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Um romance de bad boy

Eu sou a noiva proibida de um mafioso.


Eu nunca quis fazer nada louco. Sou uma boa garota, o oposto total da minha
mãe, estrela de TV.
Mas em Las Vegas, tudo pode acontecer. Até se casar com um estranho rico e
bonito.
Ele tem um corpo definido e a atitude arrogante que combina muito bem.
O nome dele é Lucas o herdeiro da família do crime Barone.
Não sei por que ele queria se casar, mas não conseguia parar de dizer sim
repetidamente.
E fica pior.
Minha mãe maluca fugiu com o pai da máfia. Somos uma grande família feliz,
certo?
Lucas é tão arrogante que não me deixa ir.
Eu sou sua esposa, sua meia–irmã adotiva, estou vivendo esse segredo na
mansão de sua família fortemente guardada.
Se seu perigoso pai descobrir a verdade sobre nós, estamos totalmente
ferrados. Com um rato1 na máfia e os russos atrás de todos, estamos vivendo à
beira da navalha.
1
Rato - Na máfia é como eles indicam um traidor.
Eu preciso me divorciar dele. Eu preciso parar de querer ele.
Preciso sair dessa situação antes que nossas famílias sejam despedaçadas.
Prólogo
Eu fui para a faculdade para me afastar do drama.

Mas em Las Vegas, com as novas travessuras malucas da


minha mãe, estava pronta para uma pequena travessura. Devo ter
perdido a cabeça.

Porque quando o vi, sabia em que tipo de problemas estava


prestes a entrar.

Arrogante e musculoso, vestindo um terno caro, ele entrou na


minha vida como um furacão. No banco detrás da sua limusine, um
pouco antes de tomar a decisão mais idiota da minha vida, senti
sua respiração quente contra o meu pescoço.

— Quero ver você usando apenas diamantes. — ele sussurrou.

Eu não pude deixar de rir. — Essa cantada funciona com


outras garotas?

— Não é uma cantada. Quero provar essa boceta molhada


enquanto você está vestindo milhões.

Sexo e dinheiro. Foi tudo o que ele pensou?

Sexo, dinheiro e violência, garota. Acostume-se a isso.

Seus dedos percorreram meu corpo e senti um calafrio


percorrer minha espinha. Suspirei quando seus lábios
encontraram minha garganta, suas mãos ásperas ao longo das
minhas coxas. Poderia ser o champanhe, ou talvez a emoção de
toda a riqueza, mas eu não pude evitar.

Na verdade, era apenas ele. Seu sorriso arrogante, seu corpo,


seus lábios.

Eu queria que ele me tocasse. Queria que ele me explorasse.

Ele apertou minhas pernas, quase grosseiramente, suas mãos


de repente na minha boceta encharcada.

— Eu sabia que você estava implorando por isso. — ele


sussurrou no meu ouvido.

Seus dedos fizeram coisas que nunca, nunca esquecerei.


Minhas mãos pressionadas contra o vidro da limusine, suor
escorrendo pelas minhas costas, mordi meu lábio e olhei nos olhos
dele.

— Boa menina. Assista enquanto faço você gozar. Eu quero ver


seu rosto bonito enquanto diz meu nome.

E ele fez. Naquele momento eu era completamente dele.

— Lucas. — eu disse, repetidamente.

Seu sorriso perverso. Tão violento. Tão malditamente sexy.


Eu nunca esquecerei esse sorriso, mesmo quando começou a
significar algo completamente diferente.
Capítulo Um
NATALIE

Eu nunca quis ser famosa.

Mas quando sua mãe herda uma fortuna, depois a perde ao


longo dos anos e o fato de também participar de uma série de
programas de reality show, é difícil evitar as câmeras, pelo menos
em algum nível.

Sinceramente, eu não sou famosa, não realmente. Minha


mãe, por outro lado, é uma celebridade e aparece em colunas de
fofoca muito regularmente.

Matérias como “Socialite cheira Coca por dias” ou “Camille


Taylor é vista se despindo por dinheiro” não eram incomuns. Claro,
a maior parte era mentira, mas ainda assim, não foi exatamente
saudável tentando crescer como uma adolescente normal, quando
sua mãe estava o tempo todo na mídia.

E foi por isso que saí da casa dela, logo que foi humanamente
possível. Eu fui aceita na Universidade do Texas, arrumei minhas
malas e tentei fingir que eu nunca tinha vivido em Chicago e nunca
tinha ouvido falar de Camille Taylor.
Mas, você nunca pode escapar de seu passado. Especialmente
quando o passado é a sua mãe.

— Não deixe isso estragar sua viagem. — disse Pacey.

— Eu não vou. — resmunguei, espalhando a revista por todo


o quarto.

— Vamos lá, olhe para fora. — Ela caminhou até a janela e


abriu as cortinas.

— Estamos em Las Vegas!

Eu suspirei, assentindo. Acabamos o ano escolar, Pacey e eu


decidimos que íamos tirar férias para superar este semestre brutal.

Realmente, nenhuma de nós queria ir para casa. Pacey não se


dava bem com o pai dela, e eu não gostava muito da minha mãe.
Então em vez de voltar para mais um verão difícil, presas em
nossas respectivas casas com nossos pais, decidimos tirar férias.

Embora isso não fosse minha ideia. Nunca pensei que iria
acabar em Las Vegas, muito menos vestida em um dos vestidos
mais sexy que possuía. O plano era chegar à pista de dança, talvez
ir a um cassino e ver onde a noite nos levava.

Em vez disso, tinha que ser uma idiota e comprar uma revista
de fofoca. Eu sabia que poderia encontrar algo sobre a minha mãe,
e sabia que isso poderia arruinar o meu bom humor, mas fiz de
qualquer maneira.

E claro, lá estava ela: Camilla Taylor, grande socialite, chacota


do mundo.

Eu fiquei tão envergonhada que poderia morrer.

— Não deixe sua mãe idiota estragar isso. — Pacey disse


outra vez.

— Ok. — Eu disse, tomando uma respiração profunda. —


Vamos fazer isso.

— Isso aí! — Pacey nos serviu outra taça. Eu fiz uma careta,
balançando a cabeça.

Eu era o contrário da minha mãe. Onde ela adorava


festas, eu preferia noites tranquilas. Onde todo o trabalho dela era
agir como idiota na televisão, eu esperava ser uma advogada, um
dia. Eu gostava da estabilidade e coisas sérias, enquanto ela só
estava interessada em festas frívolas, roupas caras e homens ricos.

Rindo, segui Pacey para o corredor e o elevador. Eu


nunca tinha estado em Las Vegas antes, isso não era totalmente
normal. As luzes piscando, outro mundo. Eu me considerava uma
estudante séria tentando sair da sombra de uma mãe embaraçosa.
Ser pega fazendo algo estúpido em Las Vegas era a última coisa que
precisava.
Mas trabalhei duro e merecia um pouco de diversão. Ou pelo
menos foi o que disse Pacey. Sem ela, eu provavelmente estaria em
casa escondida no meu quarto, logo que o semestre terminasse.

Em vez disso, Vegas. Andamos pelas ruas, boquiabertas para


os hotéis e toda ação. Foi incrível, tenho que admitir, já estava
começando a esquecer de tudo sobre minha mãe.

— Vamos. — Pacey disse, agarrando meu braço. — Vamos


apostar nossas poucas economias.

Eu ri. — Talvez não tudo, ok?

— Não. Cada centavo. Estou colocando tudo no preto.

— Eu não estarei salvando você, Pacey.

— Bom! Eu me tornarei uma dama da noite.

Eu ri, balançando a cabeça. — Você não tem peitos para isso.

Ela franziu a testa, olhando para seu peito. — Eles podem ser
pequenos, mas estão orgulhosos.

— Verdade. Você tem seios muito orgulhosos.

Nós rimos, quando entramos em um cassino. Pacey liderou o


caminho, nos levando em direção à mesa de blackjack.

— Agora. — ela disse suavemente. — Nós temos que agir


como se nós pertencemos aqui, ok? Tente ser séria.
Balancei a cabeça. — Séria. Entendi.

Compramos umas fichas e em seguida, sentamos à mesa.


Pacey parecia saber o que ela estava fazendo e eu fiquei só
assistindo. Ela era a imagem de um jogador sério, mantendo uma
cara séria e respeitosamente acenando para os outros jogadores.

E assim que ela ganhou a primeira mão, começou a gritar com


alegria.

— Isso aí! — ela arrebentou. — Vamos ficar ricas essa noite,


querida!

Um homem mais velho no fim da mesa deu um olhar sujo. Ela


mostrou-lhe o dedo do meio.

— Não éramos para sermos séria. — disse a ela, rindo.

Ela deu de ombros. — Estamos aqui para nos divertir,


lembra?

Eu a assisti jogar assim pela próxima hora. Eu não me


incomodei em colocar dinheiro, pois Pacey estava fazendo o
suficiente por nós duas. Ela estava por cima, estava por baixo e no
final da segunda hora, ela voltou a ficar quieta.

Finalmente, Pacey afastou-se na terceira mesa de pôquer


diferente. — Vamos sair daqui. — ela disse.

— Cansada de perder dinheiro?


Ela balançou a cabeça. — Nunca me canso disso. Não, eu só
quero dançar.

— Essa é a coisa mais clichê que já ouvi. Você só quer dançar?

— Ugh, garota, escute. Eu só quero dançar. Isso é tudo.

Eu ri quando ela começou a sacudir sua bunda. — Ok, pare


com isso. As pessoas estão olhando.

— Vamos lá, devemos relaxar certo? Rebola comigo garota.

Eu ri e balancei minha cabeça. Ela tinha um ponto. Era para


nos divertir, relaxar. Esquecer todos os nossos problemas. Então
por que não podia relaxar como Pacey?

Eventualmente, ela parou de rebolar e nós saímos do casino,


tentando encontrar um clube. Não demorou muito, considerando
que Las Vegas é literalmente coberta por eles. Tivemos sorte e o
segurança se encantou por Pacey, então nos deixou entrar.

O lugar estava enchendo. Pessoas com roupas caras estavam


por toda a parte.

— Parece que escolhemos sabiamente. — disse Pacey.

— Eu me sinto mal vestida.

— Você parece quente e sexy pra caralho. Vamos lá.

Fomos para o bar e pedimos bebidas.


— Você está pronta para relaxar? — ela gritou por cima da
música.

— Bem, ok? Vamos nessa! — Nossas bebidas apareceram,


Pacey segurou a dela.

— Para me divertir.

— Para esquecer minha mãe louca.

— Um brinde a isso. — Nós batemos as taças e bebemos.

A música era profunda e alta, preenchendo o espaço. Nós


terminamos nossas bebidas e nos dirigimos para a pista de dança.

Pacey estava certa. Eu precisava relaxar me divertir um


pouco. Por toda minha vida tentei não ser como minha mãe,
sempre dizendo não para as coisas, sempre tentando ser
responsável. Pela primeira vez na minha vida, ia ser imprudente.
Eu vou dizer sim a tudo o que acontecer, e vou me divertir.

Pacey e eu estávamos dançando. Foi muito bom finalmente


baixar a minha guarda, finalmente relaxar. Eu estava um pouco
tonta, mas definitivamente não bêbada. Alguns caras vieram e nos
cantaram, mas Pacey espantou-os com alguns olhares
direcionados.

— Nenhum pedaço de carne tranqueira. — ela gritou no meu


ouvido. — Estamos procurando coisa de primeira.
— Por que a metáfora de carne? — Eu perguntei.

— Você realmente precisa perguntar?

Eu fiz uma careta e balancei minha cabeça. Ela riu alto e girou.
Eu podia sentir a música entrar em mim, me fazendo sentir solta e
bem. Todos à nossa volta estavam dançando descontroladamente,
casais, jovens e sexys. A maioria das pessoas tinha uma bebida em
sua mão, senti como se eu finalmente pudesse me misturar na
multidão.

Pacey me agarrou e girou novamente, fazendo-me tropeçar,


enviando alguns passos de distância.

Ela gritou algo, mas seu grito ficou perdido com a música alta.

Eu olhei através do assoalho.

Foi a primeira vez que o vi. Olhei por acaso, totalmente por
engano, esse erro iria mudar minha vida.

Senti um calafrio descer pela minha espinha. Seu rosto


esculpido, olhos azul ardósia, seu cabelo escuro e curto. Ele usava
um terno perfeitamente adaptado para o seu corpo musculoso,
seus lábios cheios, perfeitos, se transformaram em um leve sorriso
quando retornou meu olhar.

Então Pacey voltou, dançando comigo novamente.

Eu balancei minha cabeça, tirando a imagem do homem da


minha mente. Havia centenas de pessoas no clube, então imaginei
que nunca mais o veria.

Eu estava absolutamente errada.

Cinco minutos depois, senti a mão de alguém nas minhas


costas. Vi o rosto de Pacey começar a se contorcer em seu olhar
sujo normal, mas ela parou de repente. Eu me virei e olhei.

Era ele, o homem de terno.

Ele sorriu para mim. — Dança comigo? — ele perguntou.

Eu olhei para Pacey. Que me olhava atordoada.

Eu sabia que já tinha tomado à decisão assim que senti a mão


dele em mim. Isso causou arrepios nas minhas costas, um olhar em
seus olhos apenas confirmou. Ele era deslumbrante, bonito e sério,
o tipo de cara que eu sempre imaginei, mas nunca realmente
conheci.

E eu decidi dizer sim. Não há mais como evitar a diversão,


porque eu tinha medo de ser como minha mãe.

— Tudo bem. — eu disse.

Ele pressionou seu corpo contra o meu. Pacey se derreteu na


multidão, desaparecendo de vista. Por alguma razão não me
importei, comecei a dançar com meu belo estranho.
— Eu vi você me encarando. — ele disse no meu ouvido.

— Eu não estava.

— Você estava. Está bem. Eu gosto que você me queira.

— Eu não quero você. — Ele estava sendo tão convencido.

— Qual o seu nome?

— Natalie.

— Natalie. Eu sou Lucas Barone.

— Prazer em conhecê-lo.

Eu podia sentir seu sorriso arrogante contra a minha orelha.


— Eu sei que está.

Continuamos dançando, nossos corpos pressionados juntos.

Eu não tinha ideia onde estava me metendo. Não me importei


e me recusei a pensar nisso. Em vez disso, estava me divertindo,
permitindo finalmente relaxar.

E Lucas parecia legal.

Bonito e confiante, talvez até arrogante, mas legal.

Cara, eu estava tão errada sobre isso.

— Você sabe que é a coisa mais sexy daqui? — ele me disse.


— Esse vestido me faz querer arrancá-lo. Isso me faz querer
provar você. — ele disse.

Enquanto dançávamos, falou coisas que ninguém nunca havia


dito antes, coisas que fizeram meus joelhos parecerem fracos e
meu corpo parecer elétrico.

Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade,


perguntou se eu queria ver mais de Vegas, eu sabia que deveria
dizer não.

Ele era um total estranho. Não o conhecia. Mas ele estava tão
confiante, tão arrogante, e tinha aquele estilo irresistível.

Então, em vez de fazer a coisa responsável, eu disse sim.


Enviei uma mensagem rápida para Pacey, depois deixei que ele
segurasse minha cintura e me levasse para a noite fria de Vegas.

Eu não esperava a limusine. Ou os guarda-costas.

Eu não esperava nada.

Como eu poderia saber?


Capítulo Dois
LUCAS

— Você é responsável por esta família há muito tempo,


Lucas. — Eu olhei para o velho, mantendo meu rosto passivo,
tentando não deixa-lo saber o quanto ele me enojava. O quarto
cheirava a madeira polida e fumaça de charuto, assim como ele.
— Você acha que pode assumir os negócios da maneira
como está se comportando?
— Eu sou eficiente. — Eu sorri um pouco.
— Você é brutal e violento. É o que dizem os capitães, pelo
menos. Sim, você faz seu trabalho e costuma fazê-lo muito bem.
Mas você dá muita atenção à família e sabe disso.
Foi o mesmo argumento que eu ouvi várias vezes.
Meu pai era velho Ele fazia parte da velha guarda e estava
subindo lá em anos. Não importa quantas namoradas jovens ele
tivesse, ele ainda era um homem velho.
— Você precisa se acalmar — ele disse. — Você precisa se
tornar um homem respeitável.
— Eu sou respeitável — eu disse suavemente.

— Não do tipo que deveria ser.


Não estou interessado no que o meu pai pensa. Eu tinha o
respeito dos chefões, dos soldados e dos capitães. E, se não o
respeito, então o medo. Dirigi minha operação com seriedade e
brutalidade, ninguém me questionou.

Ninguém, exceto meu pai, o chefe da família de crimes


Barone.
— Filho, você não pode assumir minha posição do jeito
que está agindo. Simplesmente não pode acontecer.
Eu zombei dele. Como ele ousa dizer que não poderei
assumir o negócio? Eu estava administrando o negócio
essencialmente sozinho, enquanto ele engordava sua bunda
preguiçosa. Eu estava nas ruas lutando por ele, pelos negócios,
dia após dia. Talvez ele discordasse dos meus métodos, mas os
resultados falaram por si.
— Você não pode impedir isso, velho. — eu disse.
— Eu posso. — ele respondeu sua raiva aumentando. — E
eu vou. A menos que você faça o que eu digo.
— E o que você quer que eu faça pai?
— Se casa.
Eu olhei para ele, surpresa. — Casar? Você está brincando?
Ele suspirou.
— Você é muito louco, Lucas. Você está correndo como se
fosse invencível. Você precisa de uma família para amolecê-lo.
Eu ri alto do absurdo e da hipocrisia.
— Você está solteiro há anos, pai, e acha que preciso de
uma esposa?
— Sua mãe faleceu, Deus abençoe sua alma. — Ele fez uma
pausa, sorrindo. — Mas eu não estou mais solteiro.
Isso me fez parar. — Do que você está falando?
— Isso ainda não foi divulgado, mas será em breve. Você
se lembra de Camilla?
Eu assenti. — Claro. Aquela estrela de reality show que
você estava transando.
Sua raiva voltou. — Ela é sua madrasta agora e você a
respeitará.
Eu fiquei boquiaberto, sem saber se queria rir ou gritar.
Como o velho podia ser tão estúpido? Camilla Taylor era uma
festeira e socialite notória, apesar de ser mãe e ter quarenta
anos. Ela era vinte anos mais nova que meu pai, também já
herdou uma fortuna e gastou tudo em roupas, casas e carros
caros.
Ela era uma escavadora de ouro. Todo mundo sabia disso.
Todo mundo, exceto meu pai, aparentemente.
— Agora que eu estou casado, você também estará —
continuou ele.
— Se você deseja herdar minha posição, você se casará
em breve.
Levantei-me, balançando a cabeça com nojo. — Não
acredito que você se apaixonaria por uma aproveitadora como
Camilla Taylor.
Ele bateu com o punho na mesa.
— Não fale dela assim novamente, Lucas. Você me ouviu?
— Ouço apenas o barulho de um velho seco.
— Você vai se casar! — ele gritou comigo quando eu saí do
escritório. — Você vai se acalmar ou será posto de lado!
Enquanto eu caminhava pelos corredores da propriedade
da família em Chicago, suas palavras continuaram ecoando nos
meus ouvidos.
O velho tolo queria que me casasse. Ele pensou que o
casamento poderia me acalmar, mas ele estava errado.
Eu não ligo para o casamento. Peguei as mulheres que
queria e segui em frente, sempre uma nova. Eu nunca conheci
uma mulher que pudesse me atrair por mais que um único
segundo do que desejava.
Eu simplesmente possuía o que queria. Não podia
imaginar me casando.
E, no entanto, o velho ainda estava no comando da Família,
por mais que eu odiasse admitir. Um dia ele seria velho e
enfermo para fazer muito, mas agora ele ainda era respeitado o
suficiente para manter o controle.
Uma ideia perversa veio à minha mente e podia sentir a
formação de um sorriso em meu rosto.
Se o pai queria que eu me casasse, me casaria. Essa era sua
única ordem, não era? Tudo o que eu precisava era de uma
certidão de casamento, então terei feito o que me pediu e ele
terá que cumprir o que me prometeu.
De qualquer forma, o que o casamento é, uma promessa
vazia feita a uma mulher que só queria seu dinheiro?
Nem mesmo o casamento poderia me atrasar. Eu era
Lucas Barone, herdeiro da família Barone.
Ao reservar meu voo para Las Vegas, eu ri.
Encontrarei minha esposa. Caso, faço minha, depois
tomava o controle da Família.
Vegas era o lugar perfeito para encontrá-la.
Saí da limusine e olhei para a fila em frente ao meu clube
favorito. Era exclusivo e difícil de entrar, mas todos os
seguranças me conheciam. Além disso, eles eram bons em
deixar entrar mulheres atraentes, exatamente o tipo de coisa
que eu estava procurando.
Hora de encontrar uma esposa, pensei. Eu dei um aceno
para meu segundo no comando e ele sorriu de volta.

— Vejo você lá dentro, Vince.


— Sim, chefe.
Não precisava de guarda-costas nem nada do gênero, mas
gostava do Vince. Ele estava comigo há muito tempo e era
basicamente o meu segundo no comando. Era bom ter pessoas
por perto, especialmente pessoas leais e armadas.
Fui em direção à entrada e o segurança acenou a cabeça
para mim.
— Senhor Barone — ele disse.
— Jimmy. — Eu sorri para ele. — Talentos hoje à noite?
Ele sorriu enormemente. — Muitos talentos. Você ficará
satisfeito.
Entreguei uma nota de vinte quando passei.
Uma vez lá dentro, deixei a batida tomar conta de mim.
Eu não amava clubes. Não gostava de multidões, dos
idiotas, das garotas sem graça, da equipe chata. Mas não havia
lugar melhor no mundo para escolher o tipo de garota com
cabeça vazia da qual eu precisava.
Eu rapidamente entrei na área VIP e tomei uma bebida.
Ainda estava calmo, porem, lotado. Eu me perguntei
brevemente se eles haviam baixando seus padrões, mas isso
não importava. Eu não era como todos os outros idiotas ricos e
mimados ao meu redor. Eu trabalhei para conquistar o que
tenho. Mesmo se meu pai não fosse o chefão da Família, eu
ainda estaria andando pelas ruas. Eu tinha uma mente melhor e
um braço mais forte do que qualquer outro idiota por aí.
Logo me vi observando a pista de dança. Talentos, como o
segurança disse, mas nada me interessava. Eu dei a volta no bar
novamente.
— Como vai, chefe?
Eu olhei e acenei para Vince. — Não é o melhor do mundo.
— Serio? — Ele olhou ao redor. — Parece muito bom por
aqui.
— Estou procurando um tipo específico de mulher hoje.
— Que tipo?
Eu olhei para ele. — Burra e fácil. — Fiz uma pausa e ri. —
O tipo de mulher que se casaria com um mafioso como eu, sem
conhecê-lo.
— Eu acho que você encontrará isso, chefe.
— Veremos.
Ele se recostou no balcão e cruzou os braços. Bom e velho
Vince. Eu esperava que ele tivesse transando esta noite.
Voltei para a pista de dança, deixando as ondas de música
e movimentos tomarem conta de mim.
Foi quando eu a vi.
Lábios carnudos. Olhos verdes. Longos cabelos castanhos.
Pálida, mas de uma maneira bonita. Ela parecia linda demais
para o clube, quase normal, como se ela não estivesse se
esforçando tanto.
Por alguma razão, senti meu pau começar a se mexer. De
relance, eu já estava ficando duro por ela. Havia algo em seu
olhar que me atraiu em sua direção. Ela rapidamente desviou o
olhar, mas já era tarde demais.
Não havia como voltar atrás. Eu estava muito curioso.
Movi-me pela multidão e finalmente a encontrei. Ela
estava dançando com uma amiga, uma garota loira e alegre que
parou e me encarou assim que eu parei atrás delas. Coloquei
minha mão nas costas da garota e ela se virou lentamente para
olhar para mim.
Eu conhecia a expressão no rosto dela.
O nome dela era Natalie. E não demorou muito para
dançarmos antes de deixarmos o clube, indo para a minha
limusine.
— Belo carro. — ela disse sorrindo incerta.
— Não ando em Las Vegas de nenhuma outra maneira. —
eu disse.
— O que você é, rico ou algo assim?
Eu sorri sugestivamente para ela. — Ou algo assim, sim.
Ela mordeu o lábio. — Onde estamos indo?
— Vou te contar. — falei, aproximando-me dela. — Mas
você precisa entrar primeiro.
— Eu não sei. Eu geralmente não pego carona com
estranhos.
— Ah, tenho certeza que você está acostumada a andar. —
eu disse. — De fato, você pode me mostrar exatamente como
você pega.
Ela balançou a cabeça. — Eu não sei.
— Você pode sair quando quiser, mas acho que isso será
divertido.
Por um segundo, pensei que ela fosse dizer não. Eu podia
ver nos olhos dela. Mas de repente sua expressão mudou,
endureceu e ela assentiu.
— OK. Vamos lá.
Entramos na limusine e eu servi um pouco de champanhe.
O motorista abriu a janela.
— Senhor?
— Dirija um pouco.
— Sim senhor.
O divisor fechou e eu olhei para Natalie. — A você e eu,
Nat. — Tocamos as taças.
— Ok, agora, me diga para onde estamos indo.
— Pelo que Vegas é mais conhecida? — Eu perguntei a ela,
sentando perto.
— Cidade do Pecado. — ela disse rindo.
Eu sorri para ela. — Claro, pecado. O que mais?
— Hmm. Jogos de azar. E casamentos rápidos.
— Você já jogou hoje à noite?
Ela assentiu. — Pacey me levou. Ela é muito boa nisso.
— Então você jogou.
Ela assentiu novamente. — Sim.
— Que tal você se casar então?
Eu assisti a expressão em seu rosto mudar. — O que você
quer dizer?
— Escute querida. Em Las Vegas, o casamento é rápido e
barato. Não precisa ser real, mas nunca fiz isso antes. Você já?
Ela riu incerta. — Ter se casado antes?
— Sim
— Não, nunca me casei.
Coloquei minha mão em sua coxa, bebendo minha bebida.
— Vamos nos casar.
Ela riu, balançando a cabeça. — De jeito nenhum. Isso é
loucura. Você está falando sério?
— Muito sério. — Eu me aproximei um pouco. — Adoraria
ver como você é na sua noite de núpcias.
— Nós não podemos nos casar. Eu nem te conheço.
— Você sabe meu nome. Você sabe como eu sou. O que
mais você precisa?
Ela passou o dedo pela borda do copo. — Eu não sei. Qual
é a sua profissão?
— Eu administro algumas empresas.
— Parece sombrio.
— Isto é.
Ela riu, sem saber se eu estava está brincando. — Tudo
bem, mas você também não sabe nada sobre mim.
— Eu sei o suficiente. Eu sei que você era a garota mais
sexy do clube lá atrás. Sei que você é inteligente, honesta e
aposto que está molhada como o inferno.
— Eu não estou molhada. — ela disse rapidamente.
— Serio que você não está. Aposto que você também está
se perguntando se sou totalmente louco e estou dizendo a
verdade.
— Mas por que? — ela disse suavemente.
— Porque eu quero uma nova experiência, e você é ela. —
Eu beijei seu pescoço gentilmente, e ela soltou um gemido
suave.
— Eu quero experimentar você, Natalie.
— Eu não sei.
Minhas mãos subiram por sua coxa. — Eu sei.
Ela colocou os braços em volta do meu pescoço. — Por que
eu?
— No segundo em que eu te vi, eu sabia que queria você.
Eu encontrei sua boceta, quente e molhada. Eu sabia que
ela estava praticamente implorando por isso, mas eu não tinha
ideia de como ela ficaria encharcada.
— Diga sim. — eu sussurrei enquanto a esfregava
suavemente.
— Eu não sei. — ela gemeu.
— Case-se comigo, Natalie.
Ela hesitou quando eu deslizei meus dedos pela calcinha e
toquei seu clitóris, esfregando suavemente.
— Tudo bem. — ela disse.
Eu a beijei com força, me perdendo.
Capítulo Três
NATALIE
Acordei com um sobressalto. Por um segundo, pensei que
estava de ressaca. Mas rapidamente percebi que não havia bebido
tanto na noite anterior. Olhei em volta do meu quarto de hotel e
sorri para o rosto de Pacey.
E então o que aconteceu veio à tona.
Lucas, a limusine, a cerimônia.
Ele era misterioso, sexy e incrível. Eu não podia acreditar que
fiz isso, mas foi além da noite mais emocionante da minha vida.

E começou com os dedos no meu clitóris, me esfregando em


círculos agonizantemente incríveis.

Ele me beijou forte e o beijei de volta, com fome, mais


faminta, quando pressionou contra mim seus dedos trabalhando
na minha boceta. Abri minhas pernas deixando-o me levar, não
podia acreditar que estava beijando um homem como Lucas,
deixando-o me tocar, seguindo sua liderança. Quando ele colocou
um dedo dentro de mim, senti o doce prazer balançar minha
espinha. Eu o beijei com força enquanto ele me tocava.

— Isso é apenas um gosto, Natalie. — ele sussurrou em meu


ouvido enquanto esfregava meu clitóris.
— Isso é apenas um pouco do que quero fazer você sentir.
O prazer foi avassalador. Minha boceta estava encharcada,
desde que começamos a dançar. Eu não queria dizer não, não podia
dizer não. Embora o que ele estava sugerindo era loucura.
Casar com ele? Não poderia ser real. Certeza que não poderia
ser.
Mas do jeito que fez minha boceta ficar molhada, do jeito que
minha cabeça girou quando ele sussurrou palavras sujas nos meus
ouvidos, simplesmente não conseguia me conter.
Eu estava dizendo sim.
O orgasmo balançou através do meu corpo. Eu gozei em seus
dedos. Ele sussurrava no meu ouvido o tempo todo, palavras sujas,
enquanto gozava com força.
— Goze em minhas mãos, Natalie. Eu amo essa boceta lisa.
Goze para mim agora e eu vou fazer você minha noiva. Então eu
farei você sentir coisas que você não sabia que podia sentir. Vou
deslizar meu pau grosso entre suas pernas, te foder até seus
joelhos tremerem.
O orgasmo balançou através de mim, enrolou minha espinha.
Eu estava flutuando em nuvens. Que orgasmo. Apenas em seus
dedos. Meu único orgasmo da noite.
Eu balancei minha cabeça, olhando para a janela. Eu não tinha
certeza de que horas eram. Parte de mim não conseguia acreditar
no que tinha acontecido.
Eu ainda não sabia o sobrenome dele.
— Nat? — Olhei para o lado, Pacey estava acordada. — De
onde você veio?
— Oi Pacey.
Ela sentou-se, com a cabeça nas mãos. — Eu me sinto uma
merda.
— Eu sei. Eu vi o vômito no banheiro.
Ela fez uma careta. — Oh Deus. Eu sinto muito.
Eu ri. — Está bem. É Vegas, certo?
— Falando nisso. — Ela olhou para mim, sorrindo. — O que
aconteceu com você ontem à noite?
Abri minha boca, mas parei. Como poderia explicar isso a ela?
Bem, casei com um cara, mas fiquei apavorada após a cerimônia e
o fiz me levar para casa. Não consigo dizer isso, mas não queria
mentir.
— Nada realmente aconteceu. — eu disse, dizendo uma meia-
verdade. — Não dormimos juntos nem nada.
— A sério? — Ela pareceu genuinamente surpresa. — Aquele
cara era lindo, Nat. Por que não?
— Bem — eu disse devagar — Ficou um pouco estranho, eu
acho. Me assustei, ele meio que foi muito rápido.
Ela suspirou. — Típico — ela disse, resmungando. — Um cara
quer fazer mais do que beijar você e você está surtando de repente.
Eu assenti timidamente. — Eu sei, foi tolice minha.
— Ugh, eu preciso lavar esse gosto de vômito da minha boca.
Ela se levantou e entrou no banheiro.
Eu me senti mal por esconder a verdade dela, mas era muito
cedo e muito estranho. Fiquei pensando na maneira como ele me
pegou, com tanta confiança e seriedade e no que aconteceu depois.
Fiquei pensando no reverendo vestido de Elvis. Sobre os
votos, a cerimônia, o beijo. Parecia falso, mas eu sabia que essas
coisas eram realmente legais em Las Vegas. Depois, pedi para ele
me levar para casa. Ele apenas concordou e me deixou,
desaparecendo tão misteriosamente quanto apareceu.
E, no entanto, eu não conseguia parar de pensar em seu beijo,
seu toque. Era viciante e incrível, nunca me senti assim antes com
qualquer outro cara que já estive.
Lucas não era um cara; ele era um homem. Uma raça de
homem totalmente diferente do que já vi antes.
Ouvi Pacey escovando os dentes no banheiro, então
rapidamente verifiquei meu telefone. Quando deixei a limusine
ontem à noite após a cerimônia, dei meu número a Lucas.
Não há chamadas ou textos de números desconhecidos. Mas
havia uma mensagem de voz da minha mãe.
Fiquei um pouco decepcionada, mas o que eu esperava? Eu
deixei o cara me tocar, me casei com ele, depois me apavorei e fugi,
tudo dentro de algumas horas.
— Você está pronta para sair daqui?— Pacey disse,
encostada na parede.
— Estou, mas você definitivamente não parece.
— Eu só preciso do café da manhã. — ela disse. — Um café da
manhã enorme. E vodka.
Eu ri. — Sem vodka para você. Vamos voltar para casa hoje
lembra?
— Não me lembre.
Ela voltou para o banheiro e ouvi o chuveiro continuar.
Curiosa, mas também temendo, toquei na caixa postal para
ouvi a mensagem da minha mãe e segurei o telefone no ouvido.
Natalie? Ugh, eu odeio deixar mensagens, mas isso é
importante. Você está voltando para casa, certo? Você pode ter visto
algumas coisas nas revistas de fofocas. É muito importante que você
me ligue imediatamente. Te amo!
Eu fiz uma careta para o telefone e ouvi a mensagem
novamente, um sentimento ruim crescendo em meu peito. Mamãe
normalmente nem falava sobre as revistas de fofocas, então era um
pouco incomum que ela os mencionasse especificamente. Procurei
o nome dela e liguei de volta.
— Olá? Natalie? — Ela atendeu no segundo toque.
— Oi, mãe — eu disse.
— Onde você está?
— Estou em Las Vegas agora. Eu te falei isso.
— Oh. — Eu podia ouvir o aborrecimento em sua voz, mas eu
tinha dito a ela. Eu enviei uma mensagem, liguei e enviei um e-mail
com o meu itinerário, mas obviamente ela não prestou atenção
nele.
— Bem, eu tenho algumas notícias importantes.
— O que aconteceu?
— Nada aconteceu. — ela disse. — Nem tudo é ruim, sabe.
— Desculpe, mas a última vez que você disse isso, você estava
presa.
— Isso foi apenas uma vez. — ela resmungou. — E de
qualquer maneira, isso está tudo no passado agora.
— O que você quer dizer?
— A bebida, a festa. Inferno, até a TV. Está tudo acabado.
Senti aquele sentimento de pavor crescendo cada vez mais. —
O que está acontecendo, mãe?
— Eu me casei, querida.
Pior pesadelo confirmado. — Com quem?
— Um homem incrível. Seu nome é Arturo. É um empresário
de Chicago e estávamos nos vendo muito ultimamente. Oh,
desculpe-me por não convidar você para o casamento, mas foi uma
coisa do tipo rápido. Você entende?
Eu mal estava ouvindo. Minha mãe costumava divagar
quando se sentia desconfortável e começou a me contar tudo sobre
o casamento. Eu parei de ouvir quando ela me disse que se casou
novamente.
Eu não podia acreditar. Depois que papai morreu e deixou
sua fortuna, nunca pensei que ela iria se casar de novo. Ela parecia
tão triste, tão chateada. Eu sempre achei que o fato dela atuar,
sendo uma estrela de TV, era apenas uma maneira de fugir de sua
dor.
E, no entanto, aqui estava ela, casada de novo.
Eu me senti furiosa e traída.
Mas não deveria. Ela é uma mulher adulta que podia tomar
suas próprias decisões. Além disso, papai morreu há muito tempo.
Mesmo que mamãe tenha tomado muitas decisões ruins, não é
realmente uma pessoa ruim.
— Estou muito feliz por você. — disse finalmente durante
uma breve pausa.
— Oh, estou tão feliz em ouvir isso. — ela disse. — Há mais
uma coisa.
— O que?
— Bem, eu vou me mudar para a propriedade dele.
— A propriedade dele?
— Sim. É bem fora da cidade, e é tão adorável. Muita terra,
animais, tudo isso. Você realmente vai adorar querida.
— Espere o que?
— Ele diz que você pode ter uma ala inteira só para você, se
quiser. Há trilhas para caminhadas e um pequeno lago.
— E a nossa casa?
Houve uma pausa do outro lado.
— Bem, eu vendi querida.
— O que?
Minha casa de infância. Ela vendeu minha casa de infância?
— Sinto muito, mas Arturo disse que não era mais apropriado
possuir minha própria casa. Nós não precisamos disso querida.
— Como você pode? — Soltei, raiva finalmente vencendo. —
Como você pode se casar de novo e vender a casa sem sequer falar
comigo?
— Querida. — ela disse lentamente, — eu sei que isso é muito
para processar. Aconteceu tão rápido.
— Não, mãe. — eu gritei — Você estragou tudo. Você é
irresponsável, um desastre de trem, a pior mãe que se pode
imaginar. Eu pensei que foi ruim quando você foi presa por drogas,
mas isso? É muito pior. Isso é uma traição.
— Querida. — ela disse com mais firmeza, — podemos
conversar sobre isso quando você estiver em casa. Quando você se
acalmar.
— Eu não vou me acalmar. — eu disse.
— Vou mandar o pessoal do Arturo pegar você no aeroporto.
— Mamãe.
— Adeus. — E desligou.
Eu olhei para o meu telefone, minha boca aberta.
Em questão de minutos minha vida foi repentinamente
jogada no caos. Tudo o que eu pensava que sabia da minha vida
mudou de repente. Eu não tinha mais minha casa e minha mãe se
casou com um homem sobre o qual eu não sabia absolutamente
nada.
— Você está bem? — Pacey perguntou.
Eu olhei para ela, meu rosto pálido. — Ela vendeu minha casa
e casou com um cara.
— Eu ouvi. Eu sinto muito.
Ela se aproximou e jogou os braços em volta de mim.
— Este verão vai realmente ser péssimo. — eu disse depois
de um minuto.
Pacey riu. — Sim. Este verão vai realmente ser péssimo.
Capítulo Quatro
LUCAS

Eu Acordei grogue na minha enorme cama em Vegas e rolei


para o lado. Eu estava visivelmente sozinho e passei a noite de
núpcias bebendo um bom uísque com Vince.

Minha noite de núpcias.

Eu, Lucas Barone, me casei. Ri comigo mesmo com o


pensamento. Claro, a garota realmente não achou que era real, ou
talvez sim, e simplesmente não se importou. Mas eu tenho a licença
de casamento para provar isso.

Aquele casamento, embora extravagante e estúpido, foi muito


real.

Fiquei um pouco decepcionado com a forma como a noite


terminou. Natalie era sexy, toda fofa e inocente, mas profissional.
Ela estava gemendo meu nome e gozou intensamente assim que
coloquei meus dedos em sua pequena boceta encharcada. Eu tinha
assumido que ela estava pronta para querer mais.

Mas assim que terminamos a cerimônia, ela enlouqueceu,


disse que queria ir para casa. Eu não era do tipo que obrigava uma
dama a nada, e na verdade tinha algum respeito por ela, então a
deixei como prometido.

Mas porra, eu ainda a queria. Meu pau estava duro contra os


lençóis macios enquanto eu pensava sobre o corpo dela dançando
contra o meu no clube.

Eu sabia que a queria no segundo em que a vi. Aqueles lábios


carnudos pareciam que foram feitos para chupar meu pau, queria
ir fundo na sua garganta.

O simples pensamento disso me deixou louco. Embaixo dos


lençóis comecei a me acariciar.

Natalie não tinha ideia do que estava perdendo. Poderia ter


fodido sua boceta doce por horas em meu quarto luxuoso. Eu
adoraria tirar toda a sua roupa e vê-la corar enquanto falava sujo
no seu ouvido.

Imaginei deixá-la montar meu rosto enquanto me


masturbava. Depois que a deixasse molhadinha e pronta para
gozar novamente, enfiaria meu pau tão profundamente em sua
boceta lisa e a foderia com força, mas devagar.

Queria que ela implorasse por isso, afinal. Depois que ela
gozasse pela segunda vez, seu corpo estaria sob o meu controle.
Não gozaria ate que a deixasse perdida e tremendo de tanto prazer
que esqueceria seu próprio nome.

Isso aconteceria, assim como sempre acontecia. Eu


trabalharia no seu doce corpo, repetidamente, a faria suar, a faria
implorar. Ela nunca esteve com um homem como eu antes,
insaciável, duro e sempre pronto para fazê-la gozar.

Eu queria ter aquela bunda contra meu pau. Queria que ela
implorasse que eu finalmente gozasse. Ela imploraria para encher
sua boceta com meu gozo.

Natalie parecia tão inocente, mas seria minha vagabunda nos


lençóis. Estava preste a gozar, apertei meu pau, pensando em fodê-
la com força por trás, batendo em sua bunda, fazendo-a minha.

Finalmente, gozei, jogando meu esperma em um lenço de


papel.

Porra. Seria muito melhor se fosse à pequena boceta apertada


da Natalie.

Limpei-me e rolei para fora da cama, indo para o chuveiro.

Eu tinha o número de Natalie, mas por que me preocupar? Ela


deixou claro que não estava interessada na noite anterior. Não sou
do tipo que dá uma segunda chance, de qualquer maneira. Além
disso, consegui o que precisava dela. Não há razão para continuar.

Entrei no chuveiro, ainda pensando sobre a como ela estava


na limusine. Talvez eu estivesse perdendo algo também, nunca tive
a chance de transar com ela.
Mas tudo bem. Você não consegue consertar o passado. Você
só pode seguir em frente.

Horas depois, a mansão Barone estava praticamente vazia.


Eram cerca de oito da noite e a maioria dos caras já foram embora.
A equipe ainda permanecia, além dos guardas armados de sempre,
mas praticamente se misturavam a mobilha.

Eu me senti muito bem.

Claro, eu não consegui transar com Natalie, mas quem se


importava? Havia muitas outras mulheres em Chicago com quem
posso dormir. Não era como se eu tivesse algum problema em
encontrar uma parceira disposta e atraente para me chupar.

Melhor de tudo, eu tenho minha licença de casamento para


enfiar na cara do meu pai. Ele seria forçado a recuar com base em
sua própria lógica absurda.

Só porque ele finalmente se casou com uma de suas muitas


prostitutas não significava que todos precisávamos nos casar. Ele
era simplesmente obsoleto, e eu só precisava brincar com seus
jogos bobos por tempo suficiente para fazer a minha jogada e
finalmente assumir o controle da família.

Andei despreocupado pelos corredores mal iluminados. A


casa dos Barone era enorme, três alas, três andares e cheia de todo
luxo e ostentação.
Nós éramos a máfia old-school2. Talvez não nos chamássemos
mais de máfia, ou pelo menos, não abertamente, mas éramos. E nós
somos uma das famílias mais bem-sucedidas da história.
Definitivamente, éramos a família mais antiga ainda em operação
que restava na área de Chicago, tínhamos o controle da grama mais
lucrativa em toda a cidade e nos subúrbios.

Eu não tinha necessariamente um gosto caro, mas entendi o


motivo.

Precisávamos exalar poder. E nada dizia poder como, um uso


absurdo da riqueza. Tudo na mansão Barone gritava dinheiro, sexo
e poder.

Eu pretendia totalmente manter essa tradição quando


estivesse no poder.

O escritório do meu pai ficava na ala leste, no segundo andar,


nos fundos. Parei e bati na porta.

— Entre — eu o ouvi gritar.

Empurrei a porta. — Boa tarde, pai.

— Lucas. A que devo o prazer? — ele disse, distraído. Ele


estava olhando algo em sua mesa e nem se deu ao trabalho de
olhar para cima.
2
Máfia old-school - Traduzindo, poderíamos dizer que significa antiga escola ou velha guarda. No entanto, seu
significado vai muito, além disso. É um estilo de como as famílias mais antigas vivem, com seus costumes e
protocolos. E ainda assim são respeitadas por todos do meio.
Fechei a porta atrás de mim enquanto entrava. Sentei-me em
uma das poltronas e cruzei as pernas, saboreando o momento.

— Nada de especial — eu disse. — Só pensei em fazer uma


visita.

— Ótimo — ele murmurou. — Bom. Estou feliz por você estar


aqui.

Isso me deixou curioso. — Por quê?

— Sua madrasta e sua nova meia-irmã vão se mudar amanhã.


— ele disse. — Eu já falei sobre elas?

— Você mencionou a nova esposa. — eu disse, irritado. Ele já


tinha esquecido a nossa conversa?

Ele olhou para cima.

