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OP3 – Destilação

Exercício 2:
Projetou-se uma coluna de destilação para separar uma mistura
(30000 kg/h) benzeno-tolueno com 60 % (em peso) de tolueno. A
separação é para produzir um produto de topo com 97 % (em peso) de
benzeno (peso molecular igual a 78 g/gmol - C6H6) e um produto de
fundo com 98 % (em peso) de tolueno (peso molecular igual a
92 g/gmol - C7H8). A operação é realizada com uma razão de refluxo é de
3,5 mol para 1,0 mol de produto de topo. Respectivamente, 7360 e
7960 cal/gmol, são os calores molares latentes do benzeno e tolueno.
Uma mistura ideal com volatilidade relativa média de 2,5 é formada com
benzeno e tolueno. A temperatura do ponto de bolha da mistura na
alimentação é de 95 °C a pressão de 1,0 atm (abs).
Determine:
(a) as taxas molares dos produtos de topo e fundo da coluna;
OP3 – Destilação

(b) o número ideal de estágios (N) e a localização do prato de alimentação


para as seguintes condições:
(i) a alimentação é constituída de líquido saturado (ou na temperatura de
ponto de bolha);
(ii) a alimentação é líquido frio à 20 °C (calor específico = 0,44 cal/g∙°C);
(iii) a alimentação é constituída de uma mistura (2/3 de vapor e
1/3 de líquido).
(c) o consumo de vapor de água no refervedor (para os três casos o item
b), sabendo que vapor saturado de água (20 lbf/in2 ou 1,36 atm - efetiva)
é utilizado como fluido de aquecimento (OBS.: negligenciar perdas de calor e
supor que o refluxo é líquido saturado);
(d) o consumo de água de refrigeração empregada na condensação total
do vapor no topo da coluna, considerando que a temperatura de entrada e
saída da água é, respectivamente, 25 °C e 40°C.
75
OP3 – Destilação

Produto Destilado:
Refluxo: D= ?
L
RD = = 3,5 xD = 0,97
D
Alimentação:
F = 30000 kg / h
xF = 0, 40

Produto de fundo:
B= ? xB = 0, 02
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OP3 – Destilação

(a)
B=? D=?
Cálculo das taxas molares dos produtos de topo e fundo da coluna
Fazendo um B.M. global na coluna:
F =D+B
Assim...

D = F −B
...e,

B = F −D
Também...

Fazendo um B.M. para o componente mais volátil na coluna:


77
OP3 – Destilação

F  xF = D  xD + B  x B
Então...

Substituindo a equação do B.M. global na coluna, na equação do B.M. para o


componente mais volátil, tem-se:
F  xF = D  xD + B  x B
F  x F = D  x D + (F − D )  x B F  xF = (F − B )  x D + B  x B

F  xF = D  xD + F  xB − D  xB F  xF = F  xD − B  xD + B  xB
F  xF − F  xB = D  xD − D  xB ...ou, F  xF − F  xD = B  xB − B  xD
F  ( xF − xB ) = D  ( xD − xB ) F  ( xF − xD ) = B  ( xB − xD )
( xF − xB )
B =F
( xF − xD )
D =F
( xD − xB ) ( xB − xB )
A taxa e a composição da alimentação, assim como as composição dos
produtos de topo e fundo são conhecidas, porém em termos de massa. 78
OP3 – Destilação

Por isso...
Convertendo para fração molar tem-se:
( xbenzeno ) F −mássico
PM benzeno
xF − molar =
( xbenzeno ) F −mássico ( xtoluneno ) F −mássico
+
PM benzeno PM toluneno
g
0, 40
g
g
78
gmol
xF − molar =
g g
0, 40 0, 60
g g
+
g g
78 92
gmol gmol
( xA ) F −molar = xF −molar = 0, 44
79
OP3 – Destilação

