de variável real, com domínio, D f =¿
−2,11 / 2¿
decrescente em [-2,0] e em [4,11/2[ e crescente em [0,4].

Periodicidade duma função


A função real de variável real f diz-se periódica se existe um número real P diferente de 0 tal que

para todo o xDf

 x+ P D f e x−PD f

 f ( x+ P)= f ( x )
Exemplo de funções periódicas são as funções trigonométricas seno, co-seno e tangente.
Extremo duma função
Definição: Máximo absoluto, mínimo absoluto

Seja f uma função de dominino D . Então f tem o valor máximo absoluto em D em

um ponto c se
f ( x) ≤ f (c ) para qualquer xem D .

O valor mínimo absoluto em D em um ponto c se f ( x) ≥ f (c ) para qualquer xem D .


Máximo e mínimos absolutos são também chamados de extremos absolutos para diferenciar dos
extremos locais.

Por exemplo, no intervalo fechado [−π / 2 , π / 2] , a função f ( x )=cosx assume o valor máximo

1 (uma vez) e o valor mínimo 0 (duas vezes). No mesmo intervalo a função g ( x


)=senx assume o valor máximo 1 e o valor mínimo -1.

Por outro lado temos que funções definidas pela mesma regra podem ter extremos diferentes,
dependendo do domínio.
2
Por exemplo, a função y= x .

Função Domínio D Extremos absolutos em D


¿ Ausência
y=x 2 Mínimo deabsoluto
máximo absoluto
0 quando
¿−∞,+ ∞ ¿ x=0

y=x
2
[ 0,2] Máximo absoluto 4 quando
x=2
Mínimo absoluto 0 quando

x=0
2 ¿ 0,2 ¿ Máximo absoluto 4 quando
y=x
x=2

y=x 2 ¿ Ausência de mínimo absoluto


¿ 0,2 ¿ Ausência de máximo absoluto

Ausência de mínimo absoluto

Teorema 1: Teorema do valor extremo

Se f é continua no intervalo fechado, então f assume tanto o valor máximo M como o


x e x em [ a , b]
valor mínimo m em [ a ,b ] . Ou seja há números 1 2 tais que
f ( x 1 )=me f ( x 2) = M e m≤ f ( x) ≤ M para qualquer x em D .
Extremos locais (Relativos )
Definicao.

Uma função f tem um valor máximo local em um ponto interior c do seu domínio se

f ( x) ≤ f (c ) para qualquer x em um intervalo aberto que contenha c .

Uma função f tem um valor mínimo local em um ponto interior c do seu domínio se

f ( x) ≥ f (c ) para qualquer x em um intervalo aberto que contenha c .


Determinação dos extremos

Teorema 2: Primeiro teorema da derivada para valores de extremos locais

Se f possui um valor máximo ou mínimo local em um ponto c interior de seu domínio e se

f' é definida em c então,

f ' ( c )=0
O teorema diz que a primeira derivada da função é sempre zero em um ponto interior onde a
função tenha um valor extremo local e a derivada seja definida. Desta forma os únicos locais que
a função pode ter os valores extremos (relativos ou absolutos) são:
'
1. Pontos interiores onde f =0 ;

2. Pontos interiores onde f ' não existe;

3. Extremidades do domínio de f .

Teste da Derivada Segunda para Extremos Relativos:

. x0 
f derivável em f(
Seja a; b é tal que existe e é contínua em V(x)
¿ a ; b ¿ Se x)

então:

f ”∈0 , x0
a) Se
é o ponto máximo relativo.
f ”>0
Se , x0
b)
é o ponto mínimo relativo.

Definição: Ponto critico

Um ponto interior do domínio de uma função f onde f' é zero ou indefinida é um ponto

critico de f .
Assim os únicos pontos do domínio que uma função pode tomar os valores extremos são os

pontos críticos e as extremidades.

Para determinar os pontos extremos absoluto de uma função continua em intervalo finito procede
o seguinte:

1. Calcular f em todos pontos críticos e extremidades;


2. Toma-se o maior e o menor valor obtido.

Concavidade
Diz-se que uma curva tem concavidade para baixo quando sua tangente se move no sentido dos
ponteiros do relógio, ao percorre a curva da esquerda para a direita.
Diz-se que uma curva tem concavidade para cima quando sua tangente se move no sentido
contrário ao dos ponteiros do relógio, ao percorre a curva da esquerda para a direita.
Concavidade e coeficiente angular da tangente
Quando a curva tem concavidade para cima, o coeficiente angular de sua tangente cresce quando

x aumenta de valor. Quando a curva tem concavidade para baixo, o coeficiente angular da sua

tangente decresce quando x aumenta de valor.

