Você está na página 1de 17

Licenciatura em Engenharia Eléctrica

Trabalho de Produção de Energia Eléctrica-I

2oAno – 4oSemestre

Tema: Papel das Centrais Hidroeléctrica na Geração de Energia

Discentes: Docentes:

Cristóvão Isac Engº. Maxcêncio Tamale

Elias Landinho Engº. Félix Mateus

Esperança Roque

Neto Muandienga

Sílvio Da Silva

Turmas: E21, E22 e E23 Grupo- V

Songo, Janeiro de 2021


Licenciatura em Engenharia Eléctrica

Trabalho de Produção de Energia Eléctrica-I

2oAno – 4oSemestre

Tema: Papel das Centrais Hidroeléctrica na Geração de Energia

Discentes: Docentes:

Cristóvão Isac Engº. Maxcêncio Tamale

Elias Landinho Engº. Félix Mateus

Esperança Roque

Neto Muandienga

Sílvio Da Silva

Turmas: E21, E22 e E23 Grupo- V Trabalho elaborado pelos estudantes do Curso
de Engenharia Eléctrica do Instituto Superior
Politécnico de Songo e apresentado à mesma
instituição, no âmbito da disciplina de
Produção de Energia Eléctrica-I para fins de
avaliação.

Songo, Janeiro de 2021


Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 1

1.1 Objectivos.................................................................................................................... 1

1.1.1 Objectivo Geral .................................................................................................... 1

1.1.2 Objectivos Específicos ......................................................................................... 1

2. Papel das Centrais Hidroeléctrica na Geração de Energia ................................................. 2

2.1 Geração de Energia Hidroeléctrica ............................................................................. 3

2.1.1 Matriz Energética Mundial .................................................................................. 3

2.1.2 Definições ............................................................................................................ 3

2.2 Eficiência Energética................................................................................................... 4

2.3 Segurança Energética .................................................................................................. 5

2.4 Impactos Ambientais ................................................................................................... 6

2.4.1 Biológicos ............................................................................................................ 6

2.4.2 Modificação da paisagem .................................................................................... 7

2.4.3 Modificação do Ecossistemas .............................................................................. 7

2.5 Medidas de Mitigação dos Impactos Ambientais ....................................................... 8

2.6 Papel Socioeconómico das Centrais Hidroeléctrica na Geração de Energia .............. 8

2.6.1 Acesso a serviços de energia de alta qualidade a preços acessíveis .................... 9

2.6.2 Redução da pobreza ............................................................................................. 9

2.7 Perspectivas Futuras .................................................................................................. 10

2.8 Vantagens e Desvantagens das Centrais Hidroeléctrica ........................................... 10

2.8.1 Vantagens das Centrais Hidroeléctrica .............................................................. 10

2.8.2 Desvantagens das Centrais Hidroeléctrica ......................................................... 11

3. Conclusão ......................................................................................................................... 12

4. Referências bibliográficas ................................................................................................ 13


Resumo

Moçambique é um dos maiores produtores da energia eléctrica da região da África Austral,


posicionando-se em segundo lugar, com geração média de energia de 2 279 mega watts
(MW). É superado apenas pela África do Sul, que é de longe o maior produtor regional da
África e um dos maiores do mundo, com 41 074 MW. Apesar de gerar energia suficiente para
alimentar as necessidades actuais do consumo interno e exportar, Moçambique é o quarto
país da região com menos acesso à electricidade pelos cidadãos. Apenas pouco mais de 20%
da população moçambicana usa normalmente electricidade.

As Centrais Hidroeléctricas têm um papel significativo no desenvolvimento das comunidades


e do país. As centrais hidroeléctricas contribuem não só com electricidade, mas também com
estradas, indústria e comércio para as comunidades. Promovendo a economia e melhorando a
qualidade de vida das populações abrangidas

Palavras-chave: energia eléctrica – desenvolvimento social e regional – energia limpa


1. Introdução
A disciplina de Produção de Energia Eléctrica desempenha um papel fundamental na
resolução de problemas do quotidiano. Na necessidade de se elaborar um projecto de uma
Central Hidroeléctrica com vista a mitigar o prolema de falta de energia de uma região,
fornece conhecimentos importantes sobre o processo de Geração de Energia e os impactos
intervenientes da sua elaboração.