Da mesma forma...
g
0,97
g
g
78
xD − molar =
gmol ( xA ) D −molar = xD −molar = 0,974
g g
0,97 0, 03
g g
+
g g
78 92
gmol gmol
g
0, 02
g
g
78
xB − molar =
g
gmol
g
( xA ) B −molar = xD −molar = 0, 024
0, 08 0,98
g g
+
g g
78 92
gmol gmol
80
OP3 – Destilação

F  kg / h  30000kg / h
F ( kmol / h ) = =
( PM mistura ) F −médio ( PM mistura ) F −médio
( PM mistura ) F −médio = ?
Calculando o peso molecular médio da mistura para a corrente de
alimentação, tem-se:
( PM mistura ) F −médio = ?
OBS.: o calculo pode ser feito usando a composição da alimentação ANTES ou APÓS a sua conversão.
100 1, 00
( PM mistura ) F −médio = =
40 60 0, 40 0, 60 ( PM mistura ) F −médio = 85,84
g
= 85,84
kg
+ + gmol kmol
78 92 78 92
...ou,
g kg
( PM mistura ) F −médio = 0, 44  78 + 0,56  92 ( PM mistura ) F −médio = 85,84 = 85,84
gmol kmol
81
OP3 – Destilação

Logo...
kg
30000
F= h
kg
85,84
kmol
kmol
F = 349, 49
h
Portanto...

D = 349, 49 
( 0, 440 − 0, 024 ) kmol
D = 153, 04
( 0,974 − 0, 024 ) h

...e,
kmol
B = F −D B = 196, 45
h
82
OP3 – Destilação

(b)
N =? posição do prato de a lim entação = ?
(i) a alimentação é constituída de líquido saturado:

Determinação do número teórico de estágios


Para determinação do número ideal de estágios pelo método de McCabe-
Thiele, é necessário construir no diagrama de ELV a curva de equilíbrio, a linha
de alimentação e as linhas de operação.
Construção da curva de equilíbrio (CE)
Os dados de equilíbrio (y vs. x) não foram dados, porém, foi fornecida a
volatilidade relativa média da mistura, e, sabe-se que:
1 1 − x  1
=   +1
y  x   AB
83
OP3 – Destilação

Então...

Arbitrando valores para x (entre 0 e 1) e obtendo y:


x 0,001 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
y 0,002 0,22 0,38 0,52 0,63 0,71 0,79 0,85 0,91 0,90 1,0

Construção da linha de alimentação (LA) e das linhas de


operação (LO’s)
OBS.1: como essas linhas são retas, para construí-las é necessário 2 pontos, OU, 1 ponto e a
inclinação.
OBS.2: uma sugestão é começar construindo no diagrama y vs. x a linha y = x (45 °) e, então,
linhas verticais que passam pelas frações molares do componente mais volátil no produto de
topo (xD), na alimentação (xF), e no produto de fundo (xB), até a linha y = x, de forma a
determinar 1 ponto de cada uma das linhas de operação e 1 ponto da linha de alimentação.
84
OP3 – Destilação

Localização da linha de alimentação (LA)


q xF
y=− x +
1−q 1−q
2 pontos; ou,
Como é uma reta, necessita-se de:
1 ponto e a inclinação.

❖ 1º ponto
Sabe-se que a LA é uma reta que passa pelo ponto:
(xF ; xF) = (0,44 ; 0,44)

❖ 2º ponto
Outro ponto desta reta pode ser o aquele no qual ela (LA)
intercepta o eixo y.
85
OP3 – Destilação

...ou seja,

Para x = 0:
Neste caso...

q 0, 44
y=− 0 +
1−q 1−q
0

0, 44
y=
1−q
q=?
Obtenção do parâmetro q
Sabe-se que para alimentação com líquido saturado:
q = 1
86
OP3 – Destilação

Logo...

