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DISCIPLINA: PROCESSO DO TRABLAHO I

ASSUNTO: SENTENÇA
PROFª: Petrucia Danielle

SENTENÇA

Na dicção do § 1- do art. 203 do CPC, sentença

“é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução”.

Não houve alteração da definição legal de despacho e de decisão interlocutória. Sentença, porém,
deixou de ser ato do juiz que põe termo ao processo, com ou sem julgamento do mérito, e passou
a ser o ato do juiz que, com ou sem resolução do mérito, extingue a fase cognitiva do procedimento
em primeiro grau de jurisdição ou a execução.

Corrigiu-se, assim, uma tautologia, pois, na verdade, a extinção do processo não ocorre com a
sentença (ou acórdão), e sim com o esgotamento do prazo para eventual recurso destinado à sua
reforma ou anulação. Andou bem o legislador, no particular, uma vez que, com o desaparecimento
do “processo de execução de título judicial” e o surgimento de uma “fase de execução” dentro do
próprio processo de conhecimento, a sentença definitiva deixa de ser o ato pelo qual o juiz
“esgota” a sua função jurisdicional. Com efeito, a redação original do art. 463 do CPC/73
dispunha que, com a publicação da “sentença de mérito, o juiz cumpre e acaba o ofício
jurisdicional”. Todavia, com o advento da Lei n. 11.232/2005 e, agora, por força do art. 494 do
CPC: “Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la...”.

1. SENTENÇA TERMINATIVA

À luz do novo Código de Processo Civil, conceituamos a sentença terminativa como o provimento
judicial que, sem apreciar o mérito, resolve o procedimento no primeiro grau de jurisdição ou a
execução. É o que se dá com todas as hipóteses previstas nos incisos do art. 485 do CPC.

A sentença terminativa tem por escopo resolver a relação jurídica processual sem se pronunciar
sobre a lide (pedido). Em regra, ao proferir a sentença terminativa, o juiz acaba o seu ofício
jurisdicional.

2. SENTENÇA DEFINITIVA
Depois da vigência da Lei n. 11.232 e de acordo com o CPC, a sentença definitiva passa a ser o
provimento judicial que, apreciando e resolvendo o mérito da demanda, pode implicar a extinção
do procedimento em primeiro grau de jurisdição. É o que ocorre com as hipóteses do art. 487 do
CPC.

Com efeito, a sentença definitiva pode implicar a extinção do procedimento em primeiro grau, tal
como se dá com a sentença eminentemente declaratória de procedência, ou com qualquer sentença
de improcedência, se em ambos os casos não houver interposição tempestiva de recurso ordinário
(apelação cível).

Não há negar que nestes casos ocorre a extinção do procedimento no primeiro grau de jurisdição
(e do próprio processo de conhecimento, se não houver interposição de recurso), já que, com a
prolação da sentença, o juiz cumpre e acaba o seu ofício jurisdicional, razão pela qual não
praticará nenhum outro ato judicial subsequente, salvo, é claro, aqueles que tiverem por objeto,
se for o caso, o pagamento das despesas processuais decorrentes da sucumbência ou, ainda, nas
hipóteses dos arts. 332, § 1-, 296 e 494 do CPC e art. 897-A da CLT.

Fenômeno semelhante ocorre com as sentenças constitutivas de procedência, pois estas


simplesmente criam, modificam ou extinguem relações jurídicas, ou seja, contêm operações
meramente cognitivas. Se de tal sentença não houver recurso, estará realmente exaurido o ofício
jurisdicional do juiz que a prolatou. Tratando-se, porém, de sentença condenatória,
mandamental ou executiva lato sensu, parece-nos não haver dúvida de que, nestes casos, não
existirá extinção do procedimento no primeiro grau mesmo depois de proferida a sentença, uma
vez que o próprio juiz que a proferiu continuará praticando atos posteriores, visando ao efetivo
cumprimento do seu conteúdo.

Como bem observam Marinoni e Arenhart:

As sentenças de procedência que não precisam que o processo se desenvolva em uma fase de
execução, para satisfazer o autor, obviamente extinguem o processo (sentenças declaratória e
constitutiva). Apenas a sentença que condena ao pagamento de quantia certa, assim como as
sentenças que impõem não fazer, fazer ou entrega de coisas (arts. 461 e 461-A, CPC), acolhem
o pedido sem extinguir o processo. Além disso, andou bem o legislador ao alterar a antiga
redação do art. 269 do CPC/73 “Extingue-se o processo com julgamento do mérito..”) para, nos
termos do art. 487 do CPC, “Haverá resolução de mérito...”, na medida em que “julgamento do
mérito” só ocorria, a rigor, na hipótese do inciso I (“quando juiz acolher ou rejeitar o pedido do
autor”), ao passo que nos casos dos incisos II, III e V não se observava, em precisão científica,
“julgamento do pedido”. Correta, pois, a alteração do termo julgamento por resolução, “já que a
expressão resolver é mais ampla que julgar”.
A sentença definitiva, portanto, salvo a de conteúdo eminentemente declaratório ou constitutivo
- com as observações que expendemos alhures -, passa a ser, nos termos do art. 487 do CPC, o
ato pelo qual o juiz resolve o mérito, sem, contudo, extinguir o processo. E a razão é simples:
o cumprimento da sentença dar-se-á, a princípio, no mesmo processo e nos mesmos autos, perante
o mesmo “juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição” (CPC, art. 516, II),
independentemente de instauração de um “processo de execução de sentença”.

Com efeito, dispõe o art. 487 do CPC:

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;

II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;

III - homologar:

a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;

b) a transação;

c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.

Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1- do art. 332, a prescrição e a decadência não serão
reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.

Com o novo conceito de sentença, o que importará será o conteúdo do ato, passando a ser
irrelevante sua repercussão na continuidade do processo. Como a CLT não define a sentença,
impõe-se a aplicação subsidiária e supletiva do CPC (art. 15), tendo em vista a lacuna normativa
e ontológica do texto obreiro e a perfeita compatibilidade do novel conceito de sentença do
processo civil com as normas (gênero), princípios e regras (espécies de normas) do processo do
trabalho (CLT, art. 769).

Ademais, se a sentença é o ato judicial com aptidão de produzir a coisa julgada, que é um
direito ou garantia fundamental proclamado solenemente no art. 5-, XXXVI, da CF, então o
conceito de sentença civil não pode ser diferente da sentença trabalhista. Na verdade, a CLT
emprega genericamente o vocábulo “decisão”, ora no sentido de acórdão (definitivo, terminativo
ou interlocutório) ou sentença (terminativa ou definitiva), ora de decisão interlocutória (v.g, arts.
659, IX e X, 672, § 2a, 797, 832, 833, 834, 835 e 850).

Nesse passo, adverte Júlio César Bebber, em magistério aplicável ao CPC:


A omissão de regulamentação específica pelas normas processuais trabalhistas, bem como a
ausência de incompatibilidade com a ordem jurídica processual trabalhista e com os princípios do
processo do trabalho, por isso, conduz à utilização subsidiária do art. 162 do CPC (CLT, art. 769).

3. SENTENÇA DECLARATÓRIA

Em todas as ações de conhecimento, existe um acertamento, ou seja, uma declaração acerca do


objeto do processo. Daí se denominarem também ações de acertamento, pois nelas são proferidas
decisões que reconhecem a existência e a certeza de um direito. Diz-se que é declaratória (ou
meramente declaratória) a sentença que se limita a declarar a existência ou inexistência de uma
relação jurídica ou autenticidade ou falsidade de um documento.

A sentença declaratória é também chamada de sentença autossuficiente, uma vez que com a sua
prolação o autor obtém, desde logo, a tutela do direito postulado na petição inicial.

Com efeito, dispõe o art. 19 do CPC, aplicável ao processo do trabalho por força do art. 769 da
CLT e art. 15 do CPC, que o interesse do autor pode limitar-se à declaração:

I - da existência ou da inexistência ou modo de ser de uma relação jurídica;

II - da autenticidade ou falsidade de documento.

O nosso sistema processual admite a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do
direito (CPC, art. 20).

A SBDI-1 do TST editou a OJ n. 276, segundo a qual é “incabível ação declaratória visando a
declarar direito à complementação de aposentadoria, se ainda não atendidos os requisitos
necessários à aquisição do direito, seja por via regulamentar, ou por acordo coletivo”. Vale dizer,
não cabe ação declaratória visando à declaração de um direito (relação jurídica) se o
reconhecimento deste ainda depende da satisfação de alguma condição.

Na verdade, são sentenças declaratórias não apenas as que julgam procedente pedido inscrito
em ação exclusivamente declaratória, como também as proferidas em quaisquer outras ações
condenatórias ou constitutivas. Afinal, em todas as sentenças há um conteúdo declaratório. Em
todas as ações cujos pedidos são julgados procedentes ou improcedentes, há, de forma implícita,
uma declaração positiva ou negativa, na medida em que é preciso que o juiz, preambularmente,
acerte o direito em questão para, ao depois, extrair desse direito as consequências impostas pela
sentença. Cumpre advertir que a sentença de improcedência do pedido será sempre
declaratória (ou declaratória negativa), ainda que a ação seja constitutiva ou condenatória.