— Sim eu falei. — Ele fez uma pausa. — Bem, espero que você
seja respeitoso com ela, pois agora faz parte da família. E tem todos
os privilégios da propriedade, assim como sua nova meia-irmã.

— Meia-irmã. — eu disse, rindo. — Como ela é?

— Não posso dizer muito. — ele disse. — O nome dela é


Natalie. Linda garota, vai para a faculdade. — Ele pegou o telefone
e tirou uma foto. — Aqui. Esta é ela e sua mãe.

Meu coração quase parou quando peguei o telefone dele.


Olhando para a tela estava uma foto da minha esposa.

A foto provavelmente tinha um ano ou dois, mas


definitivamente era ela. Eu mal pude acreditar. A Natalie que eu
conheci na noite anterior certamente não era como a mãe. Onde
Camille Taylor era ousada e barulhenta, Natalie era quieta e
recatada, quase tímida.

— Lucas? — meu pai perguntou. — O que há de errado com


você, garoto?

— Nada — eu disse rapidamente, devolvendo o telefone para


ele.

De repente, a licença de casamento no meu bolso era como


fogo ardente.

— Então, por que você queria me ver? — ele perguntou.

— Ah. — eu disse. — Eu queria verificar o Carosi.

Ele estreitou os olhos. — Você sabe que está indo bem.

— Bom — eu disse, assentindo. — Bem. Tenha uma boa noite.

— O que você tem? — ele perguntou de novo. — Você está


escondendo algo de mim.

Eu balancei minha cabeça. — Ainda de ressaca, eu acho.


Acabei de voltar de Las Vegas.
Ele fez uma careta. — Ainda está desperdiçando meu
dinheiro.

— Meu dinheiro — eu disse. — Cada centavo, eu ganhei.

— Ok, tudo bem. — Ele voltou ao que estava examinando


antes. — Seja gentil com sua nova meia-irmã.

— Claro. — Fiz uma pausa, sorrindo. — Ela é da família agora.

Eu me virei e saí o mais rápido que pude. Andei pelo


corredor, virei e me inclinei contra um pilar.

Risos saíram violentamente fazendo todo meu corpo tremer.


Um guarda próximo olhou em minha direção como se tivesse
subitamente crescendo uma segunda cabeça em mim.

Que virada absurda dos acontecimentos. Minha nova meia-


irmã era a mesma mulher que eu conheci em um clube
completamente aleatório, e a mesma mulher com quem me casei
para irritar meu pai.

Mas eu não podia contar a ele sobre isso agora. Ainda não,
pelo menos. Talvez eu pudesse usá-lo um dia, mas agora seria um
desperdício.

O mais importante de tudo, porém, era que Natalie viria


morar conosco. Em apenas algumas horas, minha meia-irmã, não,
minha esposa ia ficar em nossa casa. Poderia vê-la sempre que
quisesse.

— Será um ótimo verão — eu disse ao guarda.

— Claro, senhor — ele murmurou.

Eu me afastei, sorrindo.
Capítulo Cinco
NATALIE

Em casa novamente. Ou pelo menos o que restou.

— Você pode me ajudar com esta caixa, querida?

Larguei minha própria bolsa no chão enquanto minha mãe


enfiava uma caixa nos meus braços.

— É bom ver você também. — eu disse a ela.

— Bem-vinda em casa. — Ela sorriu e beijou minha bochecha.

— Agora, naquele caminhão ali.

Eu levei a caixa para onde estava apontando, um cara pegou e


carregou no caminhão.

Minha casa de infância estava um caos. Dois caminhões


estavam estacionados na frente e homens que eu nunca tinha visto
estavam entrando e saindo, carregando coisas nos caminhões. Eu
assisti enquanto dois homens cuidadosamente içavam minha
cômoda na traseira de um caminhão.

Enquanto isso, minha mãe estava guiando todo o caos com a


precisão de um comandante militar. Ela estava dirigindo,
comandando e gritando, enquanto tentava dificultar a vida dos
pobres homens.

E eu não sabia nada sobre isso. Ela me disse que havia


vendido, mas não que não tinha se mudado. Claro que ela escolheu
o dia em que eu estava voltando para casa para se mudar quando
ela provavelmente tinha semanas, ou talvez meses.

— Mãe. — eu disse — por que você está fazendo isso hoje?


Você sabia que eu estava voltando para casa, certo?

Ela me deu um sorriso abatido. — Sim, querida, eu sabia. Mas


tudo isso aconteceu tão rápido, o comprador quer se mudar
amanhã. Então aqui estamos nós.

Suspirei. — E todas as minhas coisas?

— Querida, você vai adorar a nova casa. É absolutamente


enorme e os jardins são incríveis.

Eu sabia que discutir ou reclamar não me levaria a lugar


algum. Ela rapidamente se afastou, já discutindo com uns caras que
não estavam tratando sua preciosa mesa de café com respeito
suficiente.

Eu não conseguia imaginar onde estaríamos guardando todas


as nossas coisas. Provavelmente em algum galpão de
armazenamento em um celeiro nos fundos da casa principal. Pelo
que sei, estamos mudando para essa mansão, uma propriedade
absurdamente cara com praticamente todas as comodidades que
possa imaginar.

E eu odiava isso. Eu odiava que minha mãe tivesse tomado


essa decisão por mim e odiava que ela tivesse esperado até o
último momento possível para fazer a mudança. Pelo menos os
caras que me pegaram no aeroporto eram legais, apesar de terem
instruções para me deixar com minha mãe.

Aparentemente, deveríamos ir juntos ao local para fazer o


“check-in” ou algo assim. Parecia incrivelmente estranho, mas eu
estava indo com tudo por enquanto.

Francamente, não tinha outro lugar para ficar.

O dia continuou assim, enquanto os caminhões se enchiam


lentamente. Ajudei onde pude, mas principalmente fiquei fora do
caminho de todos. Minha mãe era mandona o suficiente, e os caras
não precisavam de outra distração.

Finalmente, os caminhões foram carregados. Eu fui


basicamente jogada na parte detrás de um SUV preto, minhas
malas tiradas de mim e guardadas em outro lugar. — Você não
precisa disso. — disse o sujeito enquanto os carregava.

O que diabos estava acontecendo comigo?

— Você está pronta, senhora? — nosso motorista perguntou


à minha mãe enquanto ela subia ao meu lado.
— Sim. Vamos sair.

— Ótimo. — Ele parou no trânsito e os dois caminhões


seguiram por perto.

— Mãe, por que você não me contou nada disso? — Eu


perguntei a ela, finalmente pronta para ser ofensiva.

Ela balançou a cabeça. — Eu sei, sou uma mãe horrível. Mas


me escute. — Ela pegou minha mão e parecia mais séria do que eu
já a tinha visto antes.

— Esta é uma grande oportunidade para nós duas. Arturo


pode cuidar de você e eu. Ele é um homem maravilhoso.

— Eu não o conheço — eu disse. — E por que precisamos


fazer o 'check-in' ou o que quer que seja?

— Bem, ele administra uma família muito rigorosa. Muita


segurança.

— Por quê?

Ela olhou para mim duvidosamente. — Você não sabe?

Eu balancei minha cabeça. — O que diabos está acontecendo,


mãe?

Ela olhou para o motorista, depois para mim e rapidamente


lançou um sorriso no rosto. — Nada. Nada mesmo. Estamos apenas
mudando para nossa nova casa. Você vai adorar, prometo.

Eu poderia dizer que não chegaria a lugar nenhum com ela. O


sorriso falso estava lá, o que significava que ela estava pronta para
agir, no entanto, precisava passar pela conversa.

Eu queria jogá-la para fora do carro em movimento. Em vez


disso, coloquei meus fones de ouvido e ouvi música enquanto
passeávamos pela cidade, em direção a minha nova casa.

Parecia que toda a minha vida havia mudado. Lucas


continuou invadindo meus pensamentos, apesar do enorme
estresse que eu estava passando. Fiquei pensando em seu delicioso
sorriso arrogante, seu gosto, suas mãos pelo meu corpo. Fiquei
pensando na maneira como me fez sentir.

Ele me deixou faminta por mais. E isso me assustou. Me


assustou por ter realizado uma cerimonia de casamento com ele,
me assustou que eu mal podia esperar para ele tirar minhas roupas
e me foder absolutamente sem sentido.

Sempre tive controle de mim mesma. Tentei muito ser o


oposto da minha mãe em quase todos os sentidos imagináveis. Mas
em torno de Lucas eu me sentia totalmente fora de mim, como se
eu quase não estivesse mais no controle.

E parecia muito, muito bom. Isso foi o que mais me assustou.

A cidade passava pela janela, ruas apertadas se


transformaram em avenidas mais amplas quando passamos para
os subúrbios. Demorou cerca de quarenta minutos para sair da
cidade e mais dez antes de finalmente chegarmos aos portões
absurdamente ornamentados da casa.

O carro parou na frente de uma cabine de guarda. Eu nunca


tinha visto alguém fora de uma casa residencial antes, mas lá
estava. O motorista teve uma breve conversa e depois fomos
encaminhados para dentro.

Minha boca ficou aberta quando paramos na calçada.


Gramados bem cuidados, quadras de croquet, fontes, belas árvores,
flores, arbustos e a própria casa. Era tudo enorme, incrível. Nunca
vi algo tão caro e bonito em toda a minha vida, nem mesmo quando
minha mãe ainda estava com toda a fortuna de meu pai.

Paramos do lado de fora de uma pequena ala da casa e o


motorista desceu. Ele abriu minha porta. — Me sigam senhoras.

Saímos e caminhamos atrás dele. Não pude deixar de olhar


em volta.

— Onde está Arturo? — Mamãe perguntou ao motorista.

— O senhor Barone estará aqui em breve — ele disse. — Eu


vou cuidar de vocês duas em primeiro lugar.

Barone? Por que esse nome parecia tão familiar? Não tive
tempo de pensar muito sobre isso, pois estava muito ocupada
olhando ao redor.

Fomos conduzidas para dentro da casa. Era ricamente


decorado com tapetes macios, estátuas, plantas encantadoras e
pinturas que provavelmente valiam mais do que todo o meu
guarda-roupa. Seguimos o motorista até uma pequena sala lateral,
onde ele se sentou em uma mesa.

— Ok — ele disse, — sentem-se. Vou discutir o assunto com


vocês, fazer com que as duas tenham crachás para que vocês
possam entrar e sair facilmente e responder a quaisquer perguntas
que possam ter.

O que se seguiu foi uma das experiências mais surreais da


minha vida.

Era como uma orientação em um Resort. O motorista, cujo


nome era Franklin, explicou tudo sobre os motivos. Ele nos
mostrou um mapa e apontou a piscina, as trilhas para caminhadas,
os estábulos, os celeiros de animais, os vinhedos de uvas, o
labirinto e muito mais. Ele nos imprimiu os dois cartões de plástico
que destrancariam as portas e disse que, se uma porta não
destrancava, seria considerada proibida.

A mãe não pareceu nem pensar no comentário fora dos


limites, mas isso me impressionou. Que tipo de homem de negócios
tinha partes proibidas, especialmente para sua nova enteada e sua
nova esposa? Parecia estranho, mas não tão estranho quanto
qualquer outra coisa.

Depois de talvez meia hora, Franklin terminou nossa pequena


orientação. Ele perguntou se tínhamos alguma pergunta, mas eu
estava sobrecarregada demais para fazer qualquer pergunta.

— Tudo bem. — ele disse de pé. — Me sigam. O senhor


Barone e seu filho estão esperando para cumprimentá-las.

Nós o seguimos até o corredor. Eu poderia dizer que mamãe


estava nervosa, porem borbulhava de energia. Ela continuou
arrumando o cabelo e brincando nervosamente com a bainha de
seu vestido caro e revelador. Enquanto isso estava sentindo pavor
e receio nessa ordem.

Franklin nos levou por uma série de corredores que não


faziam sentido para mim e, quando ele bateu em uma porta de
madeira ornamentada, eu estava completamente perdida.

— Entre — alguém disse de dentro.

Franklin abriu a porta. — Vão em frente. Estarei aqui se vocês


precisarem de alguma coisa.

— Obrigado Franklin, querido. — disse mamãe.

Ele sorriu para ela. Percebi pela primeira vez que Franklin era
realmente muito jovem. No carro, eu assumi que ele era um cara
mais velho. Não tive tempo de me debruçar sobre isso, pois minha
mãe me levou para a sala.

O que eu vi a seguir quase me colocou no chão.

Sentado atrás de uma grande mesa de carvalho estava um


homem mais velho. Ele era mais velho que mamãe há alguns anos,
mas parecia em boa forma. Seus cabelos escuros estavam
esbranquiçados, mas cortados curtos. Ele se levantou sorrindo. Seu
terno era caro e lhe servia bem.

— Senhoras, sejam bem-vindas.

— Arturo! — Mamãe disse, caminhando em direção a ele. Ele


saiu de trás da mesa e eles se beijaram.

Mas não foi isso que teve toda a minha atenção.

Não, era o bastardo sorridente ao lado da mesa.

Ele era tão bonito quanto eu me lembrava, se não mais. Tudo


o que tinha acontecido na noite anterior voltou a mim naquele
momento, quando seu sorriso arrogante ardeu direto no meu
rosto.

Lucas Barone. O homem da noite anterior. O homem com


quem me casei por capricho. O homem que eu pensava sem parar
desde que eu o vi.

— Lucas — Arturo o chamou — Esta é sua nova meia-irmã,


Natalie.
— Natalie — ele disse com seu sorriso irresistível e tão
irritante. — É um prazer conhecê-la.

Meu queixo caiu.

O que eu deveria dizer?

Não houve palavras. Minhas emoções eram uma bomba


dentro de mim, uma bagunça turbulenta de desejos conflitantes.

Eu queria dar um tapa nele. Eu queria gritar com ele. Eu


queria despi-lo e finalmente sentir seu pau duro entre as minhas
pernas.

Eu estava tão fodida, tão profundamente fodida.

Em vez de fazer isso, virei-me e saí, batendo a porta atrás de


mim.
Capítulo Seis
LUCAS

Eu assisti incapaz de esconder a minha diversão,


quando minha esposa saiu do escritório do meu pai.

Arturo e Camille pareciam confusos e não pude deixar de rir.

— O que é engraçado? — Arturo perguntou, irritado. — É sua


meia-irmã.

— Eu sei pai.

— Bem, se ela está desconfortável, conserte isso.

Assenti, sorrindo como um louco, que só serviu para irritá-lo


ainda mais.

— E não se esqueça do que eu disse no outro dia. —


acrescentou. — Resolva ou nada.

Camille olhou para ele. — O que quer dizer? Lucas parece ser
um menino tão doce.

Se soubesse, vagabunda,

Pensei comigo mesmo, quando passei por eles.


— Nada, querida, — disse Arturo. — Agora, vamos falar sobre
nossos planos para mais tarde...

Saí da sala, sem interesse em ouvir alguma discussão idiota


sobre o banquete comemorativo ou o que quer que eles estejam
planejando.

Eu corri, virando à direita no corredor e parei quando vi


Natalie encostada na parede, olhando para o telefone.

— Ei, mana, — Eu disse a ela, quando me aproximei.

Ela levantou a cabeça. Sua expressão era puro ódio e raiva,


quase fez meu pau endurecer. Eu amei o quão forte ela era, o quão
interessante e inteligente. Era perigoso, mas eu queria tanto domá-
la.

— Você sabia. — ela disse suavemente.

Levantei minhas mãos. — Eu juro que não.

— Você sabia. Tinha que saber. Foi por isso que me escolheu,
por isso queria se casar comigo. Foi tudo uma brincadeira
elaborada.

Eu não conseguia parar de rir, o que só fez com que ela ficasse
ainda mais furiosa.

— Isto não é uma brincadeira. — ela gritou.


— Eu sei, eu sei. — Eu disse. — Olha, juro que não sabia quem
era. Na verdade, eu só descobri sobre sua mãe e meu pai um dia
antes de ir para Las Vegas.

— Então você sabia. — puro nojo. Eu queria inclinar sua


cabeça para trás e morder seu lábio, pressioná-la contra a porta de
madeira e deslizar os dedos contra sua boceta apertada. Eu queria
fazê-la dizer meu nome.

— Eu sabia sobre sua mãe, mas não sobre você.

Ela mordeu o lábio. — Não acredito.

— Nat, por que me casaria com a minha irmã? Você tem


alguma ideia de como isso é perigoso?

Ela virou a cabeça, de repente não tendo certeza.

— Porque seria perigoso?

— Você não sabe o que fazemos. — disse baixinho, rindo. —


Você ainda não ouviu falar da minha família.

Incerteza atravessou a expressão dela, e sabia que era a


verdade.

Os Barones não eram exatamente famosos, ou pelo menos


não famosos no sentido convencional. Mas se você tivesse
qualquer dinheiro ou poder na área de Chicago, ou mesmo em
qualquer lugar, provavelmente tinha ouvido nossos nomes
sussurrados em alguns cantos escuros. Nós trabalhamos duro para
manter nosso nome fora da mídia nacional, e por isso não me
surpreende que Nat não tivesse ideia de quem éramos. Mas ainda
assim, foi quase adorável como ela era ingênua.

— Mamãe disse que seu pai era um homem de negócios. —


ela disse depois de um segundo.

— Ele é de certa forma. — Inclinei-me contra a parede ao


lado dela. — Mas você deve estar se perguntando sobre toda a
segurança.

— Eu achei que era estranho.

Eu virei minha cabeça para ela. — Você quer saber no que sua
mãe te arrastou?

— Não realmente. — ela disse suspirando — Mas diga-me de


qualquer maneira.

— Os Barones são da máfia, mana. A velha e poderosa máfia.


— Hesitei, sorrindo imensamente. — Bem-vinda à máfia.

Ela olhou para mim por um segundo e então começou a rir. —


Sim, certo. Qual é.

Eu encolhi os ombros. — É a verdade. Você é parte da família


agora, em mais de uma maneira, sendo assim, você tem o direito de
saber.
— Você tem que estar brincando.

— Gostaria de estar, mana. Mas a verdade é que todos somos


um bando de criminosos violentos por aqui.

Adorei ver sua expressão de certeza começar a se dissipar


enquanto ela percebia que não estava fazendo piada. Finalmente,
ela parecia completamente derrotada.

— Isto é uma loucura. — ela murmurou.

— Agora você entende por que é tão perigoso?

Ela me olhou ferozmente. — Agora entendo por que é tão


idiota, pelo menos.

Me movi mais perto dela, tocando no seu cabelo. Ela não se


mexeu ou se afastou. — Bom Nat. Eu tinha um bom motivo para
casar com você naquela noite e não tinha nada a ver com sua mãe.

— Qual a razão? — Os lábios dela estavam ligeiramente


separados.

Eu queria tanto prova-lo. Parecia que ela estava implorando,


seus lábios se separaram, não se afastando de mim. Poderia ter
facilmente a beijado nas sombras desse corredor velho e
eventualmente, arrastá-la para uma das centenas de salas vazias.
Mas por algum motivo, eu me segurei. Provavelmente porque
havia algum membro da equipe à espreita, não muito longe, e não
podia arriscar que a minha relação com a Natalie chegasse ao meu
pai.

— Por causa deste novo casamento. — disse — Arturo de


repente acha que preciso sossegar. Decidi casar com alguém em
Las Vegas para satisfazê-lo, ou pelo menos para esfregar o absurdo
da farsa de casamento na cara dele.

— Farsa de casamento? — A raiva começou a retornar. —


Então você se casou comigo para se vingar de seu pai?

Dei de ombros, sorrindo para ela. — Talvez, de uma maneira.

— Tudo isto é apenas uma coincidência. — ela disse


suavemente. — E você é um babaca total.

— Acho que resumiu tudo.

— E agora estou presa aqui.

— Pode sair à hora que quiser mana.

— Pare de me chamar assim. — Ela olhou pelo corredor. —


Onde é meu quarto, afinal?

— Vê o cara de terno à espreita perto da janela? — Ela


assentiu com a cabeça. — Pergunte a ele. Ele vai te mostrar.

Vi como ela estava zangada, mas estava fazendo um


grande trabalho segurando isso.
— E agora? — ela perguntou. — O que, fingimos que nada
aconteceu?

— Não podemos fazer isso. — disse — Porque você é minha


esposa e pretendo continuar assim.

Ela fez uma careta. — Não era realmente de verdade, certo?


Quero dizer, você está preocupado que seu pai vai descobrir o que
aconteceu na uh, na limusine, certo?

Peguei no meu bolso de trás, meu sorriso rasgando


praticamente um buraco nela. — Aqui. — Segurei a licença de
casamento. Espantada seu rosto ficou branco.

— Você tem que estar brincando. — ela disse. — Não foi para
valer.

— Desculpa mana. Quer dizer desculpa, esposa. Somos


casados de verdade.

Ela balançou a cabeça, se empurrou da parede e foi embora


sem dar um pio. Eu a assisti abordar o segurança, ele a levou
embora, para dentro da casa.

Eu fiquei parado ali, absolutamente com meu pau duro,


excitação nadando em minhas veias.

Não sabia o que havia sobre ela. Eu não tenho ideia por que
ela deixava meu sangue tão quente, por que me fazia ter tanta fome
de sua boceta encharcada. Mas eu amava provocá-la, amei
empurrar seus botões e eu não queria parar, mesmo que fosse um
jogo muito perigoso.

Minha meia-irmã. A minha mulher. Que bagunça


maravilhosa.

Quando voltava para meu quarto, escutei uma comoção na


direção do escritório do meu pai.

Fui em direção do escritório e assisti Camille ser empurrada


para fora da sala quando alguns capitães entraram com pressa.

Franzindo a testa, dirigi-me para lá. Algo ruim tinha


acontecido, podia sentir dentro do meu peito.

Natalie estava ainda na minha mente quando abri a porta e


entrei para a reunião.
Capítulo Sete
NATALIE

Eu estou morando com mafiosos.

Membros de gangues reais, reais e vivos. Criminosos


violentos. Bandidos.

A segurança de repente fez todo o sentido. A riqueza insana


também fazia sentido. Eu não tinha ideia de como eles poderiam
viver tão abertamente do jeito que viviam, mas eu acreditava em
Lucas. Eu não acho que ele estava mentindo sobre qualquer coisa
que disse.

Mesmo que ele fosse um imbecil por completo.

Ainda assim, quais eram as chances disso? De todos os clubes


de Las Vegas, de todas as mulheres, ele foi escolher o que eu estava
e me escolheu, a única pessoa que nunca deveria ter procurado e
definitivamente não deveria ter se casado.

Casamento.

Parte de mim sabia que era real. Parte de mim entendeu o


que aconteceu em Las Vegas. Mas uma parte de mim queria negar
tudo, fingir que a noite foi apenas um momento de total insanidade
e que realmente não me casei. Mas assim que vi esse certificado,
soube que era real. Eu sabia que isso tinha acontecido.

Eu me casei com meu meio-irmão. Meu meio-irmão muito


rico, muito atraente, muito perigoso e muito fora dos limites.

O que diabos eu vou fazer?

Meu quarto era enorme.

Provavelmente era do tamanho de todo o primeiro andar da


minha antiga casa.

Eu tinha uma pequena área de estar completa com sofás e


uma bela televisão, um conjunto completo de móveis de madeira
antigos que pareciam pertencer a um museu, flores e plantas por
toda parte, pinturas nas paredes e essa enorme cama de dossel.
Uma família inteira poderia dormir aqui confortavelmente.

Era sem dúvida o quarto mais absurdo que eu já vi. Minhas


coisas já estavam aqui, incluindo a maior parte do que estava do
meu antigo quarto. Os Barones se moviam muito rápido e
claramente dirigiam como um navio apertado. Fiquei
impressionada, embora ainda esteja muito chateada. Tudo
aconteceu tão rápido, de repente eu estava presa neste quarto
cavernoso.

Eu estava totalmente exposta. Eu não fazia ideia como viverei


agora. Talvez eu nem tivesse privacidade de verdade, será que
estavam parados nas paredes atrás das fotos, me observando o
tempo todo.

Mas isso era apenas paranoia. Arturo parecia realmente amar


minha mãe, pelo menos com base na pequena interação que eu
tinha visto e acho que ele trataria bem sua nova enteada, mesmo
que ele fosse um mafioso perigoso.

Então, novamente, havia tantas pessoas na casa. Eu também


vi apenas uma pequena fração disso. Quem sabia quantos
aposentos realmente havia e quantos segredos.

Oprimida, caí na cama e soprei meu cabelo do rosto. Peguei


meu telefone e encontrei o número de Pacey.

Ela atendeu no segundo toque. — Ei!

— Ei, Pacey. Como está em casa?

— Tudo bem, como sempre. Papai está sendo idiota e mamãe


está fingindo que ele não é. Como está sua nova vida?

— É uma loucura, Pacey. Seriamente insana.

— Como é?

Como eu poderia explicar isso a ela?

— As palavras não farão justiça.

— Tente.
— É como uma enorme mansão. Quase como um castelo. E o
terreno é tão, tão grande, e há tantas pessoas. Eles também são
super paranoicos em relação à segurança.

— Sério? Isso é estranho.

Por um segundo, eu queria contar a ela sobre os Barones. Eu


queria dizer a ela que estava vivendo com mafiosos e casada com o
filho do líder. Mas eu sabia que não podia. Pacey não precisava
saber, e era um risco enorme de qualquer maneira. Se ela contasse
a alguém e de alguma forma voltasse a Arturo e aos outros, quem
sabia o que ele faria com minha mãe e comigo.

— Sim — eu disse rapidamente. — Ele é um pouco estranho,


eu acho.

— Então, como é o seu quarto?

— Basicamente uma caverna. — eu disse, e comecei a


explicar para ela. Claro, ela não entenderia o quão caro tudo
parecia e o tipo de luxo que me cercava até que ela visse.

— Estou quase com ciúmes. — disse Pacey.

— Honestamente, Pacey, eu quero dar o fora daqui. — Fiz


uma pausa, uma ideia me atingindo. — Escute, existe alguma
maneira de eu poder ficar com você durante o verão?

Houve uma longa pausa. — Você sabe que eu adoraria Nat.


— Mas?

— Mas não é um bom momento para a família Harris. Papai


não está com muito bem no trabalho, então as coisas estão bem
apertadas. Os temperamentos estão altos e tudo mais.

— OK. Compreendo.

— Eu realmente sinto muito. Detesto dizer não a você.

— Está tudo bem, sério. Eu já odeio esta casa. É tão frio e


impessoal. Sinto falta do meu antigo quarto.

— Eu aposto. Ainda não acredito que sua mãe vendeu a casa


sem lhe contar.

— Você não pode? Esse tipo de merda é interminável com ela.

— Vamos fazer o seguinte. Que tal eu ir visitar amanhã?

— Eu adoraria isso.

— Envie-me o endereço.

— OK.

— Eu tenho que ir. Mamãe está chamando.

— Vejo você amanhã, Pacey.

— Até mais tarde.


Ela desligou o telefone, me deixando sozinha, na ampla sala
novamente.

Levei vinte minutos para sair da casa.

Vagando pelos corredores, eu não podia acreditar em quão


absolutamente enorme era o lugar. Parecia um labirinto, com
corredores e mais corredores aparecendo, mas eu era totalmente
incapaz de encontrar uma saída. Minha chave funcionava na
maioria das portas, apesar de algumas permanecerem trancadas. A
maioria delas eram apenas quartos vazios, de qualquer maneira.

Eu tive que pedir instruções duas vezes antes.

Finalmente encontrei as escadas e a porta para o jardim.


Passei por uma tonelada de pessoas andando pela casa, embora
nenhuma delas prestasse atenção a menos que eu falasse
diretamente com elas. Imaginei que eram funcionários
remunerados e estavam acostumados a tratar os convidados dessa
maneira.

Da minha parte, porém, eu não estava acostumada a ter


funcionários. Eu entendi que poderia pedir coisas a eles, mas na
maioria das vezes eu só queria ficar sozinha. Eu me senti
envergonhada e desconfortável por simplesmente estar naquela
casa, sem falar em mandar em algum membro da equipe.

Uma vez lá fora, comecei a me sentir um pouco melhor. O dia


frio de verão estava ensolarado e confortável enquanto seguia um
caminho pelos jardins. Vi estábulos abertos com cavalos pastando,
animais de fazenda, fileiras e fileiras de flores e até o que parecia
uma pequena horta. Eu não conseguia imaginar os mafiosos como
fazendeiros e, por isso, presumi que alguém havia construído tudo
antes dos Barones tomarem conta do terreno.

Mais adiante, entrei em uma área arborizada. O caminho se


estendia ao redor de um pequeno lago, e a floresta era muito
tranquila. Foi ótimo finalmente estar longe de todas as pessoas e
da agitação. Pela primeira vez durante todo o dia, me senti bem.

Enquanto caminhava, minha mente ficava voltando para


Lucas. A maneira como ele olhou para mim, aquele sorriso
diabólico gritava sexo e desejo. A maneira como ele estendeu a
mão, tocou meu cabelo e falou tão perto do meu ouvido enviou
uma corrida pela minha espinha. Apesar de ser um idiota, ainda me
sentia inexplicavelmente atraída por ele.

Assim como naquela noite em Las Vegas. Na época, eu não


entendi e achava que nunca entenderia. Mas ele era meu meio-
irmão agora e um mafioso. Eu só precisava me dar bem com ele
durante o verão, então nunca mais ter algo com eles, assim espero.

Ah, e eu precisava de um divórcio. Mas uma coisa de cada vez.

Cheguei ao fim da floresta e me vi no final de um grande


gramado que voltava para casa. Notei alguém vindo em minha
direção, vestindo um terno caro.

Eu o reconheci quando ele se aproximou. Lucas acenou para


mim e eu queria fugir.

— Ei, mana. — ele chamou. — Perdida?

— Não estou perdida. — eu disse. — Apenas olhando por aí.

Ele parou a alguns metros e cruzou os braços. — Bem, que tal


um tour?

— Não, obrigada. — eu disse passando por ele.

Ele deu um passo ao meu lado. — O que você está interessada


em ver?

— Eu não quero um tour. — eu disse. — Só estou procurando


a piscina agora.

— Vamos lá. — ele disse pegando pelo braço. — Por aqui.

— Ei. — protestei, mas ele já estava saindo do caminho. Ele


largou meu braço e eu dei um passo atrás dele. — Você não pode
simplesmente me arrastar assim.

Ele sorriu de volta para mim. — Claro que eu posso.

Nós passamos entre alguns edifícios e eu parei no meu


caminho. Na nossa frente estava uma enorme piscina com duas
banheiras de hidromassagem e muitas cadeiras ao redor. Ninguém
estava por perto.

— Uau. — eu disse. — Isso é muito bom.

— Sim. — ele disse, caminhando até a água. — Porém não


muito útil.

— Sério?

— Sério. Gângsteres não são do tipo que ficam na piscina o


dia todo.

Eu balancei minha cabeça, irritada. — Então, por que tem algo


assim?

Ele começou a afrouxar a gravata. — Porque mostra nossa


riqueza e poder.

— Parece um enorme desperdício para mim.

Ele tirou a gravata e colocou sobre uma cadeira. Ele tirou o


casaco em seguida, colocando junto com a gravata. — Não é um
desperdício. Não está na nossa linha de trabalho, de qualquer
maneira. Imagem é tudo.

Ele começou a desabotoar a camisa. — O que você está


fazendo?

— Eu pensei que você queria nadar.

— Eu nunca disse isso.


Ele deu de ombros, tirando a camisa. Eu olhei para o peito
dele, musculoso, definido e coberto de tatuagens. Lembrei-me bem
desse corpo e tive o desejo louco de caminhar até ele e tocar sua
pele.

Ou talvez eu quisesse empurrá-lo na água. Eu não tinha


certeza.

Ele começou a desafivelar o cinto.

— Pare. — eu disse rapidamente, corando.

— O que? Somos irmãos adotivos agora. Não é estranho. —


Ele tirou o cinto e depois tirou a calça.

Eu olhei para ele parado na minha frente, vestindo nada além


de sua cueca boxer preta apertada. Ele pegou suas calças e as
colocou sobre suas outras roupas, e depois voltou para mim.

— Imagem é tudo, Nat. Não se esqueça disso. Temos tudo isso


porque não queremos que ninguém esqueça quem somos e o que
podemos fazer. — Ele andou até a beira da piscina e depois
mergulhou.

Eu olhei para seu corpo bonito, senti o calor entre minhas


pernas subir.

Ele emergiu no meio da água. — Entre, mana. — ele chamou.


— Está ótima hoje.
Pela segunda vez naquele dia, eu me virei e afastei
rapidamente dele.

Enquanto eu me afastava em direção a casa, sua risada ecoava


nos meus ouvidos.

E a imagem de seu corpo, quase nu, seu pau levemente duro


contra sua cueca fina, gravada no meu cérebro fez minha pele
formigar.
Capítulo Oito
LUCAS

— O que aconteceu antes, chefe?

Eu olhei para Vince enquanto me vestia.

— Más notícias sobre isso, Vince.

Ele sorriu. — São sempre más notícias neste negócio.

Eu ri, assentindo. Tirei minha cueca molhada e a joguei de


lado. Vince se virou, olhando para o gramado enquanto eu colocava
minhas roupas de volta.

Maldita Natalie. Eu não sabia por que continuava empurrando


a garota, por que não podia deixá-la quieta, por que ainda estava
em minha mente.

Eu amei o jeito que ela olhou para mim, o jeito que ela
mordeu o lábio. Era quase demais, a maneira como ela agia como
se me odiasse enquanto seu corpo gritava o quanto ela me queria.

Vestido, comecei a caminhar de volta para a casa. Vince deu


um passo ao meu lado.

— Roddy foi pego. — eu disse. — E nossa remessa foi


confiscada.
— Porra. — disse Vince. — Como isso aconteceu?

— Eu não sei, mas Arturo nos encarregou de descobrir.

— Santa merda.

— Sim. Vamos começar amanhã.

— Alguma ideia?

— Eu tenho algumas.

Paramos do lado de fora da porta dos fundos. — Algo que


você deseja compartilhar?

Eu sorri para ele. — Ainda não. Faça algumas pesquisas por


conta própria esta noite, se puder.

Ele assentiu. — Entendido.

— Até mais tarde.

Ele se virou e foi embora. Eu o observei desaparecer entre


alguns prédios e suspirei.

Maldita sorte. Ninguém sabia por que Roddy foi pego e por
que a remessa foi confiscada. Planejamos esse acordo há meses, e
agora os russos estavam chateados por não estarmos entregando.

Foi um dos maiores acordos com eles em muito tempo.


Normalmente não trabalhamos com os russos, já que os bastardos
loucos eram tão imprevisíveis, sem mencionar que estavam em
declínio, mas Arturo achou que era hora de começarmos a ser
amigáveis novamente. E então eu tinha me esforçado para montar
uma boa e pequena troca de mercadorias por dinheiro.

A coisa toda era muito, muito secreta. Eu não posso imaginar


a quantidade de pessoas que sequer sabiam disso e nenhuma delas
falaram com a polícia. Suspeitei que alguém estivesse sendo
perseguido pelos federais por um tempo, mas eu não tinha uma
prova real disso.

Entrei em casa, balançando a cabeça. Eu ainda não tinha que


lidar com esse problema. O meu pai exigiu que toda a família
aparecesse para um jantar especial que ele havia planejado para
Natalie e sua mãe louca, o que significava que os capitães mais
importantes da máfia estariam lá.

Eu me movi pelos corredores, acenando aqui e ali para a


equipe. Meu pai tratou algumas das pessoas que trabalhavam para
ele como lixo, mas isso nunca pareceu certo para mim. Realmente,
eles têm mais poder em nossa casa. Sabiam melhor do que
ninguém, eram eles que cozinhavam nossa comida e limpavam
nossos quartos. Parecia loucura ser um idiota com eles. Além disso,
alguns deles eram pessoas decentes.

Subi para o terceiro andar e segui os corredores sinuosos até


o canto mais distante da ala sudeste. Fiquei do lado de fora de uma
porta azul ornamentada, peguei a aldrava e bati nela.

Não houve resposta. Bati mais duas vezes, mas nada.

— Louisa. — gritei — Você abre ou eu vou entrar.

A porta se abriu. — O que? — Louisa disse.

— Eu preciso de um pequeno favor.

— Não estou com disposição para isso, Lucas.

— Você nem sabe o que é. — protestei.

— Não importa. — ela disse. — Eu sei que nossa nova


madrasta e meia-irmã estão aqui e você gosta de ser um idiota.

— Tudo isso é verdade. — eu disse.

— Então vá embora.

— Desculpe garota. Eu preciso de um favor, você quer ajudar


ou não.

Houve uma breve pausa, então ela suspirou. Sabia que ela não
diria não para mim. — Bem. Entre.

A porta se abriu e eu sorri para minha irmã mais nova. —


Você está parecendo alegre hoje.

Ela me olhou e fechou a porta quando entrei no quarto dela.


Realmente, era como um apartamento. Louisa era a
princesinha do papai, mas era incrivelmente estranha. Alguns anos
mais nova que eu, Louisa abandonou o ensino médio e decidiu que
queria ajudar com os negócios da família em tempo integral.
Quando Arturo disse a ela que isso não estava acontecendo, ela se
transformou em uma solteirona, morando em um canto remoto da
propriedade e não saindo com muita frequência.

Seu quarto era grande e cheio de equipamentos eletrônicos.


Louisa sentou-se em um sofá e resmungou.

— Qual é o favor, Lucas? Estou ocupada.

— Você nunca está realmente ocupada, garota.

— Certo. Tenho um ataque em dez minutos.

Revirei os olhos. — Isso não conta como 'ocupada', você sabe.

— Talvez não. — ela disse, dando de ombros — Mas você


precisa de algo e eu já estou entediada, então fale.

Eu ri quando me sentei em frente a ela. Louisa era magra e


bonita, com cabelos grossos e olhos escuros. Ela se parecia com a
nossa falecida mãe, de várias maneiras. Ela era magra, e eu sempre
me preocupei se ela estava comesse ou se exercitasse o suficiente.

Eu era como meu pai em alguns aspectos. Nós dois éramos


muito protetores de Louisa.
— Eu preciso de um vestido.

— Mudando de lado não é?

— Não é para mim.

— Quem então?

— Natalie. Nossa nova meia-irmã.

Louisa me deu um longo olhar. — Não tenho certeza se gosto


de onde isso está indo.

— É apenas uma brincadeira. Ela está um pouco nervosa e


achei que isso poderia quebrar o gelo.

— Que tipo de vestido?

Eu sorri para ela. — A coisa mais vulgar que você tem.

Ela riu, mas eu já podia dizer que seu interesse estava


mudando. Ela era assim, sempre se distraindo, sempre passando
para a próxima coisa. Eu a amava ferozmente, e ela era realmente a
única pessoa no mundo em quem confiava.

— Faça o que quiser. — ela disse, levantando-se e


caminhando até o computador. — Você sabe onde fica o armário.

Eu fiquei de pé. — Obrigado.

— Diga ao Rechonchudo que não vou jantar. — Rechonchudo


era o apelido que ela deu ao nosso pai, algo que ele absolutamente
odiava, mas nunca a repreenderia.

— Ele descobrirá por conta própria.

— Claro. — ela murmurou já em um mundo novo.

Fui em direção ao quarto dela, sai da sala de estar principal


entrei na sala privada dela, o único lugar onde os funcionários não
tinham permissão para entrar, o local estava uma bagunça. Abri
seu enorme armário e fui recebido com filas e mais filas de
vestidos, casacos, camisas, calças e muito mais.

— Para um recluso, você tem uma tonelada de roupas. —


murmurei enquanto vasculhava suas coisas.

Dez minutos depois, eu tinha a coisa perfeita. Provavelmente


era da vida antiga de Louisa, antes de ela se trancar.

Eu peguei e voltei para a sala principal. — Até depois, garota.

Ela me deu um aceno ausente. Eu duvidava que realmente


tivesse notado quando eu saí do quarto dela.

Fiz uma pausa no corredor, admirando o vestido. Imaginei


Natalie usando e senti meu pau se mexer, e eu sabia que era a coisa
certa.

Sorrindo para mim mesmo, fui procurar um membro da


equipe para me ajudar.
Capítulo Nove
NATALIE

A água morna lavou meu corpo. Tenho que admitir,


embora o meu dia esta sendo totalmente doido e estou
morrendo de medo deste jantar, adorei meu novo
banheiro.

O banheiro era conectado diretamente ao meu quarto, era


grande e moderno, foi claramente reformado recentemente. O
chuveiro era em uma área grande, ao lado de uma grande banheira
branca, a pressão da água era incrível.

Eu fiquei lá deixando a água escorrer pelo meu corpo


enquanto pensava em Lucas. Eu não podia acreditar que ele estava
disposto a se despir na minha frente assim no meio do quintal.
Qualquer um poderia ter visto. Ele definitivamente estava agindo
impetuoso e inapropriado, mal conseguia entender o porquê.

Mas eu tinha que admitir que seu corpo é incrível. Magro e


definido, as tatuagens serviram apenas para fazê-lo parecer muito
mais intenso.

Lucas era intenso. Tudo o que ele disse, cada movimento que
ele fez, tudo tinha um proposito, como se ele estivesse prestes a me
jogar no chão e me foder sem sentido. Eu estava ensopada desde o
momento em que o conheci e não conseguia tirá-lo da cabeça.

Foi por isso que minha mão deslizou entre as minhas pernas.
Pressionei minhas costas contra a parede fria de azulejos e
comecei a me esfregar gentilmente, pensando nele.

A maneira como ele me tratou na limusine. Sua confiança, sua


calma fria, do jeito que ele me provocou. Tudo isso me deixou
absolutamente selvagem.

Ele era um idiota arrogante, mas eu não podia negar que ele
me fez sentir algo. Eu queria saber como seria deslizar ao longo de
seu pênis, deixá-lo afundar-se profundamente dentro de mim.

Eu tinha certeza que ele poderia me controlar. Ele poderia


jogar se quisesse. Eu o deixaria fazer o que quisesse, assumiria o
comando, me mostraria o tipo de homem que ele era. Como na
limusine, eu queria sentir seus dedos novamente, mas mais do que
isso. Eu queria sentir sua boca percorrer meu corpo, tocar minha
pele, lamber e chupar meu clitóris até que eu não aguentasse mais.

Eu queria o seu pau na minha boca. Eu me senti tão suja por


pensar nisso, mas eu queria provar seu pau na minha língua,
chupá-lo até que ele gemesse. Ele me deixou com fome, embora eu
soubesse que isso era completamente errado, queria chupá-lo em
um canto escuro da casa.
Eu me esfreguei mais rápido, meus dedos trabalhando meu
clitóris liso enquanto imaginava o que eu o deixei fazer comigo. Eu
sabia que não podia, porque se fôssemos pego as coisas poderiam
ser muito ruins, mas eu queria mesmo assim. Ele poderia me foder
na piscina, deslizar seu pau grosso entre minhas pernas por trás.
Eu tinha certeza de que ele me faria implorar primeiro, embora
isso me deixasse selvagem, isso só ficaria muito mais louco quando
ele finalmente se colocasse dentro de mim.

Eu só podia imaginar as coisas sujas que ele sussurraria no


meu ouvido e o arrepio que correria pelo meu corpo enquanto o
sentisse-me foder profundamente. Eu queria aquele arrepio,
queria aquelas palavras sujas. Eu queria montar sua língua, ou
talvez se inclinar para frente e chupar seu pau enquanto ele lambia
minha boceta.

Eu podia sentir meu orgasmo chegando quando o imaginei


me fodendo por trás, segurando meus quadris apertados entre as
mãos. Ele batia dentro de mim, dizia como eu era suja, quanto
vagabunda era por me entregar a ele.

Eu vim, dizendo seu nome suavemente, meus dedos


trabalhando meu clitóris.

Meu corpo o queria tanto, tanto. Senti uma onda de excitação


quando terminei meu banho. Pelo menos eu relaxei, e ele
provavelmente não me incomodaria tanto no jantar.
Saí do chuveiro e comecei a me secar. De repente, ouvi uma
batida na porta.

Eu rapidamente enrolei a toalha em volta do meu corpo e


corri para a porta. — Só um segundo! — Gritei.

Coloquei uma calça de moletom e uma blusa de moletom


antes de abrir a porta.

No chão, havia uma simples caixa branca com um pequeno


laço vermelho. Curiosa, peguei e entrei no quarto. Fechei a porta
atrás e a tranquei.

— O que você é? — Eu disse em voz alta para mim mesma.


Coloquei a caixa sobre uma mesa. Havia um cartão com meu nome
escrito com uma letra que não reconheci.

Abri o cartão e li.

Querida esposa, achei que você gostaria de algo para vestir


esta noite. Não se preocupe, peguei emprestado da minha irmã.
Espero que seja do seu gosto. Atenciosamente, Lucas.

Franzindo a testa, eu abri a caixa.

Dentro havia um lindo vestido preto. Puxei e segurei. Era leve


e bonito, provavelmente mais caro do que qualquer coisa que já
usei, provavelmente do meu tamanho também. Eu fiz uma careta
para o cartão novamente. Eu nem percebi que também tinha uma
meia-irmã. Ninguém parecia mencioná-la.