Sinal da Derivada Segunda


A relação entre concavidade e coeficiente angular da tangente determina uma caracterização
simples de concavidade em termos de sinal da derivada segunda. Suponha que a derivada
Segunda f “ seja positiva num intervalo. Logo, a derivada primeira f ‘ é crescente no intervalo.
Mas f ‘ é o coeficiente angular da tangente, portanto, é crescente e a curva do gráfico de f tem
concavidade para cima no intervalo. Por outro lado, se f “ é negativo no intervalo, então f ‘ é
decrescente e a curva do gráfico de f tem concavidade para baixo no intervalo.
Significado geométrico do sinal da derivada Segunda:

a) se f “ (x) > 0 quando a < x < b, então, f tem concavidade para cima em a < x < b.

b) se f “ (x) < 0 quando a < x < b, então, f tem concavidade para baixo em a < x < b.

Pontos de Inflexão
O ponto no qual ocorre a variação de concavidade da função denomina-se ponto de inflexão. Se a
derivada segunda é definida no ponto de inflexão, seu valor tem que ser zero. Os pontos de
inflexão podem ocorrer onde a derivada segunda é indefinida.
Os pontos nos quais a derivada segunda da função é nula ou indefinida denominam-se pontos
críticos de segunda ordem.

Construção de Gráficos

Devemos seguir os seguintes passos, para obter o gráfico da função f ( x):

a) Explicite o domínio;
b) Calcule a derivada primeira e, em seguida, as coordenadas x dos pontos críticos de

primeira ordem, igualando f ' ( x) a zero e resolvendo a equação em x . Não esqueça


de incluir também valores de x para os quais a derivada é indefinida. Substitua estes

valores de x na função f ( x) , obtendo as coordenadas y dos pontos críticos.

c) Calcule a derivada segunda f ' ' ( x) . Procede-se como no passo anterior.

d) Estude o sinal da primeira derivada e determine onde f ( x) é crescente ou decrescente.

Destaque os pontos Máximo e Mínimo.

e) Estude a concavidade de f ( x) , verificando o sinal da segunda derivada. Destaque os

pontos de inflexão.

f) Determine as equações das assíntotas verticais e obliquas e as interseções com os eixos


coordenados.
g) Construa o gráfico.

Intervalos Sinal de Sinal de Crescente ou Concavidade Formato de


Decrescente Curva
f ' ( x) f ' ' ( x)
+ + Crescente Para cima
- + Decrescente Para cima
+ - Crescente Para baixo
- - Decrescente Para baixo

Exemplos do estudo completo duma função


Consideremos as seguintes funções:

3 2
1. y=−x + 6 x + x−6 em todo o seu domínio
Façamos o estudo completo.

3 2
Começando pela função y=−x + 6 x + x−6

▪ Domínio: é o conjunto dos números reais ou seja D=x ∈ R=¿−∞;+ ∞ ¿


¿
▪ Contradomínio: é o conjunto dos números reais ou seja D'= y ∈ R=¿−∞;+ ∞ ¿
▪ Zeros da função:

−x3+6 x2+ x−6=0

−x3+6 x2+ x−6=0

Encontramos uma das raízes x=1 , aplicamos de seguida a regra de Rufin e teremos o

seguinte:
−1 6 1 −6
1 −1 5 6
−1 5 6 0

( x−1) ( −x 2 +5 x+6 )=0 ∆=b2−4 ac=25+24=49

−x2+5 x+ 6=0

−5 ± √49 −5 ± 7
x= =
− b± √ ∆ −2 −2
x=

2a

x1=−1 ∨ x2=6 x=−1; x=1 e x=6


Os zeros da função são neste caso

Variação do sinal

x ¿ −1 ¿ 1 ¿ 6 ¿
¿−∞;−1 ¿ ¿−1 ; 1 ¿ ¿ 1; 6 ¿ 6 ;+∞ ¿
¿
f( −¿ 0 +¿ 0 −¿ 0 +¿
x)

