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➢ Crack: é a cocaína fumada e é obtido pelo aquecimento de cocaína misturada a

água e bicarbonato de sódio ou amônia. O resultado dessa mistura solidifica-se na


temperatura ambiente formando pedras de formatos irregulares.

Composição química: A pureza vai depender do valor pago na matéria prima pelo
produtor, se a cocaína for cara, é misturada com outras substâncias, para render
mais. Se for de uma qualidade inferior, pouca coisa ou nada é adicionado.
É um produto com muita impureza, podendo conter outros tipos de substâncias
tóxicas: Cal; Cimento; Querosene, Ácido sulfúrico, Acetona, amônia e Soda
cáustica.

Formas de uso: Cachimbos improvisados, feitos com lata de alumínio, tubos de


PVC;
Pode ser misturado a cigarros de tabaco ou maconha, chamados de mesclado,
pitico ou bazuko. Sua ação leva 8 segundos para chegar ao Sistema Nervoso
Central;

Sintomas: Euforia; Agitação; Dilatação das pupilas; Sudorese; Tremor muscular;


Sensação de prazer; Irritabilidade; Alterações da percepção e do pensamento;
Alterações cardiovasculares e motoras, como taquicardia e tremores.
Droga de efeito rápido e intenso, o crack leva o usuário rapidamente à
dependência e, por isso, é fundamental prevenir o seu consumo.

Abstinência: Iniciam após 5 a 10 minutos após o uso;


Auge da abstinência: 2 a 4 dias após o uso.
Sintomas da abstinência: Fadiga; Desgaste físico; desânimo Tristeza; depressão
intensa; inquietação; Ansiedade; Irritabilidade; Fissura.
Sinais de dependência: Mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e
aparência física; Redução drástica do apetite (1 mês de uso contínuo pode
emagrecer até 10Kg); Fraqueza; Desnutrição e Aparência de cansaço físico;
Queimaduras (Bolhas nas mãos e na boca podem ser sinais do contato com a
queima da droga para o posterior consumo); Insônia ( a dependência pode fazer
com que o usuário se esqueça de dormir já que o consumo pode ser ininterrupto,
em muitas vezes o usuário pode deixar de lado até mesmo hábitos de higiene
pessoal) falta de atenção (dificuldade na concentração para atividades simples do
dia-dia ou que exijam raciocínio); alucinações, paranoias e ansiedade (essa
instabilidade emocional é consequência do desequilíbrio mental).

➢ Ecstasy

Definição: MDMA
Sintetizada em 1912, patenteada em 1914 pela merck, em 1977: psicoterapia,
começa o abuso recreacional. No ano de 2000 foi descoberto o primeiro
laboratório clandestino no Brasil.
Tem efeitos similares a anfetaminas (estimulantes) e da mescalina (alucinógeno)

Vias de uso:
Geralmente via oral: (líquido ou comprimido)
Dose típica de 50mg a 150mg, Poliabuso: álcool, inalantes, cannabis, LSD,
cocaína e sildenafil.
Pico plasmático: após +/- 2 horas, cruza barreira hematoencefálica, metabolizado
pelo CYP2D6, meia vida de 8 horas (95% é eliminado em +/- 40 horas), excreção
renal (65% de forma intacta) MDA é um metabolito ativo.

Quadro clínico: aumento da energia, sociabilidade e disposição sexual,


Ansiedade, pânico, agitação, delírio, cefaleia e sede intensa. Pode ocorrer hepatite
fulminante, hipertensão, taquicardia, hipertermia.
Sudorese + hiperatividade + secreção inapropriada de ADH (hormônio
antidiurético) -> hemodiluilção e hiponatremia -> convulsões + edema cerebral -
> falência circulatória e respiratória.
Síndrome serotoninérgica
Rabdomiólise (destruição das fibras musculares) -> mioglobinuria

Tratamento: descontaminação Gastrointestinal quando indicado, avaliação


laboratorial (hmg seriados, eletrólitos, funções hepáticas e renais), hidratação e
reposição adequada de eletrólitos, tratar a hipertermia com medidas físicas, evitar
neurolépticos e IRRS, benzodiazepínicos. Caso necessário usar ventilação
mecânica e tratar convulsões. Em casos de arritmia cardíaca (metoprolol e
esmolol), se hipertensão arterial grave (fentolaminas ou nitroprussiato).

➢ Doping no esporte:

Objetivo do esporte: Essencialmente as competições esportivas devem ser


pautadas pela igualdade de oportunidades, pelas melhores vitórias e pelos
resultados mais difíceis de alcançar.

A utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o


desempenho esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta
ou a de seus adversários, ou contrário ao espírito do jogo. Quando duas destas três
condições estão presentes, pode-se caracterizar um caso de doping, de acordo com
o Código da Agência Mundial Antidoping (AMA).

Estimulantes no contexto do controle de dopagem no esporte: Década de 70 e as


anfetaminas; SNC: diminuição da fadiga e aumento da sensação de alerta;
utilizados tanto na fase pré, como durante as competições. São exemplos dessa
classe de substâncias as aminas simpatomiméticas (anfetaminas, efedrinas e
pseudoefedrinas) e a cocaína.

Efeitos tóxicos causados pela anfetamina são resultantes da grande excitação


neurológica e incluem: agitação, ansiedade, taquicardia, hipertensão, confusão
mental, paranoia e colapso cardiovascular. O uso prolongado de anfetaminas pode
ocasionar reações psicóticas como ideias suicidas ou homicidas, comportamento
agressivo ou estereotipado e esquizofrenia. Além disso, as anfetaminas
apresentam tolerância e podem até levar à dependência.

Analgésicos no contexto do controle de dopagem no esporte: Este termo é


frequentemente empregado para designar substâncias derivadas do ópio, como a
morfina e seus análogos. Não aumentam o desempenho, apenas mascaram a dor
(lesão física). Dentre os efeitos adversos relacionados ao uso de narcóticos
destacam-se a depressão respiratória e a dependência física e mental grave.

Betabloqueadores No contexto do controle de dopagem no esporte:


Diminuem o ritmo cardíaco em esportes;
Mãos mais firmes, melhor eficácia.
• Ex: Tiro e arqui-flecha

Anabolizantes no contexto do controle de dopagem no esporte: Esteroides anabólicos


androgênicos (EAA) são um grupo de substâncias tanto naturais quanto, que imitam a
ação da testosterona produzida no organismo humano (conhecida como ação endógena);
Os EAA têm sido usados por atletas por mais de cinquenta anos, com o objetivo de
aumentar a capacidade de treinamento, resistência e desempenho. Principal classe, pega
nos exames. A deteção dos EAA no contexto do controle de dopagem no esporte é
historicamente realizada pela técnica de Cromatografia Gasosa de Alta Resolução
acoplada a Espectrometria de Massas (CGAR-EM). Principal amostra é a urina.
Tem várias indicações clínicas;
Tem sido avaliada intensivamente durante ou fora da competição. Os resultados
encontrados dependem do esporte, do gênero e da idade dos atletas. De acordo com as
estatísticas oficiais da AMA, das cerca de 274000 amostras analisadas em 2008, 3259
apresentaram resultado positivo (ou resultado analítico adverso) para os EAA.
Os efeitos adversos dos EAA estão geralmente associados com o abuso dos mesmos,
principalmente por longos períodos de tempo em doses excessivas. Os EAA, em homens,
podem reduzir a fertilidade (azoospermia), provocar a diminuição dos testículos, a
impotência, o crescimento das mamas.
Em mulheres podem provocar a masculinização (alguns efeitos são irreversíveis), como
pelos corporais excessivos (pilosidade corporal), calvície de padrão masculino,
hipertrofia de clitóris, irregularidade ou ausência do ciclo menstrual, voz rouca e acne.
Outros efeitos adversos incluem: problemas cardiovasculares, disfunção hepática
(icterícia), tumores no fígado (adenoma, carcinoma), desordens psiquiátricas (aumento
da agressividade, psicose, disforia, depressão), acidente vascular cerebral.

Anabolizantes esteroides de desenho ou projetados: Termo utilizado para se referir a


substâncias sintéticas (produzidas em laboratório) com estrutura relacionada aos
esteroides conhecidos, porém com modificações estruturais exclusivamente visando a
burlar o controle de dopagem. Em geral, apresentam estrutura química semelhante à da
testosterona, e com capacidade de agir de modo semelhante no organismo. Possuem,
frequentemente, maior potência no que se refere à produção de outras substâncias no
organismo (anabolismo). Tal fato torna-os o principal alvo de atletas que buscam a
melhoria do desempenho físico de modo rápido e, assim, melhores resultados.

