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Sentença
Decisão não executável é aquela que não admite execução imediata, como
por exemplo, a sentença condenatória com recurso de apelação interposto.
Sentença absolutória
Sentença condenatória
Ocorrendo sentença condenatória o juiz observa o que determina o art.
387, IV, do CPP. Esse dispositivo legal visa assegurar a reparação cível dos
danos causados pela infração penal, representando nítida antecipação
efetuada pelo juiz criminal. O STJ entende que para fixação do valor
mínimo na sentença é necessário pedido expresso do ofendido ou do
Ministério Público, garantindo ao acusado o exercício do contraditório (REsp
nº 1.193.083/RS). Para esse mesmo tribunal é possível fixação de valor
mínimo para compensação de danos morais (REsp nº 1.585.684-DF). Aliás, de
acordo com art. 9º da Resolução nº 243/21 do Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) o Ministério Público deverá pleitear, de forma
expressa, no bojo dos autos, a fixação de valor mínimo para reparação dos
danos materiais, morais e psicológicos, causados pela infração penal ou ato
infracional, em prol das vítimas diretas, indiretas e coletivas.
Para que seja fixado na sentença valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, com base no art. 387, IV, do CPP, é necessário pedido
expresso do ofendido ou do Ministério Público e a concessão de oportunidade
de exercício do contraditório pelo réu. Precedentes citados: REsp 1.248.490-RS,
Quinta Turma, DJe 21/5/2012; e Resp 1.185.542-RS, Quinta Turma, DJe de
16/5/2011. REsp 1.193.083-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 20/08/2013,
DJe 27/8/2013.
ATENÇÃO: de acordo com o art. 387, § 2º, do CPP, o juiz fará a detração
(art. 42 do CP) para fins de fixação do regime inicial de pena privativa de
liberdade. Segundo reiterada jurisprudência do STJ, o cômputo do tempo
de prisão cautelar, anterior, do condenado para fins de definição do regime
inicial de cumprimento da pena, conforme determina o art. 387, § 2º, do
CPP, não se confunde com o instituto da progressão de regime. A nova regra
de detração trazida pela Lei nº 12.736/12, em vigência desde 30/12/2012, é
de aplicação obrigatória pelo Juiz sentenciante, que, na determinação do
modo inicial de cumprimento de pena, considerará apenas o período de
custódia provisória referente ao delito objeto do processo (RECURSO
ESPECIAL nº 1.657.178/SP).
ATENÇÃO: a sentença penal não pode ser extra petita (ex: acusação por um
fato e condenação por outro), ultra petita (ex: acusação por um fato simples
e condenação pela modalidade qualificada) ou citra petita (ex: deixar de
julgar um fato imputado).
Caso não ocorra aditamento espontâneo, o juiz observa o art. 384, § 1º, do
CPP, ou seja, remete o procedimento para o Procurador Geral, podendo este
aditar ou não a peça acusatória. Caso o Procurador Geral faça o aditamento,
ocorre para a doutrina majoritária aditamento provocado.
ATENÇÃO: nos termos do art. 384 do CPP, somente é cabível mutatio libelli,
na ação penal de iniciativa pública e na ação penal de iniciativa privada
subsidiária da pública, isto é, não cabe na ação penal de iniciativa privada
propriamente dita, porém a doutrina majoritária admite mutatio libelli na
ação penal de iniciativa privada, por força da possibilidade de aplicação
analógica prevista no art. 3º do CPP.