O aumento da procura de energia eléctrica, juntamente com as crescentes preocupações


ambientais tem levado a um forte investimento na geração de energia a partir de fontes
renováveis, nomeadamente a energia hidroeléctrica. Além das vantagens de uma energia
limpa. a energia hidroeléctrica permite uma maior estabilidade do sector, por não estar tão
dependente das condições meteorológicas tendo um papel fundamental na geração de energia
desde a redução do efeito de estufa, e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

É nesse contexto que o trabalho em referência abordar-se-à sobre o Papel das Centrais
Hidroeléctrica na Geração de Energia, visando conjuntamente abordar os seus aspectos
coadjuvantes tais como: Aspectos Ambientais, Económico-Sociais; Eficiência Energética;
Segurança Energética entre outros. Para a realização do trabalho foram usadas pesquisas
Bibliográficas em que fez se uma intensa e longas busca de informações em manuais e em
bibliotecas digitais, as quais estão fixados na parte referencial do trabalho.

1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo Geral

Entender o papel das Centrais Hidroeléctrica na Geração de Energia.

1.1.2 Objectivos Específicos

Conhecer os impactos e contribuições das Centrais Hidroeléctrica na Geração de Energia


Eléctrica em relação ao meio ambiente e aspectos socioeconómicos;

Conhecer o papel das Centrais Hidroeléctricas no desenvolvimento da segurança Energética e


eficiência energética.

1
2. Papel das Centrais Hidroeléctrica na Geração de Energia

Moçambique é um dos Países com os níveis mais baixos de consumo de energia no Sul de
África, com cerca de 80% do consumo energético do país baseado em biomassa (lenha e
carvão) e cerca de 17% da população com acesso a energia eléctrica, (Estratégia de
Desenvolvimento de Energias Novas e Renovaveis (EDENR) para o período de 2011 –
2025).

A Estratégia de Energia, aprovada pela Resolução 10/2009, de 4 de Junho, reafirma a


determinação de proporcionar o acesso a energias modernas às populações desfavorecidas e a
diversificar a matriz energética nacional, com ênfase particular para as fontes renováveis.

A Rede Eléctrica Nacional abastece cerca de 17% da População Moçambicana e cobre 95 dos
128 distritos do país. A Energia Hídrica constitui a principal fonte de geração de electricidade
a nível nacional. A Geração de Energia Eléctrica consiste no processo de transformação de
diferentes fontes de energia primárias e secundárias em energia eléctrica.

A Energia Hidroeléctrica tem um papel fundamental no impacto climatérico global. Pois é a


mais significativa fonte de energia renovável do mundo é a que gera menos gases com efeito
de estufa, sendo 60 vezes menos poluente que as centrais térmicas e 18 vezes menos que as
centrais movidas a gás natural. Além disso, é uma fonte constante, fiável economicamente e
socialmente.

O sistema global de energia actual depende principalmente de hidrocarbonetos como óleo,


gás e carvão, os quais juntos compreendem aproximadamente 81% dos recursos energéticos.
A tradicional biomassa – como madeira e esterco – participa com 10% e nuclear com 6%,
enquanto todas as fontes renováveis contribuem com apenas 3%.

Figura 1: Sistema Global Atual de Energia.

2
2.1 Geração de Energia Hidroeléctrica

A Energia Hidroeléctrica é a principal fonte de Electricidade em Moçambique, gerada no


empreendimento de Cahora Bassa no Rio Zambeze, e nas Centrais Hidroeléctricas de
Chicamba, Mavuzi e Corumana. Moçambique tem um potencial de Geração Hidroeléctrica
estimado em cerca de 12 GW, a maior parte dos quais concentradas nas bacias do Zambeze,
Pungoé e Buzi, na região centro do país. Outros potenciais de dimensão média existem
noutras regiões do País.

