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17 - Sedimentos 2 Transporte
17 - Sedimentos 2 Transporte
Walter Collischonn
IPH UFRGS
“As a young man, my fondest dream was to become a geographer.
However, while working in the customs office I thought deeply about the
matter and concluded it was far too difficult a subject. With some
reluctance, I then turned to Physics as a substitute.”
- Albert Einstein (unpublished letters)
Transporte de sedimentos em rios e
canais
• Forças sobre partículas imersas
• Início do movimento
• Modalidades de transporte de material
• material flutuante
• material dissolvido
• sedimentos
• Modalidades de transporte de sedimento
• wash-load (lavagem)
• bed-material load (transporte de material do leito)
» em suspensão
» como descarga de fundo
Forças sobre partículas imersas
1. Arrasto
2. Sustentação
3. Peso
Início do movimento - Shields
• Shields analisou o problema do início do
movimento de partículas de sedimentos.
• Procurou entender as forças que agiam
sobre uma partícula:
• Peso ou inércia: tende a resistir ao início de
movimento FG
• Arrasto e sustentação: tendem a movimentar a
partícula
FE
Peso ou inércia
3
FG KG s g dp
• Força pode ser descrita por uma equação do tipo acima, onde:
g é a aceleração da gravidade
dp é o diâmetro da partícula (sedimento)
s é a massa específica do sedimento
é a massa específica da água
KG é uma constante que depende da forma da partícula
Arrasto e sustentação
2 2
FE KD U dp
• Força pode ser descrita por uma equação do tipo acima, onde:
dp é o diâmetro da partícula (sedimento)
é a massa específica da água
KD é uma constante que depende da forma da partícula
U é a velocidade da água junto à partícula
Arrasto e sustentação
2 2
FE KD U dp
• E qual é a velocidade U?
2 2
FE KD u dp
• E como estimar a velocidade de cisalhamento u*?
da Mecânica de Fluidos ou da Hidráulica deveríamos lembrar que:
u g h S
onde 0 é a tensão
0
ou
u de cisalhamento junto
ao fundo
Tensão de cisalhamento junto ao fundo
0 g h S h S
Portanto...
0 h S
Onde
h é a profundidade (m);
S é a declividade (m/m ou adimensional);
é o peso específico (N/m3)
2
0 é a tensão de cisalhamento junto ao fundo (N/m )
O trabalho de Shields
• Shields identificou
duas variáveis
2 2
adimensionais: FE u dp 0
3
FG g dp dp
1. Relação entre forças s s
2. Número de Reynolds
para a partícula
u dp
Re
u dp
Re
2 2
FE u dp 0
3
FG s g dp s dp
Peso
(dificulta o início do movimento do sedimento)
Pergunta de Shields:
Para qual valor de o sedimento começa a se movimentar?
Diagrama de Shields
0
s dp
Partículas em movimento
Partículas paradas
u dp
Re
Exemplo Diagrama de Shields
• Considere um rio de 100 metros de largura
com profundidade de ...
Início do movimento - Hjulstrom
• Outro critério para
início de movimento é
baseado na velocidade
média do escoamento.
Início do movimento - Hjulstrom
Modos de transporte de material
Modos de transporte
Transporte total
Transporte material
Lavagem
presente no leito
Modos de transporte
Sediment transport -Some definitions
Bed Load
(rolling,
bouncing, dune
Total Bed
migration) Bed Load
Material
Load (sands,
Total gravels, etc) Suspended Bed
Sediment Material Load
Transport (originates from
Wash bed)
Suspended
Load (silts,
Load
clays, etc)
Wash Load
Carga de Lavagem ou washload
• Material transportado em suspensão
• Pouco presente ou mesmo ausente no leito
• Concentração depende do aporte e é mais ou menos
independente das variáveis do escoamento, como a
velocidade
• Só deposita em oceanos, lagos ou estuários
• Pode ser responsável pelo transporte de poluentes
• Tem pouca importancia em termos morfológicos para
rios, mas tem importância em lagos, reservatórios e
estuários
Carga de material do leito
• Material transportado que tem
aproximadamente as mesmas características
do material encontrado no leito
• Pode ser dividido em
• suspensão
• arraste
Sediment Transport
• Bed-load transport: sliding, rolling, saltating
• Suspended transport: sediment moves
through the fluid
Suspension
Sediment Bed-load
Bed
Bed-load transport
Once the forces acting
on particles are strong
enough to intiate motion…
• Amostra recolhida
representa uma média
de toda a vertical
US DH-74
Amostradores pontuais
• Dispõe de uma válvula
para abrir o bocal apenas
quando o equipamente
estiver corretamente
posicionado
• Fica coletando amostra
no mesmo ponto
• Permite conhecer perfil
de concentração na
vertical
Amostrador pontual
Amostrador de material de arraste
Medição de concentração de
sedimentos finos
• figura 5.28 do livro Stream-hydrology
• Figura gustavo?