Monotonia, concavidade, máximo e y=−x3+ 6 x2+ x−6


mínimo
'
y ' =(−x 3+6 x 2 + x−6 ) =−3 x 2 +12 x +1

y'=0 ⟺−3 x2+12 x +1=0

−12 ± √156
x=
− b± √ ∆ −6
x=

2a x1=−0.082∨ x2=4.082

∆=b2−4 ac=144+12
Os pontos críticos são:

f (−0, 082)=−6,041 mínimo

f ( 4,082)=30,041 máximo
' ''
y '' =(−3 x 2 +12 x +1) =−6 x +12 y =0 ⟺−6 x +12=0 ⟹ x=2

f (2)=12 ponto de inflexão

Estudo da monotonia (teorema da derivada primeira)


x ¿ −0.082 ¿ 4,082 ¿
¿−∞;−0.25 ¿ ¿−0,082; 4,082¿ ¿ 4,082 ;+∞ ¿
f'( −¿ 0 +¿ 0 −¿
x
f( Decrescente −6.041 Crescente 30,041 Decrescente
x)
Estudo da concavidade (teorema da derivada segunda)
x ¿ 2 ¿
¿−∞; 2 ¿ ¿ 2; +∞ ¿
f''( +¿ 0 −¿
f( Concavidade virada para cima 12 Concavidade virada para baixo
x)

Assimptotas

Diz-se que a recta x=a , onde a∈R, é uma assíntota vertical do gráfico de uma função f (x)

x ⟶ a−¿ f ( x)=∞ x ⟶ a−¿ f ( x)=−∞ x ⟶ a+¿ f ( x)=∞


se e só se lim ¿ ou lim ¿ ou lim ¿
¿ ¿ ¿

x ⟶ a+¿ f ( x)=−∞
ou lim ¿ .
¿
Estas quatro situações possíveis para uma mesma assíntota vertical ficam bem identificadas num
quadro de variação da função.

Diz-se que a recta y=b , onde b ∈ R , é uma assímptota horizontal do gráfico de uma

lim f ( x)=b lim f ( x)=b


o .
função f (x) se e só se x x⟶∞
⟶−

Em termos geométricos, a aproximação do gráfico à assíntota pode fazer-se por cima da assíntota,
por baixo da assíntota ou nem uma coisa nem outra. Pelo menos nos dois primeiros casos um
registo adequado num quadro de variação permite identificar rapidamente em qual das situações
se está.

Exemplo: Determine as assíntotas verticais e horizontais (se existirem).

x+ 3
f ( x )=

2−x

Antes de começar a calcular os limites de uma função com a finalidade de encontrar as assíntotas
verticais e horizontais, é importante calcular o domínio D da função, pois isto nos dará
informações importantes sobre as assíntotas verticais.

Encontrando o domínio D da função f (x) :

x +3
O denominador da fracção deve ser diferente de zero, logo temos:
2−x

2−x ≠0 ⟹ x≠ 2

¿
Logo o domínio da função D=R
será

Sabendo que x=2 não pertence ao domínio da função, podemos calcular o limite da
função f (x) quando x se aproxima de 2 com a finalidade de verificar se existe uma assíntota
vertical neste ponto.
x +3
x ⟶ 2+¿ =+ ∞

2−x , pois 2 – x∈ 0 quando x ⟶ 2 pela direita e


lim ¿
¿
x +3
x ⟶ 2+¿ =+ ∞
, pois 2 – x> 0 quando x ⟶ 2 pela esquerda.
2−x
lim ¿
¿

Como consequência, temos que a recta x =2 é uma assíntota vertical da função f (x) .

Agora para tentar encontrar assíntotas horizontas devemos calcular o limite da

função f(x) quando x tende a ±∞ .

lim
x +3
=−1

x ⟶ ±∞ 2−x

Logo existe uma assíntota horizontal de equação y=−1 .

Portanto as assíntotas são x=2 e y=−1 .

Em termos do gráfico teremos:


Problemas de optimização sobre extremos máximos
s0
1. Um projéctil é arremessado verticalmente de uma altura , dada em metros, sua altura s

em função do tempo t segundos após o lançamento, é dada por

s ( t )=−5 t 2+10 t

Qual a altura máxima que o projéctil atinge?


Usando o teorema da derivada primeira tem se:

' 2 ' '


Primeiro achar a derivada primeira S (t )=(−5 t +10 t ) ⟹ S (t )=−10 t +10

Anulamos a derivada primeira: −10 t +10=0⟺ t =1 , ponto critico.

Calculamos o valor da altura para tempo t =1 s : s (1)=5 m

O que permite concluir que a altura máxima atingida pelo projéctil é de 5 m .