No processo do trabalho, são declaratórias as sentenças que reconhecem a existência de relação


empregatícia entre autor e réu. Na prática, porém, o pedido não se limita à declaração de
reconhecimento do vínculo de emprego, pois o autor também formula pedidos condenatórios
correspondentes às verbas trabalhistas contratuais ou rescisórias de que alega ser credor.

Os efeitos da sentença declaratória são ex tunc, isto é, retroagem no tempo à data da celebração
da relação jurídica reconhecida judicialmente.

4. SENTENÇA CONSTITUTIVA

Sentença constitutiva é aquela que julga procedente uma ação constitutiva. Diz-se que uma ação
é constitutiva quando tem por objeto criar, modificar ou extinguir determinada relação jurídica.
Ex.: divórcio, anulação de casamento, falência, interdição etc.

As sentenças constitutivas são também chamadas de autossuficientes, uma vez que não
necessitam de cumprimento, porquanto a sua prolação realiza de pronto a tutela do direito
postulado pelo autor.

No processo do trabalho, são exemplos de sentenças constitutivas as que julgam procedente


pedido de rescisão indireta (CLT, art. 483), autorizam a resolução do contrato de trabalho do
empregado portador de estabilidade ou garantia no emprego (CLT, art. 494) etc. Em geral, as
sentenças constitutivas produzem efeitos ex nunc, isto é, a partir do seu trânsito em julgado, mas
a lei pode dispor diferentemente.

No processo do trabalho, por exemplo, a sentença que anula a transferência de um empregado


produz efeitos retroativos à data em que houve a alteração contratual, uma vez que o art. 9- da
CLT considera nulos os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a
aplicação dos direitos materiais trabalhistas.

5. SENTENÇA CONDENATÓRIA

Sentença condenatória é a que julga procedente o pedido inscrito em uma ação condenatória.
Tecnicamente, a expressão “sentença condenatória” só deveria ser usada na ação condenatória.
Todavia, no quotidiano forense ela tem sido observada no decisum (parte dispositiva) da sentença
proferida em qualquer tipo de ação. Isso ocorre porque, via de regra, a sentença, ainda que
proferida em ação meramente declaratória, condena a parte sucumbente a pagar despesas
processuais, como custas, honorários advocatícios, honorários periciais etc.

São condenatórias as sentenças que impõem ao vencido uma obrigação de satisfazer o direito
reconhecido judicialmente. As obrigações impostas ao vencido nas sentenças condenatórias
podem ser de: fazer, não fazer, entregar ou pagar quantia (CPC/73, art. 475-1; CPC, art. 513).

As sentenças condenatórias são as mais usuais no processo do trabalho, como, por exemplo, a que
condena o réu a pagar horas extras, salários em atraso, férias etc. Por isso mesmo as sentenças
condenatórias, em regra, produzem efeitos ex time, isto é, retroagem à data da violação do direito.
6. SENTENÇAS MANDAMENTAIS E EXECUTIVAS LATO SENSU

Segundo Sérgio Torres Teixeira: sentença mandamental se aproxima, mas não se confunde com
a sentença executiva lato sensu. Ambas guardam estreitas semelhanças em virtude da natureza
auto-operante dos respectivos provimentos jurisdicionais, prescindindo de posterior processo de
execução ex intervallo.

Distinguem-se, contudo, quanto ao objeto imediato da respectiva tutela jurisdicional.

Na decisão executiva em sentido amplo, o objetivo é entregar o bem litigioso ao credor,


proporcionando transformações no plano empírico mediante a transferência do domínio da coisa
litigiosa. Almeja, portanto, a passagem para a esfera jurídica do vencedor aquilo que deveria estar
lá (mas não está). Há, pois, atividade essencialmente executiva na sua operação: retirar do
patrimônio do sucumbente o bem e transferir esta para a órbita material do credor.

Na sentença mandamental, por outro lado, o objeto imediato é a imposição de uma ordem de
conduta, determinando a imediata realização de um ato pela parte vencida ou sua abstenção
quanto a certa prática. Atua sobre a vontade do vencido e não sobre o seu patrimônio, utilizando
medidas não propriamente executivas, no sentido técnico do termo, mas meios para pressionar
psicologicamente o obrigado a satisfazer a prestação devida e, com isso, cumprir o comando
judicial emitido pelo Estado-Juiz.

7. SENTENÇA E TERMO DE CONCILIAÇÃO

No âmbito do processo do trabalho, existe desacordo doutrinária e jurisprudencial acerca da


natureza do termo de conciliação previsto no art. 831, parágrafo único, da CLT.