0, 44
y=
1 −1
y→
❖ Inclinação
−q
inclinação da LA =
1− q
−1
inclinação da LA =
1−1
 sen90 1 
inclinação da LA →   inclinação = tg  = tg 90  = = →  
 cos 90  0 

...isto é,

Para alimentação de líquido saturado a LA é uma reta vertical


passando pelo ponto (xF ; xF) .
87
OP3 – Destilação

Localização da linha de operação (LO) da seção de retificação


L D  xD L D  xD RD xD
yn +1 =  xn + ...ou, yn+1 =  xn + ...ou, yn +1 =  xn +
V V L +D L +D RD + 1 RD + 1

2 pontos; ou,
Como é uma reta, necessita-se de:
1 ponto e a inclinação.
❖ 1º ponto
Sabe-se que a LO da seção retificação é uma reta que passa pelo ponto:

(xD ; xD) = (0,974 ; 0,974)

❖ 2º ponto
Outro ponto desta reta pode ser o aquele no qual esta linha de
operação (LO) intercepta o eixo y.
88
OP3 – Destilação

...ou seja,

Para x = 0:
Neste caso...

RD 0, 974
yn +1 = 0 +
RD + 1 3,5 + 1
0

y = 0, 216

❖ Inclinação
RD
inclinação da LO da seção de retificação =
RD + 1
3,5
inclinação da LO da seção de retificação =
3,5 + 1
inclinação da LO da seção de retificação = 0, 778 = 37,8
arctg ( 0, 778 ) = 37,8
89
OP3 – Destilação

Localização da linha de operação (LO) da seção de esgotamento


L B  xB
y m +1 =  xm −
L −B L −B
2 pontos; ou,
Como é uma reta, necessita-se de:
1 ponto e a inclinação.

❖ 1º ponto
Sabe-se que a LO da seção esgotamento é uma reta que passa pelo ponto:
(xB ; xB) = (0,024 ; 0,024)

❖ 2º ponto
Outro ponto desta reta pode ser aquele no qual esta LO da seção de
esgotamento intercepta a LO da seção de enriquecimento com a LA (ou
seja, a interseção entre essas 3 retas).
90
OP3 – Destilação

1,0

0,9
LA (xD ; xD)

0,8

0,7

CE y = x
0,6
LO enriquecimento
y

0,5

0,4 (xF ; xF)


0,3
(0,0 ; 0,216)
xD
= 0, 216 0,2 LO esgotamento
RD + 1
0,1

0,0
(xB ; xB)
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0

xB = 0,024 xF = 0,440 x xD = 0,974


91
OP3 – Destilação

1,0 2 1
LA
3 (xD ; xD)
0,9 4
0,8 5
0,7
6
CE y = x
0,6 7
LO enriquecimento
y

0,5
8
0,4 (xF ; xF)
9
0,3
(0,0 ; 0,216)
xD
= 0, 216 0,2 10 LO esgotamento
RD + 1
11
0,1 12
0,0
(xB ; xB)
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0

xB = 0,024 xF = 0,440 x xD = 0,974


92
OP3 – Destilação

Portanto...

De acordo com Figura obtida...


O número de estágios ideais (ou teóricos) é:
N = 11 + 1 (refervedor parcial)
N = 12 estágios de equilíbrio

Localização do prato de alimentação


De acordo com Figura obtida...
A posição do prato de alimentação é:
Entre o 6º e o 7º estágio.
93
OP3 – Destilação

(ii) a alimentação é constituída de líquido frio à 20 °C :


Determinação do número teórico de estágios
Conforme feito anteriormente, é necessário construir no diagrama de ELV: a
curva de equilíbrio, a linha de alimentação e as linhas de operação.
Construção da curva de equilíbrio (CE)
É a mesma do item (i) pois o sistema é o mesmo!

Construção da linha de alimentação e das linhas de operação


Localização da linha de alimentação (LA)
q xF
y=− x +
1−q 1−q
2 pontos; ou,
Como é uma reta, necessita-se de:
1 ponto e a inclinação.
94
OP3 – Destilação

❖ 1º ponto
Sabe-se que a LA é uma reta que passa pelo ponto:
(xF ; xF) = (0,44 ; 0,44)

❖ 2º ponto
Outro ponto desta reta pode ser o aquele no qual esta reta (LA)
intercepta o eixo y.
...ou seja,

Para x = 0:
Neste caso...