Levei o vestido para banheiro e terminei de me secar. Vesti o


vestido e me olhei no espelho.

Era apertado e revelador. O decote caiu, mostrando meus


seios, e estava apertado em volta dos meus quadris. Eu tinha medo
de até andar nele, caso minha bunda de repente caísse.

Não havia como usá-lo, mas a mensagem era clara: Lucas


queria me ver nele. E o mero pensamento fez minha boceta
molhada mais uma vez.

Pare Natalie, pensei comigo mesma. Prepare-se. Ele está


apenas brincando com você.

Tirei o vestido e o coloquei cuidadosamente sobre uma


cadeira. Eu não poderia usá-lo, mas talvez eu possa usá-lo para
vingança algum dia no futuro.

Mais importante, porém, fiquei muito curiosa sobre esta


meia-irmã de que nunca tinha ouvido falar. Fiz uma anotação para
ter certeza de que a encontraria no jantar, ou pelo menos
perguntaria sobre ela.

Balançando a cabeça, comecei a me vestir com algo um pouco


mais apropriado. Maldito Lucas. Eu não ligava se ele estaria
decepcionado. Eu não ia aparecer com esse vestido na frente da
minha nova família, mesmo que eu quisesse sair daqui.
Ele poderia provocar outro alguém. Eu não ia me apaixonar
por isso.

Foi o que disse a mim mesma, pelo menos. Eu não queria ir a


este jantar, mas também não tinha vontade de fazer uma cena com
minha mãe e meu novo padrasto. Eu poderia tentar me dar bem
com eles, pelo menos até descobrir outra coisa.

Um nó no estômago, eu terminei de me arrumar, tentando


não pensar no vestido pendurado sobre a cadeira e no que isso
significava.

— Obrigado por terem vindo, pessoal. — disse Arturo. Ele


estava na cabeceira de uma mesa comprida no meio do grande
salão. Pelo menos vinte outras pessoas, a maioria homens, estavam
sentados à mesa e todos levantaram a taça de vinho.

— Como todos sabem, não tenho uma noiva há muito tempo e


é por isso que meu casamento com Camille é muito importante.
Espero que todos a recebam junto com sua adorável filha em nossa
família. Para Camille, meu amor, Saúde!

Todos repetiram a — Saúde! — e brindaram.

Evitei olhar para Lucas. Eu estava sentada ao lado de minha


mãe na extremidade da mesa. Arturo estava no final, um lugar
estava vazio à direita de Arturo e Lucas estava sentado à minha
frente.
— Obrigada, querido. — disse mamãe. — Isso foi adorável.

— Eu quis dizer cada palavra. — Arturo olhou para mim. —


Espero que você também se sinta bem-vinda. Estou muito feliz por
você fazer parte da minha família.

— Obrigada. — eu disse.

Camille o beijou. — Você é muito gentil, Arturo.

— Bobagem. — ele disse, e os dois começaram a conversar


baixinho.

Eu senti que ia vomitar, então desviei o olhar.

Lucas chamou minha atenção. — O que você acha?

— Sobre o que?

— Isto. — Ele gesticulou em volta dele. — Muito absurdo,


certo?

Eu ri. — Talvez um pouco demais.

A sala era enorme e a mesa estava posta no meio dela. Os


funcionários iam e vinham com a comida, colocando vinhos finos e
outras coisas deliciosas sobre a mesa na frente dos convidados. Eu
não os conhecia, embora Arturo os tenha apresentado brevemente
no começo.

Todos eles eram “parceiros de negócios”, o que claramente


significava que todos eram mafiosos importantes. Ninguém estava
dizendo isso em voz alta, é claro, mas a implicação era bem clara.

O primeiro prato veio e eu comecei a comer. Evitei olhar para


o Lucas, embora ele tenha se envolvido em uma conversa com o
homem ao lado dele. Fiquei me perguntando sobre minha meia-
irmã e por que ainda não havia aparecido. Eu assumi que o assento
vazio era para ela.

Depois que as saladas foram limpas, eu me inclinei na direção


de Lucas. — Então. — eu disse — Onde está essa irmã famosa?

Lucas fez uma pausa e olhou para o pai. — No quarto dela, eu


espero.

— Por que ela não está aqui?

Ele me deu um olhar estranho. — Louisa está ocupada. Isso é


tudo.

Ele parecia estar evitando a pergunta completamente, e pude


dizer pela expressão dele que não deveria pressionar.

— Você recebeu meu presente? — ele perguntou.

— Obviamente. — eu disse.

— Obviamente, já que você não está usando.

— Aquilo não seria apropriado. — Eu me senti corando, me


perguntando se alguém estava nos ouvindo.

— Apenas um presente simples, Natalie. — Seu sorriso era


tão ingênuo, tão bonito. — Nada mais do que isso.

Senti seu pé subitamente subir pela minha perna.

Que idiota. Eu o chutei para longe e ele sorriu ainda mais.

— Natalie. — disse Arturo de repente. — O que você está


estudando na escola?

— Ciência da computação. — eu disse.

— Computadores! — Arturo exclamou, rindo. — Você se


daria bem com Louisa.

Olhei para Lucas e ele pareceu surpreso. — Eu adoraria


conhecê-la. — eu disse.

— Ah, bem, em breve. — disse Arturo.

— Eu também, Artie. — disse mamãe.

Artie? Eu queria vomitar.

— Muito breve.

— Louisa se guarda para si mesma. — Lucas disse


rapidamente.

— O que você quer dizer? — Mamãe perguntou. — Eu sou a


nova madrasta dela. Eu deveria pelo menos conhecê-la.

O olhar no rosto de Arturo era estranho. — Mãe. — eu disse


rapidamente, — talvez você deva contar a Arturo e Lucas sobre seu
último show.

— Bem, eu adoraria. — Ela lançou uma descrição de seu


último reality show.

Mamãe sempre era boa para uma distração rápida,


especialmente se você perguntasse a sobre si mesma. Mas eu
poderia dizer que havia algo estranho em Louisa, algo que
prejudicou o relacionamento de Arturo e Lucas.

A noite passou devagar e comecei a ficar entediada. Quando o


prato principal foi removido, senti meu telefone vibrar na minha
bolsa. Cheguei ao chão e puxei-o para fora.

Um texto de um número desconhecido.

— Está se divertindo?

— Quem é?

— Olhe pra cima.

Lucas pegou o telefone e estava sorrindo para mim.

— Que...

— Vinho adorável, certo? — ele disse rapidamente, me


interrompendo.

— Claro. — eu disse. Meu telefone vibrou novamente

— Você sabe por que eu te enviei esse vestido?

— Porque você é um idiota?

— Porque eu queria foder você enquanto usava. Eu deslizaria


um pouco acima dos seus quadris e afundaria meu pau
profundamente nessa boceta apertada e molhada.

— Pena que isso não está acontecendo.

— Isso é muito ruim. Apenas pense, se eu te fiz gozar com


apenas meus dedos, imagine o que posso fazer com a minha língua?

Senti um rubor profundo e escarlate invadir minhas


bochechas.

— Querida? — minha mãe perguntou. — Está bem?

— Ah, tudo. — eu disse. — Estou apenas me sentindo


cansada. Foi um longo dia.

— Não diga mais nada, querida. — disse Arturo. — Vá. Não


deixe que os velhos a mantenham aqui.

— Obrigada, Arturo. — Levantei-me rapidamente. — Boa


noite a todos.
Eu rapidamente me virei e deixei a mesa, voltando para o
meu quarto.

Quando saí do corredor, meu telefone vibrou novamente.

— Meu pau está duro só de pensar em você nesse vestido.


Venha para o meu quarto e vista apenas isso quando quiser.

Eu me inclinei contra uma parede, respirando pesadamente.


Lucas era um idiota, mas eu não sabia por que deixei que ele me
atingisse tão facilmente.

Desliguei o telefone e coloquei no bolso.

Eu balancei minha cabeça, me recompondo. Eu realmente


estava exausta desde o longo dia.

Apenas um membro da equipe me deu instruções desta vez


antes de eu trancar a porta do meu quarto.

Que dia. Caí na minha cama e tentei não pensar no meu meio-
irmão, marido.
Capítulo Dez
LUCAS

Minha mente continuou voltando para o dia anterior,


enquanto Vince dirigia o carro rumo à cidade.

O corpo de Natalie, suas perguntas no jantar, tudo nela me


deixou louco. E eu adorava provocá-la mais do que tudo,
especialmente porque ela era tão fácil de irritar. Só foi preciso um
pouco de conversa suja e ela estava fugindo como se a
aterrorizasse até considerar.

Vince foi para a cidade e eu sabia que precisava limpar minha


mente. Eu não podia me distrair em um trabalho, principalmente
em um trabalho importante. Estávamos vasculhando os habitantes
locais em busca de qualquer informação sobre o que aconteceu
com a nossa remessa para os russos.

Vince virou em um bairro decadente em direção ao coração


da cidade. Este era meu bairro, meu território e, apesar de ter sido
um pouco degradado, ainda era uma das áreas mais bem
remuneradas da cidade. Arturo me deu há muito tempo, e eu o
havia transformado de um pedaço de merda degradada, para um
negócio lucrativo em apenas alguns anos.
Eu conhecia o lugar como a palma da minha mão e sabia que
o cara que procurávamos gostava de passar seu tempo em um covil
de merda no fim de uma rua sem saída. Vince virou o carro na
direção dele e estacionou.

— Você não precisa fazer isso, sabe. — disse Vince.

— Eu sei disso.

— Temos caras. Nós podemos enviá-los.

— Eu sei, Vince. — Saí do carro e ele me seguiu.

— Eu gosto de fazer coisas assim. As pessoas precisam ver


meu rosto, saber quem eu sou de verdade.

— Eu sei chefe. Apenas dizendo.

Andamos pelo quarteirão e vi um bando de moradores se


movendo rapidamente para dentro de suas casas. Eu sorri para
mim mesmo, satisfeito com a reação deles.

Eu era conhecido. Eu era temido por muitos e amado por


muitos. Tentei cuidar do meu povo o melhor que pude, mas havia
muitos idiotas vivendo nas favelas, e não respeitei o lixo deles. Se
eles cruzassem comigo, eu os matava. Se eles interferissem em
meus negócios, eu machucava seus corpos. Era uma maneira
bastante simples de operar. Eu não ia ganhar uma tonelada de
melhores amigos, mas iria executar uma operação adequada.
Andamos até o final do quarteirão, Vince subiu os degraus. Vi
a mão dele na arma quando ele chutou a porta.

Eu o segui, fazendo uma careta. O lugar cheirava mal, como


odor corporal e plantas podres. As janelas estavam bloqueadas
com cobertores e os quartos estavam cheios de detritos. Chutei
para o lado algumas latas vazias e segui Vince para dentro da casa.

— Rodney White. — Vince gritou, — Sabemos que você está


aqui.

As pessoas estavam olhando para nós com curiosidade.


Alguns deles eu reconheci, porém a maioria deles eram estranhos,
apareciam com dinheiro, usavam e depois ficavam por um tempo.

Rodney passava os baseados. Ele também fazia parte do


esquadrão responsável pela segurança na queda russa.

— Rodney. — Vince gritou novamente — Traga sua bunda


aqui antes que comecemos a machucar as pessoas.

Inclinei-me contra a porta e avistei duas pessoas deitadas


juntas em um colchão sujo no quarto ao nosso lado. Eles estavam
olhando para mim, com medo, mas curiosos. Eu os encarei e
rapidamente desviaram o olhar.

— Vince. — Rodney disse descendo as escadas. — Lucas. Ei


pessoal. — Ele parecia nervoso.
Claro que ele estava. A remessa que ele deveria guardar foi
confiscada, e agora estávamos aparecendo em sua casa sem aviso
prévio. Qualquer um poderia juntar isso.

Passei por Vince e fui até Rodney. — Oi, Rod. Conte-nos o que
aconteceu.

Ele levantou as mãos. — Eu juro que não sei. Em um segundo,


estávamos assistindo, tudo claro, e no outro os policiais estavam
em toda parte. Eu mal saí.

Eu bati em seu nariz com a palma da minha mão. Ele caiu de


costas, gemendo e apertando o nariz.

As pessoas estavam assistindo, agora mais curiosas ao ver a


violência do que com medo. Vince sacou a arma e as pessoas
rapidamente desapareceram de volta para seus pequenos buracos.

Eu cheguei perto do rosto do Rodney. — Escute Rod. — eu


disse. — Não gosto de perder meu tempo. Cheira a merda aqui.

— Desculpa. — ele murmurou.

— Você sabe que eu não gosto de machucá-lo, certo, Rod?

— Certo.

— Mas você sabe que alguém falou e está na lista de


suspeitos. Então, por favor, Rod, me dê algo que eu possa usar.
— Eu não sei de nada, Lucas. Por favor, acredite em mim.

Suspirei. — Estou começando a ficar irritado. Eu trabalho


bem quando estou chateado, Vince?

— Não, você não trabalha.

— Realmente não. — eu disse, balançando a cabeça.

— Eu estou entendendo você, mas não ouvi nada.

Eu bati em Rodney novamente, desta vez no estômago. Ele se


dobrou. Vi sangue cair do nariz dele nas escadas.

— Eu não acredito em você.

Ele gemeu. — Por favor, cara.

— Fale comigo, Rodney.

— Você tem que acreditar em mim.

Peguei minha arma e acertei-o. Ele caiu de lado e eu bati nele


novamente.

— OK! — ele gritou. — Ok, por favor.

— Fale, Rod.

— Não foi nada que ouvi apenas algo que vi.

— Conte-me.
— Russos. Aquela noite. Eles recuaram, apenas um minuto
antes da polícia aparecer. Quase como se eles soubessem.

Eu olhei para Rodney longa e duramente. — Essa é uma


acusação séria, Rod.

— Eu sei cara. Eu não queria dizer nada, porque não sou tão
claro, mas merda. É o que eu vi.

Eu acreditei nele. Eu não sabia por que, já que basicamente


arranquei o que eu queria ouvir, mas havia algo estranho naquela
noite.

— Tudo bem. — eu disse. — Ok, Rod. Você fez bem.

Eu dei um tapinha no ombro dele. Ele se encolheu.

— Nós devemos ir. — disse Vince.

Eu notei que as cabeças cheias de crack estavam todos para


fora e assistindo novamente. — Certo. Rod tome cuidado. Vou
mandar alguém vim aqui limpar esse lugar, ok?

— Tudo bem, Lucas. OK. Desculpe, por manter isso.

— Está bem. — Eu balancei a cabeça para Vince e voltamos


pela porta da frente.

— O que você acha disso? — ele me perguntou.

— Eu acredito nele. — eu disse.


— Não faz sentido, no entanto. Por que pagar a própria
remessa?

— Não tenho certeza. Mas precisamos olhar de novo aquele


caminhão.

— Está apreendido. Custódia policial.

Dei de ombros. — A custódia da polícia não significou nada


pelo que aconteceu naquela vez.

Ele sorriu. — Sim, acho que não.

Subimos no carro juntos e Vince começou a voltar para o


complexo.

Meu coração estava disparado no meu peito. Parte de mim


adorava a onda de violência, a emoção. Não queria machucar um
cara inocente como Rodney, especialmente um que funcionava tão
bem para mim, mas não podia tolerar besteiras. Eu não podia
parecer suave diante do pessoal dele ou do meu.

Além disso, quase fiquei tão excitado quanto ver Natalie


corar. Meu coração disparou e minha adrenalina disparou, embora
não tenha me aliviado como Natalie.

Lá estava eu, pensando nela novamente. Era como se eu não


pudesse passar quinze minutos sem pensar nela novamente.

Enquanto acelerávamos de volta para casa, eu não conseguia


tirá-la da minha maldita cabeça.
Capítulo Onze
NATALIE

Acordei confusa.

Levei um minuto para descobrir onde diabos eu estava.

Ainda pelo complexo Barone. Ainda vivendo na sombra da


minha nova família mafiosa.

Ainda pensando em Lucas, meu lindo marido imbecil e meio-


irmão.

Eu gemi, rolando para o lado. Eu queria voltar a dormir.


Talvez então, eu acordaria de na minha casa antiga, cercada por
minhas próprias coisas, e não casada com meu meio-irmão
perigoso. Talvez então eu não estivesse em uma situação tão
terrível.

Em vez disso, sentei e enviei uma mensagem rápida para


Pacey. No mínimo, eu podia vê-la e deixá-la experimentar a virada
absolutamente surreal que minha vida havia tomado.

Joguei meu telefone de lado quando terminei e saí da cama.


Eu escovei meus dentes e tomei uma ducha. Eu queria café e talvez
uma banana, mas percebi que não tinha ideia de onde ficava a
cozinha.
Abri a porta e vi um pequeno pacote no chão. Inclinei-me e
agarrei-o.

Dentro havia um menu e um número.

A sério? Eu pensei. Eles seriamente entregavam comida no


seu quarto como um hotel?

Dez minutos depois, entregaram o café e cereais no meu


quarto como um hotel.

Sentei no sofá, na minha televisão passava uma novela ruim


mais divertida, eu me senti decente pela primeira vez em algum
tempo. Sinceramente, quem não gostaria que a comida fosse
entregue em seu quarto sempre que quisesse?

Eu definitivamente poderia me acostumar com isso.

Algumas horas depois, fiquei nervosa por Pacey aparecer. Eu


senti que não a preparei completamente para o que iria acontecer.
Eu chequei meu telefone pela centésima vez quando de repente ele
começou a tocar.

— Olá? — Eu respondi.

— Nat? Estou no portão da frente e um cara está me dizendo


que não posso entrar.

Eu estreitei meus olhos. — A sério? Coloque-o no telefone.


Ouvi algumas palavras abafadas e o som de alguém pegando o
telefone. — Pois não? — a voz do homem disse.

— Oi. Sou Natalie. Não sei ao certo qual é o procedimento


adequado para isso, mas você pode deixar minha amiga entrar?

— Desculpe senhora. — ele disse. — Você não tem aprovação


de convidados.

— Aprovação de convidados? Você está brincando comigo?

— Não Senhora. Me desculpe por isso.

— Eu moro aqui. Esta é a minha casa agora. Deixe minha


amiga entrar.

— Desculpa. Eu não posso fazer isso. Por favor, obtenha


aprovação.

Eu queria gritar. Em vez disso, eu disse: — Por favor, coloque


Pacey de volta.

O telefone foi entregue. — O que está acontecendo? — ela


perguntou. — Estou prestes a desaparecer?

Eu ri. — Não. Está bem. Apenas segure firme. Eu vou resolver


isso.

— OK. Esse cara é muito intenso, no entanto. Ele continua me


dando esse olhar estranho como se eu fosse uma terrorista ou algo
assim.

— Sinto muito por isso. Eu vou resolver.

Eu desliguei rapidamente.

Por um breve momento, fiquei tonta. A raiva passou por mim.


Como eles se atrevem a manter meus amigos afastados? Eu não era
prisioneira, exceto, talvez, fosse. Eles trouxeram café para o meu
quarto, mas não me deixaram ter um amigo. Era loucura absoluta.

Irritada, liguei para minha mãe. Deixei tocar, mas foi para o
correio de voz. Tentei ligar mais três vezes, mas não atendeu.

O que eu deveria fazer? Eu vasculhei o as coisas que eles


tinham deixado na minha porta, mas não havia números úteis. Eu
verifiquei as gavetas e pelo telefone fixo, mas não havia nada.

Eu me senti tão impotente. Eu nem sabia como encontrar


segurança, quanto mais encontrar alguém que pudesse me ajudar.

E então eu lembrei.

Eu tinha o número dele. Lucas.

Ele me mandou uma mensagem na noite anterior.

Eu olhei para as mensagens, mordendo meu lábio. Eu


realmente não queria pedir ajuda a ele. Eu realmente não queria.
Mas minha amiga estava sentada lá fora, como uma idiota, tudo
porque eu estava morando em algum complexo de prisão da máfia.

Respirando fundo, disquei o seu número.

— Eu sabia que você ligaria. — ele disse no segundo toque.

— Não é sobre isso. — eu disse.

— Então, o que é? Não tenho certeza se quero ouvir outra


coisa senão o quanto você quer que eu vá para o seu quarto e foder
sem sentido.

— É sobre a minha amiga.

— Nós podemos convidá-la também, se você quiser. Estou


aberto à maioria das coisas.

Eu fiz uma careta. — Não, escute Lucas. Estou tentando


coloca-lá para dentro, mas a segurança não a deixa.

Ele riu. — Não é surpreendente. Você está aqui apenas um


dia. Ninguém conhece você ainda.

— Pode me ajudar?

— Claro que eu posso.

Eu parei. — Ok, você vai?

— O que eu ganho com isso?

— O conhecimento de que você não é um idiota completo.


— Não é interessante. Desculpa.

Eu apertei minha mandíbula. — Por favor. Facilite isso para


mim.

— Vista esse vestido.

Eu parei. — De jeito nenhum. — eu disse.

— Venha ao meu quarto hoje à noite usando esse vestido.

— E fazer o que?

— Entre, gire uma vez e depois saia.

— De jeito nenhum.

— Esses são meus termos. É pegar ou largar.

Suspirei, balançando a cabeça. — É só isso? Entro, giro e


depois saio?

— É isso aí.

— Okay.

— Ótimo. Até logo. — Ele desligou.

No que eu acabei de me meter?

— Você só pode estar brincando. — disse Pacey. — Este lugar


é insano.
— Eu sei. — eu disse. — Ainda não decorei os lugares.

— Como você pode? É enorme demais.

Nós caminhamos voltando para o meu quarto. Eu dei a ela um


breve tour pelo que eu sabia até agora, que basicamente consistia
em nós vagando pelos corredores até que alguém nos apontasse
em uma direção diferente.

Finalmente encontramos a porta do meu quarto e eu a


destranquei.

No interior, estava coberto de flores.

Centenas de flores, de todas as formas e tamanhos diferentes,


estavam por todo o lugar.

— Whoa. — disse Pacey. — Eles colocaram você na sala


verde?

— Não. Quero dizer, elas não estavam aqui quando eu sai,


uma hora atrás.

Pacey entrou e eu a segui. Havia um cartão apoiado na mesa


de café e Pacey o agarrou antes que eu pudesse.

— 'Aprecie as flores, senhoras.'— Ela olhou para mim. —


Lucas?

Meu rosto escureceu. — Meu meio-irmão.


— É normal que um meio-irmão envie flores para sua meia-
irmã assim?

— Não. Não há nada normal nele.

Ela riu, jogando o cartão de lado. — Bem, tanto faz. Este lugar
é absolutamente incrível, Nat.

Suspirei, caindo no sofá. Foi simplesmente demais. Entre a


loucura de perder a casa da minha família, vir morar em uma
mansão, ter meu meio-irmão me querendo, eu querendo meu
meio-irmão, oh, e se casar com meu meio-irmão, era tudo demais.

— Mal posso acreditar. — eu disse.

Mas Pacey não me ouviu. Ela estava muito ocupada olhando


para o quarto, inspecionando cada pequeno detalhe. Ela parecia
mais encantada com a exibição ornamentada de riqueza do que eu.

— Seu próprio banheiro? — ela perguntou. — É maior que o


meu quarto. Puta merda.

Eu ri. — E eles trazem comida para o meu quarto.

Ela me olhou assustada. — A sério?

— Sério. Quer algo?

— Smoothie.

— Verei o que posso fazer.


Enquanto eu pedia um smoothie enviado para o meu quarto,
o que aparentemente era uma coisa completamente boa e normal,
Pacey continuou a explorar o local.

Finalmente, a bebida dela apareceu e nós descansamos no


sofá juntas.

— Eu sei que continuo dizendo isso, mas não consigo


acreditar.

— Estou tão surpresa e oprimida quanto você.

— Provavelmente mais, já que você tem que morar aqui.

Eu ri. — Sim, verdade.

— Conte-me sobre sua nova família.

— Arturo, meu padrasto, ele parece legal, eu acho. Minha mãe


e ele parecem realmente gostar um do outro.

— E Lucas?

— Ele é um idiota. Eu acho que as flores são a versão dele de


uma piada.

— Alguma piada. — murmurou Pacey. — Quantos anos ele


tem?

— Um pouco mais velho que nós.


— E o que ele faz?

Fiquei pensando nisso. O que ele fazia? Além de atuar como


membro de uma gangue, é claro.

— Ele trabalha para o pai. — eu disse.

Pacey assentiu. — Ok, me mostre o resto do lugar.

— Quer se sentar à beira da piscina?

— Claro!

Eu levantei, sorrindo. Pacey tinha um jeito de me animar,


mesmo quando ela não estava tentando. Eu tive que vasculhar
minhas coisas, mas achei algumas roupas de banho para nós duas
usarmos.

Nós nos trocamos e saímos. Eu estava ansiosa para ficar


sentada junto à água com Pacey, sem pensar em nada e relaxando.

De repente, minha vida passou do normal para totalmente


louca. Mas pelo menos eu tinha uma piscina.
Capítulo Doze
LUCAS

Não era todo dia que encontrava duas mulheres seminuas


tomando sol ao lado da piscina do meu pai.

Na verdade. Eu não conseguia contar quantas vezes esse


exato cenário se desenrolou e terminou com as duas mulheres na
minha cama.

Mas não conseguia me lembrar se alguma dessas duas era


minha meia-irmã.

A amiga dela era a mesma garota de Vegas, eu me perguntava


se me reconheceria. Eu duvidava disso, considerando a quão
bêbada ela estava, mas me perguntei o quanto Natalie realmente
havia dito a ela. Eu não esperava nada e sabia que Natalie não era
uma idiota. Ainda assim, sempre havia uma chance, então decidi
jogar um pouco mais.

As duas garotas estavam deitadas em espreguiçadeiras e de


biquíni. — Senhoras. — eu disse enquanto me aproximava.

Natalie abriu um olho. — Lucas.

A amiga dela se sentou. — Então este é o Lucas. — ela disse.


— Obrigada pelas flores.
Eu sorri. — De nada. Natalie me contou sobre o problema que
você teve no portão da frente. Considere as flores um pedido de
desculpas.

— Um grande pedido de desculpas. — ela disse.

— Lucas, este é Pacey. — disse Natalie.

— Pacey, prazer em conhecê-la.

— Da mesma forma. — Pacey sorriu para mim quando eu


tirei minha camisa.

Vi Natalie olhando, e eu olhei de volta. Eu amei a aparência de


sua pele clara em seu biquíni azul escuro. Quase não cobria nada,
deixando basicamente nada para a imaginação, e foi por isso que
eu gostei. Por outro lado, sua amiga era mais magra, muito magra,
com pele mais escura e cabelos cor de mel.

— O que você está fazendo? — Perguntou Natalie.

— Nat. — disse Pacey — Não seja rude.

— Está tudo bem. — eu disse. — Eu apenas pensei em nadar.

Antes que Natalie pudesse reclamar, mergulhei na água. Foi


bom depois de um longo dia, quebrando rostos e pressionando por
informações.

Depois de nos encontrarmos com Rodney, decidimos fazer


um rápido desvio pelo território controlado pela Rússia. Eu não saí
agressivamente quebrando o nariz, mas tentei mexer nos meus
contatos. Eu tinha alguns caras na multidão que me deram
informações confiáveis em troca de dinheiro decente, mas não
consegui encontrar nenhum deles, por incrível que pareça.

Quase como se tivessem se escondendo por algum motivo.

Eu emergi de costa para elas, olhei para trás e eu peguei as


duas garotas me olhando e sorri em troca.

— Entre. — eu disse. — A água está decente.

— Não, obrigada. — Retrucou Natalie, mas Pacey já estava se


levantando.

— Vamos Nat. — ela disse.

— Vá em frente. — respondeu Natalie. — Estou confortável.

Pacey deu de ombros. Ela caminhou em direção à piscina e


mergulhou.

Eu ri quando ela caiu. Ela era bastante graciosa na água, mas


faltava completamente alguma coisa. Por alguma razão, eu não
tinha absolutamente nenhum interesse em Pacey. Apesar do fato
de ela ser fofa o suficiente e obviamente, me fodia com os olhos,
porem não queria a mesma coisa.

Por alguma razão, queria minha esposa. A garota que ficava


me olhando como se eu fosse o pior ser humano do mundo.

— Então, o que você achou da casa? — Eu perguntei a Pacey


enquanto ela nadava.

— É boa. — ela disse. — Grande demais.

Eu ri. — Sim, é muito grande. Adivinhe quantos cômodos


estão realmente em uso frequentemente.

— Metade?

— Dificilmente. Menos de um quarto deles, e isso é generoso.

— Uau. — ela disse. — Parece um enorme desperdício.

— É realmente.

— O que vocês fazem para ter tudo isso?

Olhei para Nat e ela me deu uma olhada. Imediatamente


entendi que Pacey não entendia nada.

— Meu pai está no setor imobiliário. Ele é dono de muitos


edifícios em todo o país.

— Uau. Isso é muito legal.

— Vou fazer uma turnê para vocês duas a qualquer momento.

— Seria ótimo.
Ela nadou ao meu redor e eu observei Natalie
cuidadosamente. Ela estudiosamente ignorou meus olhares e
tentou fingir que estava cochilando atrás dos óculos escuros.

Mas eu sabia a verdade. No segundo em que eu saí de casa e


fui em direção a elas, Nat estava me observando como um falcão.

Nadei até a beira da piscina e saí, a água escorrendo do meu


corpo musculoso. Pacey continuou nadando.

Peguei minha toalha e comecei a me secar.

— Você pode fazer isso em outro lugar? — Perguntou Natalie.

— Por quê? Distraída?

— Não. Você está me molhando.

— Eu sei disso. Eu posso praticamente cheirar o quanto você


me quer. — eu disse suavemente.

— Não foi isso que eu quis dizer. — Ela estava corando como
louca.

— Vamos, Natalie. Não finja que você não está morrendo de


vontade de sua amiga ir embora, para que eu possa passar minha
língua na sua boceta apertada até que você grite meu nome.

— Nem um pouco. Você veio aqui apenas para mexer comigo?

Eu sorri para ela. — Sim. E dizer que você me deixa muito


duro quando usa esse biquíni.

— Ótimo. Obrigada.

— Não se esqueça do nosso acordo.

— Eu não me esqueci.

— Bom. Tenho certeza de que você pensou nisso o dia todo.

— O que vocês dois estão cochichando? — Pacey chamou.

Eu sorri para ela. — Apenas um assunto familiar urgente.

— Há algo errado?

— Nem um pouco. — eu disse, acenando para ela. Eu olhei de


volta para Natalie.

— Até mais, mana.

Ela me ignorou enquanto me afastava, minha toalha


pendurada nos meus ombros.

Eu amei o olhar em seu rosto. Foi meio desprezo e meio


desejo, o que só me fez querer ainda mais. Eu nunca conheci
alguém que resistisse tanto a mim e ao mesmo tempo me queria,
como Natalie.

A questão do nosso casamento ainda não havia surgido,


embora eu soubesse que teria que fazer algo a respeito. Agora que
tínhamos um rato na família, os tempos eram extremamente
perigosos. Simplesmente não era a melhor situação para ter um
segredo tão sério.

Vince estava me esperando dentro de casa. Entrei pela porta


dos funcionários, uma porta quase invisível que se abre
diretamente na cozinha.

— Nadando? — ele me perguntou.

— Sim. — confirmei.

— Não é o seu costume.

Eu levantei uma sobrancelha. — Tem algo a dizer?

Ele sorriu, levantando as mãos. — De modo nenhum.

— O que você está fazendo aqui?

Ele encolheu os ombros. — Esperando Por Você. Admirando a


vista.

Eu segui seu olhar e vi Natalie em pé, caminhando em direção


à piscina e pulando.

— Afaste-se. — eu disse ferozmente, me surpreendendo.

Vince olhou para mim. — O que?

— Minha meia-irmã está fora dos limites. — eu rosnei para


ele.

— Sim, tudo bem, é claro. — ele disse, dando um passo para


trás.

Eu não entendi minha reação. Eu sabia que Vince era


inofensivo, e brincávamos sobre mulheres assim o tempo todo.
Mas, de repente, fiquei chateado por ele olhar para Natalie assim.
Eu sabia o tipo de merda que ele dizia e não queria ouvir sobre ela.

Eu me acalmei e comecei a voltar para a parte principal da


casa. Vince me seguiu.

— O que você queria Vince? — Eu perguntei a ele.

— Enviei sensores como você queria, tentando encontrar


nosso amigo russo.

— E?

— Já tenho uma resposta.

Eu parei e olhei para ele. — Realmente? Tão rápido?

— Sim. Foi o que eu pensei também.

— O que ele disse?

— Ele quer se encontrar.

— Então o cara estava invisível mais cedo, mas assim que


perguntamos, de repente ele quer se encontrar.

— Suspeito.

Eu assenti para ele. — Sim, suspeito. Defina uma hora e um


lugar.

— Tem certeza?

Eu estreitei meus olhos para ele. — Você tem me questionado


muito ultimamente.

Ele balançou sua cabeça. — Desculpe chefe. Parece apenas


uma armadilha óbvia.

— Os russos não querem uma guerra. Eles não colocariam um


dedo em mim. Não, isso é sobre outra coisa.

Vince assentiu. — OK. Vou marcar a hora.

Ele começou a se afastar. — Vince? — Eu liguei para ele.

Ele olhou para mim. — Sim, chefe?

— Pare com essa merda.

Ele sorriu. — Entendi.

Eu sorri de volta e ele saiu.

Eu não podia perder a lealdade de Vince. De todos na


multidão, Vince era meu conselheiro mais próximo, meu número
dois, meu braço direito. Eu confiava nele quase tanto quanto
confiava em Louisa, e isso dizia muito.

Eu balancei minha cabeça, indo para o meu quarto. As coisas


estavam ficando a cada segundo mais perigosas. Eu não podia me
dar ao luxo de me distrair com Natalie, mas o pensamento dela
naquele vestido me deixou duro pra caralho.

Por alguma razão, eu sabia que ela iria defender seu fim da
barganha. A partir daí, tudo poderia acontecer.
Capítulo Treze
NATALIE

Abracei Pacey com força.

— Muito obrigada por ter vindo. — eu disse.

— Sem problemas, Nat. Eu volto em breve.

— OK. Você é a melhor.

Ela entrou no carro e partiu. Eu a observei percorrer o longo


caminho, passar pelo portão e entrar no trânsito. E então
desapareceu sobre uma colina.

Mordi o lábio quando o peso da minha realidade voltou. Eu


ainda estava muito presa no complexo da máfia, ainda planejava
entrar no quarto do meu meio-irmão usando o vestido mais
apertado e revelador que eu já vesti.

Fiquei me perguntando o que diabos eu estava pensando


quando voltei para o meu quarto. Eu nem precisava pedir
orientações e consegui encontrar por conta própria. Entrei e fui
tomar um banho.

Verifiquei o relógio depois de sair banho. Eram seis e meia e


sabia que precisava de pelo menos uma hora para meu cabelo
secar. Lucas não especificou quando precisava que eu passasse
pelo quarto dele, então eu liguei e pedi o jantar.

Um delicioso jantar de frango e eu estava me apertando no


vestido. Meu cabelo estava seco o suficiente, então eu coloquei
maquiagem e escolhi um par de saltos que combinavam bem com o
vestido.

Ao me olhar no espelho, me senti incrivelmente nervosa. Eu


não sabia o porquê, já que só ia entrar girar uma vez e depois sair.
Ainda assim, a ideia dele olhando para mim me deixou
incrivelmente nervosa, mas também estranhamente animada. Eu
podia sentir minhas mãos tremendo levemente enquanto puxava a
bainha do vestido incrivelmente curto, tentando não pensar no fato
de que sua irmã tinha usado o vestido.

— Vamos, Natalie. — eu disse a mim mesma no espelho. —


Uma volta e você sai. Apenas faça já.

Respirei fundo, fui em direção a sala principal, abri a porta e


saí para o corredor.

E percebi que não tinha ideia para onde estava indo.

Envergonhada, corri de volta para o quarto. Peguei o telefone


e liguei para a cozinha.

— Com licença. — eu disse. — Você sabe onde que fica o


quarto do Lucas?
A pessoa do outro lado parou. — Este não é um diretório. É a
cozinha.

— Eu sei. — eu disse. — Eu sinto muito. Imaginei que você


conhecesse esse o lugar. Eu sou tão novata.

Outra longa pausa. — Da próxima vez, pergunte sobre o que


você esta procurando primeiro, ok?

— OK.

Ele me deu as instruções, era muito fácil de achar. Lucas


estava na minha ala, apenas um corredor acima.

Saí rapidamente e segui na direção dele, movendo-me rápida


e nervosa. Felizmente, cheguei à porta da frente sem encontrar
ninguém.

Bati uma vez e esperei.

Sem resposta.

Bati de novo, mais alto e esperei.

Sem resposta novamente.

Eu estava começando a ficar nervosa.

Na terceira rodada de batidas, a porta se abriu de repente.

— O que? — ele disse, e então ele parou.


Eu olhei para ele, de boca aberta.

Ele estava pingando e envolto em apenas uma toalha. Suas


tatuagens serpenteavam por seu corpo e desapareceram na área
que sua toalha mal cobria. Seu rosto se abriu em um sorriso
perverso.

— Bem, olá, esposa. — ele disse. — Por favor, entre.

— Você está de toalha. — eu disse — idiota.

— Sim. Eu sei.

— Eu posso voltar mais tarde.

— Entre. — Ele se afastou, então eu passei por ele. Ele fechou


a porta atrás de mim. — Bem? — ele perguntou, olhando para
mim.

Corei profundamente. — Você não pode vestir alguma roupa


primeiro?

— Eu não pedi para você vir enquanto estava no chuveiro.

— Eu sei, mas.

— Mais nada. — ele disse, aproximando-se de mim. — Você


não gosta de mim?

— Uh, sim. — Eu lentamente comecei a me virar.


Suas mãos agarraram meus quadris enquanto minhas costas
estavam para ele. Ouvi a toalha cair no chão.

— Lucas. — eu disse. Eu senti algo pressionado contra mim e


seus lábios roçando minha orelha.

— Você não tem ideia do que faz comigo, não é? — ele


sussurrou. — Só de vir aqui me deixa louco.

— Apenas uma virada. — eu disse.

— Não é por isso que você está aqui.

Eu o senti beijar meu pescoço, afastando meu cabelo, soltei


um suspiro suave quando ele me puxou mais forte contra ele.

— Por que estou aqui, então? —

— Porque você quer outro gosto, Natalie. Você só teve um


pouquinho do que deseja e precisa de mais.

— Mais do que?

Eu senti suas mãos começarem a percorrer meu corpo. —


Mais dedos, mais língua. Você fica pensando em como foi incrível
naquela noite na limusine.

— Também fico pensando em como somos casados. E você é


meu meio-irmão.

— Mas você está aqui de qualquer maneira. — ele sussurrou.


Suas mãos se moveram tão lentamente, tão deliciosamente pelas
minhas pernas. Senti suas mãos lentamente começarem a levantar
a barra do meu vestido.

Meus joelhos estavam tremendo. E minha boceta estava


pingando. Tinha uma surpresa para ele, uma surpresa que tinha
certeza de que ele realmente encontraria.

— Estou aqui. — eu concordei.

— Porque você quer saber. Realmente é tão bom quanto eu


digo? Posso realmente fazer seu corpo sentir coisas que você não
sabia?

Suas mãos puxaram meu vestido.

— Porra. — ofeguei.

— Natalie. — ele sussurrou — Você é uma garota má e


deliciosa. Sem calcinha?

— Surpresa. — eu gemi quando seus dedos encontraram meu


lugar molhado.

— Deus, você continua me impressionando, Natalie.

— Bem... — eu gemi e movi minha bunda contra seu pau


claramente duro. — O que quero, você ficará impressionado.

Seus dedos começaram a trabalhar na minha boceta e eu


inclinei minha cabeça para trás. Seus lábios encontraram os meus,
me beijando com força, enquanto ele continuava a trabalhar
lentamente meu clitóris encharcado.

Cheguei atrás de mim, encontrando seu pau grosso e duro.


Comecei a acariciá-lo lentamente, sentindo nas minhas costas e na
minha bunda.

— Porra, Nat. — ele disse. — Você está pingando. Sua boceta


está encharcada e implorando por isso.

— E você está mais duro do que eu imaginava.

Ele me virou, me puxando contra ele. Ele me beijou com força


enquanto eu continuava a trabalhar em seu pau, acariciando-o
lentamente. Ele se afastou e eu dei um passo para trás, admirando
seu corpo. Seu pênis estava duro e firme na minha mão, seu peito
musculoso coberto de tatuagens. Eu podia ver o desejo em seus
olhos, morrendo de fome por mim.

Estendi a mão e cuspi na palma da mão e comecei a trabalhar


em seu pênis. Ele gemeu quando eu comecei a acariciar, suas mãos
trabalhando nos meus seios.

— É isso que você imaginou? — Eu sussurrei para ele.

— Você quer sentir o que eu imaginei?

— Sim. Por favor.


Ele me empurrou para trás e depois agarrou meus quadris.
Ele me guiou em direção a um sofá, me deitando nele. Caí em suas
almofadas macias, rindo um pouco.

Ele estava em cima de mim em um segundo, seu corpo


empurrando contra o meu, me beijando forte e áspero.

Eu me perdi em seu toque. Qualquer pensamento sobre o que


estávamos fazendo estava completamente perdido quando
comecei a me entregar a ele. Seus lábios se afastaram dos meus e
beijaram meu pescoço enquanto eu enlaçava meus dedos em seus
cabelos.

Ele se afastou mais, beijando meu peito exposto. Seus dedos e


mãos pressionaram minhas pernas e eu ofeguei quando ele se
afastou.

— Estou morrendo de vontade de provar essa boceta. — ele


disse, beijando minha parte interna da coxa. — Você sabe que eu
penso nisso todos os dias desde que nos conhecemos?

— Não consigo lembrar daquela noite na limusine. — admiti.

— Eu acho que isso pode ajudar.

Senti seus lábios beijando meu clitóris muito gentilmente.


Lentamente, ele começou a lamber e me chupar, trabalhando meu
clitóris. Ondas de prazer construídas através do meu corpo.
Agarrei os travesseiros, tentando não gemer muito alto. Era
impossível, porém, com a maneira como ele me trabalhava. Senti
seu dedo deslizar dentro de mim, pressionando profundamente
minha boceta enquanto sua língua e lábios continuavam a
trabalhar no meu clitóris.

— Foda-se, você tem um gosto bom. — ele disse, olhando


para mim. Seus dedos continuaram deslizando dentro e fora.

— Não é como eu esperava que aconteceu. — eu disse


honestamente.

Ele sorriu. — Acho que você está mentindo para si mesma.

Minha resposta espirituosa foi completamente destruída


quando sua língua começou a trabalhar meu clitóris novamente.

Ele era absolutamente voraz do jeito que lambeu e me


chupou. Seus dedos foderam minha boceta, pressionando
profundamente, entrando e saindo. Eu amava seu corpo nu, do
jeito que ele ainda estava um pouco úmido de seu banho. Inclinei
minha cabeça para trás, gemendo alto, começando a me perder
completamente.

Seus dedos pressionaram mais fundo e sua língua trabalhou


mais, lambendo e chupando. Comecei a mover meus quadris e
ofeguei enquanto sentia chupar e lamber. Abaixei-me e agarrei seu
cabelo, sentindo a pressão começando a aumentar.
— Goze para mim. — ele disse enquanto continuava a me
foder com os dedos. — Goze para mim, Natalie. Eu quero ver seu
rosto enquanto você goza.

— Não pare. — ofeguei. — Continue fazendo isso.

Seus dedos mágicos continuaram pressionando


profundamente dentro de mim. Ele voltou a lamber e chupar meu
clitóris, eu trabalhei meus quadris, pressionando sua cabeça com
mais força contra mim.

Então eu senti o começo de um orgasmo.

O orgasmo começou na minha espinha e rolou por todo o meu


corpo.

— Oh merda, Lucas. Oh porra, oh porra. — eu disse,


repetidamente.

— Goze para mim, Natalie. — Ele continuou me fodendo com


os dedos. — Na minha boca, goze.

Sua língua lambeu e chupou quando eu gozei forte e rápido, o


orgasmo rolando através do meu corpo, enviando contrações ao
longo da minha pele.

Foi incrível e libertador. A única coisa no meu mundo era


Lucas, seu corpo, seus dedos e boca trabalhando em minha boceta.

Lentamente, muito lentamente, começou a diminuir.


Recostei-me no sofá, ofegando, respirando profundamente.

Lucas olhou para mim. — Era o que eu queria. — ele disse. —


Essa cara que você faz.

Eu Corei. — Que cara?

— A Cara de alguém em êxtase. — Ele subiu e me beijou. Eu o


beijei de volta e senti seu pau grosso pressionando contra mim.

— Ainda animado? — Eu perguntei.

— Ainda? — Ele riu. — Eu estou mais duro do que eu já


fiquei, isso é por você, Nat.