2.1.1 Matriz Energética Mundial

A Energia Hídrica, diferente das demais fontes renováveis, representa uma significativa
parcela da matriz energética mundial, possuindo tecnologias de aproveitamento consolidadas.
Em muitos países é a principal fonte de energia eléctrica, e conforme mostra na figura 4, esse
tipo de energia representa aproximadamente 2,1% da geração total de energia eléctrica
mundial (Revista cultura e cidadania 2012).

Figura 2: Matriz energética mundial, ( Fonte: Revista cultura e cidadania 2012)

2.1.2 Definições

Definição 1.0. (Energia). É a capacidade de um corpo, um sistema físico ou uma substância


de produzir trabalho mecânico ou equivalente. São várias as formas de energia utilizadas
nomeadamente: energia cinética, potencial, térmica, eólica, luminosa, eléctrica, entre outras.

Definição 1.1. (Energia Eléctrica). É uma forma de energia baseada na geração de diferença
de potencial eléctrico entre dois pontos que permite estabelecer uma corrente eléctrica.

3
Definição 1.2. (Energia Hidroeléctrica) é a energia gerada na forma de energia mecânica e
eléctrica derivada da energia potencial e cinética da água.

A Energia Hidroeléctrica é obtida através do aproveitamento da energia potencial gravítica da


água contida numa albufeira. Esta, ao cair, faz girar as pás de uma turbina, sendo
transformada em energia cinética. A turbina é ligada a um gerador que converte a energia
cinética em energia eléctrica.

A Barragem proporciona a criação de um reservatório de água (albufeira) a montante e


possibilita o desvio de um caudal para o circuito hidráulico, que o conduz para a central
hidroeléctrica. Na Central encontram-se as turbinas, os geradores e os órgãos de controlo.
Após o turbinamento, o escoamento é restituído ao meio natural, a uma cota inferior.

Figura 3: Esquema de funcionamento de uma Central Hidroeléctrica. (Fonte: Infoescola).

A quantidade de electricidade que uma Central é capaz de produzir depende da quantidade de


água que passa pela turbina (caudal) e da altura da qual a água cai.

2.2 Eficiência Energética

Uma política de acção referente à eficiência energética tem como objectivo o emprego de
técnicas e práticas capazes de promover o uso “inteligente” da energia, reduzindo custos e
produzindo ganhos na perspectiva do desenvolvimento sustentável.

4
As Centrais Hídricas disponibilizam uma variedade de serviços energéticos eficientes,
preferencialmente que podem ser combinados e promovem a utilização de equipamentos
eficientes de consumo energético, optimamente potenciando o desenvolvimento nacional.

2.3 Segurança Energética

As Centrais Hidroeléctricas proporcionam um preço de energia mais estável, precisamente


porque não está dependente de combustíveis. A relação custo/benefício é excelente,
promovendo a segurança energética (é uma boa estratégia para compensar as oscilações na
procura/oferta de energia) e a redução dos preços para o consumidor final.

O desenvolvimento de fontes renováveis tais como (hídricas, ar entre outros) na geração


eléctrica contribui, para a diversificação das fontes energéticas. Esta diversificação ocorre por
natureza da fonte e também na distribuição geográfica das fontes geradoras, reforçando os
parques produtores locais. Desta forma, a rede eléctrica nacional é garantida por fontes
energéticas com padrões sazonais diferenciados e distribuídos no território nacional.
Aumentado assim a segurança energética.

Como demostrado no quadro abaixo, moçambique é o quarto país da CPLP com melhor
desempenho do isei (0,14 e 0,11), sendo a inexistência da dependência energética e as
elevadas percentagens de energia primária renovável (96,7%), e de electricidade verde (98%)
os principais contribuidores para este resultado, (Instituto Superior de Estudos de Segurança
– Universidade Lusófona (ISES-UL), 2012).

Figura 4: Índice de Segurança Energética de Moçambique Fonte: ISES UL, 2012 – CPLP -
Briefing Report

5
2.4 Impactos Ambientais

Diferentemente dos combustíveis fósseis, as energias renováveis não se esgotam, mas a sua
exploração e uso deve ser sustentável. O sector da energia é responsável por 64% das
emissões mundiais de gases com efeito estufa e por 85% das emissões de CO2. Deste modo, a
energia está no centro do problema e deve estar também no núcleo da solução. Neste cenário,
a energias hidroeléctrica desempenha um papel essencial para reduzir as emissões de gases
com efeito estufa e atenuar a dependência energética do exterior. Também apresenta
impactos ambientais tais como:

2.4.1 Biológicos

Os impactes biológicos relacionam-se com a barreira física que a barragem representa para as
espécies aquáticas e com a alteração das condições do ecossistema, nomeadamente, ao nível
do caudal.