q 0, 44
y=− 0 +
1−q 1−q
0 95
OP3 – Destilação

0, 44
y=
1−q
q=?
Obtenção do parâmetro q
Sabe-se que para alimentação com líquido frio, q > 1 e pode ser obtido por:
cp  ( Tb − TF )
q =1+ L (adimensional)

cal
0, 44  ( 95 − 20 ) C
g  C
q =1+
F
( mistura )F −médio = ?
Obtenção do calor latente de vaporização médio da alimentação
Convencionamos para a mistura binária:
( mistura )F −médio = xF  A + (1 − xF )  B A - componente mais volátil (no caso, benzeno);
B - componente menos volátil (no caso, tolueno);
96
OP3 – Destilação
cal cal
( mistura )F −médio = 0, 440  7360
gmol
+ 0,560  7960
gmol
cal
( mistura )F −médio = 7696 gmol
Note que os calores latentes de vaporização dos componentes fornecidos e
usados no cálculo do calor latente de vaporização médio da mistura alimentada,
são MOLARES, e o calor específico da mistura fornecido no enunciado é
MÁSSICO, por isso, será necessário fazer um conversão para o cálculo do q.
Neste sentido...

Convertendo o calor latente de vaporização médio da mistura alimentada, de


MOLAR para MÁSSICO, tem-se:
cal
( mistura )F −médio, molar 7696
( mistura )F −médio, mássico = PM =
gmol
( mistura )F −médio 85,84
g
gmol
( mistura )F −médio, mássico = 89, 66 cal
g
OP3 – Destilação
Assim...
cal
0, 44  ( 95 − 20 ) C
g  C
q =1+
cal
89, 66
g
q = 1, 37
Logo...
0, 44
y=
1 − 1, 37
y = −1,19
OBS.: notar que, após você ter começado a construção da figura, ao chegar aqui, este ponto
(0 ; -1,19) pode estar numa posição ruim para ser marcado no seu gráfico, uma vez que, fisicamente
o mesmo tem seus eixos (com frações) variando de 0 a 1. O ponto pode estar localizado fora de sua
folha de papel! Porém, como a LA é uma reta, matematicamente, quaisquer 2 pontos podem ser
usados para determiná-la (NÃO precisa ter aquele cuja coordenada em x seja igual a zero), basta
atribuir um valor para x e calcular o correspondente para y. DICA: usar/tentar valor de x um pouco
menor ou um pouco maior que a coordenada em x que você já conhece da LA, ou seja, xF, de forma
a obter um valor de y positivo e, entre 0 e 1. 98
OP3 – Destilação

Outro ponto da LA pode ser obtido, por exemplo, para:


x = 0,55 (valor um pouco maior que xF = 0,44)

Assim...
q 0, 44
y=−  0,55 +
1−q 1−q
y = 0, 85

❖ Inclinação
−q
inclinação da LA =
1− q
−1,37
inclinação da LA =
1 − 1,37

inclinação da LA = 3, 7 = 74,88
arctg ( 3, 7 ) = 74,88
99
OP3 – Destilação

Localização da linha de operação (LO) da seção de retificação


L D  xD L D  xD RD xD
yn +1 =  xn + ...ou, yn+1 = x + ...ou, yn +1 =  xn +
V V L +D n L +D RD + 1 RD + 1

A nova condição térmica de alimentação NÃO altera a LO da seção de retificação, uma


vez que a razão de refluxo (RD = L / D) e, por consequência, a inclinação da LO, não são
modificadas.
Então...
Como a razão de refluxo se mantém constante, o valor de V (vapor saturado na parte
superior da coluna) não é modificado.
Sendo que...
A variação de q (condição térmica de alimentação) resulta em alteração em V
(vapor saturado na seção de esgotamento).
...e,
Se a taxa de vapor (V) diminui nessa condição, então, a taxa de líquido (L) também é
reduzida, logo, a razão L/V (inclinação da LO de enriquecimento) permanece constante.
100
OP3 – Destilação