Estendi a mão e senti-o, acariciando para cima e para baixo.

— Posso ajudar com isso.

— Você pode? Não sei como.

Eu sorri. — O que você quer que eu faça?

— Eu quero que você chupe meu pau até que eu desça pela
sua garganta.

Mordi meu lábio. — Eu posso fazer isso.

Ele agarrou meu cabelo, sussurrando no meu ouvido. — Você


tem certeza que pode levar meu pau grosso?

— Tenho certeza.
Eu o empurrei para trás e sai do sofá, ajoelhando-me. Ele
sorriu quando eu agarrei a base do seu pau e comecei a acariciá-lo.
Lambi a palma da minha mão, ficando agradável e molhada,
comecei lentamente, acariciando com golpes longos e lentos.

— Ah, porra, isso é bom. — ele disse. — Eu amo olhar para o


seu rosto bonito.

Eu encarei seu corpo, seu peito e tatuagens. Eu não sabia o


que diabos eu estava fazendo, mas eu queria chupá-lo. Eu queria
tanto, porque ele estava tão duro para mim.

Eu lentamente o lambi da base até a ponta, ele grunhiu sua


aprovação. Provei seu pré gozo salgado enquanto deslizava
lentamente meus lábios em torno de sua ponta e chupei com força,
puxei com um estalo e o olhei nos seus olhos.

— Eu não sei. — eu disse. — Quão mal você quer isso?

— Chupe esse pau, garota. — ele disse, pressionando minha


cabeça para baixo. — Ah, porra, sim. Curti isso.

Levei-o profundamente em minha boca e comecei a chupá-lo


de verdade. Eu trabalhei sua ponta, usando minha língua e lábios,
sugando para frente e para trás. Suas mãos me pressionaram,
deslizando seu pênis na minha garganta, e eu trabalhei duro para
chupa-lo.

Ele era enorme e faminto. Eu amei os grunhidos que ele fez,


as palavras sujas que ele sussurrou enquanto eu o chupava.

— Eu quero sentir aquela boceta deslizar pelo meu pau. Eu


quero te foder grosseiramente até que você mal possa andar
direito. Você gozará no meu pau grosso e continuará me
implorando por mais.

Recuei e o empurrei, recuperando o fôlego. Mordi meu lábio e


olhei para ele antes de voltar para seu pau, deslizando-o
profundamente na minha garganta.

— Ah porra, sua garota suja. Engula esse pau.

Eu o deixei foder minha boca, seus quadris deslizando para


cima, empurrando no meu rosto. Eu usei minha mão para acaricia-
lo enquanto o chupava, alternando entre deixá-lo foder minha boca
e fazer todo o trabalho.

De repente, ele se levantou, me forçando a recuar.

— Me chupe agora. Sem mãos. Apenas trabalhe meu pau!—


Ele disse.

Coloquei minhas mãos atrás das costas e sorri enquanto


deslizava seu pau entre os meus lábios. Comecei a chupá-lo com
força e rapidez, sem me importar com o quão confuso era, apenas
querendo fazê-lo gozar.

Eu queria prová-lo, já amei o gosto dele. Eu amei a sensação


de seu pau na minha boca, amei saber que, o que eu estava
fazendo, fazia ele grunhir de prazer.

— Oh merda sim, Natalie. Engula esse pau. — ele disse. —


Estou tão perto.

Ele pressionou minha cabeça e começou a foder minha boca,


grunhindo alto.

— Ah Merda. Engula minha porra. — ele disse. E então eu o


provei quando ele endureceu, grunhindo alto. Seu esperma encheu
minha boca e garganta, engoli cada gota, assim como ele falou.

Finalmente, ele terminou, lambi de forma agradável e limpa.


Ele caiu de volta no sofá.

— Puta merda. — ele resmungou. — Você tem uma boca


incrível.

Eu me arrastei ao lado dele, sorrindo. — Você gostou?

— Sim, porra do inferno. — Ele olhou para mim e riu.

— O que?

— Você tem meu esperma no seu vestido.

Eu olhei para mim mesma e fiquei vermelha como beterraba.


— Ah não!

Ele riu novamente, balançando a cabeça. — Está tudo bem.


Não se preocupe com isso.

— Mas não posso voltar para o meu quarto assim.

— Vou lhe dar algo para vestir.

— E a sua irmã?

— Louisa não espera ver esse vestido novamente.

Suspirei, balançando a cabeça. — Lucas, o que diabos estamos


fazendo?

— No momento, estamos sentados aqui, desfrutando de


nossos orgasmos.

Eu balancei a cabeça, ficando em silêncio. Eu podia ouvir seu


coração batendo no meu ouvido, e eu amei a sensação do seu corpo
duro.

Pela primeira vez desde que me mudei para o complexo


Barone, me senti completamente segura e à vontade. Havia esse
medo tácito em meu peito desde o meu primeiro dia, mas de
repente ele se foi. Eu não estava pensando em nada além de Lucas.
Minha mãe nunca passou pela minha cabeça, ou qualquer outro
problema.

— Vamos lá. — Lucas disse finalmente. — Vamos tirar


vestido de você.
— Novamente já? — Eu perguntei, provocando.

Ele sorriu. — Estou pronto quando quiser.

Olhei para seu pênis e notei que já estava começando a ficar


duro novamente. Eu me sentei sorrindo. — Talvez mais tarde.

— Tudo o que você quiser esposa.

Ele se levantou e entrou em outra sala. Ele voltou um minuto


depois com calças de moletom e um capuz cinza. Ele jogou para
mim.

— Obrigada. — eu disse, levantando-me. Ele estava me


observando. — Um pouco de privacidade?

— Não. — Seu sorriso era enorme.

— Não seja idiota.

Ele suspirou. — Tudo bem. — Ele se virou.

— Não espie. — murmurei enquanto tirava o vestido


manchado de porra.

Eu rapidamente vesti a calça de moletom e olhei para cima.


Ele estava espiando, mas eu apenas balancei a cabeça e vesti o
capuz por cima da cabeça.

— Decente? — ele perguntou.


— Como se você já não soubesse.

Ele se aproximou e me agarrou pelos quadris, me puxando


contra ele. Ele me beijou profundamente e com força. — Você
deveria superar essa sua timidez. — ele disse.

— Você deveria se vestir.

Ele encolheu os ombros. — Eu gosto de ficar nu. Parece bom.

— Sim, bem, é perturbador.

Ele riu. — Bom. Quero que você se distraia. — Ele atravessou


a sala. — Bebida?

— Eu deveria ir. — eu disse nervosamente. — Alguém pode


me notar aqui.

— O que você quiser. — Ele parou na frente de uma cômoda e


se serviu de uísque.

— Escute. — eu disse — Antes de ir: o que estamos fazendo


sobre esse casamento?

Ele inclinou a cabeça para mim e tomou um gole de bebida. —


O que tem isso?

— Bem, realmente não podemos ficar casados. Nós vamos


nos divorciar, certo?

Ele se aproximou de mim. — Por que faríamos isso?


Eu desviei o olhar. — Sério, coloque uma calça.

Ele riu de novo, mas obedeceu, entrando na outra sala e


depois retornando, vestindo apenas algum short de malha fina. —
Melhor?

— Sim. — eu disse, embora dificilmente fosse. Eu ainda podia


ver claramente o contorno de seu pau. — Então, o divórcio?

— Não podemos. — ele disse.

— Tenho certeza de que podemos. — eu disse. — Sempre que


quisermos.

— As coisas estão complicadas agora.

— Eu sei e o divórcio os ajudará a ser menos complicados.

— Na verdade, é mais sobre os negócios.

— Você quer dizer a máfia.

Ele sorriu, assentindo. — Sim. Estamos tendo problemas com


ah, informantes.

— Você quer dizer que você tem um rato?

Ele riu. — Sim, nós temos um rato.

— O que isso tem a ver conosco?

— Se nos divorciarmos no momento, isso potencialmente


chamará a atenção para nós. Ninguém sabe sobre o casamento, por
isso é melhor deixarmos até que tudo acabe.

Eu assenti, entendendo sua lógica, mas não fiquei feliz com


isso. Se dependesse de mim, já teríamos nos divorciado.

Mas eu estava começando a entender o jogo que estávamos


jogando. Eu não estava feliz com isso, mas já estava com minha
mãe tempo suficiente para saber que os homens com quem ela
namorava eram perigosos. Eu precisava aprender a tocar junto, ou
as coisas poderiam piorar.

— Tudo bem. — eu disse. — Quando ficar calmo, estaremos


nos divorciando. OK?

— Certo.— Ele caminhou em minha direção. — Tudo bem, se


você ainda quiser se divorciar.

Eu ri. — Você é meu meio-irmão. Isso é loucura.

Ele parou a centímetros de mim e estendeu a mão para tocar


meu cabelo. — Mais louco do que você me chupou?

— Sim, — eu disse. — Talvez. Eu não sei.

— Encare isso, Natalie. Você está desesperada pelo que tenho.

Eu me virei. — Você é meu meio-irmão. Isso foi apenas uma


vez. — Fiz um gesto para o vestido.
— Certo. Se é assim que você vai jogar, podemos fingir que
você não voltará aqui implorando por mais.

— Boa noite Lucas.

— Boa noite esposa.

Eu rapidamente atravessei a sala, abri a porta e saí.

Eu sabia que precisava sair dali rapidamente. Sempre que ele


se aproximava, eu não tinha certeza se podia confiar em mim.

E eu precisava me controlar. O que aconteceu lá atrás estava


completamente errado;

Eu não podia acreditar que tinha deixado isso chegar tão


longe. Eu tinha planejado provocá-lo um pouco, não cair
completamente em seus braços e deixá-lo fazer o que quisesse
comigo. Já era ruim o suficiente ele ser um idiota arrogante, mas
ele também era meu meio-irmão.

Não podia arriscar o casamento de minha mãe ou minha


própria segurança. Por mais que eu não gostasse dela, ela estava
tentando ser feliz.

Voltei rapidamente para o meu quarto, com raiva de mim


mesma, mas ainda pensando em seu toque. Quanto mais irritada
eu ficava, mais imaginava como era tocá-lo e prová-lo.

Eu estava totalmente ferrada.


Capítulo Quatorze
LUCAS

Chicago era linda no início da manhã, especialmente no


verão. O banco estava duro embaixo de mim enquanto bebia
meu café quente, esperando pacientemente.
Vince estava em um banco dentro da minha visão, mas ele
estava longe o suficiente para ser discreto. Três outros membros
da nossa equipe, além de três homens de Rodney, estavam todos
parados no parque, fingindo que não estavam todos me
observando.
Eu odiava esperar. Fazia parte do jogo que tínhamos que
jogar, mas isso não significava que eu tinha que gostar. Eu sempre
fui um homem de ação, alguém que se levantava e faz o que
precisava ser feito, mas eu podia me forçar a ser paciente quando
precisava.
Ainda assim, isso parecia errado por algum motivo. Vince
havia enviado mensagem para alguns contatos que tínhamos na
máfia russa e recebemos uma única pista. Ele disse que
poderíamos nos encontrar, mas apenas brevemente, e apenas em
público.
O nome dele era Vasili Vladikovich. Ele era um membro de
baixo escalão dos russos, basicamente um mensageiro sem poder
real. Pagamos muito bem a ele em troca de informações de vez em
quando. Eu tinha certeza que ele estava cansado de ser judiado por
seus chefes, e então eu fiz o meu melhor para ser respeitoso com
ele quando podia.
Mas ele era uma verdadeira bola de lodo. Havia uma razão
pela qual os russos nunca o promoveram. Ele não era estúpido,
mas era egocêntrico, desleixado e rude. Basicamente, ninguém
gostava dele porque ele era um idiota.
Bebi meu café, esperando. Ele já estava quinze minutos
atrasado e eu estava me preparando para desistir de tudo. Eu não
precisava de Vasili ou nenhum dos russos; nós poderíamos
resolver as coisas por nós mesmos. Mas quando eu estava pronto
para me levantar e ir embora, eu o vi entrando no parque.
Vasili era baixo, gordo e tinha barba esfarrapada. Ele usava
um agasalho, preto e branco, com plumas brancas. Ele parecia o
gangster russo mais clichê do mundo.
Eu balancei a cabeça para ele e ele se aproximou, parecendo
nervoso.
— Vasili. — eu disse. — Obrigado por me encontrar.
— Você sabe o quanto isso é perigoso para mim? — ele
perdeu a cabeça.
— Por que? — Olhei para um dos caras de Rodney, que me
deu um rápido sinal de — tudo limpo.
— Nossa organização está trancada. — ele disse. — Você sabe
porquê.
— O carregamento. O que aconteceu?
— Você sabe o que eles fazem com ratos, certo?
— Provavelmente algo semelhante ao que fazemos.
— Eles cortam nossas bolas e as enfiam em nossa boca. Eles
nos fazem mastigar e engolir. Então eles cortam nossa garganta.
Eu levantei uma sobrancelha. — Excessivo.
— Assustador, eu digo. Então, você me chamando aqui, pode
me matar, porra.
— Ok, Vasili, mas estamos seguros agora.
— Talvez. Só porque sou muito inteligente.
— O que?
— Eu perdi meus manipuladores estúpidos.
Eu levantei uma sobrancelha. — Manipuladores? Você está
sendo seguido?
Ele assentiu. — Idiotas, no entanto.
Eu dei um sinal rápido para Vince. Ele assentiu e se levantou.
Eles faziam outra varredura pela área e se certificavam de que
estávamos bem.
— Por que eles estão te seguindo?
Ele bufou. — Porque eu sei o que está acontecendo. Eu
estupidamente li uma mensagem, o que me valeu isso. — Ele
levantou a mão. Estava embrulhado em um curativo branco.
— Dedo? — Eu perguntei.
— Dedo, corte limpo.
Eu assenti. Isso fazia sentido. Vasili provavelmente estava
chateado com os russos pegando um dedo, o que explicava por que
ele estava disposto a conversar comigo em primeiro lugar.
— Ok, Vasili, o que a mensagem dizia?
— Não posso te dizer isso.
Eu apertei minha mandíbula, desejando me manter calmo. —
O que você pode me contar?
— Só uma coisa.
— Bastante drama. O que?
— Estávamos envolvidos, no caminhão sendo levado.
Eu soltei um suspiro. Eu sabia que os russos estavam
envolvidos, mas não sabia como ou por quê. A confirmação de
Vasili ajudou muito, no entanto.
— Eu pensei que nossas organizações eram amigáveis.
Ele deu de ombros, roçando as unhas. — Amigável, não
amistoso, não importa. Somos todos fodidos gananciosos, certo?
Eu assenti. — Por que a polícia confiscou o caminhão?
Ele sorriu para mim. — Boa pergunta.
— Diga-me, Vasili.
— Desculpa Lucas. Não é possível. — Ele levantou-se.
— Espera. Pago mais.
Ele olhou para mim por um segundo. — Verifique o
caminhão. — ele disse.
— Está apreendido, com a polícia.
— Certo. — Ele estendeu a mão. — Me pague.
Eu fiz uma cara de nojo. — Vince está na entrada. Ele pagará
você.
Vasili encolheu os ombros. — OK. Boa sorte.
— Certifique-se de cuidar desse mindinho.
Ele acenou com a mão enfaixada e depois voltou rapidamente
para a entrada. Vi Vince esbarrar nele e colocar um pacote de
dinheiro no bolso. Vasili amaldiçoou, mas rapidamente percebeu o
que havia acontecido.
Ele desapareceu de volta à cidade.
Recostei-me no banco e suspirei, bebendo meu café. Ainda
quente, mas não quente o suficiente.
— Bem? — Vince perguntou.
Levantei-me e começamos a caminhar de volta para o carro.
Dei aos caras de Rodney o sinal para dispersar.
— Ele disse que eles estavam envolvidos.
— Só isso?
— E para checar o caminhão.
Vince franziu a testa. — Não há muita novidade lá, então.
— Sabemos que os russos estavam envolvidos. E ainda estou
bastante confiante de que temos um rato.
— Pode estar do lado deles.
Eu assenti. Eu tive o mesmo pensamento. Se os russos
estavam envolvidos, nenhum de nossos funcionários precisava nos
trair.
Mas algo ainda parecia errado sobre a coisa toda. O acordo
havia sido elaborado há meses e beneficiava as duas organizações.
Por que os russos arriscariam guerra? Isso simplesmente não fazia
sentido para mim.
— Vamos continuar cavando. — eu disse a Vince. Nós
viramos a esquina e entramos no carro.
— De volta para casa?— ele perguntou.
Eu balancei minha cabeça: — Parada rápida no centro.
— Por que?
Eu sorri para ele. — Só preciso fazer algumas compras.
Ele me deu um olhar estranho, mas apenas deu de ombros. —
Ok, chefe.
Nós voltamos para o trânsito, e eu me recostei no meu
assento, sorrindo para mim mesmo.
Lembrando de Natalie, aquele vestido, meu pau na boca dela.
O gosto de sua vagina ainda estava nos meus lábios.
Capítulo Quinze
NATALIE

Quando acordei na manhã seguinte, ainda não conseguia tirar


da cabeça o que havia acontecido na noite anterior.

O corpo de Lucas, do jeito que ele me tocou. Seu olhar


faminto. O jeito que eu perdi o controle e não consegui me impedir
de tocar seu peito musculoso, de beijar seus lábios sorridentes, de
sentir seu pau grosso.

Encomendei meu café da manhã habitual, ou pelo menos o


café da manhã que comi nos últimos dias, e sentei na pequena
mesa em frente a uma janela. A vista era realmente muito
adorável; eu podia ver toda a vista do terreno da janela ate os
carros que estavam ao longo da estrada.

Mas minha cabeça ainda estava presa na noite anterior, o que


realmente não deveria estar. Eu precisava me recompor.

Frustrada, levantei-me e rapidamente me vesti. Terminei meu


café e saí para o corredor.

Instantaneamente, eu não tinha ideia de para onde estava


indo. Senti-me nervosa andando pela propriedade sem nenhum
destino, mas queria explorar e não tinha mais nada para fazer.
Então eu comecei a andar. Comecei com minha ala,
propositalmente evitando o corredor de Lucas, e basicamente
comecei a tentar portas aleatoriamente. Eu rapidamente descobri
que a maioria delas estava trancada.

Mas algumas delas não estavam. Encontrei uma sala de


armazenamento com lençóis e roupas de cama, outro banheiro
grande com vários banheiros e chuveiros, uma quadra de basquete
coberta, uma pequena academia, uma pista de boliche e o que
parecia uma sala de aula antiga.

Todo o tempo tudo estava coberto de tecidos dourados e


caros. Era o lugar mais ostentativo que eu já tinha visto na minha
vida, e quanto mais eu me movia por ele, mais me convencia de que
era enorme.

Eu segui a escada até o fundo e empurrei a porta. Eu me


encontrei na cozinha. O lugar estava cheio de trabalhadores,
criados e cozinheiros, alguns de pé e conversando, outros
trabalhando duro na preparação de alimentos.

— Perdida?

Eu me virei e vi um jovem parado à minha direita. Levei um


segundo para perceber que ele era Franklin, o motorista.

— Oh não. — eu disse. — Apenas explorando.

Ele assentiu, dando uma tragada no cigarro. — Lugar grande,


hein?

— É louco. Como alguém encontra alguma coisa?

Ele deu de ombros e acendeu o cigarro. — Você se acostuma,


eu acho.

— Quantas pessoas estão morando aqui?

Ele deu de ombros novamente. — Permanentemente? Supõe-


se que seja apenas Barone e sua família, mas provavelmente há
cinquenta, talvez sessenta pessoas, ficando aqui a qualquer
momento.

Eu fiquei boquiaberta com ele. — Sério?

— Sério.

— Por que eu não os vejo?

— Porque eles têm ordens para deixar você em paz.

Eu deixei isso afundar. — Por quê?

— Você é a nova enteada do chefe. Ele não quer que você seja
corrompida, eu acho.

Ele estava começando a me dar arrepios. — Bem, obrigada.

— Certo.

Eu me virei e saí da cozinha, andando rápido. Ele parecia bom


no começo, mas quanto mais eu o via, mais estranho eu me sentia.
Eu queria me afastar dele.

Subi ao último andar e comecei a andar novamente. Pinturas


alinhavam-se nos corredores, e comecei a notar mais pessoas ao
redor. Todos eles me ignoraram e passavam rapidamente, sem
dizer uma palavra. Começou a parecer um pouco estranho, mas eu
percebi que era porque eles receberam ordens de não me
incomodar.

E isso me serviu muito bem. Eu queria ser deixada sozinha


enquanto eu explorava.

Mais quinze minutos de perambulação sem objetivo e cheguei


a um beco sem saída. O corredor que eu acabei de descer era
estranho, mas eu não conseguia dizer o porque.

Eu tive que caminhar até o outro lado e voltar para perceber


que o corredor tinha apenas uma porta.

A porta era grande e de madeira. Em uma placa de metal


muito pequena, havia um nome: — Louisa.

Eu levantei minha cabeça, olhando para ela. O nome parecia


muito familiar, e então me ocorreu: esse deve ser o quarto da irmã
de Lucas.

A curiosidade tomou conta de mim e me vi batendo.


E rapidamente me parei, mas tarde demais. Eu já tinha batido
duas vezes, alto e estrondoso.

Por que eu ainda não a conheci? Eu percebi que deve ter


havido uma razão pela qual eles estavam me mantendo longe dela.
Ou por que ela estava se escondendo de mim. Talvez ela me
odiasse? Talvez ela desprezasse minha mãe por se casar com seu
pai?

Eu dei alguns passos para trás da porta. De repente, fiquei


muito nervosa. Mas ninguém estava respondendo, e o silêncio se
prolongou. Talvez ela não estivesse no quarto dela; talvez eu
estivesse segura.

Eu me virei e fui embora. Eu dei alguns passos rapidamente


pelo corredor, tentando ficar quieta.

— Fugindo?

Eu parei. A voz era jovem, feminina e vinha logo atrás de mim.


Eu me virei, um nó no estômago.

Ela era bonita, esbelta, com olhos grandes, cabelos grossos e


rosto esbelto. Pude ver a semelhança entre ela e Lucas, apesar de
achar que ela puxou mais a mãe do que ele.

— Uh, desculpe. — eu disse.

Ela inclinou a cabeça. — Por quê?


— Por bater. Eu não quis incomodar você.

— Claro que você quis. — ela disse.

— Uh, desculpe. — eu disse estupidamente.

— Você é Natalie.

Eu assenti. — Você é Louisa.

Ela olhou para mim por um segundo. Quanto mais eu olhava


para ela, mais percebia que havia bolsas sob seus olhos e suas
roupas estavam todas amarradas.

Ela parecia cansada.

— Entre então. — Ela disse, desaparecendo pra dentro.

Eu hesitei. Eu provavelmente deveria sair, mas ela me


interessou. Curiosa, eu a segui para dentro.

Seu quarto era maior que o meu. Imaginei que ocupasse toda
a ala e parte do andar de baixo. Era uma bagunça total, com roupas
e lixo por todo o lugar. Havia várias telas grandes montadas e
equipamentos eletrônicos espalhados por todo o chão. Eu
reconheci alguns deles.

— Desculpe a bagunça. — ela disse, sentando-se de pernas


cruzadas em um sofá. — Joguei um sapato em Rosita e ela se
recusou a voltar.
Eu ri nervosamente. — Rosita?

— Ela limpa meu quarto normalmente. Mas ela apareceu no


meio de um ataque.

— Ataque?

— Sim. Tipo, World of War Craft?

Eu assenti. — Certo. Alguns dos meus amigos jogam.

— É divertido.

Ela me observou enquanto eu fiquei lá sem jeito. — Então,


você gosta de computadores.

— Sim.

— Eu também. Eu vou para a faculdade de ciência da


computação.

— Bom para você.

Eu fiz uma careta. Ela parecia quase hostil em um segundo e


completamente agradável no seguinte. Eu não tinha ideia do que
fazer com isso.

— Uh, então. Somos irmãs adotivas.

— Sente-se. — ela disse. Fui até lá e sentei no sofá. — Sim,


irmãs. Eu nunca tive uma irmã antes.
— Nem eu. — eu disse, sorrindo. — Eu sou filha única.

— Deve ser legal.

— Solitário às vezes, mas sim, é bom.

— Deve ser difícil também, por sua mãe e tudo mais.

Eu ri. — Sim. Você já ouviu falar dela, eu acho.

— Camille Taylor. Difícil não ouvir sobre ela. — Ela fez uma
pausa, olhando as unhas. — Quanto dessa porcaria é verdade?

— Os shows?

— Tudo.

Dei de ombros. — Não muito, mas eu sinceramente tento


manter distância.

— Não a par dos negócios da família?

— Não, na verdade não.

— Bom para você. — Ela olhou para mim seriamente. — Por


que meu irmão roubou um vestido para você?

Eu fiquei vermelha beterraba. Eu não tinha percebido que ela


sabia disso. — Uh, ele estava apenas tentando ser legal, eu acho. —
eu disse rapidamente.

Ela riu. — Isso não soa como Lucas.


— Não, não mesmo. — eu murmurei.

— Eu não me importo com o que você está fazendo. — ela


disse, dando de ombros. — Eu realmente não importo.

— Não estamos fazendo nada. — eu disse.

Ela sorriu. — Claro que não. — Ela esticou as pernas,


colocando-as no meu colo. Fiquei surpresa, mas não me afastei. —
Desculpe, estou sendo estranha. Estou apenas exausta.

— Eu posso voltar mais tarde, se você quiser.

— Não. Fique um pouco. Quero conhecer minha nova meia-


irmã.

E assim começou a conversa mais estranha da minha vida.

Ela começou perguntando sobre a vida na faculdade.


Evidentemente, Louisa não foi à escola e optou por abandonar a
escola muito jovem. Contei a ela sobre aula, sobre amigos e sobre
festas, mas ela parecia mais interessada em perguntar sobre o
laboratório de informática.

Em seguida, ela queria saber sobre namorados anteriores. Eu


era vaga nisso, e quando a questionei de volta, ela me ignorou
completamente. Era mais um interrogatório do que uma conversa.

Mas ela me fascinou. A maneira como ela pulou de tópico para


tópico, sua risada contagiante, seu sorriso estranho, tudo me atraiu
para ela. Eu queria ser amiga dela.

Finalmente, decidi perguntar mais sobre ela.

— Então, como é que ainda não nos conhecemos? — Eu


perguntei.

Ela inclinou a cabeça. — Você não veio aqui antes.

— Claro, mas você perdeu o jantar.

Ela sorriu. — Não saio do meu quarto.

— Quero dizer, também não gostaria de sair do meu quarto.

— Não. — ela disse, me interrompendo. — Não saio do meu


quarto.

Eu a encarei. — Nunca?

— Bem não. Eu saio às vezes. Eu vou passear lá fora. Mas,


principalmente, estou aqui.

Eu pisquei para ela. — Por quê?

Ela deu de ombros, olhando para o outro lado. — Você pode


perguntar ao meu pai sobre isso, se quiser.

— Eu duvido disso.

Ela olhou para mim, aquele sorriso retornando. — Ele não é


um homem tão assustador, você sabe.
— Eu não acho que ele é.

— Claro que você acha. Porque somos mafiosos.

Eu fiquei boquiaberta para ela, surpresa. — Uh. — eu disse,


— O que?

Ela riu para mim. — Não seja burra, Natalie. Você faz parte da
família Criminosa Barone agora. — Ela se inclinou para mais perto
de mim. — Somos todos criminosos violentos aqui.

— Você não parece violenta. — eu disse.

— Não agora. — Ela se inclinou para trás e bocejou. — Ok,


irmã, acho que o tempo de conversa acabou. — Ela moveu os pés e
eu me levantei.

— Bem, foi bom conversar com você. — Eu me senti


completamente desequilibrada.

— Você também. Se você vir Rosita, diga a ela para ficar


longe. Eu tenho mais sapatos.

Eu ri, assentindo. — OK. Eu vou.

Ela rolou, puxando um cobertor em cima dela. Eu assisti por


um segundo e depois virei e saí.

No corredor, balancei minha cabeça. Que experiência


totalmente estranha e surreal. Como se minha vida não fosse
estranha o suficiente, agora eu tinha uma meia-irmã que poderia
ser totalmente louca. Bonita e muito interessante, mas doida, sem
dúvida.

Voltei para o meu quarto, balançando a cabeça, me


perguntando quando a estranheza terminaria.
Capítulo Dezesseis
LUCAS

Servi-me um uísque e me deitei no sofá, pronto para tentar


pensar em um plano para lidar com os russos, quando alguém
começou a bater na minha porta.

— Vai embora. — eu gritei.

As batidas não pararam.

— Vou arrancar suas bolas. — rosnei, levantando-me, — Se


você não parar. — abri a porta.

— Oi, irmão mais velho.

Louisa sorriu para mim. — O que você está fazendo aqui?

Ela entrou no meu quarto. Eu fiz uma careta para ela, mas
fechei a porta.

— Pensei em te fazer uma pequena visita.

— Você não entra aqui há um tempo.

Ela caminhou até o meu armário de bebidas e se serviu de


uma bebida.

— As coisas estão diferentes agora.


Eu fiz uma careta para ela. — Você não é jovem demais para
beber?

Ela retrucou. — Provavelmente.

— E aí, Louisa? Estou ocupado. — Eu me sentei, esticando


minhas pernas.

Ela se serviu de outra bebida e depois sentou-se em cima da


mesa de café. Recusei-me a morder sua isca; ela estava
constantemente fazendo coisas estranhas apenas para provocar
alguém. Geralmente era o pessoal que tinha que lidar com isso,
mas de vez em quando Louisa decidia me fazer o alvo de seus
jogos.

— Eu tive uma visita mais cedo.

Eu levantei uma sobrancelha. — As pessoas sabem que não


devem incomodá-la.

— Ela era muito interessante. Eu posso ver por que você


gosta dela.

Eu respirei rapidamente. — Natalie.

— Minha nova irmã. Eu gosto dela.

Eu fiz uma careta. O que diabos ela estava fazendo visitando


Louisa? Não que houvesse alguma regra real contra isso, mas eu
estava disposto a apostar que meu pai teria preferido que ela não o
fizesse. Louisa poderia abrir muitos buracos na pequena ilusão de
poder e controle que meu pai havia trabalhado tão
incansavelmente para construir.

— O que ela queria?

— Acho que ela estava apenas explorando, tropeçou no covil


da aranha.

— Bem, acho bom que vocês duas se conheceram.

Louisa assentiu, bebendo sua bebida. — Ela também gosta de


computadores.

— Então vocês têm algo em comum.

Os olhos dela se estreitaram. — Seja legal com ela, Lucas.

Eu apertei minha mandíbula. — Estou sendo legal.

— Não, você não está. Você pensa que está, mas não está.

— O que você sabe? Você está muito ocupada se escondendo


no seu quarto, fazendo sua pequena birra.

— Três anos não é uma birra.

Eu a encarei, sem responder. Foi uma discussão que tivemos


muitas vezes desde que ela decidiu se trancar, e eu não estava
prestes a ter isso de novo.
— Você gosta dela? — Louisa perguntou finalmente.

— Nós não somos crianças do ensino médio, Lou.

— Responda.

Suspirei. — Talvez.

— Eu acho que ela gosta de você também.

— Eu sei disso.

Ela desceu da mesa de café e caiu no sofá ao meu lado. —


Apenas seja legal, ok?

— OK.

Bebemos em silêncio por alguns minutos. Na verdade, foi


bom passar um pouco de tempo com minha irmã estranha.
Costumávamos ser próximos antes de nossa mãe falecer, quando
éramos crianças.

Então, é claro, o negócio nos separou, como acontece com


todas as famílias.

Antes que eu pudesse ficar melancólico demais, meu telefone


começou a tocar. Levantei-me e caminhei até ele, pegando-o. —
Sim?

— Lucas, venha ao meu escritório.


— Agora?

— Sim. — disse Arturo, irritado. — Agora.

Ele desligou.

Eu me virei para Louisa, mas ela já tinha saído.

Maldita garota. Por que ela parecia se importar se eu era legal


com Natalie ou não?

Claro que estava sendo legal com Natalie. Lou não queria
saber o quão legal eu estava sendo.

Balançando a cabeça, saí e fui em direção ao escritório de


meu pai.

Bati uma vez e empurrei a porta.

— Pai. — eu disse.

— Lucas, vem. Senta.

Fechei a porta atrás de mim e me sentei em uma das cadeiras


de frente para a mesa dele. Ele se levantou e caminhou até o
armário de bebidas. — Bebida?

— Qualquer coisa que você for beber.

Ele serviu dois uísques e depois me entregou um, sentando na


cadeira ao meu lado. — Diga-me, como foi a reunião hoje?
— Vasili continua sendo um pequeno verme. — eu disse.

— Bom então. — Ele sorriu. — O que ele disse?

— Boas e más notícias, A má notícia é que os russos estavam


definitivamente envolvidos. Mas a boa notícia é que Vasili diz para
verificar o caminhão que esta sob custódia.

Arturo franziu a testa. — Por que verificar o caminhão?

— Eu não sei. Mas ele pensar que isso vai nos ajudar.

— Hmm. — Ele se recostou na cadeira, bebendo sua bebida.


— Lucas, como você está se dando com sua nova meia-irmã?

Tomei um gole da minha própria bebida para esconder meu


desconforto com a mudança repentina na conversa. — Nós nos
damos bem. — eu disse.

— Bom. Não tive muito tempo com ela. Ouvi dizer que você a
viu.

— O que?

— A equipe fala. — ele disse, acenando com a mão.

— Bem, alguém precisa tentar deixá-la confortável. Esta é


uma vida estranha.

Ele assentiu. — E qual a sua avaliação dela?


Eu fiz uma careta. — Isso é o que você normalmente me
pergunta quando há um ativo em jogo.

— Ela não é um trunfo?

— Ela é da família.

— Sim. — ele disse, assentindo — Família.

— Você não confia nela?

— Posso dizer que a temo. Não sei o que ela acredita sobre
nós e nossa família. Sua mãe sabe e está completamente bem com
isso, talvez até apaixonada por isso. Mas é a garota com quem me
preocupo.

Eu assenti. Eu entendi seus medos. Eu os compartilhei


inicialmente quando soube que a filha de Camille estava chegando
para morar conosco, antes que eu soubesse que tinha casado com
ela.

Sobrevivemos através da lealdade e sigilo. Se alguém fosse


desleal, não poderia morar no complexo. Natalie ia ver e ouvir
coisas que poderiam nos machucar se saíssem de quem
simplesmente morando no mesmo prédio em que morávamos.

E sinceramente, eu ainda estava preocupado com o que ela


pensava. Ela nunca falou sobre nossos negócios, o que, por um
lado, era bom, mas mostrou que ela nos temia. O medo era útil às
vezes, mas eu não queria que ela tivesse medo. Eu queria que ela
entendesse.

Ainda assim, não consegui expressar meus medos ao meu pai.


Não queria que ele suspeitasse ou se preocupasse com Natalie. Eu
sabia que poderia lidar com ela, sabia que ela não faria nada para
nos prejudicar. Ainda não, pelo menos.

— Eu confio nela. — eu disse. — Ela não fala sobre os


negócios, mas sabe.

Ele tomou outro gole. — Com que certeza?

— Eu sou bom com leitura, pai. Tenho certeza.

Ele assentiu. — Muito bem. Confio em você, Lucas, mas não


me decepcione. Fique de olho nessa garota.

— Eu vou mantê-la perto.

— Bom. — Ele se levantou e deu a volta na mesa, terminando


o uísque.

Eu fiquei de pé. — Algo mais?

— Entre naquele caminhão. Mantenha-me informado.

— Eu vou.

Ele se sentou e cruzou as mãos. — Uma última coisa, Lucas.


Você estava encarregado da segurança na noite da troca e falhou. O
que aconteceu?

Eu olhei para Arturo. Era a pergunta que eu temia. A verdade


é que eu falhei naquela noite, embora não tenha sido totalmente
minha culpa. A equipe de Rodney deveria nos manter atualizados e
seguros, mas ele nunca poderia ter imaginado que os policiais
entrariam em vigor e apreenderiam tudo.

Rodney fez o que sempre fazia. Ele sobreviveu. Ele nos avisou
que algo estranho estava chegando com tempo suficiente para
sairmos de lá com perdas mínimas, mas ainda assim, eu confiava
em Rodney.

— Foi meu fracasso. — eu disse. — Eu assumo a


responsabilidade.

Arturo franziu a testa. — Não proteja seu povo. Se alguém


falhar, castigue-o.

— Se você quer punir alguém, me castigue. Meu povo é minha


responsabilidade.

Ele não gostou disso. Eu podia ver a raiva tremer nos cantos
dos olhos dele, mas ele se manteve sob controle.

— Cuidado, Lucas. Você não está acima das nossas regras.

— Eu entendi.

Ele olhou para mim e eu mantive meu rosto impassível.


— Vai. Entre no caminhão.

Eu balancei a cabeça, virei e depois saí.

No corredor, voltei para o meu quarto, enquanto


aborrecimento corria pela minha espinha.

Arturo era muito controlador. Ele queria gerenciar todas as


operações em que eu estava envolvido. Entendi o impulso e não o
odiei por isso, mas ele iria atrapalhar.

Suspirei, liberando minha raiva. Fiquei feliz pela conversa ter


terminado. Embora eu não amei como foi, senti como se tivesse um
peso nas costas.

De volta ao meu quarto, sorri para o pacote que havia


comprado no início do dia. Era o que eu esperava ansiosamente o
dia inteiro. Lou entrou quando eu tinha acabado de embalar tudo.

Mas eu finalmente estava sozinho. Minha mente voltou ao


corpo da minha meia-irmã e à maneira como seus lábios se
sentiam ao redor do meu pau. Eu amei o jeito que ela engoliu meu
esperma avidamente e me lambeu depois.

A caixa continha uma pequena surpresa para minha meia-


irmã, e eu mal podia esperar para entregar.
Capítulo Dezessete
NATALIE

Outra manhã no complexo Barone.

Outra manhã sonhando com meu meio-irmão a noite toda.

Sobre os lábios dele contra o meu pescoço.

Sobre a sensação que eu sentia toda vez que ele aparecia.

E sobre o quão irritada ele sempre me deixava.

Arrogante. Mas pelo menos a irmã dele parecia muito legal.


Eu gostei de Louisa assim que começamos a falar, apesar de o quão
estranha ela era. Todos no complexo Barone pareciam tão rígidos e
formais, mas Louisa foi a primeira pessoa a realmente me tratar
como um humano normal.

Eu saí da cama, bocejando. Eu não tinha ideia do que faria o


dia todo, mas parte de mim achou que isso não importava.

Talvez eu consiga um emprego. Ou talvez eu pudesse


trabalhar em algum lugar do complexo.

Vida dura. Eu morava em luxo e tudo era fornecido. Qualquer


coisa que eu quisesse, poderia facilmente pegar o telefone e
atender. Então, por que eu me sentia tão ansiosa o tempo todo?
Abri a porta, esperando meu café da manhã habitual. Estava
lá, mas a bandeja estava empoleirada em cima de uma caixa.

Carreguei a bandeja para dentro e peguei a caixa. Era simples


e despretensioso e estava envolto em um laço de cetim vermelho.
Havia um cartão anexado, que eu abri rapidamente.

Natalie, para memórias antigas e novas. Atenciosamente,


Lucas.

Eu fiz uma careta para isso. O que isso significava? E por que
diabos Lucas estava me enviando presentes?

Rapidamente rasguei o papel e puxei a tampa.

Lá dentro, encontrei roupas íntimas.

Roupa intima preta, rendada e sexy. Sutiãs e calcinhas


combinando, e tudo isso do meu tamanho.

Debaixo deles estava o vestido que eu usei na noite em que


fui ao quarto dele. Coloquei a calcinha de lado e tirei o vestido. Lá,
me encarando, estava a mancha de porra.

— Nojento— , eu disse, jogando o vestido de lado.

Pelo menos a nota finalmente fez sentido.


Que idiota. Parte de mim sentiu raiva como o inferno que ele
iria me enviar algo assim. O que ele estava tentando fazer, esfregar
meu rosto naquele vestido? Eu já o havia apontado como um idiota
egoísta, mas não pensei que ele fosse genuinamente mau também.

Mas assim que olhei para a calcinha, senti a outra metade das
minhas emoções; pura emoção.

A luxúria queimou através do meu peito e senti minha pele


formigar.

Mordi meu lábio, balançando a cabeça. Era a resposta exata


que ele queria. Ele queria que eu me excitasse, que pensasse nele
tirando aquela calcinha sexy do meu corpo lentamente, sobre sua
língua e dedos trabalhando em mim. Ele queria que eu me
lembrasse do gosto de seu pau, do jeito que ele gozava tanto, de
seus grunhidos e gemidos.

Ele queria que eu me molhasse. E por mais que eu o odiasse


por isso, eu estava reagindo exatamente como previsto.

Sentei-me no sofá, bebendo o café que haviam entregado.


Minha última tentativa de esquece-lo havia saído completamente
pela culatra. Eu precisava pensar em algo muito melhor.

Isso me atingiu quase ao mesmo tempo. Olhei para a calcinha


novamente, franzindo a testa. Havia quatro pares, eu decidi
escolher dois. Rapidamente, tirei minha calça de moletom e vesti
um par de babados pretos.

Sentei-me no sofá e abri minhas pernas, fechando os olhos. Eu


deixei minha mente começar a vagar.

Pensei na noite da limusine, seus dedos dentro de mim. Ele


era um estranho lindo naquela época, e o perigo disso só aumentou
minha emoção. Minha boceta ficou encharcada, lembrando como
era incrível deixá-lo me tocar.

E eu comecei a esfregar meu clitóris através da calcinha. Era


tão sujo, tão perigoso querer ele me tocando, usei a calcinha que
ele havia me enviado. O perigo só me deixou muito mais excitada.

Continuei me esfregando enquanto pensava sobre o gosto de


seu pau. Eu amei como ele assumiu o controle naquela noite,
agarrando minha bunda, me movendo para o sofá, fodendo minha
boca, chupando meu clitóris.

Eu o queria. Deus, eu ainda o queria tanto. Eu me odiava um


pouco por isso, já que sabia que ele sabia disso, que ele havia
planejado tudo isso. Eu era sua esposa secreta, sua meia-irmã, sua
conquista sexual, e eu adorava, queria mais. Eu estava bêbada por
ele.

Eu me movi mais rápido, deslizando uma mão pela minha


calcinha para deslizar um dedo profundamente dentro quando
comecei a esfregar meu clitóris. Eu estava encharcada, a calcinha
em si absolutamente destruída e pingando. Eu não estava
pensando nisso, no entanto. Meu plano foi subitamente esquecido
quando imaginei o que ele poderia fazer comigo.

Deslizando seu pau entre as minhas pernas. Talvez eu teria


deixado ele me foder na mesa da sala de aula vazia. Eu queria
senti-lo me levar por trás, me foder grosseiramente contra uma
parede. Ele poderia pegar minhas mãos e segurá-las enquanto me
fodia, sussurrando todas aquelas palavras deliciosas e sujas no
meu ouvido.

O prazer floresceu por todo o meu corpo. Era tão perigoso,


tão errado, querer que meu meio-irmão me fodesse
grosseiramente, me usasse até que eu estivesse implorando por
mais. Eu nunca tive um segredo como ele antes e nunca soube que
queria um. Mas eu amei meu casamento secreto, amei o quanto eu
queria meu marido secreto.

Eu gozei devagar no começo, meu corpo tremendo, meus


músculos tensos, chamando seu nome. Ele me fez sorrir. Ele me
molhou. Ele me fez sentir coisas que nunca senti antes.

E, finalmente, o orgasmo passou. Deitei no sofá, tirando


minhas mãos da calcinha. Elas estavam encharcadas o suficiente e
eu estava cansada o suficiente.

Olhei para a pilha de roupas íntimas e fiz uma careta.


Só mais um par, felizmente. Talvez isso o ensinasse por ser
um idiota tão arrogante.

Fantasiar estava bem. A fantasia ate que era divertida. Mas eu


e Lucas não vivíamos em um mundo de fantasia, e tudo ao nosso
redor era tão, tão perigoso. Assim que o orgasmo começou a
desaparecer, minha raiva por ele voltou dez vezes. Ele não podia
correr riscos tão grandes como me enviar roupas íntimas e um
vestido manchado de porra. Ele não poderia estar me convidando
para o quarto dele.

E provavelmente eu não deveria estar mandando minha


calcinha usada, mas não pude evitar.

Afinal, ele começou.

Levantei-me e fui até o telefone. Eu pedi suco de laranja e um


pãozinho.