2. Uma bola atirada de baixo para cima, na vertical, atinge a altura h, em metros, dada por

h(t)  15t  5t2


ao fim de t segundos.
Qual é a altura máxima atingida pela bola e o tempo gasto nesse percurso?

3. Um vendedor compra calças directamente da fábrica ao preço de 720,00 Mts a caixa com 12
calças. O valor de revenda sugerido pela fábrica ´e de 160,00 Mts a calça. A esse preço o
vendedor costuma vender 30 caixas por mês. No entanto, a experiência do vendedor mostra
que para cada 5,00Mts que oferece de desconto no preço sugerido da fábrica, ele consegue
vender 3 caixas a mais. Por quanto deve vender cada calça para que seu lucro mensal seja o
máximo possível?
Problema de optimização (mínimos)
1. Durante várias semanas, o departamento de trânsito da cidade de Quelimane vem registrando a
velocidade dos veículos que passam por um certo cruzamento. Os resultados mostram que
entre 13 e 18 horas, a velocidade média neste cruzamento é dada aproximadamente por

3 2
v ( t )=t −10,5 t +30 t +20 km /h , onde t é o número de horas após o meio-dia.
Qual o instante, entre 13 e 18 que o trânsito é mais lento?

Solução:

O objectivo é determinar o mínimo absoluto da função v(t) no intervalo 1≤t ≤ 6 . Para isso,

inicialmente calculamos a primeira derivada e igualamos-na a zero para encontrar os pontos


críticos:

v ’ (t )=3 t 2 – 21t +30=0 ⟺t =2 out =5 .

Portanto, estes são os pontos críticos de v , ambos pertencentes ao intervalo (1,6).

Para verificar se são pontos de máximo ou mínimo locais, usamos o teste da segunda derivada:

v ’ ’ (t )=6 t – 21 ⟹ v ’ ’ (2)=– 9∈0 ⟹ t=2 é ponto de máximo local de v ;

v ’ ’ (5)=9> 0 ⟹ t=5 é ponto de mínimo local de v.

Para determinar os pontos de máximo e mínimo globais (absolutos) de v em [1,6], precisamos

comparar os valores que v assume nos pontos críticos, com os respectivos valores nos extremos

do intervalo, pois como v é uma função contínua definida em um intervalo fechado, pode
assumir seus valores máximo e mínimo globais ou nos pontos críticos, ou nos extremos do

intervalo. Assim, temos:


v (1)= 40,5 v (2)=46 v (5)=32,5 v ( 6)=38.
Com isso concluímos que t = 2 é ponto de máximo global e t = 5 é ponto de mínimo global de v
no intervalo de interesse [1,6].

Isso significa que o trânsito é mais lento as 17h, quando os carros passam pelo cruzamento a uma
velocidade média de 32,5 km/h.

2. Uma estação de rádio fez um levantamento dos hábitos dos ouvintes entre 17h e meia-noite. A

pesquisa mostra que a percentagem de adultos sintonizados na estação x horas após as 17h

1 3 2
é f ( x )= (−2 x +27 x −108 x +240)
8

Em que instante, entre 17h e meia-noite, existem menos ouvintes sintonizados na estação?

3. Um departamento de estradas de rodagem está planejando fazer uma área de descanso para
motoristas, à beira de uma rodovia movimentada. O terreno deve ser rectangular, com uma
área de 5.000 m2 e deve ser cercado nos três lados que não dão para a rodovia. Qual o menor
comprimento da cerca necessária para a obra?

Conclusão
Deste trabalho pode-se tirar as seguintes conclusões, no que diz respeito a uma função e suas
características foi possível notar é possível debruçar se dos valores extremos máximos ou
mínimos, monotonia e concavidade a partir dos testes da primeira e da segunda derivada, o que
torna muito mais fácil e eficaz a interpretação das tais características.
Também aproveita do teste da derivada segunda para obtenção do ponto de inflexão e por fim
reunidos todas as características já pode se idealizar a possível imagem da função no sistema
cartesiano ortogonal.
Bibliografia
1. THOMAS, George B.; Calculo; editora Afiliada; São Paulo; 11ª ed.; 2008.
2. http://calculo.wikidot.com/1-4-derivadas-parte-6 acesso em 24/05/2015 11:17 pm.
3. http://www.calculo.iq.unesp.br/PDF/Lista4resolucao.pdf acesso em 25/05/2015 9:35am.
4. http://www.im.ufrj.br/dmm/projeto/projetoc/precalculo/sala/conteudo/capitulos/cap101s4.
html acessado em 23/05/2015 as 7:18 pm.

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