Portanto...
A linha de operação da seção de retificação em (ii) é igual àquela
obtida/construída em (i).
Localização da linha de operação (LO) da seção de esgotamento
L B  xB
y m +1 =  xm −
L −B L −B
2 pontos; ou,
Como é uma reta, necessita-se de:
1 ponto e a inclinação.
❖ 1º ponto
Sabe-se que a LO da seção esgotamento é uma reta que passa pelo ponto:
(xB ; xB) = (0,024 ; 0,024)
❖ 2º ponto
Outro ponto desta reta pode ser aquele de interseção desta LO da seção
de esgotamento com a LO da seção de enriquecimento e com a LA. 101
OP3 – Destilação

1,0 LA 2 1
3 (xD ; xD)
0,9 (0,55 ; 0,85) 4
0,85
0,8 5
0,7 6
y = x
CE
0,6
7
LO enriquecimento
y

0,5
8
0,4 (xF ; xF)
0,3
(0,0 ; 0,216) 9
xD
= 0, 216 0,2
LO esgotamento
RD + 1 10
0,1 11

0,0
(xB ; xB)
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0

xF = 0,440 0,55 xD = 0,974


xB = 0,024 x
102
OP3 – Destilação

Portanto...

De acordo com Figura obtida...


O número de estágios ideais (ou teóricos) é:
N = 10 + 1 (refervedor parcial)
N = 11 estágios de equilíbrio

Localização do prato de alimentação


De acordo com Figura obtida...
A posição do prato de alimentação é:
Entre o 5º e o 6º estágio.
103
OP3 – Destilação

(iii) a alimentação constituída de uma mistura com 2/3 de vapor


e 1/3 de líquido:
Determinação do número teórico de estágios
Conforme feito anteriormente, é necessário construir no diagrama de ELV: a
curva de equilíbrio, a linha de alimentação e as linhas de operação.
Construção da curva de equilíbrio (CE)
É a mesma do item (i) pois o sistema é o mesmo!
Construção da linha de alimentação e das linhas de operação
Localização da linha de alimentação (LA)
q xF
y=− x +
1−q 1−q
2 pontos; ou,
Como é uma reta, necessita-se de:
1 ponto e a inclinação.
104
OP3 – Destilação

❖ 1º ponto
Sabe-se que a LA é uma reta que passa pelo ponto:
(xF ; xF) = (0,44 ; 0,44)

❖ 2º ponto
Outro ponto desta reta pode ser o aquele no qual ela (LA)
intercepta o eixo y.
...ou seja,

Para x = 0:
Neste caso...

q 0, 44
y=− 0 +
1−q 1−q
0 105
OP3 – Destilação
0, 44
y=
1−q
q=?
Obtenção do parâmetro q
Sabe-se que para alimentação com um mistura de líquido e vapor saturado:
0 < q < 1
Também...
Sabe-se que, por definição, o parâmetro q representa:
o número de mols de líquido saturado adicionado na secção de
ESGOTAMENTO resultante da introdução de cada mol de ALIMENTAÇÃO
Assim, adotando...

Base de cálculo: 1 mol de mistura alimentada


1
q= 3
1 106
OP3 – Destilação

q = 0,33
OBS.: também, da mesma forma, como calculou-se que F = 349,49 mol de mistura, tem-se que
q = [349,49∙(1/3)/349,49] ➔ q= 0,33
Logo...
0, 44
y=
1 − 0, 33
y = 0, 66
❖ Inclinação
−q
inclinação da LA =
1− q
−0,33
inclinação da LA =
1 − 0,33
inclinação da LA = −0, 49 = −26, 2
arctg ( −0, 49 ) = −26, 2 (180-26 = 154°)
OP3 – Destilação

Localização da linha de operação (LO) da seção de retificação


L D  xD L D  xD RD xD
yn +1 =  xn + ...ou, yn+1 =  xn + ...ou, yn +1 = x +
V V L +D L +D RD + 1 n RD + 1

Conforme foi discutido em (ii), uma nova condição térmica de alimentação


NÃO altera a LO da seção de retificação.
Portanto...