Eu pensei que se eu fosse fazer isso de novo, precisava pelo


menos da minha energia.
Capítulo Dezoito
LUCAS
Passamos o dia planejando.
Vince e eu fomos à cidade, puxando favores, jogando
maços de dinheiro e basicamente incomodando todos os
policiais que tínhamos na folha de pagamento.
No que diz respeito a um plano, era bastante simples. Ele
veio um pouco mais rápido do que eu normalmente estava
esperando, mas eu sabia que a velocidade era a chave aqui.
Tínhamos que entender o que havia acontecido com a remessa
e precisávamos encontrar o rato o mais rápido possível.
Eu estava colocando muito em risco confiando em Vasili.
Se checássemos este caminhão e não houvesse nada além da
remessa ali, nenhuma pista ou qualquer coisa assim, então
minha credibilidade poderia ser questionada. Eu teria que caçar
Vasili e pegar o resto dos dedos, e ele sabia disso.
Às vezes, ser um filho da puta violento e perigoso tinha
suas vantagens. As pessoas tendem a não mentir para mim,
porque no passado não funcionou tão bem para outras pessoas.
Ainda assim, era sempre um risco confiar em um merda
como Vasili. Mas não tive outra escolha.
Perder essa remessa foi provavelmente o maior golpe que
nossa família levou em muito tempo. Eu sabia que meu pai me
culpava principalmente, embora estivesse claro que algo
completamente fora do domínio do meu controle havia
acontecido.
Ainda assim, era minha responsabilidade consertar essa
merda.
E então eu me encontrei de pé com Vince a uma quadra do
prédio da polícia às três da manhã.
— Acha que ele vai aparecer? — Vince perguntou.
— Melhor que apareça, porra. — eu resmunguei. — Estou
cansado e gastamos muito dinheiro com isso.
Vince riu. — Da onde é o dinheiro, afinal?
— Meu próprio estoque pessoal.
— Você tem esse tipo de coisa por aí? — Ele assobiou.
— Eu enterro no quintal.
Ele riu e eu apenas dei de ombros. Bebi meu café. Ele não
precisava saber que eu estava brincando.
Mais dez minutos de pé, antes de ouvirmos passos se
aproximando. A mão de Vince se moveu em direção a sua arma,
e eu apenas assenti para ele.
O cara virou a esquina. Ele era alto e magro, quase como
um pau gigante. Sua pele escura quase se misturava com seu
uniforme de policial azul escuro.
— Vocês são os caras? — ele perguntou quando parou na
nossa frente.
Vince assentiu. — Você é Sanders?
— Sim, cara. — ele disse. — Você trouxe meu dinheiro?
Joguei um pequeno pacote para ele. Ele pegou e
rapidamente abriu, verificando.
— Está tudo aí. — eu disse um pouco irritado.
— Ei, cara, você não pode me culpar por verificar. Eu
nunca lidei com vocês antes.
— Nós apenas queremos dar uma olhada. Sem problemas.
Ele encolheu os ombros. — Francamente, cara, eu não dou
a mínima para o que vocês fazem lá. Basta entrar e sair em dez
minutos e estamos bem.
Ele começou a caminhar de volta para o complexo e nós o
seguimos. Vince me deu um olhar confuso, e eu apenas sorri
para ele.
Passamos pela entrada principal. Nosso amigo Sanders
olhou para dentro, mas continuou andando. O cara sentado
atrás da mesa parecia estar dormindo.
Viramos uma esquina e descemos por um beco estreito.
No meio do caminho, paramos em frente a uma porta lateral
que estava aberta com um tijolo. — Aqui — disse Sanders.
Nós entramos. — Conveniente. — Vince murmurou.
— Não dá para passar pela frente com vocês dois filhos da
mãe que parecem gângsteres. — disse Sanders.
Eu ri. Eu gostei dele.
Passamos por uma série de corredores curtos.
— Se alguém perguntar — disse Sanders, — Você acabou
de enviar um relatório do ER-3481-C, e eu estou levando você
para pegar suas coisas.
— O que? — Vince perguntou.
Sanders continuou andando de cabeça para baixo.
Chegamos a um longo corredor. À nossa frente havia uma
grande porta de garagem. Paramos em frente a ele e Sanders
executou seu ID. Um crachá através de um pequeno scanner
A porta começou a abrir.
— Dez minutos — ele disse. — Vou abri-lo novamente em
dez. Se você não estiver aqui, ele fechará por conta própria e
não vou abri-lo novamente. Entendeu?
— Dez minutos — eu disse.
— Boa sorte. — Ele se virou e foi embora.
Vince sorriu para mim. — Vamos fazer isso.
A porta terminou de se abrir na parte externa da trava. O
edifício era uma praça simples, com o pátio central configurado
para servir de armazenamento externo para veículos. Eles
mantinham coisas menores e mais sensíveis dentro.
O pátio estava cheio de carros. Abrimos caminho, tendo
que passar por cima de um carro uma ou duas vezes.
— Como diabos eles conseguiram colocar essa merda
aqui? — Vince perguntou.
— Deve ter uma entrada externa. — eu disse.
Logo chegamos ao outro lado. Parado em frente a uma
grande porta da garagem que provavelmente levava à rua
estava o caminhão.
— Aqui vamos nós. — eu murmurei. — Como estamos no
horário?
— Seis minutos. — ele disse.
— Merda.
Eu rapidamente avancei, tirando uma barra de alavanca
do meu casaco. Coloquei-o embaixo da porta do caminhão e
comecei a trabalhar.
A coisa maldita estava presa.
— Me dê uma mão. — eu disse. Vince pegou seu próprio
bastão e começou a trabalhar comigo.
A coisa não queria se mexer. — Porra. Temos que nos
apressar. — falei.
— Vamos lá. — resmungou Vince. — Abra, filho da puta.
Finalmente, com um puxão, a porta de repente se soltou
da fechadura e deslizou para cima. Ele abriu com um estrondo
alto e ecoante.
Nós congelamos.
— Merda. — eu disse.
Mas Vince estava olhando para o caminhão, de olhos
arregalados.
— Chefe, olhe.
Eu segui seu olhar.
O caminhão estava completamente vazio.
— Que porra é essa? — Eu disse.
Vince entrou e caminhou em direção aos fundos. Eu o
segui para dentro.
— Nada. — ele disse.
— Acha que eles tiraram o que tinha dentro?
— Talvez. — Ele franziu a testa. — Vamos pedir a Sanders.
— Verifique a cabine.
Vince pulou e ouvi-o abrir a porta da frente.
Fiz uma rápida análise nas costas e não achei nada.
— Nada. — disse Vince. — E é melhor nós irmos.
Eu balancei a cabeça, pulando para fora do caminhão.
Fechei a porta e começamos a correr de volta para a outra
entrada.
Vimos às portas abertas. Eu pulei sobre um carro,
aterrissando e correndo, Vince me seguindo logo atrás. Tivemos
que escalar o capô dos carros e fizemos um barulho infernal,
mas conseguimos passar por debaixo da porta bem a tempo.
Sanders olhou para nós. — Você fez muito barulho, porra.
— ele resmungou.
— Desculpe. — eu disse, recuperando o fôlego.
Ele começou a voltar por onde viemos. Nos o seguimos.
— Ei, ouça. — eu disse. — Você olhou ou pesquisou o
caminhão para nós?
— Sim, como você pediu. Tenho os papéis aqui. — Ele
estendeu uma pequena prancheta.
Vince pegou e começou a olhar as coisas. Continuamos
andando e voltamos para a sala de onde viemos caminhando
pelas prateleiras.
Paramos em frente a uma saída de incêndio.
— As coisas no caminhão. — disse Vince, — não ficam
armazenadas no interior dele?
Sanders encolheu os ombros. — Foda-se se eu sei. O que
diz?
— Não diz. Apenas diz que é um caminhão, mas carga foi
armazenada do lado de fora.
— Então o material ainda deve estar lá. — Ele franziu a
testa. — Por quê? Estava vazio?
— Obrigado, Sanders. — eu disse, indo para o beco. Vince
me seguiu.
Eu ouvi o cara murmurar algo sobre malditos mafiosos,
mas nós já tínhamos saído, voltando para o carro.
Não dissemos uma palavra um ao outro quando voltamos
à frente do prédio. O cara da recepção parecia tão adormecido
quanto antes, o que era bom. Provavelmente acordamos metade
do maldito quarteirão atropelando aqueles carros.
Uma vez ao redor do quarteirão, paramos e nos
inclinamos contra uma varanda.
— Bem? — Vince perguntou.
— O caminhão estava vazio. — eu disse.
— Sim.
— Eu acho que é isso que deveríamos ver.
— Você acha que alguém pegou as coisas?
— Sim.
Ficamos em silêncio por um minuto.
— Tudo foi uma armação, — disse Vince finalmente.
— Sim, foi. — Eu balancei minha cabeça. — Mas por
quem?
— Os russos?
— Não faz sentido. Eles não arriscariam uma guerra
conosco, especialmente não por causa desse acordo.
— Talvez eles não achem que foi tão bom quanto você.
— Talvez. — eu disse, balançando a cabeça. — Ou talvez a
organização deles também tenha alguns traidores.
Entramos no carro e Vince ligou o motor.
O caminho de novo estava cheio de conspirações
silenciosas. Minha cabeça estava girando através das
possibilidades, tentando descobrir os jogadores.
Tudo parecia descansar sobre uma base de areia. Entre o
rato, a remessa roubada e Natalie, eu fui dividido em centenas
de direções diferentes.
E isso me fez sentir tão vivo.
Eu amava o estresse. Prosperei com isso. Não cheguei à
minha posição, meu nível de poder, sem atuar sob pressão. Foi
isso que me separou de outros homens. Eu podia fazer o que
era necessário, mesmo quando as apostas eram altas como o
inferno.
Voltamos ao complexo por volta das quatro e saí do carro.
Acenei para Vince quando entrei na casa e ele foi colocar o
carro na garagem.
Subi os degraus, exausto, pronto para finalmente dormir
um pouco. Mas, havia na frente da porta do meu quarto uma
pequena caixa embrulhada em um laço, como a que eu havia
deixado do lado de fora do quarto de Natalie.
Um sorriso se espalhou pelo meu rosto. Peguei a caixa e a
carreguei para dentro.
Lá dentro, servi um pouco de uísque e coloquei uma
musica. Eu sorri para mim mesmo quando abri o cartão.

A minha memória é tudo o que você terá a partir de agora.


Aqui está uma dica: o cheiro é o melhor gatilho. Natalie.

Abri a caixa e meu sorriso se transformou em um sorriso


enorme. Dentro havia duas calcinhas que eu havia enviado
antes.
E instantaneamente soube o que o cartão significava
“cheiro”. Peguei um par e levei-o ao meu nariz.
Inconfundível. Era o cheiro dela, o cheiro delicioso, porra.
Eu a respirei profundamente. A garota tinha claramente se
metido nisto, e isso fez meu pau instantaneamente duro.
Ela estava doida. Eu não podia acreditar que ela havia
respondido dessa maneira. Eu principalmente esperava que ela
se sentisse envergonhada e talvez jogasse tudo fora. Mas, em
vez disso, ela me enviou de volta a resposta perfeita.
Cheirei o outro par, sorrindo para mim mesmo. O perfume
realmente era o melhor gatilho da memória, e o pensamento de
seu corpo voltou rapidamente.
Eu não tinha certeza do que ela pretendia com a calcinha,
mas isso só me fez querer ainda mais. Tomei outro gole
profundo de uísque, lembrando-me do jeito que ela
choramingava enquanto meus dedos faziam sua mágica,
trabalhando sua boceta encharcada, fazendo-a minha.
Coloquei a caixa na mesa de cabeceira, terminei meu
uísque e subi na cama. Talvez eu tivesse um bom sonho com sua
doce vagina enrolada no meu pau duro e furioso.
Ou talvez de manhã eu pudesse tornar isso uma realidade.
Talvez essas calcinhas fossem feitas para serem um desafio,
mas eu os vi como uma promessa.
Uma promessa de que ela seria minha, de um jeito ou de
outro.
Capítulo Dezenove
NATALIE

A piscina estava surpreendentemente calma e vazia,


enquanto eu estava lá, ouvindo música e folheando uma revista.

Fiquei pensando na minha pequena brincadeira, da qual eu


havia enviado a Lucas no dia anterior. Eu não tinha ouvido nada
dele, mas sabia que ele pegou a caixa. Pelo menos, não estava mais
parada na frente da porta dele.

Eu tinha uma sensação estranha na parte de trás da minha


cabeça. E se ele não tivesse conseguido? E se alguém a tivesse
agarrado? Eu ficaria tão, tão envergonhada. Pior, isso poderia
causar alguns problemas em sua família louca.

Mas não consegui me preocupar muito. Ele começou, então eu


estava assumindo que deixar presentes como esse era seguro.
Espero pelo menos.

Suspirei, olhando para o céu. Ultimamente, eu estava me


sentindo tão estressada, mas me sentar à beira da água me
acalmava bastante. Eu sempre amei piscinas e nunca cheguei perto
de uma quando era mais jovem. Chicago também não era
exatamente o melhor ambiente para a natação ao ar livre, ou pelo
menos fora dos principais meses de verão.
Felizmente, estava um verão quente até agora, o que
significava que eu podia me sentar à beira da piscina de biquíni
com absolutamente nenhum desconforto.

Soltei um suspiro, finalmente me sentindo relaxada.

— Aí está você.

Eu apertei minha mandíbula, surpresa. Olhei por cima do


ombro e vi minha mãe caminhando em minha direção.

Tanta coisa para se sentir relaxada.

— Oi mãe. — Eu disse.

Ela se sentou na cadeira ao meu lado. — Não vejo você há


algum tempo. — ela disse.

— Eu sei. Você esteve ocupada?

— Eu acho. — Ela esticou as pernas.

Eu não a via desde a primeira noite em que nos mudamos.


Mamãe era assim, sempre desaparecendo. E imaginei que ela já
havia assumido sua parte da casa, redecorando e ordenando a
equipe.

— Como você está se ajustando? — ela perguntou.

— Bem eu acho.
— Você está acostumado a ter pessoal?

Eu ri, balançando a cabeça. — De modo nenhum.

— Não, eu também não. — Ela sorriu e deu de ombros. —


Mas as pessoas têm sido muito legais, especialmente Franklin. Ele
realmente se esforçou para me mostrar o caminho.

Eu levantei uma sobrancelha. — Quem é Franklin?

— Lembra do garoto legal que nos trouxe até aqui?

— Certo.

— Esse é o Franklin.

Eu me lembrava bem dele: o cara assustador da cozinha.

— Bem. Estou feliz que você fez um amigo.

Ela riu. — Eu não o chamaria de amigo, querida. Ele ainda faz


parte da equipe, afinal.

— Sim. Claro.

— Ele é um garoto muito esperto, fala algumas línguas.


Espanhol, alemão, russo, italiano, alguns outros.

— Você está tendo aulas de idiomas?

Ela sorriu estranhamente. — Tentando aprender um pouco


de italiano para Arturo.
— Que gentil da sua parte.

— Você explorou muito o terreno?

Eu balancei minha cabeça, olhando através da água. — Eu


tentei, mas é tão grande.

— Eu sei. Maior do que eu imaginaria.

— Para que eles precisam de todo esse espaço?

— Oh, quem sabe? Eles têm muitas pessoas em sua


organização. Acho que as pessoas ficam aqui de vez em quando.

— A organização deles. — eu disse com tristeza. — Eu


gostaria que você tivesse me avisado antes de nos mudarmos.

— Como eu pude? Você provavelmente não teria acreditado


em mim de qualquer maneira.

— Eu sei, mas, mãe, a máfia?

Ela franziu o cenho para mim. — Não é o que você pensa.

— É exatamente o que eu penso.

— É estressante para Arturo, você sabe. Eles perderam um


carregamento importante recentemente.

— Eu ouvi algo sobre isso, eu acho. — eu disse, inclinando a


cabeça. — Remessa de quê?
Ela riu docemente. — Quem sabe? Cocaína, heroína,
provavelmente algo assim.

Suspirei. — E tudo bem para você?

— É um negócio, querida. Há uma demanda, então eles


suprem.

Eu não deveria ter ficado surpresa, mas fiquei. Na verdade,


não era exatamente moralmente contra tudo o que a máfia fazia.
Eu sabia que eles provavelmente fizeram algumas coisas terríveis e
quebraram algumas leis, mas eles eram empresários no centro das
coisas. Mas o que realmente me incomodou foi o perigo em que
estávamos apenas por ser da família deles.

Camille tinha o dom de ignorar qualquer coisa que fosse ruim


ou errada. Ela era incrivelmente decidida quando queria ser e
seguiria qualquer caminho para alcançar seus objetivos.

E, ao olhar em volta, sabia que seus objetivos haviam sido


alcançados. Ela queria riqueza e poder, e agora ela tinha algum.

— Por favor, tente se dar bem com todos. — ela disse. —


Ouvi dizer que você esteve perto de Lucas.

Minha cabeça virou para ela. — Quem disse isso?

Ela riu de novo. — Acalme-se. Está bem. Você tem permissão


para ser amiga de um mafioso.
Eu respirei fundo. Ela não sabia de nada, claramente. Ela
pensou que eu estava assustada porque ele era um mafioso, não
porque eu era casada com ele. E por causa de um flerte muito
errado e muito emocionante.

— Eu sei disso. — eu disse. — Ele é apenas meu meio-irmão.

— Bom. E você conheceu sua meia-irmã?

Eu assenti. — Resumidamente, sim.

Ela fez uma careta. — Bem, eu ainda não.

— Você vai em breve.

— Ouvi dizer que ela é muito estranha. — Ela se inclinou


para falar em voz baixa, de maneira conspiratória. — Ouvi dizer
que ela é louca. Não sai do quarto, fala consigo mesma o dia todo.
Às vezes ataca a equipe.

Eu fiz uma careta para ela, irritada. Minha mãe típica, já


fofocando. Felizmente eu já tinha conhecido Louisa e sabia como a
maioria daquilo não era verdade. Claro, ela nunca saiu do quarto e
provavelmente atacou a equipe, mas não era louca.

— Ela é uma garota legal — eu disse. — Apenas um pouco


incompreendida.

Mamãe balançando a cabeça conscientemente, o que só me


incomodou mais. — Bem, estou ansiosa para conhecê-la.
— Tenho certeza.

Mamãe se levantou. — Ok, vou trabalhar um pouco. Não se


esforce muito hoje.

— OK. Até logo.

Ela acenou inconsciente de como eu estava irritada, e voltou


para a casa.

Eu a observei desaparecer lá dentro. De repente, a piscina não


parecia mais um lugar confortável e relaxante. Fiquei agitada e
irritada, e a última coisa que queria fazer era sentar e olhar a água
estúpida.

Levantei-me, vestindo uma camiseta e um shorts jeans por


cima do meu maiô. Joguei a revista, telefone e fones de ouvido na
minha bolsa. Coloquei meus pés nas minhas sandálias.

Minha mente continuou voltando para Lucas e a máfia. Como


me sentia sobre isso? Camille mencionou uma remessa de algum
tipo, e ela até pensou que era de drogas.

O que eu pensava sobre isso? Eu estava bem em fazer parte


de uma família que vendia drogas?

Eu realmente não tinha certeza. Tudo era tão complicado, tão


complexo. Eu duvidava que Lucas estivesse realmente vendendo
drogas para as pessoas, mas sua família provavelmente tinha
relações com isso.

Chateada, eu decidi apenas dar um passeio e tentar me


acalmar.

Fui em direção aos celeiros, minha mente ainda na máfia, nas


drogas, nas remessas e na violência.
Capítulo Vinte
LUCAS
Devemos rastrear o rato e matá-lo o quanto antes.
Recostei-me na cadeira acolchoada, ouvindo os outros
capitães brigando e discutindo sobre a questão da remessa.
Arturo havia convocado uma reunião como chefe da família
para discutir nossas possíveis mudanças.
O que só me incomodou. Supostamente era minha
operação, meu problema e Arturo havia convocado a reunião de
qualquer maneira. Os capitães eram principalmente um bando
de velhos, embora houvesse alguns rapazes afiados e jovens na
mistura, homens que eu respeitava.
Ainda assim, era meu trabalho. Não gostei de ouvir
sugestões idiotas e óbvias dos outros capitães.
— Como assim? — perguntou Ernesto, um homem mais
velho e careca.
— Nós podemos oferecer dinheiro. — sugeriu Alfonse. Ele
estava sentado na minha frente, vestindo um terno caro e
mascando um charuto à toa como o maior clichê do mundo.
— Muito óbvio. — eu disse, entediado. — Isso só o
assustaria.
Alfonse fez uma careta, mas Reginald falou. — Lucas está
certo. — ele disse. — Precisamos de sutileza agora,
principalmente porque não sabemos o que está acontecendo.
Eu assenti. Eu gostei de Reggie; ele era um dos capitães
mais espertos.
— Qual é o seu plano, Lucas? — meu pai perguntou.
— Eu tenho uma ideia. — eu disse, evitando a pergunta.
— Ideias. — disse Ernesto, zombando. — Precisamos mais
do que ideias, Lucas.
— Deixe o garoto falar. — disse Nicolas. — Quais são suas
ideias, Lucas?
— Eu tenho informantes dentro da polícia, como todos
nós.
— É claro, Lucas. — disse Gian, — Mas você não tem medo
de que eles também estejam trabalhando para os russos?
— Talvez. — eu disse — Mas você simplesmente não
perde uma remessa inteira assim e ninguém percebe.
— Isso é verdade. — disse Alfonse.
— Alguém viu e alguém vai falar. — eu disse.
— Como você pode ter certeza? — Ernesto empurrou. — E
como você pode saber que os russos não vão ouvir?
— Não tenho certeza de que são os russos. — disse.
Os outros olharam para mim como se eu fosse um idiota.
— Claro que são os russos! — Ernesto disse rindo. —
Aquelas cobras fodidas nos roubaram.
— Parece que são os russos, Lucas. — disse Nicolas,
franzindo a testa.
— Chega. — disse Arturo, abafando a comoção. Todo
mundo olhou para ele. — Precisamos escolher um curso de
ação. Lucas, você tem certeza disso?
— Tenho certeza de que posso lidar com isso, pai. — eu
disse.
Houve um murmúrio de dissidência na mesa. Notei que a
maioria dos capitães não estava falando, o que foi bom. Eles não
queriam ficar entre mim e meu pai.
— Quem aqui acredita que eles devem ter o controle dessa
tarefa? — Arturo perguntou.
— Sim. — disse Ernesto.
Eu ri dele.
— Calma. — Arturo retrucou para mim.
— Eu segundo Ernesto. — disse Alfonse.
— Então nós votamos. — disse Arturo. — Aqueles para
Ernesto?
Algumas mãos, mas não muitas.
— Lucas?
Os capitães restantes levantaram as mãos.
— Lucas ganhou.
Eu balancei a cabeça para os homens, mas foi uma vitória
vazia. O fato de haver até uma votação falou muito.
Arturo não confiava em mim. Ele não acreditava que eu
fosse capaz de resolver essa situação tensa e procurava uma
saída que não colocasse a culpa em seus ombros.
Felizmente ele não estava entendendo isso.
A reunião terminou rapidamente depois disso. Todos os
capitães saíram da sala, indo para a sala principal de banquete
para um almoço extravagante. Fiquei para trás com Gian e
Reggie.
— Essa merda toda. — disse Gian, — É apenas uma jogada
de poder de seu pai.
Eu assenti. — Eu sei. Mas o que pode ser feito?
— Você poderia envenená-lo e assumir o controle. — ,
disse Reggie suavemente.
Eu ri. — Talvez em breve, Reg. Talvez.
— Nós estamos contigo, irmão. — disse Gian. — Vamos
apoiar sua peça.
— Obrigado, irmãos. — eu disse. Apertamos as mãos e eles
foram em direção ao almoço. Fiquei de pé junto à janela,
olhando por cima do terreno, minha mente nublada pela
dúvida.
A verdade é que eu tinha um caminho difícil pela frente.
Eu precisava interrogar e apertar alguns botões para tentar
rastrear a remessa, mas tinha que ser sutil. Qualquer acusação
aberta contra os russos pode significar guerra.
Eu não queria uma guerra, mas às vezes parecia que a
velha guarda queria. Eles estavam constantemente buscando
sangue, enquanto eu estava apenas tirando sangue onde o
sangue era necessário. Eles eram idiotas inúteis e estúpidos.
Enquanto olhava pela janela, vi uma pequena figura indo
em direção aos celeiros.
Levei meio segundo para perceber que era Natalie.
Eu senti algo dentro de mim se mexer. Lembrei-me do
cheiro de sua calcinha da noite anterior, meu pau rapidamente
ficou duro. Segurei o parapeito da janela por um momento,
vendo-a desaparecer no estábulo de cavalos.
E então eu decidi pular o maldito almoço. Talvez tenha
sido uma má ideia, já que muitas alianças foram feitas em
reuniões de capitães, mas foda-se.
Eu queria minha meia-irmã. Eu queria minha esposa. Eu
queria a sua boceta apertada e perigosa, e eu estava cansado de
esperar.
Eu me virei e desci as escadas, em direção aos estábulos.

.
Capítulo Vinte e um
NATALIE

Estendi a mão e ele bufou, jogando a cabeça. Eu ri, tocando


sua pele.

— Qual o seu nome? — Eu disse suavemente.

Ele não respondeu.

— Eu acho que você não fala inglês. Você é um cavalo, é claro.

Eu ri da minha própria piada e acariciei suavemente seu


focinho.

Desde pequena, eu gostava de cavalos. Não da maneira


equestre maluca. Também nunca os montei, porque não podia
pagar. Ou pelo menos foi o que minha mãe disse. Em retrospecto,
poderíamos ter conseguido isso. Mamãe só não queria que eu
andasse.

Mas eles eram lindos animais. Desci pelas bancas, admirando-


as.

— Maior do que eu esperava.

Eu quase pulei de susto. Virei e vi Lucas parado perto da


entrada, batendo no cavalo mais próximo.
— Lucas? Você me assustou.

— Desculpe. — ele disse, sorrindo.

Eu olhei para os meus pés. Eu não o via desde o envio da


calcinha e não fazia ideia do que ele pensava sobre isso.

— Quer andar? — ele perguntou.

— Eu não posso andar.

— Você não pode andar a cavalo ao menos. — Ele sorriu e riu.


— Outra hora então.

— OK.

— Estava ocupado esses dias — comentou, caminhando em


minha direção.

— Entendo.

— Eu recebi seu presente.

Ele parou perto, sorrindo. Eu senti meu coração pular uma


batida. — Apenas devolvendo o favor. — eu disse suavemente.

— O cheiro é realmente o sentido mais forte da memória. —


ele disse.

— Então você está pensando em mim.

— Desde que você saiu do meu quarto naquela noite.


— Bom. — eu disse, sorrindo. — Como é a sensação de
querer?

— É bom. — ele disse suavemente.

Eu dei um passo para trás e me virei. — Não estou com


disposição para isso, Lucas.

— Para quê?

— Suas piadas e comentários sujos. Hoje não estou de bom


humor.

— Você nunca está com disposição para isso, esposa. Mas isso
não impede você de gostar.

De repente, fiquei com raiva quando as palavras de minha


mãe voltaram para mim. — Não seja um bandido, Lucas.

Ele riu surpreso. — Um bandido?

— Sim, um bandido. Um traficante de drogas. O que você quer


de mim? Por que ainda estamos casados?

Senti minha raiva aumentar e queria empurrá-lo, empurrá-lo


para o chão. Mas ele era grande demais, sólido demais, forte
demais. Ele poderia facilmente me prender no chão e seguir seu
caminho comigo. Metade de mim queria que ele fizesse isso e a
outra metade queria acertá-lo nas bolas.
— De onde isso vem? — ele perguntou genuinamente
confuso.

— Minha mãe falou sobre vocês. Ela disse que vocês


perderam algumas remessas de drogas ultimamente. Em que
estamos envolvidos, Lucas?

Ele olhou para mim por um instante e depois caiu na


gargalhada.

— O que? — Eu perguntei frustrada. — Não é uma piada.


Vender drogas não é uma piada.

— Ela lhe disse que era um carregamento de drogas?

— Sim. — eu disse frustrada e irritada. Ele era um idiota.


Estava sorrindo imensamente, seu rosto claramente divertido. — E
não quero me envolver com traficantes de drogas.

— Natalie, não havia drogas naquela remessa.

Eu parei. — Eu não acredito em você.

Ele levantou as mãos, ainda sorrindo. — Juro pela alma da


minha mãe morta que não havia drogas.

— Então, qual é o problema com essa grande remessa que foi


roubada? Por que é tão sombrio?

— Realmente quer saber?


— Apenas me diga Lucas. — eu forcei.

— Azeite.

Isso me parou no meu caminho. — O que?

— Azeite. Estávamos vendendo o azeite da máfia russa.

— Isso é louco. Por que a máfia estaria envolvida no azeite?

— Acredite ou não, o azeite é o maior negócio da Itália. É uma


indústria enorme, de bilhões de dólares, e minha família é uma
grande parte disso.

— Então, por que você estava vendendo para os russos?

— Bem. — ele disse, rindo um pouco, — É complicado. Mas


basicamente, a maioria do azeite não é realmente puro. É cortado
com algo como óleo de canola, algo mais barato. Na Itália, isso é um
crime enorme, mas minha família trabalha no ramo de azeite falso
há séculos.

— Azeite falso. — repeti.

— Sim. Estávamos vendendo uma remessa para os russos no


atacado. Eles a revenderiam em suas lojas e teríamos um lucro
pequeno, mas um parceiro de negócios maior.

— Então você não vende drogas?

Ele encolheu os ombros. — Alguns capitães fazem. Algumas


das pessoas que trabalham para mim fazem. Eu não me envolvo
pessoalmente, mas é lucrativo.

Eu balancei minha cabeça, irritada. — Você não vende


drogas?

— Não, Natalie, eu não.

— OK. — Respirei fundo e olhei para ele. — Azeite. — eu


disse.

Ele assentiu, sorrindo. — Sim. Azeite. Muito azeite falso.

— Acho que isso não é tão ruim quanto a heroína.

— Não. Acho que não.

Eu me inclinei contra a parede, respirando fundo. — Eu me


sinto muito estúpida agora.

— Não. — ele disse, aproximando-se. — Você é nova na


família e não lhe falamos exatamente nada.

— Ainda. Eu deveria perguntar antes de começar a acusar.

Ele assentiu, ficando perto, falando baixinho. — Você quer ver


uma coisa?

— Ver o que?

— Meu lugar favorito aqui. Está muito perto.


Dei de ombros. — OK. Certo.

Ele começou a caminhar em direção ao outro extremo do


estábulo, e eu corri para segui-lo.

Eu não podia acreditar que tinha ido atrás dele assim. Afinal,
ele não era traficante de drogas, apesar de vender azeite falso.
Talvez isso fosse imoral, mas não estava exatamente machucando
alguém. Eu sabia que havia partes de seus negócios com as quais
eu não concordaria e não me envolveria pessoalmente, mas eu
precisava que Lucas fosse honesto comigo.

E eu acreditaria nele. Não achei que ele estivesse mentindo


quando disse que não vendia drogas. Ele não tinha motivos para
ser falso comigo.

Eu me sinto melhor. Um pouco boba, mas melhor.

Fomos ao extremo oposto do estábulo e ele deslocou um


fardo de feno alguns metros para a direita. Havia uma escada que
desapareceu no teto.

— Lá em cima. — ele disse.

Mordi meu lábio. — Essa coisa parece que vai desmoronar. —


eu disse.

— Não vai. Eu prometo.

Eu fui até lá. — OK. — Comecei a subir.


Eu o ouvi subindo atrás de mim. Continuei, sem olhar para
baixo, e logo passei pelo teto e entrei em uma área ampla e
espaçosa.

Eu subi e ele apareceu logo atrás de mim.

— Meu lugar favorito. — ele disse, gesticulando ao nosso


redor.

Estávamos no sótão ou no telhado do estábulo, acima dos


cavalos. Havia feno por todo o chão, cobrindo tudo. Era
estranhamente limpo e cheirava bem. A parede era toda de vidro
colorido, e podíamos ver uma boa parte do campo.

Ele me levou pela mão até um fardo de feno e nos sentamos,


olhando para o quintal.

Eu tive que admitir que era bonito. Eu estava tão ocupada me


sentindo estressada com tudo que não tinha tempo para aproveitar
onde estava.

O lugar era lindo. Os animais, o prédio, a arquitetura, tudo era


tão caro, limpo e adorável. Apesar do meu desconforto, às vezes, eu
realmente estava em um lugar incrível.

— Bom? — ele disse finalmente.

— Sim. — eu disse, olhando para ele.

Ele puxou meu corpo contra o dele. — Eu fico pensando


nessas calcinhas.

Corei e desviei o olhar. — Eu estava apenas seguindo sua


liderança.

— Eu gostei. — Eu olhei para ele e o olhar em seu rosto fez


meu coração bater forte no meu peito.

— O que você pensou sobre isso?

— Pensando em você tocando aquela pequena e perfeita


vagina sua. E eu sei que você estava pensando em mim enquanto
fazia isso.

— Eu estava. — eu disse.

Ele puxou meu queixo em sua direção. — Você está tão


cansada de jogos quanto eu?

— Eu não sei. — eu disse, sem fôlego.

— Quero você, Natalie. Não sei o que há com você, mas


preciso te foder. Eu preciso fazer você gozar, fazer você minha.

Ele pressionou sua boca contra a minha, me beijando com


força. Excitação correu em ondas pelos meus braços e pernas
enquanto eu me pressionava contra ele. Seus braços me
envolveram, me puxando para perto.

Eu queria isso. Eu sabia que não deveria, sabia que estava


errado, mas eu queria mesmo assim.

Eu o beijei de volta com fome enquanto nossos corpos se


pressionavam juntos, nossas bocas trabalhando, a pele tocando, os
corações batendo. Ele beijou meu pescoço e eu soltei um pequeno
gemido quando ele puxou meu cabelo.

— Você estava na piscina? — ele perguntou.

— Sim. — eu disse.

— Levante-se.

Eu levantei confusa, animada.

— Mostre. — ele ordenou.

— Lucas. — eu disse, balançando a cabeça.

— Eu quero ver seu biquíni.

Fiz o que ele pediu, tirando minha camisa e shorts e jogando-


os para o lado.

— Porra. — ele disse. — Eu amo seu corpo. Vire-se.

Eu me virei, deixando ver minha bunda.

— Deus, você me deixa tão duro. — ele disse.

Corei envergonhada por estar exibindo meu corpo, mas


incrivelmente animada. Eu gostei do seu olhar. Eu gostei que
estava pensando em mim. Eu sabia que me queria, sabia que ele
queria meu corpo, e isso fez minha pele corar de emoção. O
constrangimento apenas aumentou essa sensação.

— Venha aqui. — ele disse. Ele agarrou meus quadris e me


puxou para seu colo.

Ele beijou meu pescoço, meus lábios, meus seios. Eu não pude
deixar de soltar pequenos suspiros e gemidos quando suas mãos
percorreram meu corpo lentamente, agarrando meus seios,
provocando meus mamilos, antes de acariciar lentamente entre as
minhas pernas.

— Encharcada. — ele sussurrou. — Sua garota suja.

— Não posso evitar. — eu disse.

— Eu sei que você não pode. Você é minha.

Senti seus dedos lentamente separarem minhas pernas,


deslizando pela parte de baixo do biquíni. Ele começou a esfregar
meu clitóris lentamente, suavemente, enviando sensações incríveis
através de mim.

— Eu não sou sua. — eu disse, tentando resistir a ele.

— Finja o que quiser Natalie. — ele disse, trabalhando minha


boceta. Joguei meus braços em volta do pescoço e abri minhas
coxas para dar-lhe mais espaço. — Mas você é a porra da minha
esposa. E você está encharcada toda vez que estou perto de você.
— Ele subiu a mão e desamarrou a parte de trás do meu biquíni,
deixando cair no chão. Ele beijou meu peito e provocou meus
mamilos com a língua enquanto continuava a trabalhar minha
boceta, deslizando os dedos dentro e fora trabalhando meu clitóris.

Eu me ajustei, montando em seu colo. Ele continuou beijando


meus lábios, esfregando meu clitóris, eu mal podia me controlar.
Eu nunca estive tão excitada antes, tão ligada. Eu me abaixei entre
suas pernas, segurando seu pau grosso através de suas calças. Ele
grunhiu quando eu comecei acariciar ele. Eu estava me perdendo
no momento, em seu corpo, nas sensações que ele estava enviando
através do meu corpo. Ele estava no controle total, e eu sabia disso.
Nós dois sabíamos disso. Eu faria o que ele quisesse.

Ele tirou a mão da minha bunda e eu caí de joelhos. Ele estava


sentado no fardo de feno, olhando para mim quando eu soltei suas
calças e a deslizei. Joguei seus sapatos e meias para o lado,
deixando-o apenas com sua camisa e sua cueca boxer preta
apertada.

— Adoro ver você me despir. — ele disse. — Eu amo essa


pele, seus malditos peitos, seus lábios.

Estendi a mão e tirei a cueca dele, deslizando por suas pernas


e jogando de lado. Seu pênis era grosso e rígido, duro como o
inferno.
— Vê o que você faz comigo? — ele disse. — Meu pau está
mais duro do que nunca.

Estendi a mão e peguei, acariciando-o lentamente. — O que


você quer que eu faça? — Eu perguntei.

— Chupe esse pau, Natalie. Coloque esse pênis


profundamente em sua boca e chupe com força.

Eu obedeci, deslizando a ponta entre meus lábios e


chupando-o com força. Eu o levei o mais longe que pude, chupando
seu pênis com um frenesi e uma emoção que eu nem percebi que
tinha.

Ele pressionou minha cabeça, gemendo quando eu o chupei.


Eu queria que ele ficasse louco. Eu queria chupar seu pau duro e
profundo. Afastei-me e puxei-o com a mão, e observei enquanto ele
desabotoava lentamente a camisa.

— Adoro o jeito que você olha para mim. — ele disse. — Eu


posso ver o quanto você quer isso em seus olhos.

Eu desviei o olhar, corando.

— Não finja que não é verdade. — ele disse segurando meu


rosto.

— Eu sei que é verdade. — eu disse.

— Bom. — Ele terminou de desabotoar a camisa, deixando-a


aberta. Eu encarei seu peito, seu peito musculoso e seus
abdominais rasgados. Eu queria beijar cada centímetro disso.

— Chupe esse pau agora, Nat. Faça-me tão duro ao ponto de


explodir.

Voltei ao trabalho, chupei-o devagar e com força, olhando


para ele. Ele me viu pegar seu pau na minha boca, grunhindo seu
prazer. Eu mantive minhas mãos em ambos os lados dele no fardo
de feno, deixando seu pau deslizar dentro e fora dos meus lábios.
Ele começou a se empurrar na minha garganta, e eu peguei cada
centímetro dele, chupando seu pau duro e áspero.

— Toque-se enquanto você me chupa. — ele ordenou.

Estendi a mão entre as pernas. Eu nunca havia me tocado na


frente de alguém antes, mas não pude evitar. Eu não poderia dizer
não a ele, não queria dizer não. Comecei a esfregar meu próprio
clitóris encharcado enquanto chupava seu pau, e o fato de que ele
estava me assistindo enviou excitação rugindo em minhas veias.

— Porra. Eu amo o jeito que você geme enquanto chupa meu


pau. — ele disse. — Eu amo ter meu pau na sua boca, sua garota
suja.

Eu finalmente me afastei, empurrando-o com força e rapidez,


gemendo quando me toquei.

Ele se levantou de repente e pegou as calças, puxando a


carteira do bolso de trás. Ele tirou uma camisinha de dentro e
jogou as calças e a carteira para o lado.

— Levante-se. — ele disse. Eu escutei e me levantei. — Tire


sua calcinha.

Saí do meu biquíni, chutando-o para longe. Eu me senti tão


exposta no loft, mas não me importei. Ele sentou-se no fardo e me
puxou para perto dele.

— Coloque-o. — ele disse.

Peguei a camisinha, rasguei-a e deslizei-a lentamente ao


longo de seu pau.

Quando terminei, ele pegou meus quadris e me levantou


sobre ele. Eu montei nele, seu pau pressionando contra a minha
boceta. Eu queria descer, mas ele me segurou lá, olhando nos meus
olhos.

— Diga-me o quanto você quer.

— Eu quero que você me foda. — eu disse.

— Diga-me que você quer sentir meu pau profundamente


dentro de você.

— Eu preciso disso. Eu preciso que você me foda.

Ele me pressionou, empurrando seu pau profundamente


entre as minhas pernas.

O prazer agonizante inundou minha mente. Joguei minha


cabeça para trás, ofegando, gemendo, enquanto ele lentamente me
preencheu.

Ele me beijou, deixando seu pau dentro de mim. Eu


lentamente comecei a deslizar para cima e para baixo, lentamente
a princípio, me acostumando com o tamanho dele.

— Leve o tempo que precisar. — ele sussurrou, — Porque eu


quero foder essa boceta até que você grite meu nome.

— Oh merda, Lucas. — eu disse. — Eu não posso acreditar o


quanto você me enche.

— Acostume-se a isso.

Comecei a deslizar sobre ele, e ele usou as mãos para guiar


meus quadris. Eu trabalhei para cima e para baixo, deixando seu
pau grosso e duro entrar e sair da minha boceta. Eu podia sentir
cada centímetro dele dentro de mim, me enchendo quando ele
beijou meu pescoço e provocou meus mamilos com os dentes.

— Deus, eu amo esse corpo. — ele disse, batendo na minha


bunda.

Eu suspirei. — Faça isso de novo. — eu disse.

Ele me deu um tapa de novo, com força. Comecei a ir mais


rápido.

— Você gosta um pouco áspero. — ele disse.

— Eu gosto.

Ele deu um tapa na minha bunda novamente e depois


empurrou seus quadris para cima, batendo seu pênis
profundamente dentro de mim. Eu ofeguei, um arrepio de prazer
explodindo através do meu corpo.

— Mais uma vez. — implorei.

Ele bateu novamente, batendo na minha bunda. Ele pegou um


mamilo entre os dentes e me provocou gentilmente enquanto se
batia dentro de mim.

— Oh merda. — eu disse. — Oh meu Deus, continue fazendo


isso.

Ele continuou a me foder, e eu simplesmente deixei do jeito


dele. Peguei seu pau grosso profundamente na minha boceta,
deixando-o pressionar forte e rápido, suas mãos batendo nos meus
quadris. Eu amei o som da nossa pele batendo juntos, o som áspero
de seus grunhidos e suas mãos em mim enquanto ele me fodia.

Comecei a assumir, montando nele, trabalhando meus


quadris. Ele se recostou, colocando as mãos atrás dele, e eu me
firmei com as mãos no peito.
— Vá em frente, menina— , ele disse. — Monte esse pau.—

Eu me deixei trabalhar com ele, cavalgando forte, rápido. Eu


não conseguia pensar ou respirar enquanto montava, movendo
meus quadris em círculos, trabalhando minhas costas. Soltei
longos gemidos e suspiros, amando a sensação.

De repente, ele passou os braços em volta de mim e me


levantou. Ficamos parados por um momento, e então ele me
pressionou em cima do fardo de feno, abrindo minhas pernas para
ele.

Eu pensei que o feno seria áspero e duro, mas era


surpreendentemente macio. Ele ficou na minha frente, seu pau na
altura perfeita. Ele abriu minhas pernas e se pressionou
profundamente dentro de mim.

— Merda. — ele disse. — Você é tão apertada.

— E você é tão grande. — eu gemi.

— Eu amo ter meu pau dentro de você. — Ele começou a


empurrar, segurando meus quadris. — Eu amo assistir seus peitos
se moverem enquanto eu te fodo brutalmente.

Seu pênis empurrou duro e profundamente dentro de mim.


Suas mãos percorreram meu corpo, agarrando meus quadris e
agarrando meus seios. Eu gemia alto e abertamente quando ele me
fodia.
Ele começou a esfregar meu clitóris, estava me enviando
calafrios. Eu mantive minhas pernas bem abertas, minhas mãos
acima da cabeça, me firmando na borda do fardo.

— Quero ver você gozar. — ele disse. — Eu quero sentir essa


boceta gozar no meu pau.

— Continue fazendo isso. — eu disse.

Ele continuou empurrando, uma mão nos meus quadris, a


outra trabalhando meu clitóris com movimentos suaves,
agonizantes e incríveis.

— Oh Deus, continue. — eu disse, sentindo a construção.

— Diga, por favor. — ele ordenou.

— Por favor. Por favor, Lucas, me foda. Faça-me gozar.

Ele empurrou com mais força, seus dedos trabalhando meu


clitóris mais rápido, e eu senti o orgasmo me invadir.

Meu corpo inteiro ficou tenso, rígido, se contorcendo um


pouco com o prazer que rolou sobre minha pele e mente. Ele me
fodeu profundamente, segurando meu corpo, esfregando meu
clitóris, enquanto eu gemia seu nome repetidamente.

O orgasmo atingiu e rolou sobre mim, terminando


lentamente. Ele subiu em cima de mim, me pressionando no fardo
de feno, deslizando seu pau dentro e fora.
— Porra garota. — ele disse. — Essa foi à coisa mais sexy que
eu já vi.

— Claro que é. — eu disse, corando novamente.

— Quero dizer. Você gozando faz meu sangue ferver mais


quente.

