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NÃO SORRIA – (O Palhaço)

Eu sempre tive muito medo de palhaços, mas como minha mãe sempre amou espetáculos de circos, eu sempre a
acompanhava!
Havia um circo na cidade naquela época, e eu já estava com os nervos à flor da pele, sentia algo estranho!
Minha mãe chega em casa dizendo que comprou ingresso para todos, meu pai, meu irmão, mas velho e para mim, confesso
que fiquei nervoso só de pensar em entrar no circo e começar apresentação dos palhaços.
Enfim o dia chegou e eu estava ainda mais nervoso e meus amigos estavam próximos e eles sabiam que eu tinha medo,
porém, amo muito minha mae, e o fato dela estar bem animada, me tira um pouco esse nervosismo, acho que ela gosta tanto
de circos, pois a faz lembrar da infância, a época mais feliz da vida dela, por mais que ela tenha tido sempre uma vida feliz, isto
é, até o meu avô morrer.
Logo depois que saímos de casa, começa uma forte chuva, daquelas que dão medo, mas meus pais insistem em continuar.
Chegamos ao circo e nos sentamos nos lugares mais próximos do palco, o que me deixa aterrorizado, e meus amigos sentam
do meu lado, pronto, me sinto um pouco mais seguro, porém tendo que aceitar as brincadeiras deles comigo
O espetáculo começa.
Tudo estava indo muito bem, só os velhos e bobos palhaços de sempre, até que uma coisa muito estranha me pega de
surpresa: havia um palhaço que parecia mais um boneco de pano, estranho com umas vestes diferente dos demais palhaços,
me encarando, do fundo do palco, olhando diretamente para mim, com um olhar mais que penetrante, eu pude sentir uma
energia estranha.
Logo fiquei inquieto, e meus pais logo perceberam o meu comportamento, mas posso dizer que contornei a situação e me
mantive no controle brincando com meus amigos.
O espetáculo acabou.
Mas o palhaço ainda estava me encarando, o que achei mais estranho era que ele fazia um sinal de silencio sorrindo.
A chuva ainda continuava, e como o circo estava instalado em um lugar alto próximo a residência das famílias estranha
góticas, meu pai estava com receio de dirigir rápido.
Seguimos na estrada com o rádio ligado, e a chuva caindo forte lá fora, ao longo do caminho vi umas placas com os seguintes
dizeres “NON RISUS” confesso que achei estranho,
Tirando as placas estava indo tudo bem, mas como eu estava sentindo, algo fora do comum aconteceu: eis que na estrada
surge a imagem do palhaço, o mesmo que estava me encarando do fundo do palco.
Minha mãe freia bruscamente, não foi só eu que o vi.
O que eu pensei que fosse uma visão de relance, fica lá, parado, encarando o carro com olhos observadores, não se mexe,
apenas fica lá, imóvel.
Meu lentamente da ré no carro, desvia daquele ser estranho e segue viagem, eu curioso continuo olhando, ele faz o sinal de
silencio sorrindo, o mesmo que fez para mim no circo, no andar do carro ele vai sumindo aos poucos.
Nunca mais frequentei circos.

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