A grande maioria das espécies piscícolas de valor para o consumo humano é migratória.
Além das migrações reprodutivas, algumas espécies também realizam migrações tróficas. A
construção de barragens dificulta a desova e pode isolar populações, reduzindo o pool
genético (SILVA, 2007).

Como é óbvio, não só as comunidades ictiológicas são afectadas. Os mamíferos, de maior ou


menor porte, serão também influenciados. Por um lado, pela dificuldade de travessia e
isolamento de populações, mas também por questões alimentares. O impacto sobre as
espécies aquáticas (tanto animais como vegetais), que são sustento para muitos mamíferos,
vai obviamente reflectir-se nos seus hábitos alimentares (SILVA, 2007).

Podem ainda referir-se as alterações nas cadeias tróficas. A redução do número de indivíduos
afecta directamente a dinâmica das populações e a diminuição da biodiversidade pode causar
alterações na abundância relativa das espécies nos diferentes níveis tróficos.

6
2.4.2 Modificação da paisagem

A construção de Centrais Hidroeléctricas, afecta todo o meio físico envolvente. Isto


compreende o subsolo, a água, ar, clima, os recursos minerais, a topografia, os tipos e
aptidões do solo, o regime hidrológico, etc.

Tipicamente, o bloqueio dos afluentes naturais leva à inundação de áreas anteriormente secas,
destruindo alguns habitats aquáticos e terrestres. A existência de caudais ecológicos pode
ajudar a minimizar estes impactos, permitindo preservar o ecossistema a jusante da central.

A construção de Centrais Hidroeléctricas no curso dos rios acarreta com frequência a


diminuição do caudal dos mesmos (quer em termos de quantidade, quer na sua sazonalidade),
podendo alterar a dinâmica do ambiente aquático. Desta forma, o fluxo de sedimentos sofre
modificações.

2.4.3 Modificação do Ecossistemas

Os Ecossistemas asseguram a sobrevivência das espécies e a preservação dos recursos


naturais, na forma de um equilíbrio entre o ambiente físico e os seres vivos que o habitam.
Qualquer alteração nestes sistemas dinâmicos, pode levar a alterações na produção de
oxigénio e alimento, fundamentais para o seu equilíbrio.

As principais causas de desequilíbrio ecológico são acções antrópicas, das quais se salienta,
no âmbito deste trabalho, a desflorestação (que precede a construção de um empreendimento
hidroeléctrico), a alteração dos cursos de água e a do solo impermeabilização.

A desflorestação diminui a infiltração de água no solo e aumenta o escoamento superficial,


levando a uma diminuição da taxa de reposição dos aquíferos. A desflorestação pode ainda
facilitar a ocorrência de incêndios, contribuindo para o assoreamento de canais e rios, devido
ao escoamento superficial que exponencia a erosão dos mesmos.

As alterações nos cursos da água podem impactar os ecossistemas de várias formas: a


construção das próprias infra-estruturas altera profundamente a paisagem; modifica a
configuração da rede hidrográfica, devido à formação das novas albufeiras e muda as
condições ambientais, uma vez que a água das novas albufeiras formadas invade habitats
naturais e altera os níveis de humidade do ar.

7
Um ecossistema perturbado pode reagir de forma mais ou menos rápida, tendendo a reverter
naturalmente o estado de desequilíbrio. Quando isto não é possível, ou quando o intervalo de
tempo necessário à sua recuperação é muito longo, os impactos podem ser mais graves, com
situações de “efeito dominó”, em que o impacto destas alterações sobre uma espécie
(nomeadamente a sua extinção), vão impactar muitas outras que com ela se relacionam.