— Então é a sua vez. — eu disse, sorrindo para ele.

Ele se afastou de mim e eu ofeguei.

— Você quer que eu goze?

— Sim. — eu disse, olhando para ele.

Ele agarrou meus quadris e me puxou para fora do fardo, me


virando. Ele me empurrou, abrindo minhas pernas, me curvando.

— Então eu quero essa bunda no ar. Você acha que pode


aguentar?

— Sim, eu posso aguentar. — eu disse.

Ele agarrou meus quadris, empurrando-se profundamente


entre as minhas pernas. Eu segurei o fardo quando ele começou a
me foder por trás.

— Deus, eu amo essa pequena bunda redonda. — ele disse,


me batendo.
— Porra Lucas. — eu disse. — Bata na minha bunda, puxe
meu cabelo e me foda.

Ele agarrou meu cabelo, sussurrando no meu ouvido. — Eu


faço ao comando. — ele disse, empurrando em mim.

— Sim, você faz. — eu disse

— E eu quero entrar nessa boceta. Eu quero te encher.

— Entre na minha boceta, Lucas.

Ele me empurrou de volta, me fodendo bruscamente. Seus


braços fortes agarraram meus quadris, empurrando com tanta
intensidade. Eu poderia dizer que ele estava perto com base em
seus grunhidos, então comecei a trabalhar meus quadris para ele,
pressionando minha bunda contra ele.

Ele empurrou com mais força, dando tapa na minha bunda,


puxando meu cabelo, tomando meu corpo. Ele me possuía
completamente, seus braços fortes trabalhando em mim, seu pau
empurrando dentro de mim, eu queria que ele gozasse mais do que
qualquer coisa. Eu queria que ele sentisse como eu me sentia,
queria seu esperma dentro de mim. Eu trabalhei meus quadris,
gemendo seu nome, amando o prazer.

Ele era como um animal em seu desejo por minha boceta, e


isso me fez sentir incrível.
De repente, senti-o endurecer quando seus golpes ficaram
mais longos, mais duros e mais ásperos. Todo o seu corpo ficou
tenso.

— Porra, Natalie. — ele gemeu quando gozou dentro de mim.

— Ah merda. — ele disse, diminuindo a velocidade,


terminando lentamente.

Caí no fardo de feno e ele deu um passo para trás. Eu estava


coberta de suor e nunca me senti tão satisfeita antes.

— Sua boceta é como mágica. — , ele disse. — Meu Deus, você


é incrível.

Ele tirou o preservativo, embrulhando-o em um pouco de


feno e colocando-o de lado. Ele veio e passou os braços em volta de
mim, segurando seu corpo suado contra o meu.

Eu me senti segura. Eu senti segurança em seus braços, minha


cabeça flutuando em uma nuvem de prazer satisfeito.

— Eu quero ficar assim por um tempo. — ele disse.

— Eu também.

E assim fizemos. Ficamos ali, ouvindo nossas respirações, nos


sentindo bem.
Capítulo Vinte e dois
LUCAS

Ficamos assim, envolvidos um no outro, por mais de duas


horas.

Eu nunca tinha feito isso antes. Claro, eu abraçava mulheres


de vez em quando, mas normalmente quando terminava, apenas
seguia em frente. Em vez disso, na verdade, me vi querendo
conversar com Natalie, conhecê-la.

Ela me contou sobre sua vida, sobre ter uma mãe estrela de
reality show e como isso realmente a atrapalhou quando era mais
jovem. Ela me contou sobre sua mãe perder a fortuna e como
prometeu a si mesma que nunca seria como sua mãe.

E eu fiquei fascinado. Eu queria saber mais, entender o que


pensava sobre as coisas, descobrir sobre ela. Era tão estranho que,
embora estivéssemos conversando, nunca me aborrecia.

Eu me vi dizendo coisas para ela que quase nunca contava


para as pessoas. Eu falei sobre crescer na máfia. Eu falei sobre o
medo, a violência e, eventualmente, ser capitão.

Meu mundo era um lugar estranho, mas eu me vi querendo


que ela entendesse. Claro, ela era minha meia-irmã e morava em
minha casa, por isso precisava de um certo grau, mas eu queria que
me conhecesse. Eu queria que ela entendesse por que fiz as coisas
que fiz.

E quanto mais ela falava, mais eu queria que continuasse


falando. Cada palavra que dizia me fascinava por ter tanto dentro
dela.

O tempo passou. O sol afundou lentamente abaixo do


horizonte, e eu estava bem e verdadeiramente viciado.

— E então ela voltou? — Perguntei depois que Natalie


terminou uma longa história sobre outra das longas façanhas de
sua mãe.

— Sim. Como se nada tivesse acontecido.

— E você nunca faltou na escola? Não deu uma festa louca?

— Eu te disse que era uma boa garota quando criança.

Eu ri. — Você não é uma boa garota agora.

— Eu acho que não.

Ficamos em silêncio, olhando para a propriedade, tudo


banhado em vermelhos e rosas.

— Ok oficialmente está ficando frio. — ela disse.

— Eu ofereceria minha camisa. — brinquei — Mas


atualmente estou usando.

— Tudo bem. — Ela se levantou, esticando-se. — Eu deveria


voltar para dentro.

— Certo. Conhece o caminho?

— Eu vou descobrir.

Eu a segui em direção à escada e a ajudei a descer. Uma vez


que ela estava segura, eu a segui, pulando.

Eu me senti leve, feliz. Foi estranho.

— Bom. — ela disse, parecendo estranha.

Agarrei seus quadris, puxando-a contra mim. — Bom.

— Não tenho certeza do que dizer agora.

Eu dei um tapa na bunda dela e ela riu. — Até logo.

Eu a deixei ir e ela se afastou, balançando a cabeça e sorrindo.

Inclinei-me contra a porta do estábulo e a observei ir. Um dos


cavalos atrás de mim fez barulho.

— Sim, eu também gosto dela, Rosey. — eu disse ao cavalo.

— Conversando com cavalos agora?

Vince se materializou do outro lado do estábulo.


— Apenas Rosey. — eu disse a ele, franzindo a testa. — De
onde você veio?

— Vim te encontrar.

— Me seguindo?

— Relaxe. — ele disse, sorrindo. — Tenho boas notícias.

— Continue.

Ele estendeu a mão e acariciou o rosto de Rosey. — Bem, você


me pediu para pensar em uma solução para esta remessa perdida.

— Eu lembro. — eu disse, irritado.

— Nós pegamos um cara.

Eu levantei uma sobrancelha. — Você pegou um policial?

Ele riu. — De jeito nenhum. Pegamos um zelador.

— Ainda assim, você pegou um zelador que trabalha para


policiais.

— Nós o checamos. O nome dele é Juan Altered. Ele é um


trapaceiro, ex-presidiário, conseguiu emprego em algum programa
de trabalho. Ainda não conversamos, mas não pressionamos muito.

— Merda. — eu disse. — Bom trabalho, Vince.

— Obrigado, chefe.
— Onde ele está?

— Casa segura.

— Bom. Vamos lá.

Eu segui Vince em direção aos carros, embora minha mente


ainda estivesse em Natalie.

A garota me deixou louco. Eu queria transar com ela


brutalmente, fazê-la gozar, fazê-la minha. Eu queria que ela
obedecesse aos meus comandos e a observasse gozar duro no meu
pau grosso.

Mas também me vi querendo conhecê-la mais. Era uma


sensação estranha, algo que eu não estava acostumado. Talvez
fosse uma fraqueza rastejando para fora de mim, ou talvez fosse
apenas um novo tipo de força.

Eu não podia ter certeza, não tão cedo. Não enquanto minha
cabeça ainda estava girando com pensamentos nela.

Percorremos o tráfego, seguindo em direção ao local. Era um


pouco degradado, mas combinava bem com todas as outras casas
da região. Estacionamos a alguns quarteirões de distância e fomos
andando para a casa, empurrando uma antiga porta de madeira.

— Louis. — eu disse, acenando para o cara que estava de


guarda.
— Chefe.

Passamos e descemos algumas escadas, indo para o porão.

A casa segura costumava ser uma casa de fileira normal até


ser comprada por uma das muitas empresas de fachada que meu
pai administrava. Nós o usamos para interrogatórios e para
pessoas que precisavam de um lugar para se esconder. Muitas
pessoas não sabiam disso, apenas os caras da minha equipe.

No andar de baixo havia mais dois caras, Joey e Carlo. Eles


eram bandidos de baixo nível, basicamente puro músculos, o tipo
de cara que você queria ter nas costas se a merda atingisse o
ventilador.

Sentado em uma cadeira, com as mãos amarradas, mas muito


bem, estava nosso novo amigo, Juan.

Ele era mais jovem do que eu esperava, talvez na casa dos


trinta. A vida tinha sido difícil para Juan. Ele tinha tatuagens no
pescoço, cabeça estava raspada, e ele tinha uma careta no rosto.

— Você que manda? — ele perguntou-me.

Eu assenti. — Bom palpite.

— Não é um palpite, cara. Veja como essas pessoas estão ao


seu redor? Como se eles estivessem assustados ou algo assim.

Eu sorri e puxei uma cadeira na frente dele. — Você precisa


de alguma coisa, Juan?

— Talvez a porra da minha liberdade.

— Nós vamos chegar lá. — Recostei-me na cadeira. — Água?


Algo para comer?

— Não, cara. Apenas continue com isso.

— Você sabe por que você está aqui?

— Porque eu trabalho para a polícia e você acha que eu sei


alguma coisa.

— Exatamente.

Eu sorri. Eu já gostei de Juan. Ele não estava brincando.

— Bem, eu não sei de nada.

— Que tal você esperar até eu perguntar antes de negar?

Ele fechou a boca e eu suspirei.

— Ok, Juan, você se lembra dos policiais que trouxeram um


caminhão algumas noites atrás?

Ele assentiu devagar. — Sim. Eu vi isso.

— Bom. Você sabe o que havia nele?

— Não. Eu não olhei dentro.


— OK. Eu quero saber sobre esse caminhão, Juan.

— Eu não sei de nada. — Ele desviou o olhar.

— Juan, me escute. Alguém tirou algo daquele caminhão?

Ele não respondeu.

Eu me inclinei para frente. — Eu não quero te machucar. Eu


não quero ser violento. Mas tenho que saber disso, e você pode me
dizer.

— Foda-se.

Suspirei e me levantei. — Por favor, seja civilizado. Fomos


gentis com você até agora.

— Você não pode fazer essa merda, cara.

— Não seja uma putinha. — Joey chamou.

Eu olhei para ele e ele calou a boca.

— Quem roubou nossa merda do caminhão? — Eu perguntei


a Juan.

— Eu não sei.

Eu dei um passo à frente e o chutei no peito. Ele soltou um


pequeno grito de surpresa e dor enquanto tombava para trás,
batendo no chão. Ele gemeu e os meninos riram.
— Pegue ele. — eu disse a Joey e Carlo. Cada um o agarrou e o
levantou de volta.

— Porra. — disse Juan.

— O caminhão. — eu disse. — Você não é estúpido. Você sabe


como isso funciona. Você fala e está bem, ou é espancado até falar
de qualquer maneira. Facilite a vida para si mesmo.

— Eu não sei de nada.

Enfiei a mão no bolso e puxei um par de soqueiras. Os olhos


dele se arregalaram.

— Última chance. — eu disse.

— Não sei quem eles eram. — ele disse rapidamente.

— Lá vamos nós. — eu disse suavemente.

— Eles chegaram tarde da noite depois que pegamos o


caminhão, apenas carregaram toda a merda em outra van grande e
foram embora. Ninguém os parou ou disse merda para eles.

— Como eles eram? Eles falavam russo?

— Não, cara, não era russo. Um cara tinha sotaque russo, mas
era isso. Eles eram caras brancos, todos com aparência normal.

Olhei para Vince, que apenas deu de ombros.


— Ok, Juan. Muito obrigado.

Eu me virei para sair.

— Ei, cara e eu?

Eu olhei para ele. — Carlo e Joey aqui vão te machucar, só


para você saber que se você falar disso com alguém, nós o
mataremos.

— Ei cara! — ele gritou, mas Joey já tinha dado um soco na


sua mandíbula.

Afastei-me, Vince ao meu lado, enquanto Carlo e Joey batiam


em Juan sem sentido.

— O que você acha? — Vince disse quando estávamos no


andar de cima.

— Não acho que sejam os russos. — eu disse, — Mas ainda


não temos provas.

— Você acredita nesse cara?

— Sim. — eu disse, assentindo, — Eu acredito.

Vince deu de ombros. — Ok, chefe. E agora?

— Agora vamos para casa e jantamos.

Ele riu quando voltamos para a rua.


A verdade era que eu não tinha certeza para onde
precisávamos ir. Estava ficando cada vez mais claro para mim que
os russos não eram os que estavam por trás de tudo, mas isso
estava deixando um enorme ponto de interrogação.

Foi um dos nossos? Era um deles, trabalhando sozinho? Ou


algum terceiro totalmente diferente?

Eu precisava de mais informações, mas era tão


frustrantemente. Nós tínhamos nosso pessoal vigiando o mercado
da região, procurando qualquer grande afluxo de azeite, mas até
agora não havia nada.

A menos que os caras estivessem descarregando suas


mercadorias em algum estado diferente, eles ainda estavam
segurando as coisas. E eu duvidava que eles movessem as coisas
entre estados; isso tornaria uma ofensa federal.

Entramos no carro e começamos a voltar em direção ao


complexo. Minha cabeça estava girando, uma mistura de caçar a
remessa e o corpo de Natalie.
Capítulo Vinte e três
NATALIE

Eu estava praticamente zumbindo de emoção enquanto me


afastava dos estábulos.

Eu não podia acreditar no Lucas. Ele sempre agia como um


idiota, um idiota tão confiante, mas foi tão terno, quase gentil. Ele
estava interessado na minha vida, ele fez perguntas e até me
contou coisas que pareciam particulares.

Era quase como se ele quisesse se abrir para mim.

E, no entanto, ele ainda se conteve. Eu podia sentir que havia


algo mais nele que eu não conseguia acessar.

Eu queria descobrir isso. Queria conhecê-lo, queria que ele


me desse tudo de uma vez só. Eu sabia que era ganancioso e não
justo, mas era a verdade. Eu estava caindo nele, me tornando dele,
e nem percebi isso até aqueles momentos no celeiro.

Além disso, havia a maneira como ele fazia meu corpo se


sentir.

Mordi o lábio, sem pensar em nada quando entrei na casa. Eu


estava morrendo de fome, foi por isso que saí, minha cabeça estava
completamente nas nuvens. Eu vaguei aleatoriamente, pensando
no que tinha acontecido.

Sobre suas mãos nos meus quadris, seu pênis entre as minhas
pernas, o jeito sujo que ele falava, forte me ordenando a mostrar
minha bunda.

Tudo o que ele disse e tudo o que fez trabalhou para me


dominar, me deixou tonta.

Tonta com uma luxúria e um desejo que nunca tinha sentido


antes.

Quase sem pensar, abri uma porta e entrei. Estava escuro lá


dentro, mas ouvi alguns barulhos estranhos. Confusa, dei um passo
para dentro.

Eu instantaneamente me arrependi.

Espalhados no chão, havia uma única toalha branca e nela


havia dois corpos. A sala era um armário de armazenamento, mas
eu não estava conseguindo ver muito.

Era minha mãe e o motorista, Franklin. Ele estava com o rosto


entre as pernas dela e os dois estavam completamente nus.

Demorou meio segundo para entender a cena. Franklin estava


furiosamente comendo minha mãe ali.

Ela inclinou a cabeça para trás e fizemos contato visual.


— Oh meu Deus! — ela gritou. — Oh meu Deus!

Recuei completamente em choque e bati a porta com força.

Puta merda.

Comecei a me afastar o mais rapidamente não poderia ter


visto isso. Camille não seria tão estúpida, tão imprudente. Ela não
trairia seu marido mafioso novinho em folha com um de seus
funcionários apenas um mês depois de se casar com ele.

Mas claramente ela o faria, porque eu a vi fazendo isso.

Oh meu Deus, que nojo!

Eu queria queimar essa imagem do meu cérebro, expurgá-la


da minha mente. Era tão nojento, tão errado, tão desagradável. Eu
praticamente corri pelo corredor, levou um minuto para descobrir
que eu estava no andar de baixo, diretamente abaixo do meu
quarto.

Subi as escadas e encontrei a porta certa. Destranquei e bati


com força atrás de mim.

Acabei de ver minha mãe traindo seu novo marido.

Eu nunca tinha visto minha mãe transando. Pelo menos não


que eu pudesse lembrar. E eu realmente nunca quis repetir isso
enquanto vivesse.
Caí na cama e peguei um travesseiro, enfiando o rosto
debaixo dele. Soltei um grito alto e longo.

Isso me fez sentir um pouco melhor.

Eu me arrastei para fora do travesseiro e olhei fixamente para


o teto. Lentamente, meu desgosto e choque foram substituídos por
raiva.

Camille fez muita merda. Ela trouxe seus namorados, ficou


bêbada demais em festas, disse coisas horríveis para a mídia e até
teve uma fita de sexo em algum lugar que eu me recusei totalmente
a assistir.

Mas ela nunca me colocou em perigo diretamente. Ela nunca


fez nada que pudesse levar a algo que realmente pudesse me
prejudicar.

Ela foi longe demais desta vez. Ela tinha fodido muito no
passado, mas isso era completamente diferente.

Houve uma batida na minha porta e eu realmente não queria


responder. Mas eu sabia que tinha que dizer o que pensava agora
ou então nunca.

Eu abri a porta.

— Querida. — disse mamãe, — Não era o que você pensava.

— Entre aqui.
Ela entrou e eu bati a porta atrás dela.

— Você precisa entender. — ela disse. — Estou tão sozinha


aqui. Não tenho amigos e Franklin foi tão legal comigo.

— Cale a boca. — eu disse ferozmente para ela, surpresa com


minha própria raiva. — Cale a boca, ok?

Ela assentiu devagar.

— Você entende quem são essas pessoas? — Eu perguntei a


ela.

— Claro que eu sei.

— Então você entende do que eles são capazes.

— Oh, por favor. — ela disse rindo. — Artie nunca vai


descobrir.

— Pare de racionalizar. — eu disse, balançando a cabeça. —


Isso é sério, mãe. Se Arturo descobrir, podemos estar mortas, ou
pior.

— Você está exagerando. — ela disse.

— Não, eu não estou. Você está fodendo tudo por nós


novamente, agindo como o naufrágio completamente bagunçado
que você realmente é.

Ela olhou para mim, chocada. Eu nunca tinha dito nada assim
antes.

Eu me senti mal. Realmente. Eu tentei o máximo que pude


para nunca dizer coisas assim para ela, tentar apoiá-la, mesmo
quando ela era embaraçosa e insana.

Mas já bastava. Ela estava fodendo com tudo. Ela estava


estragando tudo, e não apenas para si mesma.

— Temos uma coisa boa aqui. — eu disse suavemente. — Nós


podemos gostar daqui. Você pode ser feliz.

— Você não entende qualquer coisa, sua garota boba. — ela


disse cruelmente.

Eu balancei minha cabeça tristemente. — Pare de arruinar


sua vida. Cresça. Seja boa com Arturo. Tente encontrar a felicidade.

— Você não sabe do que está falando. — Ela estava à beira


das lágrimas. — Arturo não pode me satisfazer. Sexualmente,
quero dizer.

— Ok, nojento. Chega. — eu disse rapidamente. — O


suficiente. Simplesmente pare.

— Querida. — ela disse, vindo em minha direção.

Eu levantei uma mão. — Apenas me deixe em paz, ok, mãe?


Podemos fingir que isso nunca aconteceu. Tenho certeza de que é
isso que você quer.
Ela olhou para mim por um longo tempo. Então
silenciosamente, ela se virou e saiu do meu quarto.

Eu a observei ir. Eu me senti arrasada e exausta. Eu nunca


tinha falado tudo que sentia sobre minha mãe antes, mas estava
começando a realmente vê-la como a pessoa imatura e desalinhada
como era.

Fui até minha cama e deitei, tentando afastar as memórias do


rosto de Franklin entre as pernas dela.

Eu queria ser normal. Queria ter uma família.

Mas, novamente, as pessoas normais não se casaram com o


seu meio-irmão.

Eu gemi para mim mesma, suspirando no travesseiro.


Capítulo Vinte e quatro
LUCAS

Eu me movi lentamente pelos corredores do complexo,


pensando comigo mesmo. Era bom caminhar pelo espaço
principalmente vazio, tentando entender a situação.

As coisas estavam começando a mudar rapidamente e no


entanto, não tínhamos todas as informações necessárias. Eu senti
como se estivesse tentando lutar com um cara com as mãos
amarradas nas costas.

Eu estava estressado, mas uma parte estranha de mim


prosperou com o estresse. Eu gostava de ter um desafio, um
quebra-cabeça para resolver e, quanto mais altos os riscos, mais eu
queria avançar. Minha cabeça girou de todas as diferentes camadas
para a minha situação. Havia Natalie, a remessa sequestrada, os
outros chefes nas minhas costas e, claro, meu pai.

Enquanto caminhava, de repente me vi do lado de fora do


quarto de Natalie. Eu chequei meu relógio; já era tarde,
provavelmente tarde demais, mas parte de mim não se importava.
De repente, pude provar sua pele na minha língua novamente, seu
corpo contra o meu, o aperto de sua boceta em volta do meu pau.
Eu queria ouvi-la dizer meu nome.
Bati uma vez e esperei. Ouvi alguns sons abafados e então a
porta se abriu.

— Lucas? — Perguntou Natalie.

— Posso entrar?

— Claro.

Ela se afastou e eu entrei, sentando no sofá dela. Ela parecia


estar dormindo, com o cabelo um pouco torto, a calça de moletom
enrugada, mas eu absolutamente adorava. A garota pode estar
vestindo absolutamente qualquer coisa, parecer que não dorme há
semanas ou estar coberta de lama e eu ainda a quero. Era
absolutamente estranho como ela me afetou.

— Está tudo bem? — Natalie perguntou nervosamente.

— Tudo está bem. — Dei um tapinha no sofá ao meu lado. —


Senta.

Ela balançou a cabeça e sentou-se no braço de uma poltrona


próxima. — Foi uma noite difícil — ela disse.

— O que aconteceu? — Eu perguntei.

Ela suspirou, balançando a cabeça. — Apenas coisas com


minha mãe.

Eu sorri maliciosamente. — Quer que eu cuide dela? Eu posso


fazê-la desaparecer, você sabe.

Todo seu rosto de repente ficou sem cor. — Não. Oh meu


Deus, Lucas, não diga isso.

Eu levantei minhas mãos. — Estou só brincando, Nat. O que


você tem?

— Nada. — ela disse novamente.

Levantei-me e fui em direção a ela, mas ela rapidamente se


afastou de mim.

— O que está errado? — Eu perguntei novamente. — Eu


posso ajudar.

— Vi algo. — ela disse lentamente, — E não tenho certeza se


posso lhe dizer.

— Você pode confiar em mim. — eu disse, e sabia que estava


falando sério. — Já estamos tão envolvidos nisso, que surpreende
você questionar.

— É sobre o seu pai.

— Tudo bem. Você pode me dizer qualquer coisa.

— Vi minha mãe transando com um dos funcionários.

Eu parei morto no meu caminho. — O que?


A história veio sobre ela. Me contou como foi dar um passeio
e encontrou a mãe e o motorista Franklin. Eu sabia de quem ela
estava falando; ele era relativamente novo no complexo, mas um
trabalhador bastante confiável.

— Ela disse todas essas coisas sobre ele. — continuou ela, —


Como ele fala russo e várias outras línguas e como é legal. Eu acho
que ela está apaixonada por ele.

Eu inclinei minha cabeça para ela. — Você realmente acha?

— Eu não sei com ela, honestamente. Ela se apaixonou um


milhão de vezes e nunca durou uma vez.

Eu sorri — Então você está dizendo que ela não está


realmente apaixonada por Arturo?

Ela suspirou exasperada. — Eu não sei, Lucas. Eu realmente


não sei.

Isso foi interessante. Eu não tinha ideia de como Arturo


reagiria se descobrisse as indiscrições de Camille. Ele
provavelmente mataria o motorista, no mínimo, provavelmente se
divorciar de Camille, talvez até destruir sua carreira.

Obviamente, eu não poderia deixar isso acontecer. Eu gostava


de ter Natalie por perto e não queria arriscar nenhum dano. Eu
sabia que deveria ser mais leal ao meu pai, mas o que o velho tolo
esperava? Ele se casou com uma notória estrela de reality show.
Ele pensou que ela realmente iria permanecer fiel?

Talvez ele já soubesse e não se importasse. Talvez eles


tivessem algum tipo de acordo, embora isso não parecesse
provável.

— Isso pode ser perigoso. — eu disse.

— Eu sei Lucas. — ela concordou. — Eu estou assustada.

— Não tenha medo. — eu disse, agarrando a mão dela e


puxando-a em minha direção. — Prometo que não deixarei nada
de ruim acontecer com você.

Ela passou os braços em volta de mim, enterrando a cabeça


no meu ombro. — Como você pode dizer isso? Ele é seu pai.

— Ele é um velho tolo. — eu disse suavemente, — Mas ele


não é estúpido. Ele sabia o que estava tendo com sua mãe. E estou
gostando de você.

— Eu também gosto de você. — ela disse.

Eu ri. — Não devemos deixar sua mãe agir como uma


prostituta e causar qualquer coisa.

Eu a senti endurecer de repente e se afastar. — Desculpa?

— Só estou dizendo que sua mãe estar solta não deve ficar
entre nós dois.
— Você a chamou de prostituta. — disse Natalie.

Eu estreitei meus olhos. — Porque ela está agindo como uma.

— Minha mãe não é uma prostituta.

Eu poderia dizer que isso estava prestes a sair do controle. Eu


queria recuar, consertar, mas não estava disposto a aceitar o que
havia dito de volta. Camille estava agindo como uma prostituta. Ela
estava dormindo com outro homem na casa do marido depois de
menos de um mês de casamento. Se não era um comportamento
solto, eu não sabia o que era.

— É a verdade, — eu disse. — Sua mãe está agindo como uma


prostituta. Isso não precisa nos afetar, no entanto.

Seu rosto ficou em uma expressão neutra. — Eu acho que


você deveria ir, Lucas.

Eu ri novamente, balançando a cabeça. — Vamos, Natalie,


estou do seu lado.

— E ainda assim você está chamando minha mãe de


prostituta. Eu acho que você deveria ir.

Eu balancei minha cabeça e me afastei dela. — Tudo o que


você quiser esposa.

— Não me chame assim.


— Boa noite.

Afastei-me, abrindo a porta e saindo para o corredor.

Fechei os punhos e voltei para o meu próprio quarto. Eu não a


entendi, não tinha ideia de por que ela havia ficado tão chateada.
Ela foi a primeira a admitir que sua mãe era uma festeira e uma
mãe horrível. E, no entanto, se eu falasse a verdade, de repente ela
iria ficar com raiva de mim?

Abri a porta do meu quarto e entrei. Fui até o bar e me servi


de uma bebida forte, mas agradável.

Não fazia sentido. Não fui eu quem agiu e tratou a família dela
como um idiota; essa era Camille. Não entendi por que Natalie
ficaria brava comigo, seu único aliado de verdade e a única pessoa
que realmente se importava com ela em toda a casa. Tudo por falar
a verdade?

Bebi minha bebida de volta e desabei no sofá. Repeti a


conversa na minha cabeça, tentando descobrir o que realmente
estava acontecendo.

E então algo saltou para mim, algo que Natalie havia dito que
sua mãe havia mencionado sobre o motorista, Franklin.

Ele falava russo.

Acariciei meu queixo, pensando. Era uma vantagem muito


fina. Além disso, nenhum de nossos homens falava russo, e a
maioria deles se orgulhava disso. Pelo que eu sabia sobre Franklin,
ele era apenas um motorista de baixo nível; por que um cara assim
falava vários idiomas?

Levantei-me e me servi de outra bebida. Eu teria que


investigar esse cara Franklin, por precaução, o que era irritante, já
que eu já estava ocupado como o inferno com todo o resto.

E agora Natalie estava chateada.

Ah bem. Ela superaria isso eventualmente, ou não. Eu não iria


rastejar de volta para ela como um cachorro.

Virei minha bebida e fui para a cama.


Capítulo Vinte e cinco
NATALIE

Acordei tarde, sentindo quase como se estivesse de ressaca.

As conversas da noite anterior voltaram ao meu cérebro com


uma vingança. A imagem de minha mãe e Franklin também
permaneceram, mas tentei me impedir de pensar nisso.

Levantei-me e peguei a bandeja do café da manhã na porta. O


café ainda estava quente, e era exatamente o que eu precisava.
Tomei um gole de café preto forte e olhei pela janela, franzindo a
testa.

Eu não conseguia acreditar em como minha mãe era


obstinada e imprudente. Ela estava colocando nós duas em risco.
Lucas parecia pensar que tudo ficaria bem, ou pelo menos ele
garantiria que eu estivesse protegida, mas isso não me fez sentir
muito melhor. Eu queria que minha mãe estivesse bem também,
não apenas eu.

Mesmo sendo louca, egoísta e estúpida ainda era minha mãe.


E Lucas simplesmente não podia chamá-la de prostituta,
simplesmente não podia desrespeitá-la dessa maneira.

Mesmo se ela estivesse agindo como uma prostituta.


Eu não podia deixá-lo falar dela dessa maneira. Ele não
parecia entender, não parecia se importar com nada além do fato
de que estava sendo gentil comigo e estava tecnicamente certo
sobre minha mãe. Ele errou completamente o ponto. Queria que
ele me respeitasse, e parte desse respeito significava que ele não
podia chamar minha mãe de prostituta.

Talvez eu tenha exagerado. Não me senti tão brava com isso


hoje de manhã, mas ainda assim. Eu sabia que tinha que traçar a
linha em algum lugar, ou então corria o risco de deixá-lo falar
comigo como quisesse.

Eu me sentia completamente perdida. Afastei meu maior


aliado da casa no momento em que mais precisava dele. E a
sensação de sua pele contra a minha continuava zumbindo nos
meus ouvidos, infundindo em todo o resto. Tudo aconteceu tão
rápido, e exatamente no momento em que eu estava me sentindo
melhor com a súbita mudança na minha vida.

Eu estava quase de volta à estaca zero. Parecia que eu


finalmente tinha rompido com Lucas, finalmente me entreguei a
ele, apesar dos obstáculos, e de repente minha mãe fode enviando
tudo para um penhasco.

Frustrada, me vesti rapidamente e fui andando pelos


corredores. De repente, o lugar parecia um museu, e eu não tinha
para onde ir que era um pouco confortável. Eu senti que tinha que
manter minhas mãos para mim e ficar o mais quieta possível, ou
alguém gritaria comigo.

Quase por um capricho, me vi indo em direção ao quarto de


Louisa. Eu não sabia o porquê, mas senti que ela era alguém com
quem eu poderia conversar. Talvez isso fosse perigoso. Talvez
estivesse mais perto do pai do que revelava, e contar a ela o que
minha mãe estava fazendo poderia causar alguns problemas reais.

Mas eu tinha um pressentimento sobre ela e não conseguia


abalar. Parei do lado de fora da porta e bati.

— Vá embora. — eu a ouvi gritar por dentro.

— Louisa. — chamei de volta. — É Natalie.

Houve uma pausa. — Espera.

Esperei um segundo e ouvi o que parecia ser móveis se


movendo. Um minuto depois, a porta se abriu lentamente.

— Olá, irmã. — ela disse sorrindo.

— Oi, Louisa. Se importa se eu entrar?

Ela inclinou a cabeça. — Você parece uma merda.

— Obrigada. — Ela se virou e me deixou entrar e eu a segui.


Nos sentamos em seu sofá.

Instantaneamente, não pude deixar de notar o influxo de


equipamentos de computador. Tudo parecia estar conectado a um
computador central de mainframe, com todos os outros
computadores executando programas de aparência complicada. Eu
poderia dizer que estava muito acima da minha cabeça, mesmo
com meu próprio conhecimento sólido de campo.

— O que é tudo isso? — Eu perguntei a ela.

— Não se preocupe com essa porcaria. — ela disse, acenando


com a mão. — É apenas para os meus jogos.

— Não parece jogo.

Ela olhou para mim. — O que você precisa Natalie?

Suspirei, olhando para minhas mãos. — Tivemos uma noite


estranha ontem à noite.

— O que meu irmão fez?

Eu ri. — Como você sabe?

— É sempre assim nesta casa. Eles estragam tudo e ficamos


tentando descobrir como juntar tudo de novo.

— Nem sempre. — eu murmurei.

— Então, o que o príncipe Lucas disse?

— Bem. — eu disse devagar, — É uma longa história.


— Conte-me. Agora estou curiosa.

— Envolve minha mãe e seu pai. E não é muito bom.

Ela bufou. — Eu não dou a mínima para Arturo, mas vou lhe
dizer uma coisa. Você me conta essa história e eu vou lhe contar
uma.

Eu levantei uma sobrancelha. — O que você quer dizer?

— Vou lhe dizer por que não saio do meu quarto.

— Tudo bem. — eu disse. Eu não sabia por que confiava nela


ou por que estava aceitando o acordo, mas algo me disse que eu
deveria.

E então eu disse a ela. Começando por falar com minha mãe e


terminar com os comentários de seu irmão, contei tudo o que
conseguia lembrar.

Saiu de mim em uma corrida gigantesca. Louisa ficou sentada


olhando para mim, sem realmente reagir de uma maneira ou de
outra enquanto eu dava todos os detalhes. Na verdade, eu me senti
muito boba quando contei a ela o por que estava com raiva de seu
irmão, mas não podia pular essa parte.

Finalmente, terminei e me senti cansada. Melhor, como se eu


tivesse drenado uma ferida ou algo assim, mas tão cansada.

— Nada disso me surpreende. — Louisa finalmente disse


quando terminei.

— Realmente? — eu perguntei. — Nem mesmo minha mãe?

Ela encolheu os ombros. — Eu não conheço sua mãe, mas ela


é uma pessoa e as pessoas cometem erros.

— Você está certa. E quero dizer, Lucas também estava.

— Não o defenda. — Louisa disse ferozmente.

Eu me senti um pouco surpresa. — Desculpa. Quero dizer, eu


estava apenas dizendo.

— Ouça Natalie. — ela disse. — Se você vai ficar por aqui,


deve saber algumas coisas. Os homens aqui estão presos no Velho
Mundo.

— O que você quer dizer?

— Eles querem que tudo seja preto e branco. E nessa


mentalidade, as mulheres são apenas criaturas frágeis que
cozinham e limpam. As mulheres são santas ou são prostitutas.
Não há espaço para nuances de emoções, sentimentos sexuais,
nada.

Fiquei surpresa, mas era algo que eu entendi sem nunca ter
realmente dito isso antes. O complexo era como nos velhos tempos,
em como tudo funcionava.
— Eu entendo. — , eu disse. — Eu sei que Lucas não quis
dizer nada com isso, provavelmente estava certo. Mas eu quero
que saiba que ele tem que respeitar eu e minha mãe, mesmo
quando ela está agindo como uma prostituta.

Louisa assentiu. — Bom. Lucas é provavelmente o mais


progressivo do grupo. Ele descobrirá e surgirá eventualmente. Mas
não o deixe sair fácil.

— Obrigada. Isso me faz sentir melhor.

— E sobre sua mãe. — disse Louisa. — Não conte a mais


ninguém. Meu pai pode ser um homem vingativo e violento. Você
está certa em sentir medo.

Senti um pico de preocupação atingir meu estômago. — O que


devo fazer?

— Nada. — disse Louisa. — Lucas vai proteger vocês. Ele não


é tão ruim.

Eu assenti. Ela confirmou meus piores medos, mas também


estranhamente me fez sentir melhor.

— Tudo bem. — eu disse. — Agora é sua vez. Por que você


não sai deste quarto?

Ela riu, sorrindo. — É engraçado. Na verdade, está


relacionado ao que estamos falando.
— O que, minha mãe sendo uma prostituta?

— Não. A mentalidade do Velho Mundo, o sexíssimo. — Ela


fez uma pausa e se ajustou e depois começou a falar.

— Eu nunca fui boa na escola. Eu nunca me interessei, apesar


de sempre ter sido ótima com computadores. A escola não foi
difícil para mim, era apenas chata. Além disso, eu sabia o que meu
pai e meu irmão faziam. Eu entendi que tipo de família éramos.
Mas eles me esconderam disso. Eles agiram como se estivessem me
protegendo, mas eu nunca precisei de proteção. Por fim, abandonei
a escola, decepcionando amargamente meu pai. No dia seguinte,
exigi que ele me deixasse entrar no negócio da família. Eu disse a
ele que era uma Barone como qualquer um deles e que merecia
fazer parte disso. Ele recusou. Disse-me que o lugar de uma mulher
não estava nem perto dos negócios deles. Queria que eu voltasse à
escola, encontrasse um homem e me casasse, para lhe dar netos.
Naturalmente, isso me irritou. Em retrospecto, entendi que ele
estava tentando o seu melhor para me dar uma vida boa, mas eu
não queria a ideia dele de uma vida boa. Quero a vida que quero,
fazer parte da família Barone.

— E então eu vim para o quarto e fiquei aqui desde então.


Doeu muito ao meu pai o fato de eu me recusar a sair deste quarto
de merda. É minha prisão e minha declaração. Não vou embora até
que meu pai, ou o próximo líder da família, me permita o lugar de
direito.
Eu não sabia o que dizer e eu a encarei, vendo Louisa sob uma
luz totalmente nova.

Eu tinha assumido que ela era uma pessoa estranha,


excêntrica e louca. E ela era estranha e excêntrica, sem dúvida. Mas
ela não era louca.

Ela era forte. Pude ver sua força e desafio escritos em toda
expressão, em toda fibra de seu ser, em cada palavra e gesto. E
fiquei impressionada.

— Isso é incrível. — eu disse suavemente.

— Não é tão incrível. É exatamente o que tenho que fazer. —


Ela se levantou e caminhou de volta para seus computadores e
começou a mexer com eles.

— Mas o que acontece se seu pai nunca ceder?

— Então eu vou morrer nesta sala, eu acho. — ela disse quase


que sem querer.

Eu mal podia acreditar nela. Eu balancei minha cabeça e me


levantei. — Você é incrível, Louisa. Eu gostaria de poder ter
metade da sua determinação.

— Você tem. — ela disse, sem olhar para mim.

— Eu não tenho tanta certeza.


— Pare de se sentir tão mal por si mesma. Se você quer algo,
pegue.

Eu olhei para ela por um segundo e absorvi tudo que ela


disse. — Obrigada.

— E Natalie? — ela perguntou. — Seu segredo está seguro


comigo. Não tenho amor pelo meu pai e pelo clube dos meninos.

— Obrigada. — eu disse, embora não tivesse certeza de qual


segredo ela queria dizer. Tive a sensação de que ela quis dizer
todos eles.

Ela continuou trabalhando em seus computadores, tive a


sensação de que nossa conversa havia terminado. Fui até a porta,
abri e saí. Ela nem olhou na minha direção.

A porta se fechou atrás de mim e de repente me senti muito


melhor. Eu me senti mais leve. Louisa foi uma inspiração, e sua
força me fez sentir mais forte só por ter falado com ela.

Eu não sabia o que ia fazer com Lucas, mas, como Louisa


havia dito, eu deveria pegar o que queria.

Não havia vergonha nisso.

Voltei para o meu quarto, minha cabeça cheia de perguntas e


planos.
Capítulo Vinte e seis
LUCAS

Eu estava com Vince em uma pequena ponte com vista


para o rio. Estávamos de volta à floresta na parte de trás do
complexo, bem longe de qualquer um que pudesse ouvir.
— Bem? — ele perguntou. — Por que você me arrastou para
a floresta?
— Eu tenho uma vantagem. — eu disse.
— Você está falando sério.
— Pode ser, mas pode não ser. — Fiz uma pausa, jogando
uma pedra na água. — Você conhece esse novo motorista,
Franklin?
— Cara legal. — disse Vince. — Qual é o problema?
— Eu tenho algumas informações sobre ele. Aparentemente,
ele fala vários idiomas e o russo é um deles.
Vince fez uma pausa, pensando. — O que um motorista faz
para falar várias línguas?
— Minha pergunta exatamente. Saber russo não é tão
desconfiante, mas se ele é tão inteligente, por que ele está apenas
nos sendo um motorista?
— Talvez ele esteja tentando subir de posto?
Eu balancei minha cabeça. — Eu falei com Roger. Ele disse
que Franklin nunca mencionou nenhum idioma quando foi
contratado. Disse que Franklin parecia mais um cara normal
tentando entrar na tripulação.
— Parece estranho. — disse Vince — Deixando um pouco de
fora do seu currículo. Como você descobriu isso?
— Não posso dizer.
Vince levantou uma sobrancelha. — Essa é nova. Você não
confia em mim?
— Sim. — falei — Mas estou optando por segurar esta
informação.
— Ok chefe.
Ficamos olhando juntos sobre a água em silêncio. Eu me
perguntava quantas vezes voltamos a esse lugar para conversar
sobre merdas confidenciais ao longo dos anos. Conheci Vince a
maior parte da minha vida, tínhamos mais ou menos a mesma
idade, ele se juntou à equipe na mesma época em que meu pai me
permitiu adentrar aos negócios da família.
Por mais leais que fossemos, as indiscrições de Camille eram
perigosas demais para serem compartilhadas. Eu não sabia com
quem Vince falava ou em quem confiava, ou sobre o que falava
quando estava bêbado. Se alguma vez escapasse, mesmo por
engano, não poderia viver comigo mesmo.
— Então qual é o plano? — Vince perguntou finalmente.
— Pesquise-o — eu disse. — E faça com que um dos garotos
fique de olho nele.
— Entendi. Algo mais?
— Mantenha-o discreto se puder.
— Apenas caras de confiança.
— Certo.
Começamos a caminhar de volta ao complexo.
— Eu preciso perguntar chefe. — disse Vince, — sobre sua
irmã.
— Louisa?
— Natalie.
— Ela é minha meia-irmã.
Ele encolheu os ombros. — Tanto faz. Ela também é sua
esposa.
— Onde isso está indo?
— Eu só quero saber o que você está fazendo com ela. Isso é
tudo.
Eu olhei para ele. — Parece que não é da sua conta.
— É e não é, chefe. Se você realmente gosta dessa garota, tudo
bem, ótimo. Mas se você está apenas brincando, talvez não seja o
melhor momento para colocar seu pau em algo perigoso.
Eu tive que respirar fundo para me firmar.
Eu sabia que Vince tinha meus melhores interesses em mente.
Eu sabia que ele não queria dizer nada do jeito que estava falando.
Sempre conversamos sobre mulheres dessa maneira. Foi tudo
corajoso e divertido. Mas, por alguma razão, eu desprezei quando
ele falou sobre Natalie dessa maneira.
Ela era diferente. Eu sabia desde o momento em que a vi no
clube e decidi fazê-la minha esposa. Eu sabia quando ela se mudou,
e a cada momento eu estava perto dela.
— Não me pergunte sobre isso novamente. — eu disse a ele.
Ele encolheu os ombros. — OK.
Voltamos em direção a casa em silêncio. Vince acenou e
partiu em direção à ala oeste, provavelmente para começar a
pesquisar Franklin, e voltei para a casa sozinho.
Minha mente estava cheia de Natalie. Apenas a menção de seu
nome incendiou minhas veias. Eu a queria de novo, precisava dela.
O pensamento me deixou louco de desejo.
Mas ela estava chateada. Não tinha notícias dela desde a noite
anterior, quando me expulsou de seu quarto por falar merda sobre
sua mãe. Na fria luz do dia, entendi que havia ultrapassado uma
linha ao chamar sua mãe de prostituta, mesmo que ela estivesse
agindo como uma. Eu não aceitava esse tipo de conversa sobre
minha família e não poderia esperar menos de Natalie.
Mas eu não estava prestes a me desculpar. Esse não era o meu
estilo. Eu não ia rastejar aos pés dela como um perdedor patético,
principalmente depois que ela me expulsou.
Ainda assim, eu queria consertar as coisas. Eu queria prová-la
novamente, e isso não estava acontecendo a menos que eu
confessasse meus erros.
Eu resmunguei comigo mesmo quando entrei na casa,
tentando descobrir como eu poderia reconquistá-la de volta sem
pedir desculpas.
Porque eu realmente não estava arrependido. Sua mãe idiota
e prostituta já estava ameaçando estragar tudo. Eu sabia que era
apenas uma questão de tempo até Camille explodir, mas esperava
que isso fosse alguns meses atrás. Quando eu não conhecia Camille
ou Natalie, eu quase torcia para que ela estragasse, mesmo que
apenas esfregasse o erro estúpido do meu pai na cara dele.
Mas de repente eu me vi cuidando. Natalie fez isso comigo.
E então eu tive uma ideia. Simples, mas espero que eficaz. Fui
em direção à cozinha para fazer isso acontecer.
Capítulo Vinte e sete
NATALIE

Eu estava pronta para encerrar a noite. Passei o dia andando


pelos jardins e estava preparada para simplesmente admitir para
mim mesma que não faria absolutamente nada o dia todo.