Relações Q x Cs ou Q x Qs
Sedimentos Arroio Dilúvio
36 amostras coletadas ao longo do mês de janeiro de 2001
Este período apresentou chuvas intensas freqüentes
e uma grande cheia, em que o arroio Dilúvio
transbordou em alguns locais
100
90
80
amostra 27 Sedimentos encontrados no
70 amostra 28 fundo são mais grosseiros
Fração menor (%)
amostra 15
60
amostra 16
50 Sedimentos encontrados
40 nas margens são mais
30 finos (suspensão)
20
10
0
0,01 0,10 1,00 10,00
Diâmetro (mm)
Fórmulas para estimativa de
concentração ou descarga sólida
• Fórmulas de transporte por arraste
• Fórmulas de transporte por suspensão
• Fórmulas de transporte de material do leito
Transporte de material do leito
• Existem muitas • Ackers-White (1973)
fórmulas empíricas • Engelund-Hansen
para estimar o (1967)
transporte de material • Brownlie
do leito
• Yang (1973)
• Diferentes hipóteses
básicas
Transporte de material do leito
• O que elas tem em comum? • Ackers-White (1973)
• Engelund-Hansen (1967)
• Brownlie
• Baseadas em dados de • Yang (1973)
pequenos canais de
laboratório.
ws d U
a1 5.435 0.286 log 0.457 log
ws
ws d U
a2 1.799 0.409 log 0.314 log
ws
Onde:
Uc 2.5 U d
0.66 para 1.2 70
ws log U d 0.06
Uc U d
2.05 para 70
ws
Equação de Yang para seixos
ws d U ws d U U S Uc S
log Cs 6.681 0.633 log 4.816 log 2.784 0.305 log 0.282 log log
ws ws ws ws
Aplicando equação de Yang
passo a passo
1. Definir d50.
2. D50 é areia ou seixo?
3. Calcule a velocidade média U e a
profundidade h
4. Calcule a viscosidade cinemática
5. Calcule a velocidade de cisalhamento U*
u g h S
Aplicando equação de Yang
passo a passo
6. Calcule o número de Reynolds da partícula
U d
Aplicando equação de Yang
passo a passo
7. Calcular velocidade crítica para inicio de
movimento
Uc
ws
Uc 2.5 U d
0.66 para 1.2 70
ws log U d 0.06
usando
Uc U d
2.05 para 70
ws
Aplicando equação de Yang passo a passo
ws d U
8. Calcular a1 5.435 0.286 log 0.457 log
ws
ws d U
a2 1.799 0.409 log 0.314 log
ws
e, finalmente: U S Uc S
log Cs a1 a2 log
ws ws
Onde:
log Cs
9. Calcular Cs usando Cs 10
Q Cs 3600 24
Qs Q Cs 0,0864 em ton/dia
1000 1000
Exemplo
• Qual é a descarga de sedimentos (areia)
presentes no leito no caso de um rio com
declividade de 10 cm/km, 6 metros de
profundidade, 300 metros de largura e com
d50 de 0,5 mm?
1 – Considerações iniciais
• Vamos considerar:
– n=0.035
– Temperatura da água 20 C
– Seção transversal retangular
– Massa específica da areia de 2650 kg/m3
– Vale a equação de Yang
2 – Velocidade e vazão
• Usando Manning a Velocidade é
2 1 2 1
h S
3 2
6 0.0001
3 2
U 0.943
n 0.035
em m/s
g R DN
vs 0,057 m / s
B
A
S
5 – Velocidade de cisalhamento
m
u g h S 0,0767
s
6 – Número de Reynolds da partícula
3
U d 0,0767 0,5 10
37,67
1,02 10 6
7 – Velocidade crítica para início
de movimento dos sedimentos
• De acordo com a equação de Yang, U d
37,67
a velocidade crítica para o início
do movimento dos sedimentos
pode ser calculada por
Uc 2.5 U d
0.66 para 1.2 70
ws log U d 0.06
Uc U d
2.05 para 70
ws
7 – Velocidade crítica para início
de movimento dos sedimentos
U d
37,67
Uc 2.5 U d
0.66 para 1.2 70
ws log U d 0.06
Uc m
2,31 Uc 0,13
ws s
8 – Calcular Cs
ws d U
a1 5.435 0.286 log 0.457 log 4,96
ws
ws d U
a2 1.799 0.409 log 0.314 log 1,17
ws
U S Uc S
log Cs a1 a2 log 1,64
ws ws
Q Cs 3600 24
Qs Q Cs 0,0864
1000 1000
ton
Qs Q Cs 0,0864 1698 43,8 0,0864 6423
dia