A linha de operação da seção de retificação em (ii) é igual àquela


obtida/construída em (i).
Localização da linha de operação (LO) da seção de esgotamento
L B  xB
y m +1 =  xm −
L −B L −B
2 pontos; ou,
Como é uma reta, necessita-se de:
1 ponto e a inclinação.
108
OP3 – Destilação

Portanto...

❖ 1º ponto
Sabe-se que a LO da seção esgotamento é uma reta que passa pelo
ponto:0
(xB ; xB) = (0,024 ; 0,024)

❖ 2º ponto

Outro ponto desta reta pode ser aquele no qual esta LO da seção
de esgotamento intercepta a LO da seção de enriquecimento com a
LA (ou seja, a interseção entre essas 3 retas).

109
OP3 – Destilação

CE
1,0 2 1
3 (xD ; xD)
0,9 4
0,8 5
LA
0,7 (0,0 ; 0,66) 6
y = x
0,660,6
0,6
7
LO enriquecimento
y

0,5
8
0,4
9 (xF ; xF)
0,3
(0,0 ; 0,216) 10 LO esgotamento
xD
= 0, 216 0,2 11
RD + 1
0,1
12
13
0,0
(xB ; xB)
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0

xB = 0,024 xF = 0,440 x xD = 0,974 110


OP3 – Destilação

Portanto...

De acordo com Figura obtida...


O número de estágios ideais (ou teóricos) é:
N = 12 + 1 (refervedor parcial)
N = 13 estágios de equilíbrio

Localização do prato de alimentação


De acordo com Figura obtida...
A posição do prato de alimentação é:
Entre o 6º e o 7º estágio.
111
OP3 – Destilação

(c)
mS = ?
Cálculo do consumo de vapor de água no refervedor
V 
ms =
s
Em que, nesta equação:

 = ( mistura ) B−médio - calor latente de vaporização da mistura no fundo da coluna (no refervedor);
B aqui denotando relação com o produto no refervedor e não com o componente menos volátil

S - calor latente de vaporização da água a 1,36 atm (no refervedor);

V - taxa (ou vazão) molar de vapor no fundo da coluna (vaporização no reboiler).

S = ?  =? V =?
112
OP3 – Destilação

Determinação do calor latente de vaporização da água a 1,36 atm


Sabendo que o vapor usado para fornecimento de energia térmica no
refervedor apresenta uma pressão efetiva de 20 lbf/in2 (ou 20 psi) = 1,36 atm.
Então...

A pressão absoluta é:
pressão absoluta = pressão efetiva ( ou manométrica ou relativa ) + pressão atmosférica
P ( abs.) = 1,36atm + 1atm

P ( abs.) = 2,36 atm = 34, 68 lbf / in 2

De McCabe; Smith; Harriott (2007), Operaciones Unitarias En Ingeniería


Química, 7ª ed., com a pressão (ou temperatura) de saturação da corrente de
vapor, encontra-se o calor latente por meio das tabelas de propriedades do
vapor de água saturado.
113
OP3 – Destilação

Assim...

Nota-se pelos valores da


tabela que para obter o
calor latente na pressão
desejada (34,68 lbf/in2)
é preciso fazer uma
interpolação linear.

114
OP3 – Destilação
y
( ya − y1 ) = ( x a − x1 )
( y2 − y1 ) ( x 2 − x1 )

y a = y1 + ( y 2 − y1 ) 
( x a − x1 )

x
( x 2 − x1 )
S  Btu / lbm  P lbf / in 2 
945,6 29,82
S = 945,5 + ( 938,8 − 945,5 ) 
( 34, 68 − 29,82 ) S = 939, 7
Btu
S
( 35, 42 − 29,82 )
34, 68 lbm
938,8 35, 42

Convertendo o calor latente de vaporização da água para cal/g ou kcal/kg


( para obter a taxa de consumo de vapor em kg):
1lbm cal kcal
Btu
S = 939, 7  Btu S = 520 = 520
lbm 1,8g g kg
cal 115
OP3 – Destilação

Determinação do calor latente de vaporização médio da mistura


no fundo da coluna (refervedor)
( mistura )B−médio = xB  A + (1 − xB )  B B aqui denotando o componente menos volátil

B aqui denotando relação com o produto de fundo e não com o componente menos volátil

( mistura )B−médio = xB  benz + (1 − xB )  tolueno


Porém...