Diureticos no contexto do controle de dopagem no esporte: São utilizados para


retenção de líquidos e redução do peso, pois eliminam líquidos diminuindo o inchaço do
corpo. Entre os que adotam essa prática estão os lutadores, jóqueis e ginastas.
Também é usado para mascarar e “se livrar” de outras drogas através da urina. Os atletas
esperam que o líquido extra na urina dilua a concentração de drogas proibidas, o que
diminuiria a probabilidade de detecção das substâncias ilegais em exames antidoping.
Doping sanguíneo: Essa prática aumenta o número de glóbulos vermelhos no sangue,
fornecendo mais oxigênio aos músculos e melhorando o rendimento do atleta. Uma
prática cada vez mais frequente para induzir essa produção é a transfusão de sangue.
Autóloga, se feita com o sangue do próprio atleta colhido com antecedência ou,
homóloga, quando de outro indivíduo com o mesmo tipo sanguíneo. No entanto, os riscos
são grandes. Pode aumentar o estresse no coração, levar à coagulação no sangue e até
mesmo um IAM.

Ecotoxicologia, também conhecida como toxicologia ambiental

Definição: É relacionada a parte que estuda os efeitos adversos de produtos químicos


selecionados sobre a totalidade do ecossistema, mediante a determinação dos riscos que
os produtos representam, tanto para a saúde humana quanto para outros organismos.

Ecotoxicologia ambiental, estuda os efeitos adversos de produtos químicos ->


Ecossistema -> determinar os riscos que representam para todos os organismos do
ambiente e saúde humana.

Objetivos: Obtenção de dados para avaliação de risco e manejo ambiental.


Desenvolver e testar as exigências legais para o desenvolvimento e liberação de novos
produtos.
Desenvolver princípios teóricos e empíricos para melhorar o conhecimentos sobre o
comportamento e efeitos dos agentes químicos em sistemas vivos.

Temas atuais: Materiais nucleares; Metais pesados nos peixes; Derramamentos de


petróleo; Descargas agrícolas; Emissões industriais; Chuva ácida; Esgotos.
Disruptores endócrinos: Tributilestanho, atrazina, detergentes, pesticidas
Contaminantes recentes: Retardadores de fungos; Produtos farmacêuticos; Produtos
antimicrobianos
Contaminantes Orgânicos:
Pesticidas: Organoclorados; Organofosforados; Carbamatos; Piretróides.
Herbicidas e fungicidas, Sabões e detergentes. Produtos secundários da fabricação de
pesticidas. Dibenzodioxinas policloradas (PCDDs), Dibenzofuranos (PCDFs).

Contaminantes Inorgânicos: Geralmente são obtidos a partir de fontes minerais e


ocorrem naturalmente: Gases, Metais, Metais pesados, Oligoelementos, Metalóides
Agrotóxico Persistência no solo
DDT (primeiro pesticida moderno, muito usado 4 anos
durante e após a Segunda Guerra Mundial)
BHC (primeiro pesticida moderno, muito usado 3 anos
durante e após a Segunda Guerra Mundial)
Trifuralina 6 meses
Aldrin 2 anos
Malation 1 semana
Glifosato 1 mês (meia vida)

Fontes de pontuais:
Substâncias tóxicas descarregadas em FOCOS PONTUAIS (efluentes industriais,
esgotos municipais, ou detritos sólidos em terrenos sanitários) têm a identificação da
origem facilitada e posterior controle da difusão no ambiente.
Caso as substâncias tóxicas migrem para lagos ou reservatórios por intermédio de
MULTIPLAS ROTAS (águas superficiais, águas subterrâneas, chuvas e poluição
atmosférica) o controle torna-se muito difícil, e há a necessidade de medidas abrangentes.

Fontes de não-pontuais:

Outros conceitos:
1. Distribuição: local onde se encontra determinado poluente (organismo, água, ar, solo);
localização final de uma substância química em um organismo após sua dispersão no
meio.

2. Bioacumulação: é o termo geral que descreve um processo pelo qual substâncias (ou
compostos químicos) são absorvidas pelos organismos. O processo pode ocorrer de forma
direta, quando as substâncias são assimiladas a partir do meio ambiente (solo, sedimento,
água) ou de forma indireta pela ingestão de alimentos quem contém essas substâncias.
Esses processos frequentemente ocorrem de forma simultânea, em especial em ambientes
aquáticos. Bioconcentração;

Bioconcentração e Biomagnificação.

Bioconcentração: ocorre quando as substâncias são absorvidas pelos organismos em


concentrações mais elevadas do que o ambiente circundante. Assim, a bioconcentração e
a bioacumulação ocorrem dentro de um organismo

Biomagnificação: é um fenômeno que ocorre quando há acúmulo progressivo de


substâncias de um nível trófico para outro ao longo da teia alimentar. Assim, os
predadores de topo têm maiores concentrações dessas substâncias do que suas presas.

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