JANCSÓ, István. A sedução da liberdade: cotidiano e contestação política no final do século XVIII. IN:SOUZA, Laura de Mello e (org.) História da Vida Privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo: Cia das Letras, 1997, p.388-436
Texto: JANCSÓ, István. A sedução da liberdade: cotidiano e contestação política no final do
século XVIII. IN:SOUZA, Laura de Mello e (org.) História da Vida Privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo: Cia das Letras, 1997, p.388-436 Autor: István Jancsó foi um historiador nascido na Hungria, mas naturalizado brasileiro, professor universitário na USP, UFBA e na Universidade de Nantes na França. Escreveu mais de 10 livros e coordenou o Centro de Apoio à Pesquisa Histórica e dirigiu o Instituto de Estudos Brasileiros e o Projeto Temático Brasil: Formação do Estado e da Nação em 1989 na Universidade de São Paulo.1 Ideia principal: A ideia principal do texto é analisar as sedições que ocorreram no final do séc. XVIII no Brasil colonial, examinando as contestações políticas e como o contexto mundial as influenciou, quem eram os sediciosos, seus objetivos e motivações. Principais argumentos: István mostra que havia um incômodo político na colônia portuguesa, sendo possível observar nas manifestações políticas que se voltavam contra o Antigo Regime, diferentemente das revoltas anteriores que ainda prestigiavam o Rei. Nesse contexto, a Revolução Francesa e a independência da colônia inglesa norte-americana surgem como inspirações para os grupos sediciosos em diferentes regiões do Brasil – o autor foca nas Minas Gerais, na Bahia e no Rio de Janeiro. Essas informações chegavam na colônia através de livros vindos da Europa, geralmente trazidos por pessoas mais abastadas socialmente, e eram disseminadas por meio do contrabando desses livros, cópias manuscritas e da linguagem oral – essa última maneira, István mostra como a não separação da vida pública e privada foi importante para essa disseminação e também para os interesses políticos de cada. Com isso, muitas pessoas, independente da classe econômica e geralmente homens livres (escravos dificilmente participavam pois não eram vistos como agentes políticos devido sua condição), foram aderindo a esse movimento que visava a libertação da metrópole por motivos que variavam devido a condição social. Referências do autor: O autor não examina as sedições de maneira linear, muitas das vezes utilizando de informações fornecidas pelas devassas para falar mais sobre a trajetória dos participantes dessas revoluções. Ele escreve com uma visão mais detalhada da história, citando nomes e contando sobre a vida dos sediciosos. Utiliza notas de fim, documentos históricos de arquivos e bibliotecas e livros de outros autores.
1 Biografia István Jancsó, Wikipédia, 2021. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Istv%C3%A1n_Jancs %C3%B3. Acesso em 26 out. 2021.