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Pede Deferimento.
ADVOGADO
OAB Nº
RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
Eminentes Desembargadores,
O art. 522 do Novo Código de Processo Civil dispõe que será cabível, contra
decisão interlocutória – aquela que decide um incidente processual, sem colocar
fim ao processo -, no prazo de 10 dias, Agravo retido nos autos ou por
instrumento.
Sr. Presidente.
Parece-me que o objetivo dessa reforma foi acabar com aquela vulgarização
que se estava emprestando ao Mandado de Segurança. Embora entenda que a
matéria não é tranquila, renovando vênia ao eminente Relator, também dou
provimento ao Agravo Regimental nos termos do voto precedente.”
(...)
Inquérito instaurada naquela Edilidade. E, mais uma vez, esse egrégio Tribunal
de Justiça houve por conhecer do recurso de agravo de instrumento,
conferindo-lhe o necessário e inafastável efeito suspensivo.
E, não poderia ser outro o entendimento esposado, eis que, consoante doutrina
de J.E. CARREIRA ALVIM, in Novo Agravo - De acordo com a Lei nº 9.139, de
30/11/95 - Editora Del Rey, 1996, pp.7, a grande novidade do agravo foi,
assim, esvaziar o mandado de segurança, admitindo que o próprio relator do
agravo possa dar-lhe também o efeito suspensivo, nos casos dos quais possam
resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação,
suspendendo o cumprimento da decisão até o pronunciamento do tribunal.
DOS FATOS
Sustentou nos autos da ação consignatória (fls. 00) , bem como na referida
consulta administrativa que seu estabelecimento é localizado no Município TAL,
e que a manutenção dos programas de software que produz é feito por meio de
centrais telefônicas, ficando seus técnicos em seu
estabelecimento neste Município, que por esta via prestam o referido serviço
para o consumidor localizado em TAL.
A ofensa à coisa julgada estaria na resposta à consulta administrativa
formulada pela impetrante junto à TAL em que a mesma entende ser o
Município de Belo Horizonte competente para exigir o TAL pelos serviços
prestados pela autora a partir de ANO TAL, tendo em vista à modificação
legislativa operada no ordenamento jurídico nacional e municipal,
respectivamente LC 166/2003 e lei municipal 8275/2003.
DO DIREITO
ASPECTOS PROCESSUAIS
Assim, os antigos julgados do STJ perdem em muito sua valia, posto que quem
é competente para dizer o direito no presente caso é o Supremo Tribunal
Federal. A última palavra será da Excelcia Corte.
Se havia decisão anterior que declarou que o Município de Belo Horizonte não
era competente para exigir o TAL em determinado exercício, tal decisão, em
princípio, não afeta os exercícios seguintes.
No caso em questão, tal súmula cai como uma luva na fattispécie.
Para que haja ofensa à coisa julgada, é necessário que todos os elementos da
ação sejam coincidentes, inclusive as causas de pedir remota e próxima.
Por isso foi dito que a súmula 239 do STF se enquadra perfeitamente no
presente caso, em razão da mudança de causa de pedir remota – LC
116/2003.
Observe-se, desde logo, que o enunciado não nega, antes supõe, a formação
da coisa julgada material em questões de natureza tributária. Partindo dessa
premissa, ela apenas procura assentar os limites em que a mesma se opera.
Nesses termos, portanto, é que deve ser entendida a referida súmula, que
certamente não poderia ir além, e muito menos contrariar o aresto que lhe
serviu de base.
Diz que a manutenção dos programas de software que produz é feito por meio
de telefone, ficando seus técnicos em seu estabelecimento neste Município, que
por esta via prestam o referido serviço para o consumidor localizado em
BETIM.
Nas obrigações de fazer segue-se o dar, mas este não pode se concretizar sem
o prévio fazimento, que é o objeto precípuo do contrato, enquanto o “entregar”
a coisa é mera consequência.
(...)
I - omissis;
II - omissis
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.
155, II, definidos em lei complementar”.
...
§3º. Em relação ao imposto previsto no inciso III, cabe à lei
complementar:
I – fixar as suas alíquotas máximas
II – excluir da sua incidência exportações de serviços prestados
para o exterior.
Privilegiou, com regra geral, o referido Princípio em seu aspecto formal (âmbito
de eficácia da norma) ao considerar a incidência do imposto municipal em razão
do estabelecimento prestador ou do domicílio do prestador – conexão subjetiva
- , ou seja, no local onde se tomará as providências administrativas referentes à
constituição e exigibilidade do crédito.
I - omissis;
II - omissis
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.
155, II, definidos em lei complementar”.
...
DA CARACTERIZAÇÃO DE “ESTABELECIMENTO”
Seu objeto social coincide com o disposto no item 1.07 lista anexa à LC
116/2003 e o mesmo item na lista anexa à Lei Municipal 8725/2003 de Belo
Horizonte.
Assim, o fumus boni iuris está a favor do Município de Belo Horizonte, seja pelo
princípio da presunção da constitucionalidade das leis, seja pela jurisprudência
do E. TJMG firmada sobre a matéria.
Ficou demonstrado que o fumus boni iuris está a favor do município, seja pelo
Princípio da Constitucionalidade das leis, seja pela jurisprudência já firmada
sobre a matéria, seja pela demonstração suficiente da não ocorrência de ofensa
à coisa julgada.
DO PEDIDOS
Diante de todo o exposto, primeiramente, requer o Agravante seja o presente
Agravo de Instrumento recebido e ao mesmo conferido Efeito Suspensivo, eis
que presentes os requisitos necessários para fins de se sustar os efeitos da
liminar deferida no Mandado de Segurança nº 000000000.
Termos em que,
Pede Deferimento.
ADVOGADO
OAB Nº