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DIFERENÇA ENTRE SENTENÇA E ACÓRDÃO

Segundo Sérgio Nojiri (in Tomo Teoria Geral e Filosofia do Direito, Edição 1, Abril de
2017, “Decisão judicial”), há pelo menos, duas maneiras distintas de entender o
significado da expressão “decisão judicial”. A primeira, em sentido estrito, como a
decisão que termina o processo judicial e a segunda em sentido lato, aplicada a um
conjunto de relevantes escolhas tomadas durante o processo, mas que não tem como
função encerrá-lo.
Segundo o n.º 2 do artigo 156.º do Código de Processo Civil (de 1961), cabe a
designação de sentença ao acto pelo qual o juiz (entenda-se um juiz) decide a causa
principal ou algum incidente que apresente, segundo a lei, a figura de uma causa. As
decisões dos tribunais colectivos têm a denominação especial de acórdãos (plural de
acórdão). Este tipo de decisão judicial tem justamente o nome de acórdão por não ser
tomada apenas por uma pessoa, mas sim a partir do acordo entre todos os membros
do Júri ou tribunal colectivo.
Por exemplo, a decisão condenatória proferida pela Primeira Secção da Câmara
Criminal do Tribunal Supremo no caso “CNC” porque tomada por um grupo de juízes
recebe o nome de ACÓRDÃO, a decisão judicial proferida pela Sala de Família do
Tribunal Provincial de Luanda que decretou o divórcio de Yola Araújo e Fredy Costa,
recebe o nome de SENTENÇA.
Portanto, dizer, noticiar, “FALTA DE ACÓRDÃO DE SENTENÇA…” é um erro crasso.

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