Assumindo que a corrente líquida no refervedor é praticamente tolueno puro


(xB = 0,024):
Então...
cal
( mistura )B−médio = tolueno = 7960
gmol
(valor fornecido no enunciado)

OBS.: esta aproximação desconsidera a diferença de temperatura entre a alimentação e refervedor. 116
OP3 – Destilação

Determinação da taxa molar de vapor no fundo da coluna


Sabe-se que, considerando a contribuição da corrente de alimentação na taxa
interna molar de VAPOR saturado ascendente no interior da coluna, a taxa da
VAPOR saturado na secção de RETIFICAÇÃO é:
V = V + (1 − q)  F

Logo...

V = V − (1 − q)  F

V=?

Cálculo da taxa molar de vapor no topo da coluna (seção de


retificação):
Considerando superfícies de controle no topo da coluna e no condensador
total, tem-se que:
117
OP3 – Destilação

Realizando um B.M. no topo da coluna e no condensador total, tem-se que:


V1 = LC + D
...ou,

V = L+D
Mas...

L
RD = = 3,5
D
L = 3,5  D
118
OP3 – Destilação

Então...
V = 3,5  D + D
V = 4,5  D
Sendo que...

Dos B.M. da letra (a) do exercício, tem-se que D = 153,04 kmol/h.


Logo...

V = 4,5 153, 04
kmol
V = 688, 68
h
Assim...

V = V − (1 − q)  F

V = 688, 68 − (1 − q)  349, 49
119
OP3 – Destilação

Portanto...

kcal  kmol 
7960 V 
kmol  h  [kg/h]
mS =
kcal
520,94
kg
mS = 15, 28  688, 68 − 349, 49  (1 − q ) 

Desta forma...
Para cada condição térmica de alimentação (q), há um valor de consumo de
vapor (ṁS):
Caso (i): para q = 1
mS = 15, 28  688, 68 − 349, 49  (1 − 1) 
kg
mS = 10523
h 120
OP3 – Destilação

Sendo assim...

Calculando o consumo de vapor (ṁS) no refervedor para cada caso (q), tem-se:

Caso q ṁS [kg/h] N
i 1,00 10523 12
ii 1,37 12499 11
iii 0,33 6945 13

(d)
mw = ?
Cálculo do consumo de água de refrigeração no condensador total
V 
mw =
(T2 − T1 )  cpw
121
OP3 – Destilação

Em que, nesta equação:

 = ( mistura ) D−médio - calor latente (molar/mássico) de condensação da mistura no topo da


coluna (condensador);

V - taxa (ou vazão) molar de vapor no topo da coluna = 688,68 kmol/h (calculado aqui);
c p−w - calor específico da água de refrigeração = 1 kcal/kg °C (literatura);
T2 − T1 - diferença de temperatura da água de refrigeração, isto é, (pelo enunciado) saída
(40 °C) e entrada (25 °C).
 =?
Determinação do calor latente de condensação da mistura no
topo da coluna (condensador)

( mistura )D−médio = xD  A + (1 − xD )  B B aqui denotando o componente menos volátil

( mistura )D−médio = xD  benzeno + (1 − xD )  tolueno


122
OP3 – Destilação

Porém...

Assumindo que a corrente líquida no condensador é praticamente benzeno


puro (xD = 0,974):
Então...
cal
( mistura )D−médio = benzeno = 7360 gmol
(valor fornecido no enunciado)

Portanto...
kcal kmol
7360  688, 68
mW = kmol h
( )
kcal
40 − 25 C  1, 0
kg  C
kg
mW = 337.912
h
OBS.: O consumo de água de refrigeração é o mesmo para todos os casos, pois a taxa molar de vapor
saturado na secção superior da coluna depende apenas da razão de refluxo.
123

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