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TID I
TCC FINALIZADO
SALVADOR-BA
2020
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIENCIAS - UNIFTC
TID I
TCC FINALIZADO
SALVADOR-BA
2020
ÁLISSON DE OLIVEIRA DA GUIA
TID I
TCC FINALIZADO
SALVADOR-BA
2020
SUMÁRIO
1 IDENTIDADE RACIAL ............................................................................
2 RESUMO ..........................................................................................
3 INTROUÇÃO ..........................................................................................
4 OBJETIVOS ....................................................................................
5 JUSTIFICATIVA ....................................................................
6 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................
7 METODOLOGIA..........................................................................................
8 RECURSOS ....................................................................................
9 CRONOGRAMA...................................................................
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................
REFERÊNCIAS ........................................................................................
ANEXOS ..................................................................................................
APÊNDICE ...............................................................................................
Fichamento dos Livros
Fichamentos:
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo – diário de uma favelada. São Paulo:
Francisco Alves, 1960, 8. ed. São Paulo: Ática, 1999.
“A história da favela que eu buscava estava escrita em uns vinte cadernos encardidos
que Carolina guardava em seu barraco. Li, e logo vi: repórter nenhum, escritor
nenhum poderia escrever melhor aquela história – a visão de dentro da favela.” (pág.
3)
“Eu estava indisposta, resolvi benzer-me. Abri a boca duas vezes, certifiquei-me que
estava com mau olhado.” (pág. 8)
“Mas, o pobre não repousa. Não tem privilégio de gosar descanço”. (pág. 10)
“A noite enquanto elas pede socorro eu tranquilamente no meu barracão ouço valsas
vienenses. Enquanto os esposos quebra as tabuas do barracão eu e meus filhos
dormimos socegados. Não invejo as mulheres casadas da favela que levam vida de
escravas indianas. Não casei e não estou descontente.” (pág. 12)
“O meu sonho era andar bem limpinha, usar roupas de alto preços, residir numa casa
confortável, mas não é possível. Eu não estou descontente com a profissão que
exerço. Já habituei-me andar suja. Já faz oito anos que cato papel. O desgosto que
tenho é residir em favela”. (pág. 19)
“O meu sonho era andar bem limpinha, usar roupas de alto preço, residir numa casa
confortável, mas não é possível. Eu não estou descontente com a profissão que
exerço. Já habituei-me a andar suja. Já faz oito anos que cato papel. O desgosto que
tenho é residir na favela”. (pág. 22)
“Quando cheguei em casa era 22,30. Liguei o radio. Tomei banho. Esquentei comida.
Li um pouco. Não sei dormir sem ler. Gosto de manusear um livro. O livro é a melhor
invenção do homem.”. (pág. 22)
“O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome”, pois “a fome
também é professora” (pág. 26)
“{…} O que eu aviso aos pretendentes a politica, é que o povo não tolera a fome. É
preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.” (pág. 26)
“Os politicos só aparecem nas epocas eleitoraes” (JESUS, 1999, p. 28) e não se
importam com a situação de miséria dos “favelados” (pág. 28)
“O Brasil precisa ser dirigido por alguém que já passou fome. A fome também é
professora”. (pág. 29)
“Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus
lustres de cristais, seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E quando estou na
favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto
de despejo” (pág. 33)
“Oh! São Paulo rainha que ostenta vaidosa a tua coroa de ouro que são os arranha-
céus. Que veste viludo e seda e calça meias de algodão que é a favela” (pág. 37)
“A democracia está perdendo seus adeptos. No nosso país tudo está enfraquecendo.
