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Nome: Ana Beatriz Rosati TIA: 31673066 Turma: 10N

Atividade N2

1) O dever de renegociação contratual encontra amparo jurídico no sistema do direito


contratual previsto no Código Civil de 2002? Por que?
Resposta:

Atualmente, juntamente ao crescimento exponencial da sociedade veio o crescimento


do Mercado, onde contratos empresariais (tendo como enfoque os de colaboração,
quando as partes possuem o mesmo interesse final) são elaborados em grandes
quantidades e singularidades. Ocorre que muitas das vezes, as estruturações dos
contratos não possuem cláusulas que o torne um documento completo e que atenda a
todas as necessidades das partes (em algumas das vezes, de forma proposital) e que
definem aquele ato com longa duração. Sendo assim, o longo tempo contratual pode
causar um desequilíbrio de negócio entre as partes. A consequência desta
incompletude, é a necessidade de renegociação das condições contratuais. A
renegociação pode estar prevista em cláusulas contratuais, mas quando não, deve o
poder legislativo definir essa negociação?
A legislação, por muitas vezes, não consegue englobar todas as necessidades
contratuais, devido a dinâmica célere da vida empresarial e devido a singularidade em
que cada um desses contratos pode ser elaborado. Especificamente ao Código Civil de
2002, por meio do art. 421, foi optado pelo Poder Legislativo prevalecer o princípio da
intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão contratual (ou que estejam
estabelecidas em Leis Especiais). E o art. 421-A complementa este pensamento,
dizendo que deve haver elementos concretos que justifique a presunção de que o
contrato não será finalizado da forma celebrada (o que é a regra), para assim haver
uma renegociação.
2) É possível dizer que existe um dever de renegociação contratual no contexto atual
da Pandemia do Covid-19? Explique.

Resposta: Tendo em vista o momento que o mundo se encontra, em decorrência da


proliferação do Covid-19, muitas empresas passaram por grandes dificuldades
econômicas, que ocasionaram em um descumprimento contratual ou desequilíbrio
entre as partes.
No entanto, não há um regramento judicial que coloque a pandemia como um
momento excepcional ao ponto de dar abertura jurídica para renegociações. Decisões
judiciais feitas neste âmbito, possuem estudos singulares de caso a caso, ficando nas
mãos dos magistrados a decisão de renegociação ou não.

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