Eu estava com a mão na porta do meu quarto quando recebi o


texto. Puxei meu telefone do bolso e vi o nome de Lucas e sua
mensagem curta.

Venha para o quarto 34-C. Eu tenho algo para você.

Era isso, sem contexto.

Mordi meu lábio, insegura. Eu ainda estava irritada com ele,


mas a longo prazo, realmente não valia a pena odiá-lo para sempre.
E, além disso, eu ainda me sentia tão atraída por ele, mesmo
através do perigo.

As palavras de Louisa ecoaram nos meus ouvidos também. Eu


precisava pegar o que queria.

Decidindo, me virei e voltei pelo corredor.

Levei mais tempo do que gostaria de admitir para encontrar o


quarto. Era uma pequena porta escondida no canto de trás de um
corredor aleatório no terceiro andar. Parecia totalmente normal,
praticamente como tudo na casa, e eu me perguntava por que
Lucas estava me chamando lá.

Talvez o pai estivesse esperando do outro lado. Ele me


forçaria a contar a Arturo a verdade sobre minha mãe, e então os
dois nos expulsariam.

Ou talvez ele só quisesse ser um idiota um pouco mais e


imaginou que um lugar neutro era a melhor maneira de fazer isso.

Eu não sabia por que meu cérebro instantaneamente foi para


os piores cenários. Estive fora disso o dia todo e minha paranoia
não estava ajudando.

Respirando fundo, destranquei a porta com o meu cartão e a


abri.

O que vi me deixou sem fôlego.

A sala tinha pinturas em cada centímetro das paredes. Belas


pinturas, arte linda e cara. Era muito parecido com as coisas
penduradas nos corredores, mas eu reconheci algumas delas pela
primeira vez, coisas de Picasso e Renoir. Arte cara e séria.

Mas não foi isso que chamou minha atenção. A sala estava
iluminada por centenas de velas brancas, cada uma colocada em
todas as superfícies da sala. Então, bem no centro, havia uma
pequena mesa posta como se fosse um restaurante caro e chique.

— O que você acha?

Olhei para a direita e vi Lucas parado ali com uma bebida na


mão.

— Você fez isso? — Eu perguntei.

— Eu tive ajuda.

Dei um passo para dentro. — Isso é um pedido de desculpas?


— Eu perguntei.

— É algo assim.

Eu fiz uma careta. — Lucas.

— Espere. — ele disse, levantando a mão. — Antes de me


repreender, ouça. Não vou me desculpar pelo que disse, mas
entendo sua reação. Você quer que eu respeite sua família como
quero que respeite a minha.

Eu assenti. — Exatamente.

Ele caminhou em minha direção.

— Quero que saiba que eu a respeito, Natalie. Eu te respeito


muito.

— Então peça desculpas.


— Não. — Ele parou perto de mim e eu pude sentir meu
coração batendo forte.

— Não seja teimoso. — eu disse.

— Não posso me desculpar por falar a verdade. — respondeu


ele. — Mas espero que você entenda isso.

Eu respirei fundo. Eu realmente precisava ouvir as palavras


dele? Olhei ao redor da sala e sabia que não.

Lucas não era o tipo de homem que fazia esse tipo de grande
gesto para alguém. Isso era óbvio. Ele era áspero e intenso, e não
parecia o romance que ele já considerou.

E, no entanto, ele juntou tudo isso para mim simplesmente


porque me senti desrespeitada. Ele entendeu por que eu estava
com raiva e estava tomando medidas para tentar consertar isso.

— Tudo bem — eu disse sorrindo. — OK. Entendi.

— Certo. — Ele me puxou contra ele e me beijou com força.

Senti uma onda de calor subir para minha cabeça quando ele
me segurou e me beijou.

Eu sabia que precisava pegar o que queria.

E naquele momento, eu o queria. Eu estava tão cheia de


estresse, tão reprimida e frustrada, que precisava dele.
Sem pensar, eu abaixei minha mão e senti seu pau contra a
minha mão. Ele grunhiu sua surpresa, mas eu podia sentir que ele
já estava duro.

— Duro só com um beijo. — eu sussurrei.

— Você tem esse efeito em mim. — ele admitiu.

Comecei a acariciá-lo. — Eu quero que você me foda, Lucas.

Ele pegou meu cabelo e me puxou para perto. — Diga, por


favor. — ele sussurrou no meu ouvido.

— Por favor, me foda, Lucas. — eu disse, acariciando seu pau


duro. — Por favor, foda minha boceta com força. Faça-me gozar de
novo.

Ele me agarrou pelos quadris e me afastou das velas. Havia


outra porta na parede dos fundos. Ele rapidamente abriu e me
levou para outra sala cheia de pinturas, embora esta não tivesse
velas espalhads. Vagamente percebi que essa ala inteira
provavelmente era uma galeria comprida.

Ele me pressionou contra uma parede, batendo contra uma


pintura. Ele não perdeu tempo em puxar minha camisa por cima da
cabeça e beijar meu pescoço. Eu continuei a acariciá-lo,
trabalhando seu pênis, desejando-o tanto, precisando dele.

Eu rapidamente desabotoei suas calças, puxando seu zíper


para baixo. Caí de joelhos, puxando as calças pelos tornozelos.
Estendi a mão e puxei sua cueca boxer, pegando seu pau grosso e
duro na minha mão.

— Eu gosto desta nova Natalie selvagem. — ele grunhiu


quando eu pressionei seu pau entre os meus lábios.

Comecei a chupar seu pau, sugando sua ponta dentro e fora


da minha boca, provando sua pele salgada, amando o jeito que ele
grunhiu.

— Chupe esse pau, Natalie. — ele disse. — Porra sim. Você


realmente é uma garota suja para mim, não é?

Eu continuei chupando-o, ele pressionou as mãos na parte de


trás da minha cabeça, movendo seu pênis profundamente entre os
meus lábios, profundamente na minha garganta. Ele gemeu alto
quando eu o chupei, empurrando-o.

Eu estava morrendo de fome por ele, estava em um frenesi.


Precisava disso, precisava dele pronto. Eu podia sentir minha
boceta molhada, arruinando minha calcinha, mas isso não
importava. Tudo que precisava era dele dentro de mim.

— Me chupe. — ele gemeu. — Trabalhe esse pau.

Eu continuei, minha cabeça balançando, pegando seu pau na


minha boca. Eu olhei para ele enquanto o chupava, amando a
expressão de pura fome em seu rosto.
Depois de alguns minutos, ele moveu os quadris para trás e se
abaixou para me levantar.

Rapidamente arrancou o que restava das minhas roupas.


Soltou meu sutiã, arrancou meu jeans e me virou. Coloquei minha
mão na parede quando ele empurrou minhas pernas.

— Você quer isso, não é? — ele disse.

— Sim, por favor. — eu disse. A emoção estava batendo nas


minhas veias. Eu estava com medo de gozar no segundo em que
seu pau entrasse em mim.

Ele estendeu a mão e começou a provocar minha boceta


encharcada com os dedos. Sua outra mão deu um tapa na minha
bunda.

— Eu amo esse corpo. — ele disse. — Sua boceta é como fogo,


sabia?

— Deus, eu preciso sentir você dentro de mim. — eu disse,


me contorcendo contra suas mãos, o prazer inundando minha
mente.

Ele se afastou e pegou algo da calça. Olhei para trás e vi-o


abrir um invólucro de preservativo e deslizar lentamente o
preservativo ao longo de seu pau grosso.

Agarrou meus quadris, empurrando-se contra mim. Senti sua


respiração quente no meu pescoço. Eu mal podia pensar enquanto
apertava meu corpo contra ele, implorando por seu pau,
precisando de seu pau mais do que qualquer coisa.

— Você é minha, Natalie. — ele sussurrou no meu ouvido. —


Você é minha esposa. Seu corpo é meu para fazer o que eu quiser.

— Sim. Por favor. Sou sua.

E então ele empurrou seu pau profundamente entre as


minhas pernas.

Joguei minha cabeça para trás, soltando um gemido longo e


baixo.

Era exatamente o que eu queria e precisava. O prazer


explodiu em minha mente quando ele começou a me foder em
investidas lentas e surpreendentes.

— Oh meu Deus. — eu gemi. — Oh merda, Lucas. Continue


me fodendo.

— Eu amo a sensação dessa boceta apertada. — ele sussurrou


no meu ouvido.

— Foda-me duro. — eu implorei. — Me faça gozar.

Senti suas investidas se aprofundarem, mais insistentemente.


Ele deu um tapa na minha bunda, com força, isso só fez meus
quadris balançarem contra ele, trabalhando seu pau dentro de
mim. Mantive minhas mãos pressionadas na parede enquanto ele
me fodia, batendo seu pau profundamente dentro de mim.

Suas mãos estavam em todo lugar, nos meus quadris,


sentindo meus seios, meu clitóris, puxando meu cabelo. Ele me
devastou, me fodeu duro, profundamente. Era o que eu precisava, o
que estava pensando o dia todo.

— Lucas. — eu disse, repetidamente. — Foda-me, Lucas.

— Cada centímetro dessa boceta é minha. — ele disse. — Eu


quero sentir você gozar nesse pau. Quero que você grite meu nome
enquanto vier.

Ele continuou trabalhando minha boceta, me fodendo


profundamente, e sua mão se moveu para esfregar meu clitóris.

Era incrível. Eu já estava no limite, seus impulsos selvagens e


poderosos misturados com os dedos no meu clitóris me levaram ao
êxtase.

— Lucas. — eu disse alto. — Oh, porra. Ah, Lucas. — Eu gozei


forte, dizendo o nome dele várias vezes enquanto me fodia, meu
corpo suando, meu corpo era dele, tudo dele.

Ele continuou fodendo com insistência, embora meu orgasmo


tivesse passando, eu poderia dizer que ele estava próximo do seu.
Muito perto, mas eu queria uma coisa diferente.
Tirei ele de dentro de mim e depois caí de joelhos. Ele
pareceu surpreso quando retirei a camisinha e comecei a chupar
seu pau como se nunca tivesse feito antes. O chupei forte e rápido,
seu pau grande enchendo minha boca, eu sabia que a surpresa foi o
que o fez explodir.

Ele gozou na minha boca com força. Eu engoli cada gota de


seu esperma, saboreando-o, amando o fato que poderia
surpreendê-lo e deixa-lo assim.

— Oh merda, Natalie. — ele gemeu quando o orgasmo


desapareceu lentamente. — Puta merda, garota.

Eu o lambi limpando-o enquanto sorria para ele. — Você


gostou disso?

Ele rosnou e me levantou, passando os braços em volta do


meu corpo e me beijando selvagemente.

Lentamente, o beijo terminou e eu sorri para ele, minha


cabeça girando, nossos corpos nus e suados pressionados juntos.
— Aceito isso como um sim. — eu disse.

— Você me deixa louco. — ele sussurrou.

Ele me segurou assim por um tempo, me beijando


suavemente, sussurrando no meu ouvido.

Eventualmente, nos vestimos.


— É melhor aproveitar sua refeição. — ele disse.

— Eu quase esqueci disso. — eu disse, rindo.

— Certo. Tem uma sala cheia de velas lá. Achei que eu não
daria para fazer isso com você lá ou queimaria o prédio.

— Um pensamento muito inteligente.

Nós rimos juntos e voltamos para a outra sala.

Parecia certo quando nos sentamos. Lucas enviou uma


mensagem e, alguns minutos depois, um membro da equipe
chegou com a refeição.

Nós comemos, conversamos e rimos. Era bom sentar lá e


comer com ele. Meu cérebro inteiro ainda estava pegando fogo do
orgasmo e eu me senti incrível.

Ele foi incrível. Estava me deixando louca. Mesmo depois


daquele sexo intenso e vigoroso, eu ainda me sentia querendo
mais, percebi que nunca poderia ter o suficiente dele.

Ele era toda a surpresa que eu precisava.


Capítulo Vinte e oito
LUCAS

Já era tarde quando terminamos o jantar.

Eu nunca fiz algo assim para uma mulher antes. Normalmente


eu nunca passava de uma única noite, mas com Natalie era
diferente. Ela fez meu sangue ferver, me deixou louco, me fez
querer fazer coisas que nunca havia feito antes. Exceto desculpas, é
claro. Talvez esse fosse apenas o meu orgulho, no entanto.

Saímos da sala da galeria. Eu confiava que a equipe


extinguiria todas aquelas velas, antes de incendiar alguns milhões
de dólares em arte.

— Ainda está brava? — Eu perguntei a ela quando voltamos


juntos para o meu quarto.

— Um pouco. — ela disse, sorrindo.

— Bom. Desconte em mim em alguns minutos.

Ela se pressionou contra mim e me beijou. — Eu posso cuidar


disso.

— Não sei se você pode. — eu disse. — Você está tentando,


mas acho que você não aguenta o quanto quero fazer você gozar.
— Você fala demais. — ela disse, me beijando novamente. —
Mas eu quero ver você fazendo isso.

Eu bati na bunda dela enquanto ela se afastava de mim,


sorrindo para mim mesmo. Meu pau já estava duro, e eu mal podia
esperar para mostrar a ela exatamente o que eu queria dizer.

A noite foi emocionante, começando com o sexo violento e


incrível, cercado por arte de valores inestimável e terminando com
um jantar longo e confortável. Eu podia me sentir amolecendo. Eu
estava caindo em algo que não conseguia explicar, algo que nunca
havia experimentado antes. Observá-la olhar por cima do ombro e
sorrir para mim fez meu estômago revirar. Eu queria levá-la ali
mesmo no corredor e fazê-la sentir coisas que nunca havia
imaginado antes.

— Senhor?

Olhei para a esquerda e Natalie parou de andar. Um membro


da equipe estava olhando para mim.

— Sim?

— Senhor, seu pai solicita sua presença em seu escritório.

Suspirei. — O que diabos ele quer a esta hora?

— Sinto muito, senhor, ele não disse. Mas ele parecia muito
agitado.
Fiz uma pausa e olhei para Natalie. Eu podia ver o que ela
estava pensando claramente em seu rosto: Arturo sabia sobre nós
dois.

E eu estava pensando a mesma coisa. Era previsto que ele


descobriria eventualmente. Nosso registro de casamento era
público e não estávamos fazendo um bom trabalho escondendo o
que éramos até. Eu esperava que tivéssemos um pouco mais de
tempo para descobrir o que estávamos fazendo, antes de Arturo se
envolver, mas talvez esse tempo tenha acabado.

— Tudo bem. — eu disse ao homem. — Eu estarei lá em


breve.

Ele assentiu e se afastou.

Natalie veio até mim, franzindo a testa. — O que ele quer tão
tarde?

— Provavelmente não é nada. — eu disse, sorrindo para ela,


encobrindo minha preocupação. — Provavelmente é uma coisa de
negócios.

Ela assentiu incerta. — Tenho certeza que vocês fazem esse


tipo de coisa tarde da noite o tempo todo em sua linha de trabalho.

— O crime é um negócio de vinte e quatro horas.

Ela riu baixinho. — Venha para o meu quarto quando


terminar.

— OK. Eu vou.

Ela me beijou rapidamente e eu vi quando ela caminhou de


volta pelo corredor.

Maldito Arturo. Em vez de ficar com um pau no fundo da


boceta de Natalie, teria que sentar no escritório de meu pai e ouvi-
lo reclamar de alguma besteira insana.

Saí, caminhando pelos corredores antigos e familiares. Eu


finalmente parei do lado de fora do escritório dele e respirei fundo.

Eu não tinha certeza se estava preparado para o que iria


acontecer lá dentro. Eu não tinha ideia de como Arturo iria reagir
ao descobrir que havia me casado com minha meia-irmã. Era
provável que estivesse com raiva, mas quão irritado era a
verdadeira questão. Talvez eu tivesse que ficar violento,
possivelmente lutar contra o direito do controle da máfia. Ou ele
iria obrigar que me divorciasse dela, e seria isso.

Eu bati forte.

— Entre. — eu o ouvi gritar.

Eu empurrei para dentro. — Você me chamou? — Eu disse.

— Sente.
Ele tinha uma garrafa de uísque meio vazia em cima da mesa,
que ele prontamente derramou em um copo não utilizado para
mim. Ele se superou e tomou um gole saudável.

— O que é isso, pai? — Eu perguntei, tomando meu próprio


uísque.

Era o material barato. Esse foi um mau sinal.

— Eu descobri algo há uma hora. — ele disse, parecendo


triste. — Algo que me irrita e me entristece.

Eu fiz uma careta, bebendo minha bebida novamente.


Saboreei a queima do líquido, que descia pelo meu estômago.

— O que está acontecendo? — Eu perguntei.

— A fita de segurança me mostrou a verdade. — Ele olhou em


direção a sua janela, para o quintal de tinta preta. — Eu vi tudo,
Lucas. Tudo. Você sabe como me sinto traído?

Abri a boca e depois a fechei. Eu simplesmente balancei


minha cabeça, permanecendo em silêncio. Eu não sabia aonde ele
estava indo com isso e francamente, fiquei nervoso. Ele parecia
mais triste do que zangado, embora isso fosse provavelmente por
causa do álcool.

— Eu sou um tolo, sabia? Um tolo por confiar nas pessoas ao


meu redor. Sempre sou traído da pior maneira possível.
Então era verdade. Ele descobriu. Meu coração estava
disparado.

— Eu posso explicar. — eu disse lentamente.

Ele olhou para mim bruscamente. — Você sabia disso?

Fiquei surpreso. — Sobre o que? — Eu perguntei.

— Sobre a minha esposa prostituta. — ele cuspiu com raiva.


— Ela está me traindo, Lucas, fodendo um humilde motorista.

Eu olhei para ele, de boca aberta.

Ele não sabia sobre mim e Natalie. Descobriu sobre Camille e


Franklin.

O que, de certa forma, foi muito, muito pior.

— Eu não acredito. — eu disse.

— Ninguém pode. — ele disse tristemente, bebendo seu


uísque. Claramente ele já tinha esquecido o meu erro. — Eu estava
apaixonado, Lucas. O amor nos cega para as falhas dos outros. Eu
nunca vi isso, nunca imaginei isso, mas eu deveria. — Ele bateu o
copo, jogando o líquido sobre a mesa.

— O que vai ser feito? — Eu perguntei.

Ele olhou para mim. — É por isso que você está aqui. Quero
que encontre esse motorista e atire no crânio dele.
Eu assenti. — E Camille?

— Vou enviar pessoas para ela quando estiver pronta. Ela e a


filha ficarão presas até que eu possa decidir o que fazer com elas.

Meu coração pulou uma batida. — A filha dela também?

— As duas prostitutas vão pagar por isso. — ele disse


violentamente.

— Natalie é inocente, completamente diferente da mãe. Deixe


a garota ir. Eu cuidarei de Camille.

Ele olhou para mim. — Você já se apaixonou por sua meia-


irmã prostituta?

— Eu simplesmente não estou no negócio de punir os


inocentes. — eu disse.

— Que pena. — Ele terminou o que restava de seu uísque. —


Mate o motorista. Eu cuidarei das mulheres.

Eu levantei, minha cabeça girando. — Tudo bem. — eu disse.

— Vai. — Ele voltou para sua garrafa, esquecendo-se de mim.

Terminei minha bebida e saí do escritório, andando rápido.


Eu tenho que pensar rápido, tenho que decidir como as coisas
iriam acontecer.

Porque elas vão acontecer muito, muito rápido.


Felizmente, Arturo parecia bêbado demais para fazer
qualquer coisa em breve. Como eu o conheço, provavelmente
terminará a garrafa antes de decidir mandar alguns homens atrás
das mulheres, o que significava que provavelmente tenho meia
hora de vantagem antes que seus capangas chegassem.

Finalmente, cheguei à porta e bati alto. — Abra. — eu gritei.

Eu esperei trinta segundos pulsando, minha mente girando


sobre as possibilidades. Finalmente, a porta se abriu.

— Boa noite irmão. — disse Louisa. — O que está


acontecendo?

— Arturo descobriu sobre a mãe de Natalie. — eu disse, —


Ele vai prendê-las. Precisamos tirar as duas.

Eu não tinha ideia de como ela responderia. Louisa não fazia


parte da política da família há muito tempo. Embora ainda
estivéssemos perto, ela se recusou a manter conversas sobre o
negócio até que lhe permitisse fazer parte oficialmente dele.

— Entre. — ela disse.

Entrei e ela fechou a porta. — Você vai ajudar?

— Claro querido irmão. — ela disse, sorrindo. — Eu estava


entediada hoje à noite. Poderia usar um pouco de ação.

Soltei um suspiro aliviado. — Obrigado Lou. — eu disse.


Ela se sentou no computador e começou a digitar. — Você as
tira daqui. Eu cuidarei do resto.

— Te devo uma.

Ela olhou para mim. — Eu não estou fazendo isso por você,
Lucas.

— Por que então?

— Eu gosto de ter uma irmã.

Eu sorri quando ela voltou para o computador. Depois de ter


certeza de que ela não estava dizendo mais nada, saí rapidamente
de seu quarto e fui em direção a Natalie, meu pulso batendo forte,
minha excitação aumentando.
Capítulo Vinte e nove
NATALIE

Eu descansava no sofá com apenas uma calcinha e um sutiã


preto. Era o conjunto de lingerie que Lucas havia comprado para
mim como uma piada, mas agora não parecia tão engraçado.

Pareceu emocionante.

Eu me senti bêbada com o pensamento dele, além de animada


por ele voltar para mim. Eu esperava que qualquer negócio com o
qual ele estivesse lidando acabasse logo, porque eu estava muito
impaciente por ele.

O jantar foi incrível. Claro, ele era orgulhoso demais para


dizer as palavras, mas eu percebi que ele estava arrependido.
Lucas não era o tipo de homem que se agarrava, muito menos fazia
algum tipo de grande gesto romântico. E, no entanto, lá estava ele,
fazendo o gesto para mim de qualquer maneira, eu mal conseguia
explicar o quão emocionante e importante isso era.

Ele me fez sentir algo que eu mal conseguia descrever. Não


apenas o sexo, embora essa parte era incrível. Não, era nos
momentos seguintes, quando conversamos sobre nossas vidas,
flertamos, rimos e nos provocamos. Foi nesses momentos que eu
sabia que tinha algo, algo importante.
Era algo que eu esperava que durasse. Pela primeira vez, eu
realmente me senti bem por estar no complexo. Não apenas por
fazer parte da vida de Lucas, mas por fazer parte da família.

Claro, a coisa da máfia ainda me fazia sentir um pouco


desconfortável, mas pelo menos era emocionante e poderoso, fez
minha vida parecer algo mais do que era. Se alguém como Louisa
poderia ser forte, eu também poderia.

Meu coração praticamente pulou uma batida quando ouvi a


batida na minha porta. — Só um segundo! — Eu chamei. Vesti um
robe de seda leve e caminhei até a porta.

— Sou eu. — ouvi Lucas chamar. — Depressa, Nat.

— Não fique tão impaciente. — eu disse, sorrindo enquanto


abria a porta.

O olhar em seu rosto limpou completamente o sorriso do


meu.

— Lucas? — Eu perguntei quando ele entrou na sala,


fechando a porta. — O que está errado?

— Alguém esteve aqui? — ele perguntou.

— Não, ninguém.

— Você sabe onde está sua mãe?


— Não. O que está errado?

Ele me pegou pelos ombros. — Me escute com atenção, Nat.


As coisas vão acontecer muito rápido agora, e você precisa confiar
em mim. Você pode confiar em mim?

Eu me senti tonta. — Claro que eu posso. Apenas me diga o


que está acontecendo.

— Arturo sabe sobre sua mãe, sobre ela traindo com Franklin.

Eu senti como se estivesse caindo no chão. Um pico de medo


percorreu minha espinha. — O que nós vamos fazer? — Eu
perguntei.

— Estou cuidando disso. — ele disse. — Primeiro, precisamos


trazer sua mãe aqui. Você pode ligar para ela?

— OK. — Fui até o telefone e disquei o número do quarto


dela. Tocou e tocou, mas ninguém respondeu. — Ela não está no
quarto dela. — eu disse.

— Porra. Experimente o celular dela.

Eu assenti, discando. Tocou duas vezes e ela respondeu. — Oi,


querida. — ela disse.

— Mamãe? Onde você está?

— Oh, apenas dando um pequeno mergulho tarde da noite.


Você sabia que há uma piscina coberta aqui?

— Mãe, você pode vir para o meu quarto agora?

Ela suspirou. — Qual o problema, querida?

— Ouça. É muito, muito importante que você chegue aqui


agora.

— Pode esperar? Eu estava prestes a terminar minhas voltas.

— Por favor. — eu disse. — Por favor. Você precisa chegar


aqui imediatamente.

Eu não sabia se era porque eu empurrei ou se foi por causa do


medo que ela ouviu, mas por qualquer motivo que ela ouviu.

— Tudo bem. — ela disse. — Estarei aí em um minuto.

Desliguei o telefone e olhei para Lucas. — Ela está vindo.

— Bom. — ele disse. — Faz uma mala para você. E uma para
sua mãe também, se você puder.

Eu assenti, movendo-me rapidamente. Peguei uma mala no


armário e comecei a jogar coisas nele. Enquanto isso, Lucas
passeava nervosamente, olhando constantemente para o relógio.

Enchi a mala com roupas suficientes para mim e minha mãe.


Não tínhamos exatamente o mesmo tamanho, mas achei que não
importaria. Poderíamos ter mais roupas depois.
Cinco minutos se passaram, embora cada segundo parecesse
uma eternidade. Lucas estava no limite, andando de um lado para o
outro como um animal enjaulado. Sua intensidade me fez sentir ao
mesmo tempo confortado e aterrorizado. Eu acreditava que, se
alguém poderia nos levar em segurança, era ele, mas ele ainda era
tão forte e aterrorizante.

— Qual é o plano, Lucas? — Eu perguntei a ele.

— Eu conheço um lugar onde você e sua mãe podem ficar até


que tudo acabe.

Eu queria pressioná-lo, mas de repente houve uma batida na


minha porta.

Lucas olhou para mim, levantando a mão para eu ficar quieta.


Eu assisti enquanto ele puxava uma arma da calça. Ele abriu a
porta lentamente.

— O que há de errado, Nat? Eu estava apenas... — mamãe


começou a dizer, mas Lucas rapidamente a puxou para dentro. —
Lucas! Oh o que você está fazendo?

— Mãe. — eu disse a ela, — Arturo sabe sobre você e


Franklin.

Ela ficou boquiaberta por um segundo. — Sua boba, idiota. —


ela disse friamente. — Você não deveria ter dito.
Fiquei tão completamente surpresa que mal percebi quando
Lucas se colocou entre nós duas. — Natalie. — ele disse. — Natalie,
acalme-se.

Percebi que estava tremendo e mal me controlando. Eu


respirei fundo.

— Não foi ela, Camille. — disse Lucas. — Arturo viu você nas
imagens de segurança.

O rosto dela caiu. — Oh. Oh céus. Sinto muito, Natalie. — ela


disse.

— Ouça-me, mãe. — respondi. — Nós vamos fazer


exatamente o que Lucas disser hoje à noite. Quando tudo acabar e
nós duas estivermos seguras, quero você fora da minha vida.

— Mas, querida. — ela disse, — Foi apenas um erro. Eu sinto


muito.

— Estou cansada dos seus erros. — Eu me virei. —


Terminamos depois desta noite. Se você se importa comigo, pelo
menos ouça o Lucas.

— Tudo bem. — ela disse suavemente. — Certo docinho. Eu


sinto muito.

Mas eu não estava ouvindo. Eu rapidamente vesti um casaco


de moletom e uma calça de moletom e joguei outro par para
Camille. Ela vestiu as roupas sobre o maiô ainda úmido.

— Ok, ouça. — Lucas disse. — O plano é simples. Estamos


indo para a garagem onde vamos pegar um carro. A partir daí,
iremos para uma casa segura, onde vocês ficarão até que tudo
acabe.

— Parece fácil. — disse Camille.

— E as câmeras? E os portões? E os guardas?

— Vou me preocupar com tudo isso. — ele disse. Ele se


aproximou e colocou as mãos nos meus ombros. — Você consegue
fazer isso.

Eu assenti. — Sim.

Ele me beijou suavemente. Eu o beijei de volta, envolvendo


meus braços em volta dele.

Camille pigarreou. Nós nos separamos.

— E Franklin? — Camille perguntou.

— Não se preocupe com ele. Apenas me siga. — disse Lucas.

— Mas ele está em perigo, não está?

Eu olhei para Camille. — Pare. Apenas ouça Lucas.

Ela assentiu, franzindo a testa.


— OK. Estamos saindo agora. Fica perto de mim. Não corra.
Entendeu?

— Entendi. — eu disse.

— Vamos.

Peguei a mala e o segui, Camille bem atrás de mim.

Saímos para o corredor e começamos a seguir o que eu


assumi ser a direção da garagem. Fiquei instantaneamente perdida
depois de apenas algumas voltas.

Não vimos ninguém, ou pelo menos não vimos um número


incomum de pessoas. Todo o lugar estava calmo, o que não foi uma
surpresa, já que era tão tarde da noite. Mas parecia estranho.
Estávamos correndo por nossas vidas por uma enorme mansão,
mas essa mansão estava vazia. Os únicos sons foram nossos passos
e as rodas da mala rolando atrás de mim.

Descemos uma série de corredores curtos que finalmente se


abriram para a cozinha. Lucas parou e virou-se para nós.

— A garagem está chegando. — ele disse. — As coisas podem


ficar perigosas. Apenas fique atrás de mim, ok?

— Entendi. — eu disse.

Começamos a andar novamente, mas eu percebi que Camille


não estava seguindo. Eu parei e me virei para ela.
— Vamos lá. — eu disse. — Temos que ir.

Ela franziu o cenho para mim. — Desculpe garoto, — ela


disse, — Mas eu tenho que ajudar Franklin.

— Camille. — Lucas rosnou, — É tarde demais para ele.


Temos de ir.

— Espere por mim. — ela disse antes de se virar e correr de


volta pelo corredor.

— Espera! — Eu disse, mas antes que eu pudesse ir atrás


dela, Lucas me agarrou.

— Pare. — ele rosnou. — Pare de lutar.

— Me deixe ir. Eu tenho que pegá-la!

— Natalie, me escute. — ele disse ferozmente. — Ela fez sua


escolha, uma e outra vez. Ela não se importa com você. Por que
você se importa com ela?

— Ela é minha mãe. Ela é tudo o que me resta.

— Eu sei. — ele disse. — Eu sinto Muito. Mas ela escolheu


isso. Você tem que deixá-la ir.

Eu sabia que ele estava certo. Eu sabia que não poderia


continuar pagando pelos erros dela, não poderia continuar
deixando suas más escolhas me afetarem.
Então eu relaxei. Lucas me soltou. — Pronta? — ele
perguntou.

— Pronta.

Começamos a caminhar novamente pela cozinha. A equipe


nos ignorou completamente e, obviamente, não se importou. Lucas
até acenou para algumas pessoas, e elas sorriram de volta.

Logo viramos uma esquina e fomos para a garagem. Estava


lotado de carros, filas e filas de carros. Lucas me levou para os
fundos, mais próximo das portas.

De pé, havia dois guardas armados. Lucas levantou a mão e


me parou. Eles estavam olhando em nossa direção, provavelmente
porque tinham ouvido minha mala, mas ainda não tinham nos
vistos.

— Eu vou cuidar deles. — ele disse.

Eu balancei a cabeça, aterrorizada, quando ele saiu para a luz.

— Boa noite pessoal. — ele disse.

— Chefe. — o único cara respondeu.

— Eu preciso de um carro hoje à noite.

Ele assentiu. — Aonde você vai? Arturo disse que devemos


monitorar todos os carros que saem daqui.
— Eu tenho um pacote para entregar.

— Para onde?

Ele estreitou os olhos. — Não é da sua conta. Agora me traga


as chaves.

— Desculpa Lucas. — disse o outro cara. — Seu pai aprovou


isso?

— Eu aprovei isso. — Lucas rosnou.

— Desculpa. — o cara disse novamente. — Pedidos são


pedidos.

Lucas se moveu tão rápido que eu mal vi. Seu punho disparou,
pegando o primeiro cara na garganta. Ele se dobrou. O segundo
homem deu um passo atrás, pegando sua arma. Lucas rapidamente
pegou a arma, forçando o cara a voltar. Ele chutou o cara na virilha
e o esmagou no rosto com a testa. Ele caiu.

O primeiro cara veio para Lucas. Eles caíram, mas Lucas


rapidamente virou o corpo, acertando em cheio. Ele bateu os
punhos no rosto do guarda até que o homem parou de se mover.

Lucas levantou-se rapidamente e verificou o outro homem,


desarmando-o.

— Natalie. — ele chamou — vamos.


Fui à direção dele, o medo passando através de mim.

— Está tudo bem. — ele disse. — Vamos.

Lucas pegou a chave que estava no bolso do segundo guarda e


apertou o botão de desbloqueio. O grande SUV entre os dois carros
piscou; era o mesmo SUV que Franklin costumava dirigir.

— Provavelmente está aqui para ter certeza de que ele não


fugisse. — disse Lucas.

— Eles estão bem? — Eu perguntei a ele.

Ele encolheu os ombros. — Vão sobreviver. Entre.

Ele jogou minha mala no porta mala enquanto eu subia no


banco do passageiro. Lucas entrou no lado do motorista e o motor
rugiu para a vida.

— Vamos lá. — ele murmurou. Um segundo depois, a porta


da garagem começou a abrir. Ele sorriu enormemente. — É isso ai.

Acelerou pela porta aberta em direção ao portão principal.

Enquanto dirigíamos, algo chamou minha atenção. — Lucas,


pare! — Eu gritei.

Ele pisou no freio. — O que está errado? — ele perguntou.

— É minha mãe!
Nós olhamos através do gramado e vimos Camille correndo,
seguida por quatro homens. Entrei no banco de trás e abri a porta.
— Camille! — Eu gritei.

Ela veio correndo em nossa direção, seus cabelos balançando


ao vento. Os homens estavam gritando para ela parar e eu podia
dizer que Lucas estava chateado, mas eu não me importei. Afinal,
era minha mãe. Eu não poderia simplesmente deixá-la.

Camille chegou no carro, praticamente mergulhando para


dentro. Lucas acelerou e nós avançamos um pouco antes que os
homens chegassem até nós. Eles estavam gritando, mas não
conseguimos ouvi-los quando fechei a porta e saímos em
disparada.

— Eu disse para você esperar. — disse Camille.

Eu olhei para ela. Ela não disse mais nada.

Mais à frente, o portão ainda estava fechado. — Lucas. — eu


disse.

— Ele será aberto.

— Como?

— Louisa. Ela está no controle do complexo agora. — Eu o vi


sorrir no espelho retrovisor. — Os computadores não são apenas
para jogos. Ela desligou as câmeras de segurança também, nos
vamos sair.

Eu balancei a cabeça e de repente algo brotou dentro de mim.


Foi esperança e gratidão.

Louisa não precisava ajudar. Lucas também não, mas ambos


queriam me levar em segurança. Minha mãe também, eu imaginei.
Mas eu estava disposta a apostar que os dois entrariam bem
encrencados por causa disso.

Por toda a loucura, por toda essa merda horrível, fiquei feliz
por estar na vida deles. Fiquei feliz que eles estavam na minha.

À frente, o portão se abriu. Os guardas da cabine estavam


gritando, parados na estrada.

Lucas pressionou o acelerador, o motor rugindo.

Os caras se afastaram quando o carro saiu para a estrada


principal. Lucas virou o carro, apontando-o para Chicago. O portão
se fechou silenciosamente atrás de nós, bloqueando os carros que
já estavam começando a nos perseguir.

Saímos apressados para a noite, em direção à segurança.


Capítulo Trinta
LUCAS

Eu assisti enquanto a cidade passava, as luzes se


transformando em nada. Eu estava indo em direção a casa segura,
uma das várias que eu mantinha espalhadas pela cidade. Não era
exatamente luxuosa, mas as meninas estariam a salvo lá pelo
menos.

E eu sabia que Louisa também estaria segura. Não importa o


que ela fizesse, meu pai nunca a puniria. Ela poderia tocá-lo como
um violino, embora não conseguiu que ele permitisse que
ingressasse no negócio.

Não, eu estava mais preocupado com minha capacidade de


resolver esse problema. Meu pai não permitiria que Camille e
Natalie simplesmente se libertassem; ele vasculharia a cidade se
fosse necessário. E se eu conhecia meu pai, ele não iria parar até
que alguém falasse delas.

O que significava que eu tinha que ficar quieto. Eu não sabia


como convencê-lo a perdoar as garotas, principalmente depois de
ter derrubado dois de seus guardas com muita violência.

Preocupações dentro de preocupações giravam em minha


mente enquanto dirigíamos silenciosamente em direção à casa
segura. Mesmo sabendo que estava em uma situação de merda, me
senti incrivelmente vivo. Olhei para Natalie e a peguei olhando
para mim. Ela sorriu e eu sorri de volta.

Eu prosperava sob pressão, e essa era a maior pressão que já


havia sofrido.

Foram necessários vinte minutos para chegar a casa. Dirigi


com cuidado, fazendo um trajeto duas vezes mais seguro, apenas
para ter certeza de que ninguém estava seguindo. Parei do lado de
fora e desliguei o motor.

A casa era uma casa em um bairro modesto. Camille fez uma


careta. — Nós vamos ficar aqui? — ela perguntou.

Natalie olhou para ela e depois olhou para mim. — Você vai
ficar com a gente?

— Vamos conversar lá dentro. — eu disse suavemente.

Ela assentiu e foi sair. Ela se atrapalhou com alguma coisa, e


eu vi o telefone dela cair entre o assento e o console.

— Merda — ela disse e começou a cavar.

Saí do carro e ajudei Camille a sair. Peguei as malas e a


coloquei na calçada. Nat enfiou algo em sua camiseta e saiu do
carro.

— Pronta para ver sua casa? — Eu perguntei.


Natalie assentiu.

Fui até a porta da frente e a abri. Todos nós entramos juntos.

Eu assisti as reações delas com cuidado.

Natalie apenas sorriu para mim. Camille, no entanto, parecia


que eu estava pedindo para ela dormir dentro de um caixão com
um cadáver morto e podre.

— Não é muito. — eu disse, — Mas é seguro. Ninguém sabe


onde é.

— É nojento. — disse Camille.

Entramos na sala e eu coloquei a bolsa delas no canto.

O lugar era bastante sujo, eu tinha que admitir. Eu não havia


exatamente me esforçado muito para limpar e mobiliar ao longo
dos anos. Nós puxamos as cobertas do sofá e dos outros móveis,
revelando as coisas principalmente de segunda mão. Nada pendia
nas paredes, e a cozinha estava praticamente vazia, mas havia o
suficiente para elas viverem. Eu sabia que a roupa de cama
precisava ser trocada, mas o material limpo estava no armário,
pronto para ser usado.

Definitivamente, não eram os quartos luxuosos do complexo


da máfia, mas não era tão ruim. Utilitário e escasso, mas não sujo.

— Onde você está ficando? — Natalie me perguntou


enquanto Camille subia as escadas, dizendo algo sobre encontrar
seu quarto.

— Eu não posso ficar aqui — eu disse, franzindo a testa.

— Por que não?

— Porque meu pai vai me procurar. Não posso arriscar levá-


lo até vocês.

— Lucas. — ela disse.

Agarrei-a e puxei-a para perto de mim.

Eu não a decepcionaria.

Eu queria ficar com elas. Eu queria dormir com Natalie,


abraçá-la, fazê-la se sentir segura. Mas eu também sabia que
precisava poder me deslocar pela cidade e não correr o risco de ser
seguido se alguém me visse.

— Eu tenho outro lugar. — eu disse. — Vince vai me


encontrar lá.

— Ele sabe sobre nós?

— Ainda não. Ele também não conhece esse lugar.

— OK.

— Mas podemos confiar nele.


Ela me beijou. — Eu acredito em você.

Camille desceu as escadas a passos largos. — Há quanto


tempo vamos ficar aqui?

— Era sobre isso que eu queria falar com você. — eu disse. —


Eu realmente não sei.

— Claro que não. — disse Camille, sentada no sofá.

— Mas precisamos de algumas regras. Primeiro, preciso que


vocês duas me deem seus telefones.

— Não. — disse Camille.

— Camille. — eu disse lentamente, — Você pode me dar ou


eu posso pega-lo. Sua escolha.

Natalie me entregou o telefone. Camille levantou-se e


relutantemente colocou a dela em cima do de Natalie.

— Tudo bem. — eu disse. — Vou pegar novos telefones para


você. Apenas tome cuidado com o que você faz online. Não use suas
contas de mídia social. Não poste nada.

— A sério? — Camille reclamou.

— Mãe — retrucou Natalie, — Estamos escondidas dos


mafiosos que você irritou, lembra?

Camille suspirou, mas não disse nada.


— Vocês duas também precisam ficar aqui dentro. Não
podem se arriscar e serem flagradas.

— Você está me dizendo... — disse Camille lentamente, —


Que estamos presas aqui sem internet por um período de tempo
que você não pode especificar? Talvez para sempre?

— Não para sempre. — eu disse. — Eu vou consertar isso.


Mas, por enquanto, você tem que ficar firme até que tudo acabe.

— Não. — disse Camille, de pé. — Não, obrigada. Eu irei à


polícia. Contratarei guarda-costas se for preciso.

— Camille. — disse Natalie.

— Não. Eu não estou fazendo isso.

Natalie virou-se para ela. — Senta sua idiota egocêntrica. —


ela disse. — Você vai ficar aqui e calar a boca o tempo todo ou eu
juro que vou implorar para o Lucas te colocar amarrada em uma
cadeira no porão.

Camille olhou para Natalie. — Não fale com sua mãe dessa
maneira.

— Você não é minha mãe. Você é apenas um problema. —


disse Natalie.

A expressão de Camille foi absolutamente encantadora.


— Por mais divertido que seja. — eu disse, — Tenho que ir.

— Fique mais um pouco. — disse Natalie, pressionando-se


contra mim. — Por favor.

— Desculpe esposa. — eu disse a ela. — Tenho que ir.

Nós nos beijamos, demorado e intenso. Nenhum de nós se


importou quando Camille pigarreou.

Eventualmente nós nos separamos. — Volte logo. — ela disse.

— Primeira coisa na manhã. Vocês duas precisam descansar.

Ela assentiu. Relutantemente, me afastei dela e saí.

Eu rapidamente entrei no carro e comecei a dirigir. Eu


precisava abandoná-lo, então estacionei em um ponto deficiente
em frente a um prédio do governo e me afastei. Peguei um ônibus
indo para o sul e desci a duas quadras da casa segura que
compartilhei com Vince.

Ele já estava lá quando entrei.

— Grande noite. — ele disse, sorrindo.

Eu estava com a mão na minha arma. — Nós estamos bem?

— Ainda do seu lado, chefe.

Eu relaxei. — Eu tirei as meninas.


— Sim? Eu pensei que elas estariam aqui.

— Desculpa Vince, mas eu as coloquei em um lugar que só eu


conheço.

— Bom. — ele disse. — Mais seguro assim.

Eu me sentei em uma cadeira. Vince se levantou e me


entregou um copo de uísque.

— Que porra você estava pensando? — ele perguntou.

— Eu não estava, honestamente.

— Arturo está tendo um ataque de merda. Eu mal saí do


complexo com minha cabeça.

— Me desculpe por isso. Vou avisar da próxima vez que tiver


que fugir com minha meia-irmã e sua mãe prostituta.

— OK. Bom.

Bebemos em silêncio por alguns minutos. Eram quase quatro


da manhã e eu estava absolutamente exausto. Eu sabia que o carro
seria rebocado ou encontrado em breve, eu não tinha certeza de
qual e não me importava muito.

Tudo que eu sabia era que tinha que elaborar um plano e


rápido.

— Eles encontraram o garoto? — Eu perguntei a Vince.


— Aparentemente não. — ele disse. — Alguém deve ter
avisado.

Eu ri, balançando a cabeça. — Camille. Ela desapareceu


durante a nossa fuga. Deve ter avisado ele.

— Cadela louca.

— Ela veio correndo pelo gramado oeste como uma maldita


psicopata. Eu quase não parei.

Nós rimos juntos. Eu senti como se estivesse começando a


relaxar.

— Quão burros eles podem ser? — Vince perguntou.

— Estou mais surpreso com o garoto. Ele pelo menos conhece


meu pai.

— Sim. — disse Vince. — Ele tem sorte que Camille é uma


merda.

Caímos em outro silêncio.

— Então. — ele me perguntou finalmente, — Como diabos


saímos dessa?

— Ainda não tenho certeza. Você entrou em contato com os


outros capitães?

— Os leais, sim.
— E?

— Mesmas respostas. Eles te apoiarão.