O dinheiro é fraco. A democracia é fraca e os políticos fraquíssimos. E tudo o que é
fraco, um dia morre”. (pág. 39)
“Eu que antes de comer via o céu, as arvores, as aves tudo amarelo, depois que comi,
tudo normalizou-se aos meus olhos” (pág. 40)
“Tinha arroz, feijão e repolho e linguiça. Quando eu faço quatro pratos penso que sou
alguém. Quando vejo meus filhos comendo arroz e feijão, o alimento que não está ao
alcance do favelado, fica sorrindo atoa. Como se eu estivesse assistindo um
espetáculo deslumbrante.” (pág. 44)
“Eu que antes de comer via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que
comi, tudo normalizou-se aos meus olhos.” (pág. 46)
“Enquanto escrevo vou pensando que resido num castelo cor de ouro que reluz na
luz do sol. Que as janelas são de prata e as luzes de brilhantes. Que a minha vista
circula no jardim e eu contemplo as flores de todas as qualidades. É preciso criar este
ambiente de fantasia para esquecer que estou na favela” (pág. 52)
“O custo de vida faz o operário perder a simpatia pela democracia.” (pág. 112)
“Hoje fiz arroz e feijão e fritei ovos. Que alegria! Ao escrever isso vão pensar que o
no Brasil não há o que comer. Nós temos. Só que os preços nos impossibilita de
adquirir.” (pág. 133)
“A vida é igual um livro. Só depois de ter lido é saber o que encerra. E nós quando
estamos no fim da vida é que sabemos como a vida decorreu. A minha, até aqui, tem
sido preta. Preta é a minha pele. Preto é o lugar onde moro”. (pág. 167)
“Quando eu não tinha nada o que comer, em vez de xingar, eu escrevia. Tem pessoas
que, quando estão nervosas, xingam ou pensam na morte como solução. Eu escrevia
o meu diário” (pág. 170)
Fichamento do livro “Na minha pele – Lázaro Ramos”
Fazer um livro sobre o ponto de vista de uma exceção não ajuda em nada a questão
da exclusão dos negros no Brasil. Meu Deus, como fazer um relato quase
autobiográfico sem tornar o texto uma apologia a mim mesmo e meus pares um
pouco mais bem sucedidos. (RAMOS, 2017, p.11). pág. 11
“fluxo de informações, sentimentos e reflexões” (RAMOS, 2017, p.13) pág. 13
O primeiro capítulo, “A ilha”, rememora o lugar de infância do escritor, Ilha do Paty,
distrito de São Francisco do Conde, a 72 quilômetros de Salvador. Neste lugar estão
guardadas as reminiscências do primeiro afeto, da convivência com os mais velhos,
da recordação da família materna e paterna, da liberdade da meninice, e também da
lembrança de um país desigual, “a ilha abriga, basicamente quatro famílias – os
Queiroz, os Amorim, os Ramos e os Sacramentos” (RAMOS, 2017, p. 17). pág. 17
“Algo penetrou em sua pele sem que este notasse” (RAMOS, 2017, p. 25) pág. 25
“Há uma zona de não ser, uma região extraordinariamente estéril e árida, uma
rampa essencialmente despojada, onde um autêntico ressurgimento pode
acontecer. A maioria dos negros não desfruta do benefício de realizar esta descida
aos verdadeiros Infernos.” (FANON, 2008, p. 26). pág. 26
“ela apontou sua vocação antes mesmo que este o fizesse” (RAMOS, 2017, p. 37)
pág. 37
“a essência da companhia é misturar humor e crítica social e contundência para
falar do ponto de vista do negro no mundo” (RAMOS, 2017, p.46). pág. 46
[...] que existiam questões que não precisavam ser ditas, tinham de ser pensadas.
Nestas discussões e negociações, de vez em quando a preguiça impera. É mais
fácil escolher um argumento – como defender que no Brasil o racismo é mais
brando – e insistir nele, dizendo que tudo é mimimi ou mania de perseguição. Sem
assumir a complexidade, nada muda de lugar. (RAMOS, 2017, p.58). pág. 58
Os desafios de ascender socialmente e se inserir em outra realidade sendo uma
exceção. Os olhares de soslaio. Os subtextos que se percebem nas entrelinhas. Os
medos e as sutilezas do preconceito. A solidão. Será que consigo vencê-los? E será
que consigo vencê-los suprindo também o desejo de exercer minha profissão com
liberdade e criatividade? (RAMOS, 2017, p.60). pág. 60
Se não existirem referências da cultura negra, ou se todas elas forem negativas ou
por demais insignificantes, isso não impactará diretamente em nossa capacidade de
sonhar, de nos sentirmos possíveis, de nos identificarmos com alguém? (RAMOS,
2017, p. 78). Pág. 78
“a ideia da raça negra como sinônimo de degeneração” (RAMOS, 2017, p. 81) pág.