2.5 Medidas de Mitigação dos Impactos Ambientais

De modo a promover activamente a preservação ambiental, a reduzir a devastação da


cobertura florestal e a reduzir as emissões associadas aos consumos energéticos, o sector
define as seguintes acções estratégicas:

 Antes do avanço das águas tem de ser feita uma criteriosa colecta dos animais para
preservação da fauna nativa da área a ser inundada.
 Os animais resgatados devem ser levados para áreas que apresentem condições
semelhantes à de origem. As espécies ameaçadas de extinção merecem cuidados
especiais.
 O desaparecimento da vegetação nativa, com a inundação da região da represa, impõe
que se planeje um reflorestamento criterioso para repor as espécies vegetais.

2.6 Papel Socioeconómico das Centrais Hidroeléctrica na Geração de


Energia

As centrais hidroeléctricas têm um papel significativo no desenvolvimento das comunidades


e do país. As centrais hidroeléctricas contribuem não só com electricidade, mas também com
estradas, indústria e comércio para as comunidades. Promovendo a economia e melhorando a
qualidade de vida das populações abrangidas.

Com um tempo médio de vida que pode chegar aos 100 anos, o grande investimento inicial
não requer posteriormente grandes custos de manutenção, pelo que vai dar retorno a longo
prazo e beneficiar várias gerações, fornecendo energia limpa e barata. Sendo
empreendimentos com tecnologia fiável e longos tempos de vida, acabam por ser
ambientalmente sensatos e socialmente responsáveis, um bom exemplo de desenvolvimento
sustentável da economia.

8
Segundo Oliveira (2000), com a dinamização da economia, o surgimento do comércio e
indústrias, permite ao governo passa a ter mais uma fonte de receita fiscal para os cofres
públicos através da cobrança de certo tipo impostos.

A chegada de eletricidade proveniente dum sistema descentralizado de sistemas de


fornecimento de energias através de fontes de energias renováveis e bem como o
fornecimento através de centrais hídricas vem diminuir a dependência do fornecimento com o
exterior, valorizando desse modo os serviços públicos. A tetricidade provoca a instalação de
empresas nestas regiões, potencializando a geração de postos de trabalho, e reduzindo os
gastos com o governo para a criação de empregos.

2.6.1 Acesso a serviços de energia de alta qualidade a preços acessíveis

Os combustíveis de biomassa (sobretudo a lenha e o carvão), a energia humana e animal têm,


tradicionalmente, fornecido à grande maioria das pessoas em Moçambique os serviços de
energia necessários para satisfazer as necessidades humanas básicas.

A biomassa é uma fonte de baixa qualidade, devido à baixa eficiência. Igualmente possui um
impacto adverso no ambiente (através da desflorestação) e na saúde humana afectando as
mulheres e as crianças, em particular (através da poluição domiciliária e no risco de
incêndio).

Diversos empreendimentos emergentes, agrícolas, comerciais, industriais ou públicos, não se


concretizam ou são dificultados pela falta de acesso a uma fonte energética fiável e de
utilidade diversa.

No entanto, o país é rico em energia hídrica, Esta tecnologia aumentou o acesso a serviços de
energia de alta qualidade, a preços acessíveis.

2.6.2 Redução da pobreza

As Centrais Hidroeléctricas permitem acesso a serviços de energia seguros, de alta qualidade


e a preços acessíveis que permitam satisfazer as necessidades domésticas básicas e apoiar as
actividades económicas, produtivas é uma condição necessária para reduzir a pobreza.

9
O desenvolvimento e utilização de sistemas de fornecimento de energia baseados em fontes
Hídricas, vão melhorar o acesso a serviços de energia bem estruturados e acessíveis à
população contribuindo assim, para o desenvolvimento e redução dos actuais níveis de
pobreza através de um crescimento económico rápido e sustentado.

Segundo Oliveira (2000), afirma que a chegada da eletricidade junto das comunidades rurais
provoca consideráveis modificações permitindo que a população tenha acesso a serviços
sociais básicos, tais como, fornecimento de água potável, saneamento, educação e sistemas de
comunicação, implicando uma modernização das zonas rurais e levando a um aumento
substancial da melhoria da vida das populações.