Há uma corrente que o equipara à sentença de mérito (CPC, art. 487, III, b), uma vez que, na
literalidade do preceptivo em causa, o termo de conciliação “valerá como decisão irrecorrível”,
desafiando, apenas, ação rescisória, nos estreitos limites dessa ação especial, como já firmou
jurisprudência o TST (Súmula 259), “salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que
lhe forem devidas”, como ressalta a parte final do parágrafo único do art. 831 da CLT, com
redação dada pela Lei n. 10.035/2000.

Outra corrente menciona que o termo de conciliação não corresponde à sentença de mérito, pois
o Judiciário não apreciou a lide, isto é, não houve pronunciamento judicial acerca do pedido, mas
mera administração judicial de interesses privados. Para os defensores dessa corrente, o termo de
conciliação seria mero ato processual de jurisdição voluntária, com o que, “em ação ordinária,
poder-se-á discutir o alcance do conteúdo e rescindir o ato jurídico que não constitui coisa
julgada”.
Interessante e fecunda é a posição de Elaine Noronha, para quem a conciliação é o “negócio
jurídico homologado pelo juiz, resultante de um procedimento autônomo em relação ao processo
oral e informal do qual pode ter ou não participado o juiz, empregando ou não seus bons ofícios
e persuasão.

O conceito de conciliação judicial, tal como disposto pelo ordenamento jurídico brasileiro é: o
procedimento irritual, oral e informal, realizado antes ou depois de instaurado o processo
(contraditório), com vistas a buscar uma solução da controvérsia fora da jurisdição e do processo,
mediante a elaboração de um acordo que, após homologado por despacho, substitui eventual
medida cautelar ou sentença, faz coisa julgada imediata e adquire a qualidade de título executivo
judicial”. Vê-se, assim, que, independentemente da natureza jurídica do termo de conciliação, o
certo é que ele adquire (i) a qualidade de coisa julgada em relação às partes que figuraram na
relação jurídica processual cognitiva e (ii) a força de título executivo judicial.

Nesse sentido: RECURSO DE REVISTA DOS RECLAMANTES JOSÉ ALAIR E LUIZ JOSÉ.
COISA JULGADA - QUITAÇÃO TOTAL DO CONTRATO DE TRABALHO - DIREITO ÀS
DIFERENÇAS DO ACRÉSCIMO DA MULTA DE 40% SOBRE O FGTS - EXPURGOS
INFLACIONÁRIOS. O termo de conciliação, assinado pelas partes e homologado pelo juiz
equivale à sentença, a teor do art. 448 do Código de Processo Civil, e conforme o art. 831 da
Consolidação das Leis do Trabalho, trata-se de decisão irrecorrível. A transação produz entre as
partes coisa julgada material, somente podendo ser atacada por ação rescisória, em face de dolo,
violência ou erro essencial. Lei posterior, no caso a Lei Complementar n. 110, promulgada depois
do trânsito em julgado da decisão judicial homologatória, não pode retroagir para alterar as
condições do acordo, sem ofensa ao art. 5-, XXXVI, da Constituição Federal, que dispõe: “a lei
não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Recurso de revista
conhecido e desprovido (...) (TST-RR 513/2004-111-03-00.8, 2- T., Rei. Min. Renato de Lacerda
Paiva, DEJT 19-11-2009).

8. ELEMENTOS ESSENCIAIS DA SENTENÇA

No processo do trabalho, o art. 832 da CLT dispõe expressamente sobre os elementos que devem
constar da sentença. São eles:

• o nome das partes;

• o resumo do pedido e da defesa;

• a apreciação das provas;

• os fundamentos da decisão;

• a respectiva conclusão.
Já o art. 489 do CPC disciplina os elementos essenciais da sentença nos seguintes termos:

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e
da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito (vide epígrafe 5.7.2,
infra);

III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.

9. PRAZO E CONDIÇÕES PARA CUMPRIMENTO DA SENTENÇA

De acordo com o § 1- do art. 832 da CLT, a sentença que julgar procedente o pedido deverá
determinar o prazo e as condições para o seu cumprimento. Nesse caso, deve-se fazer coincidir o
prazo para cumprimento com o último recurso cabível da decisão a ser cumprida, ou seja, 8 (oito)
dias.

Tal regra, porém, não se aplica nas sentenças desfavoráveis aos entes de direito público, salvo na
hipótese de não cabimento do duplo grau de jurisdição obrigatório (Súmula 303 do TST). Destaca-
se, ainda, o disposto no art. 729 da CLT, com redação dada pela MP n. 905/2019, que ao
“empregador que deixar de cumprir decisão transitada em julgado sobre a readmissão ou a
reintegração de empregado, além do pagamento dos salários devido ao referido empregado, será
aplicada multa de natureza leve, prevista no inciso II do caput do art. 634-A da CLT”.

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