81
“o exercício de estar atento para representações danosas é importante e precisa
ser feito” (RAMOS, 2017, p. 83) pág. 83
“Nos anos que se seguiram, realizei uma verdadeira viagem no processo de
escrita.Todos os meus convidados do Espelho, sem exceção, me ajudaram com
informações, histórias, e me deram a real dimensão da minha ignorância e falta de
vivência sobre vários assuntos. Me identifiquei (sem me comparar, é claro) com
passagens da biografia de Luiz Gama, o advogado também negro e baiano, e
perturbei todo mundo dizendo para lerem o romance Um defeito de cor, da Ana Maria
Gonçalves.” (pg.08)
“Quando alguém está no “porto” e quer chegar até o Paty, sóprecisa gritar:
“Tomaquê!”.Talvez você, minha companhia de viagem, não saiba o que quer dizer
“tomaquê”.É uma redução, como “oxente”, que quer dizer “O que é isso, minha gente”.
Ou “Ópaí, ó”, que é “Olhe pra isso, olhe”. Ou seja, é simplesmente “Me tome aqui, do
outro lado da margem”. É muito mais gostoso gritar “Tomaquê!”. (pg. 11)
“Para ser sincero, eu nem mesmo ouvia o termo negro dentro de casa. “A gente,que
é assim, tem que andar mais arrumadinho.” A palavra “assim” dizia tudo e nada ao
mesmo tempo. E o padrão “arrumadinho” daquela época não era o mesmo que os
negros adotam hoje. Dindinha usava o cabelo para trás, cuidadosamente preso.O
único produto de maquiagem que tinha era um pó de arroz que deixava sua pele meio
cinza. Eu achava estranho, mas não dizia nada. As meninas da família estavam
sempre com trancinhas comportadas. Já o meu cabelo era bem curtinho, repartido e
puxado para um dos lados, e eu vivia cheio de talco no pescoço “pra ficar
cheirosinho”... Mas aquela divisãozinha de cabelo não era muito natural, a meu
ver.Anos depois, quando eu ingressei no Bando de Teatro Olodum, passei a usar vez
por outra dreadlocks — um exemplo típico de negociação estética de aspectos das
identidades negras, que fugiam do que até então eu usava normalmente. Acho que
isso começou lá com minha mãe, que intercalava o uso de cabelo alisado
com.chapinha com o novo visual de trancinha afro.” (pg.23)
Não dá para ignorar o fato de que, sendo eles crianças negras, alguns desafios
teríamos que enfrentar. Quando entrevistei a Glória Maria no Espelho, lembro queela
me falou da dificuldade de criar as filhas em um mundo branco. Você vaiprocurar uma
boneca negra, não tem; um brinquedo que fale das origens delas, nãotem. Glória me
disse que as meninas muitas vezes chegavam da escola com aseguinte pergunta:
“Mamãe, eu sou branca?”. Isso porque na escola delas só haviacrianças brancas,
elas eram as únicas negras. “Não, você é negra. Tem gentenegra,tem gente de pele
vermelha, amarela, tem gente alta, baixa, gorda, magra. Tem gentede todos os tipos,
e nós somos negros.” (pg. 50)
“Há uma coisa que talvez só Taís, Tania Rocha (minha empresária) e algunspoucos
amigos saibam. Recusei muitos trabalhos em que teria que usar arma defogo.
Recusei porque a imagem que ficaria era a de um negro com uma arma namão... e
isso num contexto de normalidade.” (pg. 66)
( Pág 35)
“A assunção de que as pessoas de origem índia ou africana preferem ser rotuladas
de brancas e a simultânea presunção de que a benevolência da estrutura social em
lhe concedendo o privilégio do status de "branco" constituiu prova da ausência de
preconceito ou discriminação racial." (Pág 39)
Por muitos anos, a Identidade Racial, se fixou como um tabu, até mesmo para
comentar e rejuvenescer a sua imagem. O objetivo desse trabalho é desenvolver um
audiovisual sobre a essência da Identidade Racial no Brasil, visando os aspectos
históricos, sociais e raciais dessa perspectiva na sociedade atual, lincando com 2120.