2.7 Perspectivas Futuras

A Hidroelectricidade apresenta uma importância cada vez mais inegável no panorama


energético, não só em moçambique, como a nível internacional. Inúmeros países apostam
cada vez mais nas fontes de energia renováveis como principais fontes de energia.

A aposta na energia hidroeléctrica permitirá reduzir o tempo de utilização das centrais


térmicas, principalmente nos períodos de ponta. A redução das matérias-primas nocivas para
o ambiente, nomeadamente o carvão e o gás natural, conduzirá a uma menor dependência
energética face ao exterior.

2.8 Vantagens e Desvantagens das Centrais Hidroeléctrica

2.8.1 Vantagens das Centrais Hidroeléctrica

 A instalação de uma usina gera novos empregos e fontes de renda, proporcionando


desenvolvimento à região.
 Normalmente ocorre um aumento da densidade populacional, pois uma grande
quantidade de pessoas chega ao local para participar da construção da usina e, depois,
para mantê-la em funcionamento.
 A partida é rápida podendo ser postas em funcionamento, sincronizadas e carregadas
à capacidade nominal em questão de minutos.
 Não são poluentes, nem a água, nem o ar.

10
 A energia primária é de custo ‘zero’.

2.8.2 Desvantagens das Centrais Hidroeléctrica

 Custo de capital para a construção civil é alto;


 Retorno do investimento relativamente longo;
 Tempo de construção relativamente longo.

As Centrais com grandes reservatórios provocam grandes áreas inundadas com impacto
ambiental e social.

11
3. Conclusão
Findo presente trabalho constatou-se que as centrais hidroeléctricas têm um papel
significativo no desenvolvimento das comunidades e do país. É a mais significativa fonte de
energia renovável do mundo e é a que gera menos gases com efeito de estufa.

O trabalho alavancou o desenvolvimento do conhecimento técnico científico. Na disciplina


de Produção de energia eléctrica, muito e em especial quando se trata do Papel das Centrais
Hidroeléctrica na Geração de Energia.

12
4. Referências bibliográficas
[1]. Estratégia de Desenvolvimento de Energias novas e Renovaveis (EDENR) para o período
de 2011 - 2025 . [s.d.]. Moçambique: Ministério da Energia.

[2]. CASTRO, R. M. Energias Renováveis e Produção Descentralizada Introdução à energia


mini-hídrica. Lisboa: Universidade Técnica de Lisboac / Secção de Energia. 2002

[3]. EIRAS, R. Índice de Segurança Energética Inteligente. [s.d.]. Universidade Lusófona -


CPLP; Briefing Report; ISES; Maio 2012.

[4]. Como funciona uma Hidrelétrica. Disponível em: <http://www.infoescola.com/fisica/


como-funciona-uma-hidreletrica/>. Acesso em: 07 de janeiro de 2021

[5]. OLIVEIRA, L. C. Perspetivas para a Eletrificação Rural no Novo Cenário Económico-


Institucional do Sector Elétrico Brasileiro. Rio de janeiro, 2000.

[6]. Revista cultura e cidadania 2012 Artigos: Matrizes Energéticas do Brasil. Disponível
em: <http://revista¬culturacidadania.blogspot.com.br/2012/05/artigos¬-matrizes-
energeticas-do-brasil.html>. Acesso em: 07 de janeiro de 2021.

[7]. SEBASTIÃO, A. P. O Modelo da Eletrificação de Moçambique: A Importância do


Combate à Desflorestação no Meio Rural. LISBOA, Janeiro de 2013.

[8]. SILVA,, J. L. “Impactos do Desenvolvimento do Potencial Hidroeléctrico Sobre os


Ecossistemas Aquáticos do Rio Tocantins”. Em Dissertação de mestrado em
Engenharia Ambienta. Centro de Tecnologia e Ciências da Faculdade de Engenharia.
Rio de Janeiro. Março de 2007.

[9]. ZUCULIM, S. A Retomada do Conceito de Usinas Hidroeléctricas Reversíveis no Sector


Eléctrico Brasileiro. São Paulo: Universidade Estadual de Campinas, 2014

13

Você também pode gostar