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“PLAYSTICIDA”: UM JOGO PARA AUXILIAR NO ENSINO E NA

APRENDIZAGEM DE TOXICOLOGIA EM PESTICIDAS
Daniel H. M. Vespa* (IC-EM), Raissa M. T. Oliveira (IC-EM), e Marcelo F. Lima (PQ).
*daniel.vespa@unesp.br.
Laboratório de Química Bio-orgânica Ambiental, Unesp, São José do Rio Preto-SP CEP 15054-000.

Palavras-Chave: ensino de química, lúdico, agrotóxicos.

Introdução
A utilização de recursos lúdicos no ensino de química
nas escolas é cada vez mais frequente e tem se
mostrado eficaz no ensino de química1. Em uma
pesquisa realizada com alunos do 9º ano do ensino
fundamental, 43% dos estudantes consideram que
se aprende brincando2. Por outro lado, a temática dos
agrotóxicos, apesar de ser muito importante no
cenário da agricultura brasileira, é pouco
contextualizada, principalmente nas escolas. Para
isso, visando introduzir a química dos pesticidas de
maneira didática e lúdica, foi desenvolvido o jogo
Playsticida3, que possibilita ao jogador conhecer os
principais ingredientes ativos, distinguir a toxicidade
dos agrotóxicos, e ambientar-se às principais
atividades realizadas pelos fazendeiros em relação
aos agrotóxicos.
O material pedagógico também foi concebido na
visão de professores, que podem utilizar essa
ferramenta de diversas formas, principalmente nas
áreas de química e biologia e suas
transdisciplinaridades. É possível discutir funções
orgânicas, periculosidade química, toxicologia e meio
ambiente, solubilidade, ecologia e sociedade.
Resultados e Discussão
Um tabuleiro permite até seis jogadores, também
chamados de fazendeiros. que cuidam de suas
respectivas fazendas e precisam interagir com a
sociedade circulando entre as fazendas em sentido
horário. Há ainda quatro conjuntos de cartas
distintas: a carta principal com informações sobre o
pesticida, sorte-ou-revés, bônus e punição. Na Figura
1, é mostrado o tabuleiro do jogo. O objetivo principal
da atividade lúdica é obter a maior produtividade na
fazenda utilizando a menor quantidade possível de
agrotóxicos e mantendo práticas sustentáveis. Essas
ações são controladas por meio de uma premiação
ou de uma penalização, função desempenhada pelas
cartas bônus e punição. Quando o primeiro jogador
retornar até a sua fazenda, após circular pela
periferia das demais, o jogo é finalizado e é
contabilizada a quantidade de “prendas” – nome
concebido às bonificações ganhas – que cada
jogador possui, além das cartas restantes, onde quão
menor for a soma das suas periculosidades melhor.
O fazendeiro que obtiver a maior quantidade de
prendas e menor número de cartas venenosas vence
o jogo.
Figura 1. Tabuleiro do jogo Playsticida
O ápice do jogo, após a realização de vários
campeonatos, passa pela pretensão didática de
estimular os estudantes a correlacionarem a
estrutura química com a atividade biológica do
pesticida.
Conclusões
O jogo foi licenciado pela Creative Commons e
depositado no portal EduCapes. Assim que as
escolas retornarem completamente às aulas
presencias o jogo será aplicado.
Agradecimentos
À turma do curso de Química de Pesticidas, IBILCE-
UNESP do primeiro semestre de 2018, que contribuiu
ativamente para o início do protótipo.
___________________
1
MATIAS, Felipe da Silva; NASCIMENTO, Felipe Tavares do;
SALES, Luciano Leal de Morais. Jogos lúdicos como
ferramenta no ensino de química: teoria versus prática.
Revista de Pesquisa Interdisciplinar, Cajazeiras, n. 2, suplementar,
p. 452-464, set. de 2017.
2
SANTANA, Eliana Moraes de; REZENDE, Daisy de Brito. O uso
de jogos no ensino e aprendizagem de química: uma visão
dos alunos do 9º ano do ensino fundamental. XIV Encontro
Nacional de Ensino de Química.
3
LIMA, Marcelo de Freitas; VESPA, Daniel Haruyuki Momo;
OLIVEIRA, Raissa Maria Trindade. Playsticida. Disponível em:
<http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/581365>. Acesso em
19 de fev. de 2020.

IV ENCONTRO NACIONAL DE JOGOS E ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA

Rio de Janeiro, RJ – 19 a 23 de abril de 2021