Coletamos todos os dados importantes sobre o tema e visualizamos os cenários
macro e micro ambientais através do planejamento. Realizamos uma pesquisa
científica para conhecer a fundo o processo de construção das identidades se dá nos
espaços da família, da escola, da rua e da comunidade onde vivem, entre outros. Tais
espaços são constantemente atravessados por questões ligadas à pobreza, à
violência e ao trabalho, questões essas que tomam forma, ganham visibilidade
através das práticas cotidianas e são objetivadas de diferentes modos em diferentes
momentos e contextos. Tendo-se em vista suas relações de gênero, raça, classe
social e sexo, buscou-se problematizar a construção dessas identidades através da
luta e resistência que travam em busca do reconhecimento das diferenças e das
possibilidades de transformação de sentidos hegemônicos. O trabalho propõe uma
saída criativa e inovadora para tornar a imagem dessa narrativa, mais clara e
dinâmica, e analisando como seriam esses fundamentos no futuro, onde este estudo
objetiva mostrar como questões raciais permeiam e há necessidade de se pensar
também outros enfoques, que distancie o risco de ser o conceito tomado como
reclassificação bem mais elaborada das concepções eugenistas de raça, ou seja, do
ponto de vista dos conceitos, tanto raça biológica como à raça social foram social e
culturalmente construídas, apenas sob diferentes argumentos, sendo também
necessário considerar que no cotidiano das relações sociais e da luta pelas políticas
de promoção de igualdade, pensemos sob múltiplas perspectivas, da raça social
negra e do enfoque étnico para se ampliar as investidas em termos de políticas
públicas para além do combate aos racismos, pensando na compreensão do campo
das relações étnicas a partir da presença, da produção, dos sentidos positivos e não
somente pelas ausências e negações produzidas por este racismo.
Palavras-chave: raça, racismo, sociedade, cor, preconceito.
ABSTRACT
For many years, the Racial Identity, established itself as a taboo, even to comment
and rejuvenate its image. The objective of this work is to develop an audiovisual about
the essence of Racial Identity in Brazil, aiming at the historical, social and racial
aspects of this perspective in today's society, linking with 2120. We collected all the
important data on the subject and visualized the macro and micro scenarios through
planning. We conducted a scientific research to get to know in depth the process of
building identities in the spaces of the family, school, street and community where they
live, among others. Such spaces are constantly crossed by issues related to poverty,
violence and work, issues that take shape, gain visibility through daily practices and
are objectified in different ways at different times and contexts. Bearing in mind their
relations of gender, race, social class and sex, we sought to problematize the
construction of these identities through the struggle and resistance they seek in
recognition of the differences and the possibilities for transforming hegemonic
meanings. The work proposes a creative and innovative way to make the image of this
narrative more clear and dynamic, and analyzing how these fundamentals would be
in the future, where this study aims to show how racial issues permeate and there is
a need to think also other approaches, which distances the risk of the concept being
taken as a much more elaborate reclassification of eugenicist conceptions of race, that
is, from the point of view of concepts, both biological and social race were socially and
culturally constructed, only under different arguments, and it is also necessary to
consider that in the daily life of social relations and the struggle for policies to promote
equality, let us think from multiple perspectives, of the black social race and the ethnic
approach to expand the advances in terms of public policies beyond the fight against
racism, thinking about the understanding of field of ethnic relations based on the
presence, production, senses positive and not only by the absences and denials
produced by this racism.
Várias ações são empreendidas para garantir esse projeto, a instituição da ideologia
do branqueamento, as estratégias de cerceamento das práticas culturais desses
grupos étnicos, tais como a perseguição ao candomblé, à capoeira, os mecanismos
de invisibilização e de imobilização da população negra brasileira.
Problema:
Sabemos que muitos negros não se identificam e não se agregam aos valores da
raça Negra. Visto que são 15 milhões de indivíduos e só 7.6% se autodeclarar
negros. Por qual motivo existe esse bloqueio de identidade racial
Objetivo Geral:
Nós temos como objetivo geral na criação do nosso TID, onde ficamos com o tema
“Identidade” e escolhemos relacionar com o subtema “Identidade Racial”.
Temos como foco geralresumir e apresentar a ideia da Identidade Racial no Brasil,
como forma de identificar as diferenças raciais e nos aprofundar com a realidade
atual em que vivemos no país, a forma como o tema é visto, discutido e levantado, a
forma como se convém ser um tabu, realizando referências visando o futuro, em
2120. Temos como hipótese principal, levantar o tema e a reconstrução do mesmo,
correlacionando com antepassados que foram marcos para a construção do que é
denominado raça.
Objetivos Específicos:
Justificativa:
Tomando como base a nossa realidade atual no país, os brasileiros tem dificuldade
em se assumir negros e pardos e em identificar outras pessoas etnicamente. O
discurso de respeito às diferenças e harmonia no país escondem, na verdade,
racismo e preconceitos que tem origem na época da escravidão. Este tema foi
escolhido para abrir portas para a desconstrução eurocêntrica. Cabendo ressaltar,
que preto é cor e negro é raça.