Eu assenti. Esse foi o último recurso. Se eu não pudesse


argumentar ou negociar com Arturo, eu teria que continuar com
meus planos para um golpe.

E isso não seria limpo. Se eu tentasse tomar a multidão pela


força, haveria corpos nas ruas e muitos deles. Eu não queria matar
meu próprio povo, mas estava disposto a fazer o que tinha que
fazer para sobreviver a isso.

Arturo teve uma escolha. Ele podia perdoar as meninas,


talvez em troca de algo útil, ou eu ia cortá-lo. Eu pegaria a multidão
dele e cortaria sua garganta se fosse necessário.

Meu próprio pai. Eu não queria arruiná-lo, mas eu faria e


poderia. Ele está me subestimando há anos, e agora isso pode estar
prestes a mordê-lo na bunda.

Louisa também me apoiaria, eu sabia. Ela tinha muito mais


poder do que a maioria das pessoas imaginava.

Mas tudo isso foi hipotético. Eu não queria que nada disso
acontecesse. Um dia eu assumiria a multidão, mas deixaria o velho
se aposentar primeiro. Eu não queria matar meu próprio pai para
que isso acontecesse.
Tomei o resto do meu uísque e me levantei. — Hora de
dormir. — eu disse.

— Boa noite, chefe. — respondeu Vince.

— Obrigado por estar aqui. — eu disse a ele. — Nós vamos


consertar essa merda.

Ele sorriu. — Você me conhece, sempre pronto para um


pouco de ação.

Eu ri e saí, subindo as escadas.

Planos estavam se formando, dissolvendo, reformando,


quebrando, se formando novamente. Eu estava cheio de
possibilidades, tempo, logística. Vince era um grande patrimônio, e
eu era um homem de sorte por ter um segundo em comando leal.

Porque eu precisaria de toda a ajuda que conseguir nos


próximos dias de violência.
Capítulo Trinta e um
NATALIE

Estava olhando para o teto desconhecido, e por um momento


pensei que poderia rolar e encontrar Lucas na cama comigo.

Em vez disso, minha cama estava vazia e o quarto também.


Era totalmente escasso, com apenas uma mesa de cabeceira e a
cama preenchendo o espaço.

Eu lentamente saí da cama e fui para o banheiro. A porta de


Camille ainda estava fechada, mas estava tudo bem. Eu realmente
não estava interessada em nenhum vínculo entre mãe e filha,
especialmente agora que senti que tinha terminado com ela. Eu a
ajudaria se pudesse, mas não estava mais deixando ela me arrastar
para baixo.

Escovei os dentes e enxaguei o rosto, passando um longo


momento olhando para o meu rosto no espelho. Eu parecia abatida
e por boas razões. Eu tive que me lembrar de que estávamos
fugindo da máfia e que homens assustadores e violentos nos
queriam mortas.

Não era exatamente uma realidade à qual eu estava


acostumado.
— Olá? — Eu ouvi uma voz lá de baixo.

— Lucas?

— Hey — ele disse, subindo os degraus. — Bom Dia.

Ele parecia cansado também, mas pelo menos ele havia


trocado de roupa. Eu ainda estava usando o mesmo moletom da
noite anterior.

— Estou muito feliz em vê-lo— , eu disse. Ele subiu os


degraus e eu joguei meus braços em volta dele, abraçando-o.

— O mesmo para você, Nat. — ele disse. — Mas não posso


ficar muito tempo.

— Por que não?

— Eu tenho que fazer algumas coisas. Mas eu vim com seus


telefones.

Eu balancei a cabeça e ele me beijou suavemente. Eu o segui


de volta e nos sentamos à mesa da cozinha, os telefones entre nós.

— Agora. — ele disse, — Não use isso para nada estúpido.


Não acesse mídias sociais, bancos ou algo assim. Não envie
mensagens para amigos.

— Talvez você não deva dar à minha mãe. — eu disse,


franzindo a testa.
Ele fez uma pausa. — Você provavelmente está certa. — Ele
enfiou o telefone de Camille no bolso.

Suspirei. — Tem certeza de que não pode ficar?

— Desculpa. Eu preciso ir trabalhar. Alguém tem que resolver


esse problema.

— Como seu pai está?

— Muito louco. — Ele sorriu. — Mas está tudo bem. Ele é um


grande urso de pelúcia.

— De alguma forma, não acho que isso seja verdade.

— Não, não é.

Ficamos em silêncio por mais alguns minutos

— Volta mais tarde? — Eu perguntei.

— Volto assim que puder.

Ele deu a volta na mesa e me abraçou novamente, me


beijando suavemente.

— Vai ficar tudo bem, certo? — Eu perguntei a ele.

— Vai ficar tudo bem.

E eu acreditei nele. Eu não tinha motivos reais para esperar


que algo de bom viesse da nossa situação, mas não achei que Lucas
mentiria para mim. Eu confiei nele.

— Vejo você mais tarde. — ele disse enquanto caminhava


pela porta.

Eu olhei por alguns minutos antes de me levantar e trancar a


porta atrás dele.

A vida em uma casa segura era chata.

Camille levantou-se uma hora depois, sentou no sofá e se


recusou a falar comigo. Ela assistiu novelas inúteis o dia todo, o
que funcionou bem para mim. Eu preferia não falar com ela no
momento, não tinha certeza se poderia permanecer civilizada,
muito menos ser legal.

Fui para o meu quarto com o telefone e olhei


preguiçosamente para os sites de notícias. Eu não tinha certeza do
que estava procurando, mas precisava de algo para ocupar minha
mente.

E então me lembrei do caderno estranho.

Na noite anterior, quando meu telefone caiu entre os


assentos, encontrei algo preso ali. Na hora, eu não pensei muito
nisso, já que tudo estava se movendo tão rápido, mas decidi dar
uma olhada quando tivesse um tempo livre.

Eu peguei da minha bolsa. Era pequeno, o tipo uma caderneta


pequena que um repórter carregaria. Era claramente bem usado,
porém, as páginas estavam borradas e a capa estava velha e
manchada.

Abri e comecei a folhear. No começo, eu não tinha ideia do


que estava olhando. A maioria das coisas eram números, com
algumas palavras em inglês e o que parecia ser russo misturado.
Eu reconheci o russo porque ele usava algumas dessas palavras
estranhas. Eu acho que foi chamado cirílico. De qualquer forma, eu
não conseguia ler a grande maioria e os números simplesmente
não faziam sentido.

Ainda assim, algumas palavras saltaram para mim. Na


próxima folha, a palavra “Azeite” foi seguida por alguns números, e
a palavra “encontro” foi seguida pelo que parecia uma hora e uma
data.

Isso instantaneamente me pareceu estranho.

Peguei meu telefone e virei para uma página de escrita em


russo. Tirei uma foto e depois fiz uma pesquisa no Google por um
fórum para falantes de russo. Depois que encontrei um que
realmente pudesse ler, fiz um post anônimo pedindo que alguém
traduzisse a página, ou pelo menos para me dar uma ideia do que
dizia.

O caderno era claramente importante. Eu não tinha certeza


de quem era ou o que isso significava. Eu queria entrar em contato
com Lucas, mas não queria parecer um alarmista carente. Eu
queria confirmar que o caderno era importante antes de começar a
incomodá-lo.

Uma hora se passou antes que alguém finalmente fizesse um


comentário no meu post. Aparentemente, a página era uma lista
dos nomes e endereços das pessoas. Isso não me contou muito,
então publiquei outra página e fiz a mesma pergunta.

A resposta voltou muito mais rápida.

Parece que ele estava anotando uma reunião, disse


NaNaKlashnikov. Há algo sobre russos (?) E sobre um terceiro grupo
de pessoas. Isso é realmente muito sombrio. Onde você esta lendo
essa coisa?

Senti calafrios na espinha.

Isso confirmou minhas suspeitas. Eu estava segurando algo


importante, embora o que exatamente dizia estava além de mim.

Abri a lista de contatos e encontrei apenas um: Lucas. Toquei


o nome dele e deixei-o discar.

Talvez este fosse a pista que precisávamos.


Capítulo Trinta e
dois
LUCAS

— Onde você conseguiu isso? — Eu perguntei a ela.

Ela olhou para o chão. — Desculpe se estou desperdiçando


seu tempo.

— Ei. — Agarrei seu queixo e inclinei-o para cima. — Isso é


importante.

— Lembra quando deixei meu telefone cair ontem à noite


saindo do carro?

— Na verdade, não.

— Bem, eu fiz, e eu achei isso preso entre os assentos.

Eu balancei minha cabeça, absolutamente espantado.

— Você sabe o que é isso?

— Não, realmente não.

Eu folheei, rindo para mim mesmo. A maior parte estava


escrita em russo, mas havia alguns nomes e números que eu
reconheci. Havia a quantidade de azeite no carregamento roubado,
mais a hora e a data da troca. Havia também alguns outros nomes
de homens na multidão, além de pelo menos um nome russo que
eu reconheci.

— Lembra do Franklin? — Eu perguntei.

— Como eu poderia esquecer? — ela murmurou.

— Este caderno é dele. Estou certo disso.

— Certo. Como você sabe?

— Foi o carro dele que pegamos para a nossa fuga.

— Então isso é importante?

Agarrei seu rosto e a beijei com força. — Muito — eu disse


quando terminei.

Ela sorriu. — Bom. Estou feliz.

— Acho que essa é a prova de que preciso. Acho que Franklin


fazia parte de um grupo infiltrado entre nós e os russos.

— E eles roubaram a remessa?

— Aparentemente sim. — Eu ri, folheando o livro. — Mas há


números e datas aqui que eu reconheço vagamente. Eles poderiam
estar nos roubado há algum tempo sem que ninguém percebesse.
— Isso não muda o fato de Camille trair seu pai.

— Não. — eu disse, — Não muda. Mas Camille pode me dizer


onde está Franklin. Então talvez eu possa convencer Arturo de que
vale a pena manter vocês duas vivas.

— Caramba, vale.

— No mínimo, ele ficará distraído e poderei tirar vocês duas


da cidade.

— O que acontece depois?

— Eu não sei. — eu disse honestamente. — Mas não importa


o que aconteça, eu não vou deixar você.

Ela assentiu. — OK.

Levantei-me, guardando o caderno. — Agora, vamos


conversar com sua mãe.

Natalie me seguiu escada abaixo. A cada novo passo que dava


o plano em minha mente lentamente começou a se unir.

De alguma forma, Franklin estava no centro disso. Eu tinha


razão em suspeitar, mas ele claramente foi cuidadoso. Nós não o
tínhamos seguido a nenhum tesouro secreto ou algo assim. Pelo
que Vince e seu pessoal podiam dizer, Franklin era um funcionário
modelo.
Isso foi, até que ele começou a foder Camille.

A verdade é que Franklin poderia ter escapado de tudo se ele


não tivesse enfiado o pau em Camille. Se nunca tivéssemos entrado
naquele carro naquela noite e Natalie não tivesse encontrado seu
caderno, provavelmente teríamos continuado.

Em vez disso, foder uma mulher casada estava voltando para


realmente mordê-lo na bunda.

Encontramos Camille sentada no sofá, parecendo infeliz. Ela


olhou para nós.

— Veio gritar comigo um pouco mais? — ela me perguntou.

— Não se você decidir ser útil. — eu disse.

Ela cruzou os braços. — O que você quer, Lucas?

— Onde está Franklin?

Ela levantou uma sobrancelha. — Eu não sei.

— Você o viu ontem à noite. Você o avisou.

— E? Ele não disse para onde estava indo.

Suspirei, sentando na mesa de café na frente dela. — Eu não


acredito em você.

— Eu não ligo. — ela retrucou. — Eu não respondo a você.


— Na verdade, Camille, você sabe. Estou mantendo você em
segurança. Se o pessoal do meu pai descobrisse onde você está
escondida, provavelmente cortaria sua garganta e jogaria seu
corpo em um beco.

Eu assisti a cor sumir do rosto dela.

— Ele nunca iria. Artie nunca faria isso.

Eu ri. — Artie? Meu pai é um empresário violento. Ele cortou


corpos em pedaços sem pensar duas vezes. Você não é nada para
ele agora.

Ela desviou o olhar. — Você não vai deixar isso acontecer.


Você se importa muito com a minha filha.

Eu olhei para Natalie. — Você se importaria se sua mãe


desaparecesse?

— Não. — ela disse. — Eu terminei de tentar protegê-la,


Camille. Você pode lidar com as consequências a partir de agora.

Ela ficou boquiaberta com Natalie. — Você não deixaria esses


homens me matarem?

— Eu não vou fazer nada. — disse Natalie. — Esta é sua


escolha.

Camille olhou para mim. — Isso é uma loucura.


— Isso é o que acontece quando você trata de ser casada com
um mafioso como se fosse um jogo de merda. — eu disse a ela.

— Não sei o que você quer de mim.

— Onde está Franklin?

— Eu disse que não sei.

— Ouça-me com atenção, Camille. — eu disse suavemente,


inclinando-me para mais perto dela. — Em um minuto, vou pedir a
Natalie para subir, fechar a porta e colocar a cabeça debaixo de um
travesseiro.

— Você não me assusta. — disse Camille.

— Depois disso... — continuei, — Eu vou pegar essa faca... —


levantei minha camisa para mostrar minha lâmina — E vou
começar a machucá-la até que você me diga o que eu quero saber.

Eu podia ver o medo nos olhos de Camille. — Você não faria


isso, não com minha filha por perto.

Eu me virei e olhei para Natalie. O rosto dela era passivo,


quase neutro. — Nat, Suba.

Ela assentiu e saiu.

— Natalie! — Camille chamou. — Espera. O que você está


fazendo?
Natalie a ignorou. Eu ouvi a porta fechar no andar de cima.
Puxei a lâmina da bainha no meu quadril e me inclinei em direção a
Camille.

— Agora é só eu e você. — eu disse.

— Eu não sei de nada.

— Por que você está protegendo-o? — Eu perguntei.

— Eu o amo. — ela respondeu suavemente.

Eu ri alto. — Ama? Você não sabe nada sobre amor.

— E o que você acha que sabe? Você é apenas um psicopata


violento.

Estendi a mão e agarrei Camille pelos cabelos. Ela gritou e


tentou lutar comigo, mas eu simplesmente a segurei mais forte.

— Eu sei o que é o amor. — eu disse em seu ouvido. — Estou


disposto a arriscar tudo para salvar alguém que eu amo.
Infelizmente, agora você está no meu caminho, e farei o que for
preciso para que você fale.

Eu segurei a faca contra o rosto dela.

— Tudo bem. — ela disse rapidamente. — OK.

— Onde está Franklin?


— Ele disse que tem um lugar em Sawyer em Little Village.

Eu apertei meu aperto. — O que mais?

— Eu tenho o número dele. Você pode ligar para ele.

— E?

— Eu juro que é isso.

Eu podia ouvir o medo em sua voz e acreditei nela. Eu soltei o


cabelo dela e ela rapidamente se afastou de mim. Enfiei a faca de
volta na minha bainha.

— Obrigado, Camille. — eu disse.

— Você é um monstro. — ela cuspiu. — Você é um monstro


doente. Você não ama minha filha.

— Não, Camille. — eu disse, — Você que não ama ela.

Eu me afastei dela e subi as escadas. Abri a porta do quarto de


Natalie e ela olhou para cima.

— Você a machucou? — ela perguntou.

— Não. — eu disse. — Apenas a assustei.

— E?

— Ela falou.
Natalie pareceu aliviada. — Bom. Estou feliz.

— Eu tenho que ir.

Ela se levantou e foi até mim, jogando os braços em volta do


meu corpo e me abraçando com força.

Eu percebi o que havia dito lá embaixo, percebi o que vinha


crescendo lentamente desde que Natalie entrou na minha vida.
Desde que eu me casei com ela.

— Eu te amo. — eu disse a ela. — Você sabe disso?

— Sim. — ela disse, — Eu sei.

E eu a beijei com força, chutando a porta do quarto dela.


Capítulo Trinta e três
NATALIE

Eu ouvi a porta se fechar de fundo enquanto ele me beijou


fortemente, pressionando-se contra o meu corpo. Ele tirou minha
blusa, tirou minha calça de moletom e me empurrou para a cama.
Ele me ama. Ele disse que me amava, e eu não disse isso de volta.

Mas eu não precisava, não com os lábios na minha pele,


beijando meu pescoço, seus dedos deslizando pela minha calcinha.
Ele podia sentir como me sentia sobre ele. Podia sentir a maneira
como meu corpo respondia à ele. Eu estava encharcada quando
começou a esfregar meu clitóris lentamente, enviando espirais de
prazer através do meu corpo.

Ele não disse uma palavra quando eu tirei a camisa dele. Ele
rapidamente retomou a minha boceta e me beijou com um frenesi
que ainda não tinha visto.

Meu corpo inteiro foi inundado com intenso desejo. Eu


precisava de uma liberação, mas mais do que isso, precisava dele.
Eu o empurrei para trás, rolando por cima e em cima dele, e
comecei a tirar as calças.

— Calma aí. — ele disse, sorrindo. — Pegue o preservativo da


minha carteira antes de jogá-los de lado.
Fiz o que ele pediu, pegando o preservativo e jogando as
calças para o lado.

Ele tirou a camisinha de mim e eu comecei a trabalhar


lentamente seu eixo através da cueca boxer.

— Você vê o que você faz comigo? — ele sussurrou,


gentilmente puxando meu cabelo. — Você me deixa tão duro que
mal consigo respirar.

Tirei a cueca e joguei-a junto com a camisa e a calça. Peguei


seu pau duro e grosso na minha mão e comecei a acaricia-lo
lentamente enquanto olhava nos olhos dele.

Seus lindos olhos. Ele estava cheio de desejo por mim,


olhando para o meu corpo, meus seios e lábios.

— Eu poderia assistir você fazer isso para sempre. — ele


disse. — Você tem lábios tão perfeitos.

Eu sorri e me movi lentamente em direção ao seu pau. Ele


grunhiu quando eu deslizei sua ponta entre meus lábios e comecei
a chupá-lo.

— Foda-se. — ele resmungou. — Deus, você é boa nisso.


Chupe esse pau como se você não pudesse se parar.

A verdade era que eu não conseguia me conter. Comecei a


chupá-lo, deslizando seu pau dentro e fora da minha boca, ficando
agradável e molhado e duro. Eu queria deslizar minha boceta
encharcada ao longo de seu eixo, mas eu queria prepara-lo
primeiro.

Eu fiz dessa maneira, sugando-o, empurrando-o, o tempo


todo olhando para seu lindo rosto. Ele estava me olhando
intensamente, deixando-me fazer todo o trabalho. Continuei
chupando seu pau.

Finalmente, ele se abaixou e me puxou para cima. Eu montei


nele, e ele rasgou a camisinha. Eu assisti impaciente quando ele
lentamente rolou para baixo sobre seu pau duro.

Mordendo meu lábio, me mudei para frente. Dessa vez ele não
me fez implorar. Eu mal podia esperar, mesmo que ele esperasse.
Eu simplesmente me pressionei e senti seu pau empurrar
profundamente dentro de mim.

Soltei um suspiro e joguei minhas pernas em torno dele. Ele


agarrou meus quadris e me pressionou com mais força, me
enchendo até a borda.

— Era isso que eu queria. — ele sussurrou, — Ter essa boceta


apertada em volta do meu pau.

— Lucas. — eu sussurrei. — Oh meu Deus, Lucas. — Ele


começou a mover meus quadris, deslizando-me para cima e para
baixo. Eu caí em seu ritmo, trabalhando meus quadris, usando
minhas pernas para montá-lo.

Ele ficou sentado, nossos corpos pressionados juntos. Eu


montei seu pau grosso, deslizando meu corpo para cima e para
baixo, sentindo seu peito, seus músculos, seus cabelos. Ele deu um
tapa na minha bunda e empurrou com força em mim. Eu soltei
gemidos baixos quando ele começou a me foder assim.

— Eu quero que você diga meu nome enquanto gozar. — ele


sussurrou. — Eu quero que você diga isso alto.

Coloquei meus braços em volta dele e olhei em seus olhos


enquanto balançava para cima e para baixo. Seus quadris
empurraram, suas mãos me guiando, eu batia duro ao encontro de
nossos corpos.

Era exatamente o que eu precisava. Toda a minha frustração


reprimida, raiva e suas palavras continuaram ecoando nos meus
ouvidos. Ele me amou. Ele me amava, queria tanto o pau dele que
mal conseguia suportar.

O prazer passou pelo meu corpo enquanto continuávamos


assim. Nossos rostos estavam a centímetros de distância, pude
sentir sua respiração contra meus lábios. Seu pau me encheu
quando o montava, balançando para cima e para baixo, moendo
nossos corpos juntos, empurrando com mais força, mais fundo.

— Lucas. — eu sussurrei. — Oh merda, Lucas. Estou tão


perto.

Ele pressionou com mais força, empurrando meus quadris


para baixo. Seus olhos nunca deixaram os meus, podia dizer o que
ele queria. Ele queria que eu gozasse em seu pau, e eu sabia que
estava a segundos de disso.

— Oh meu Deus. — eu sussurrei. — Eu te amo. Eu realmente


amo você.

— Goze para mim, Natalie. — ele disse. — Goze na porra do


meu pau.

O orgasmo rolou através de mim mais rápido do que eu


poderia ter imaginado. Isso explodiu na minha mente, explodindo
tudo, limpando tudo. Naquele momento, não havia nada além do
Lucas, nossos corpos se movendo juntos, movendo-se em fortes
impulsos. Ele me fodeu bruscamente enquanto eu o montava, meu
corpo inteiro ficou tenso, o orgasmo me dominando.

— Lucas. — eu disse, repetidamente.

Aconteceu tão facilmente, tão rápido e perfeitamente. Eu


sabia que não conseguiria segurar, mesmo que tentasse. Eu estava
à beira da frustração a noite toda, agora estava finalmente
explodindo.

O orgasmo terminou lentamente. Enquanto isso, ele me pegou


e me rolou de costas, ficando por cima. Abri minhas pernas
enquanto ele beijava meu corpo, meu pescoço, meus seios e
continuou a moer-se profundamente dentro da minha boceta.

— Oh sim. — eu disse. — Oh merda, Lucas. Você vai gozar?

— Vou gozar nessa boceta até você não aguentar mais.

Ele começou a me foder de novo, com força. Eu empurrei


minhas mãos contra a cabeceira da cama, empurrando-me contra
ele enquanto ele me fodia. Torci meus quadris, vendo-o olhar para
os meus seios, minha boceta.

Ele se ajoelhou na minha frente, me fodendo com força,


minhas pernas abertas. Seu pênis batendo em mim e o suor
escorrendo por seu corpo. Eu poderia dizer que ele queria a
mesma coisa que eu queria. Ele precisava gozar para mim, estar
dentro de mim, dentro da minha boceta. E eu queria tomar cada
grama que ele tinha.

Eu continuei movendo meus quadris. — Vamos, Lucas, encha


minha boceta. — eu disse. — Encha minha boceta apertada.

— Sua garota suja. — ele disse. — Sua garota suja. Eu vou me


enterrar profundamente nessa boceta.

— Goze para mim, Lucas.

Pressionei meus braços em ambos os lados do meu peito,


pressionando meus seios juntos. Eu podia ver a fome em seus
olhos, limpando todos os outros pensamentos enquanto ele me
fodia bruto e violentamente, devastando meu corpo.

E finalmente ele inclinou para frente, seus músculos


enrijecendo. Seus impulsos ficaram profundos, insistentes, quando
ele gozou dentro de mim.

— Oh merda, Natalie. — ele disse, grunhindo através de seu


orgasmo.

Eu movi meus quadris, ajudando-o a gozar.

Finalmente, seus impulsos diminuíram e depois pararam.

Ficamos deitados juntos, envolvidos um no outro, cobertos de


suor e respirando profundamente. Eu o beijei suavemente. — Eu
realmente amo você. — eu disse.

— Eu sei.

Eu o beijei novamente e nós apenas ficamos lá, sentindo o


corpo um do outro. Eu sabia que ele tinha que sair logo, mas queria
senti-lo amolecer dentro de mim. Eu queria senti-lo por um pouco
mais de tempo.

Porque eu não sabia o que o futuro reservava. Tudo era tão


perigoso, ainda havia muitos segredos.

Mas naquele momento, seu pênis ainda estava dentro de mim,


satisfeito, eu sabia a verdade. Eu sabia que o seguiria em qualquer
lugar.

Eu sabia que ele me levaria a qualquer lugar.


Capítulo Trinta e quatro
LUCAS

Eu olhei para Vince sentado no banco ao meu lado. — Porra,


ele deveria estar aqui em algum lugar. — eu disse a ele.

Vince assentiu. — Supondo que a cadela não mentiu.

— Ela não fez.

Estávamos sentados estacionados na rua na área que Camille


havia dito que Franklin estava se escondendo. Eu tinha dois outros
esquadrões em cada extremidade da rua, vigiando o bastardo, caso
ele não estivesse em seu pequeno buraco de rato.

Uma hora atrás, minha mente estava completamente em


Natalie. Tínhamos acabado de ficar na cama juntos, conversando
baixinho enquanto nosso suor secava lentamente em nossos
corpos. Eventualmente, porém, o mundo real desabou e eu tive que
me levantar da cama. Eu não queria deixá-la, odiava que ela não
tivesse certeza do que estava acontecendo, mas eu tinha uma
merda de rato para possivelmente matar, e não podia esperar
mais.

Então, peguei Vince, informei a ele e aos meninos e comecei


nossa pequena aposta.
Mas não estava nos movendo rápido o suficiente. O sol havia
se posto há pouco tempo e ainda não vimos nenhum sinal de
Franklin. Eu estava começando a pensar que precisávamos
esvaziá-lo.

— Eu tive uma ideia. — eu disse a Vince.

Ele apenas olhou para mim, divertido. Peguei meu telefone e


disquei o número que Camille havia me dado para Franklin.

O imbecil teve a ousadia de responder no segundo toque.

— Olá?

— Franklin, não desligue. — eu disse rapidamente.

Silêncio do outro lado.

— Você sabe quem é. Ouça-me, Franklin. Nós temos você.

— Do que você está falando?

— Rua Sawyer, em Little Village.

Outro longo silêncio. Eu o deixei assar neste.

— Como você sabia disso? — ele perguntou.

— Rastreamos seu telefone. Bem, eu fiz. Ainda não contei ao


meu pai.

— O que você quer?


— Fique onde está. Fique aí e fale comigo. Estou chegando em
quinze minutos.

Eu vi Vince sorrindo para mim.

— E se eu ficar?

— Eu protegerei você. Vou derrubar meu pai hoje à noite,


Franklin. E se você puder falar com os outros chefes, mostrar a eles
que meu velho é um corno patético, bem, talvez eles me sigam.

Outra breve pausa. — Eu preciso de garantias.

— O fato de você ainda estar vivo não é o suficiente?

— Tudo bem. — ele disse, um pouco rápido demais. —


Estarei aqui. Edifício 1734, apartamento 3C.

— Até breve, Franklin.

Desliguei o telefone e olhei para Vince.

— Vamos entrar agora?

— Não. — eu disse. — Ele me deu um endereço falso. — Eu


balancei minha cabeça. Não havia 1734 no quarteirão. — Mas acho
que assustamos.

Cinco minutos depois, o telefone de Vince tocou. — Sim? —


ele disse. — O agarre. — Ele desligou e olhou para mim. — Seu
sortudo bastardo.
— Ele correu para isso?

— Ele correu para isso.

Eu ri. — Bastardo idiota. Quem o pegou?

— Joey e Carlos.

— Vamos lá.

Liguei o motor e fui ate eles. Desci o quarteirão e vi Joey e


Carlos em pé com outro homem ao lado do carro deles. Paramos
atrás.

Com certeza, era Franklin. Ele não parecia nada mal, o que foi
bom. Saí do meu carro e caminhei até ele.

— Lucas. — ele disse. — Cara, me desculpe.

— Idiota. — Dei um soco no estômago dele, com força. —


Você deveria ter ficado no seu pequeno buraco.

Ele tossiu e lutou por respirar. — Eu posso ajudá-lo. — ele


disse finalmente.

— Sim você pode. — Eu balancei a cabeça para Carlos e Joey,


e os meninos o jogaram na parte de trás do carro. — Você vai dar
um passeio por um tempo e quando voltar, vai me dizer onde
diabos escondeu a remessa.

Ele olhou para mim, mas eu já estava indo embora. Joey e


Carlos saíram para a estrada, voltando para a casa segura.

O pobre Franklin não tinha ideia do que estava por vir.

Vince ficou ao meu lado. — Um problema a menos.

— Sim. — eu disse, — Mas a merda não fica mais fácil a partir


daqui.

— Uma coisa de cada vez.

— Certo.

Voltamos ao meu carro e fomos embora.

Vince e eu jantamos antes de irmos. Tivemos que dar um


tempo para dar a Joey e Carlos a oportunidade de trabalhar com
Franklin.

Quando chegamos lá, Carlos estava sentado na cozinha


bebendo uma taça de vinho.

— E aí? — Eu disse para ele.

— Joey está lá embaixo. — ele respondeu.

— Nosso convidado?

— Pronto para cantar como um pássaro fodido. — Carlos


sorriu maliciosamente.

Eu olhei para Vince, que revirou os olhos. Descemos para o


porão, descemos os degraus familiares e vimos Franklin
acorrentado a uma cadeira. Joey estava de pé ao lado, aparando as
unhas.

— Chefe. — disse Joey. Franklin olhou para cima.

— Não precisa levantar. — eu disse ao Franklin. — Você


parece uma merda.

Ele cuspiu sangue no chão. Joey e Carlos o haviam trabalhado


muito bem na verdade, eles haviam derrotado a merda eterna dele.
Fiquei surpreso que Franklin ainda estivesse consciente.

Puxei uma cadeira e sentei de frente para ele. — Pronto para


conversar? — Eu perguntei a ele.

— De que importa? — ele disse devagar. — Você vai me


matar depois.

— Talvez. — eu disse. — Mas nós o mataremos muito mais


devagar se você não nos ajudar.

— Não tenho nada a dizer.

Olhei para Joey e ele apenas deu de ombros. Coloquei a mão


na minha jaqueta e peguei o caderno. — Você reconhece isso?

Eu percebi pela reação inicial dele que ele conhecia. — Nunca


vi isso antes. — ele disse.
— Mentiroso. — Puxei minha faca — Mente de novo, e eu te
cortarei.

— Não é meu.

Suspirei e passei a lâmina ao longo de sua coxa. Ele gritou.

— Você não está fazendo nenhum favor a si mesmo, Franklin.

— Ok, porra, ok. — ele disse. — Ok, é meu.

— Aqui vamos nós. Bom. — Eu virei para uma página. — O


que isso diz?

— É uma lista de nomes. Caras russos.

— Por que eles estão listados aqui, Franklin?

— Eu estava assistindo-os.

— Isso parece estranho, considerando que você é apenas um


motorista.

— Eu não estava assistindo-os para vocês, seu merda.

Eu fiz uma careta e cortei sua coxa. Ele gritou de dor.

— Isso foi apenas por ser chato. — eu disse.

— Foda-se, Lucas.

— Eu sei que era você. Eu sei que você roubou o azeite. Eu sei
que você está trabalhando com alguns russos. O que eu não sei é
onde está escondido.

— Por que eu diria a você?

— Porque talvez você possa salvar sua vida sem valor.

Isso lhe deu uma pausa. — Você quer que eu entregue minha
equipe e me deixa viver?

— Franklin, escute. Eu já tenho sua equipe. — Acenei o


caderno na frente dele. — Eu só preciso da localização do óleo.
Então eu vou deixar você viver.

Foi quando eu vi. Mal estava lá, quase invisível em seus olhos
ensanguentados e inchados.

Mas estava lá.

Foi esperança.

— Vamos lá, Franklin — eu disse. — Salve a porra de todos os


problemas e me diga onde está a merda.

— Dê-me sua palavra.

Levantei-me, afastando minha cadeira. — Você tem isso.

— Eu vou falar. — ele disse.

Eu sorri para ele. — Boa escolha. Diga a Joey o que você sabe.
Tenho alguns telefonemas a fazer.

Eu me virei e subi os degraus, seguido por Vince.

— Fácil. — disse Vince. — Mas agora como você vai jogar?

— Ligue para Arturo. Marque uma reunião para hoje à noite.

Vince levantou uma sobrancelha. — A sério?

— Faça.

Ele foi embora e eu me sentei com Carlos, servindo-me um


pouco de vinho. Ele sorriu para mim e eu sorri de volta.

A noite estava quase acabando.

Paramos no canteiro de obras vazio com nossos carros.


Chegamos cedo, era assim que eu gostava. Eu balancei a cabeça
para Joey e Carlos, que saíram com rifles de alta potência para nos
cobrir à distância e para garantir que não houvesse uma
emboscada.

Enfiei Franklin de joelhos. Ele estava com fita na boca e


amarrado, então não estava dizendo muito. Vince olhou em volta.

— Agourento. — ele disse. — Eu odeio esses lugares.

— Eles são bons durante o dia.

— Barulhento durante o dia.


Eu ri e esperamos. Esperamos mais dez minutos, até que
finalmente vimos luzes subindo a estrada.

— Pronto? — Eu disse a Franklin, chutando-o.

Ele resmungou em resposta.

— Você tem certeza disso? — Vince me disse.

— De modo algum.

Os carros pararam e os caras saíram. Eles estavam todos em


equipamento de batalha, segurando rifles e vestindo coletes
Kevlar. Finalmente, meu pai saiu do carro central e caminhou em
nossa direção.

Estávamos em menor número.

— Isso é uma surpresa. — Arturo chamou.

— Eu trouxe algo para você. — eu disse, chutando Franklin


novamente.

— Esse é o traidor, porra?

— É ele.

Arturo franziu a testa. — Que porra eu quero com isso?

— Nós sabemos onde está o Azeite.

Ele pareceu surpreso. — Você sabe?


— E nós sabemos quem são os traidores.

Arturo olhou para mim e depois gesticulou. Vince e eu


caminhamos para frente, Franklin a reboque. Paramos na frente
dele. Alfonse e Ernesto estavam de pé ao seu lado, e nenhum dos
outros homens ouvia o que estávamos dizendo.

— Tudo bem, filho. — disse Arturo. — Fale.

— Franklin aqui está trabalhando com alguns caras da nossa


organização, juntamente com alguns russos, para roubar as
entregas.

Arturo levantou uma sobrancelha. — Ambicioso.

— Estavam fazendo isso já há um tempo. — eu disse. — Até


que eles ficaram um pouco convencidos.

— Como você descobriu isso?

Eu levantei o caderno. — Natalie encontrou isso no carro de


Franklin. Ela traduziu, basicamente resolveu a coisa toda.

— Mostre-me.

Joguei o caderno para ele e ele folheou. Ele passou para


Alfonse, que apenas franziu a testa antes de passá-lo para Ernest.

— Esta em russo porra. — disse Ernest.

Arturo o silenciou com um dedo. — Você pode nos levar para


a remessa?

— Eu posso. — eu disse.

— Então, qual é o problema?

— É isso: eu vou te dar tudo se você perdoar as meninas.

Arturo riu. — Eu não me importo com elas. Elas estão


perdoadas.

Eu assenti. — E você abençoará meu casamento com Natalie.

Isso surpreendeu a todos.

— Que porra você está fazendo, chefe? — Vince sussurrou.

— Casamento? — Arturo perguntou.

— Antes que eu soubesse quem ela era, nos casamos em Las


Vegas. E pretendo continuar casado.

Arturo balançou a cabeça. — Eu não terei uma cadela traidora


na minha equipe.

Puxei minha pistola mais rápido do que qualquer um poderia


reagir. Quando Ernest e Alfonse estavam apontando para mim, eu
já havia pressionado minha arma no crânio de Franklin.

Eu apertei o gatilho.

O rosto de Franklin floresceu vermelho. Ele caiu no chão,


morto.

— Não atirem! — Arturo gritou.

Houve um momento tenso, e então Arturo começou a rir.

Eu sorri para ele.

— Este é o traidor. — eu disse, — Morto aos seus pés. Natalie


é inocente e é minha.

— Muito bem. — disse Arturo. — Você pode tê-la.

— Mais uma coisa. — eu disse a ele. — Você não vai gostar,


mas, por favor, insisto que você espere até que eu explique.

Ele franziu a testa. — Muito bem.

Eu levantei minha mão e abaixei-a rapidamente.

Tiros ecoaram durante a noite.

Quatro homens de pé ao lado dos carros caíram mortos com


balas no crânio.

— Aguarde! — Arturo gritou. Ernest e Alfonse estavam


prestes a surtar.

— Antes de todos começarem a atirar... — gritei, — Esses


homens eram traidores. Eu tenho a prova.

— Ele está dizendo a verdade. — Arturo gritou.


Os homens pararam, mas ninguém abriu fogo. Eu poderia
dizer que estávamos à beira da guerra. Arturo virou-se para mim.

— Matando mais alguém hoje à noite?

— Só isso por hoje.

— Você nunca vai me desobedecer assim novamente. Você


me entendeu? — Arturo disse.

— Sim, Pai.

— Ernest, Alfonse, vá ver seus homens.

Eles simplesmente se viraram e foram embora. Eu podia ver o


medo nos olhos deles.

— Talvez eu tenha te entendido mal, filho. — Arturo me disse.


— Ou talvez eu estivesse certo. Uma esposa realmente fez de você
um homem.

— Vince vai mostrar onde está o azeite roubado. — eu disse a


ele.

Eu sorri, virei e fui embora. Ouvi os passos de Arturo


retrocederem em direção aos carros, Vince a reboque.

Entrei no meu carro, meu coração disparado.

Mas acabou. Arturo manteria sua palavra, embora eu tivesse


quebrado a minha. Franklin era um traidor, a palavra de um
homem não significava nada quando era um traidor.

Liguei o carro e comecei a dirigir de volta para Camille e


Natalie.

Elas estavam seguras agora. Camille teria que deixar a cidade,


mas Natalie ia ficar comigo.

Porque ela era minha. Nosso segredo estava revelado, e


embora eu tivesse certeza de que Arturo estava infeliz com isso,
pelo menos ela não seria minha meia-irmã por muito mais tempo.

Ela seria minha esposa.


Capítulo Trinta e
cinco
NATALIE

Dois meses depois

Eu me movi pelo corredor com confiança, acenando para os


membros da equipe e outros caras da máfia.

Era tão estranho conhecer meu caminho pelo complexo. Eu


me lembrava dos meus primeiros dias aqui, mal sabendo de nada,
vagando como uma idiota. Agora, porém, as coisas eram diferentes.

Muito diferente.

Bati na porta e esperei.

— Louisa? — Eu gritei. — Abra.

Sem resposta.

— Estou entrando. — disse.

Empurrei a porta e entrei. Estava imundo, como sempre, já


que Rosita estava se recusando a limpar seus quartos novamente.
Vi Lou sentada em frente ao computador dela com enormes fones
de ouvido. Ela estava envolvida em seu jogo, então simplesmente
entrei, sentei-me atrás dela e observei.

Eu ainda conseguia me lembrar vividamente da noite em que


Lucas chegou e me pediu para ser sua esposa.

É verdade que já estávamos casados, mas desta vez ele estava


fazendo certo. Eu tinha aberto a porta da casa segura, aterrorizada
por estarmos prestes a ser mortos ou pior. Lucas entrou e ordenou
que Camille saísse da sala de estar, com a qual ela cumpriu após
uma reclamação mínima.

Finalmente, nos sentamos no sofá.

— Vocês estão seguras. — disse Lucas. — Encontrei Franklin


e troquei suas informações por sua segurança.

Eu joguei meus braços em volta dele, abraçando-o. Ele


gentilmente me empurrou para trás.

— Há mais uma coisa.

Ele caiu de joelhos e puxou a caixa. Dentro havia um anel, um


anel ridiculamente enorme de diamante.

— O que você está fazendo? — Eu perguntei a ele.

— Eu disse ao meu pai sobre nós. Eu disse a ele que você é


minha.
Eu não tinha ideia do que dizer. Minha cabeça estava girando.
Era louco, tão louco, tão rápido e tão intenso.

— Natalie, seja minha esposa. Seja minha noiva de verdade.

— Sim.

Ele deslizou o anel sobre o meu dedo e me beijou com força.

Eu não conseguia imaginar me sentir tão feliz de novo.


Lágrimas caíram pelas minhas bochechas quando ele me beijou, e
toda vez que pensava nisso, me engasgava um pouco.

Não precisávamos ter uma cerimônia, mas tivemos uma


curta. Todos os mafiosos estavam. Eles me deram presentes em
dinheiro, exatamente como naquele filme. Dançamos, bebemos
demais, e Lucas me fodeu até eu não poder mais andar.

— Você está aqui. — disse Lou, arrancando-me da minha


memória.

— Ei. — eu disse.

— Há quanto tempo você está me encarando?

— Desculpa. Eu realmente não estava prestando atenção.

Ela se virou e cruzou as pernas. — Eu pretendo perguntar.


Como é ser rainha da Máfia?

Eu ri. — Dificilmente rainha.


— É a verdade. Todos os homens te adoram.

Eu Corei. — Para, Lou. Você sabe que ainda é a mulher mais


importante nesta casa.

— Se é o que você diz. — ela murmurou.

— Escute. — eu disse. — Venha jantar hoje à noite.

— A mesma resposta que todos os dias. Não, obrigada. — Ela


voltou-se para o computador.

— Tudo bem. — eu disse. — Acho que voltarei amanhã.

— Até mais, irmã.

Eu dei um tapinha nas costas dela quando ela voltou ao seu


jogo. Levantei-me e saí do quarto dela, sorrindo para mim mesma.
Todos os dias eu fui ao quarto de Lou e a convidei para jantar. Às
vezes conversávamos, às vezes não. Ela era muito difícil de prever,
mas eu estava rapidamente pensando nela como minha amiga.

Além de Lucas, é claro.

Andei pelo corredor e voltei para o nosso quarto. Quando


voltei, Lucas reivindicou uma parte maior da casa para morarmos.
Era tão bobo, já que qualquer um dos nossos quartos originais
eram grandes o suficiente, mas ele insistiu.

Abri a porta do nosso quarto. Era essencialmente toda a ala


oriental.

A sala de estar se estendia na minha frente, muito grande e


muito ricamente mobiliada.

As coisas haviam mudado tão rápido até o casamento. Depois


disso, foi como se nada tivesse acontecido. Lucas e eu morávamos
no complexo, ele continuou seu trabalho, e eu terminei meu
trabalho escolar fazendo aulas on-line.

Pacey não estava feliz com isso, é claro. Mas como eu poderia
explicar a ela que nunca quis sair do complexo? Era estranho,
passei de odiá-lo a absolutamente amá-lo.

Tudo por causa dele.

Lucas entrou na sala. Ele tinha acabado de tomar banho, e


todo o seu corpo estava úmido.

— Esposa. — ele disse.

— Marido. — Levantei-me e fui até ele. Coloquei meus braços


em volta dele e o beijei profundamente.

Eu não poderia ir a lugar algum. Na verdade, eu não tinha


para onde ir. Eu não queria estar em qualquer lugar perto de
Camille, em qualquer outro lugar não seria tão bom como estar
com Lucas.

Claro, eu ainda não amava o trabalho dele, mas estava


começando a me acostumar, talvez até gostasse. Ele me manteve
longe do pior, e eu fiquei agradecida por isso.

E as noites com ele foram incríveis. Era como se ele nunca


tivesse conseguido o suficiente de mim e eu definitivamente nunca
conseguia o suficiente dele.

— Como estava minha irmã? — ele perguntou.

— Teimosa como sempre.

— Ela nunca vai quebrar, você sabe.

— Veremos.

Ele sorriu. — Barones não quebram.

— Nem você? — Abaixei-me e agarrei seu pênis, surpresa que


já estava meio duro. — Eu acho que poderia quebrar você.

Ele rosnou. — Por favor, garota. Vou te quebrar como um


galho. — Ele agarrou meus quadris e me virou.

— Eu duvido. — eu disse, mas minhas calças já estavam ao


redor dos meus tornozelos, e seu rosto estava entre as minhas
pernas, sua língua grossa se curvando em direção à minha boceta
encharcada, me comendo, me lambendo.

Foi assim que minha vida se tornou.

Lucas a noite toda, o complexo o dia todo. Eu não queria nada,


tinha uma equipe à minha disposição. Não vi muito do pai dele,
mas preferi assim. Os outros mafiosos haviam me aceitado e eram
todos muito legais comigo.

E Lucas era o mais legal de todos. Enquanto minhas costas se


arqueavam ele me amava de novo e de novo, fiquei pensando em
como estava agradecida por ter casado com meu meio-irmão.

Meu meio-irmão brutal, violento e arrogante. Sua língua


incrível entre as minhas pernas, seu corpo contra o meu.

Eu o amava e eu era dele. Eu sempre fui, desde o primeiro


momento em diante.

Levei apenas um tempo para descobrir.

Eu não estava indo a lugar algum. Era Lucas e eu para sempre.


Eu era a esposa dele e ele era meu marido.

Nada jamais mudaria isso.

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