Sabemos que muitos negros não se identificam e não se agregam aos valores da
raça Negra. Visto que são 15 milhões de indivíduos e só 7.6% se autodeclarar negros.
Por qual motivo existe esse bloqueio de identidade racial?
A reação negra ao racismo branco assume várias formas; aceitar as categorias raciais
e articulá-las de modo a imitar o racismo branco é apenas uma delas. Chamar isso
de racismo invertido não parece servir às aspirações analíticas. O termo sugere
erroneamente que o racismo, nos dias atuais, pode ser estudado por meio da
avaliação de crenças, sem a cuidadosa consideração das experiências históricas
amplamente diferentes dos grupos envolvidos.
Para compreender a visão do nosso TID, este artigo tem o objetivo de refletir sobre o
processo de construção da identidade da pessoa negra em meio às relações raciais
brasileiras. Para isso, fazemos um percurso histórico desde a época do Brasil Colônia,
em que o sistema escravista era vigente, até o Brasil republicano e a abolição da
escravatura, abordando conceitos como a ideologia do branqueamento, ocorrida no
final do século XIX e o mito da democracia racial, idéia que foi se desenvolvendo a
partir de meados do século XX. A percepção do modo como esses elementos se
entrelaçam ajuda-nos a perceber que o caminho de conscientização e formação de
uma identidade negra articulada a valores considerados positivos é um processo a
ser construído.
E vai, além disso: o olhar do outro agrega um valor a essa categorização; logo, o olhar
discriminatório agrega um valor negativo ao indivíduo ou grupo especificado. Esse
olhar interfere diretamente na forma como as pessoas negras se percebem, pois o
indivíduo se constitui a partir desse olhar, ou seja, ele o intrometa. Os estudos sobre
as experiências concretas de enfrentamento e superação das desigualdades raciais
no Brasil não apenas constituem uma temática inovadora a ser explorada, mas
também são uma contribuição poderosa para a população negra buscar a afirmação
de uma identidade positiva.
Os desafios da transformação dessa realidade são indiscutivelmente amplos, tanto
quanto indiscutível é a necessidade de tornar essa uma questão cada vez mais
presente nos discursos, reflexões e ações, a fim de condenar a discriminação racial
e a extirpar das relações cotidianas. Dessa forma, a Psicologia pode contribuir, em
suas diferentes abordagens, para analisar os fenômenos subjetivos ligados aos
processos de construção da identidade da pessoa negra e aos processos de
desenvolvimento de sua autoestima. Também é importante identificar os efeitos do
legado do branqueamento sobre o processo de construção da identidade da pessoa
negra.
De acordo com Juliana Gonçalves, o conceito de Bem Viver foi reivindicado pelo
Movimento de Mulheres Negras, esse conceito não tem nada a ver com prosperidade
financeira e sim é uma crítica forte ao modelo desenvolvimentista de sociedade que
vivemos. A apropriação do conceito foi feito pelo Movimento de Mulheres Negras em
diálogo com político e economista equatoriano Alberto Acosta no seu livro “O Bem
Viver – Uma oportunidade para imaginar outros mundos”.
LIMA, Maria Batista. Afrodescendência e Prática Pedagógica nos 500 anos de Brasil.
Revista Hora de Estudo. Aracaju - SE: Secretaria Municipal de Aracaju, dez./2000.
Edição Especial, p. 53-62. Disponível em:
http://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/NEAB/LIMA-
%20Maria%20Batista.%20Identidade%20EtnicoRacial%20no%20Brasil%20uma%2
0reflexao%20teorico-metodologica..pdf.
Neste capítulo iremos informar quais os métodos foram utilizados para realizar a
nossa pesquisa, qual o instrumento usado para a coleta de dados, o cenário e os
indivíduos participantes da investigação. Em nossa pesquisa utilizamos a
metodologia abordagem científica para conceituar e esclarecer o nosso tema
escolhido, que foi a Identidade Racial, e seus aspectos a sociedade, e intuitiva para
raciocinar e analisar, como esse tema se abordaria em um futuro de 2120, fizemos os
levantamentos de acordo com as datas 10 de Abril á 17 de Abril.
Os principais autores que contribuíram com o trabalho foram: PINTO, Márcia Cristina
Costa; FERREIRA, Ricardo Franklin. LIMA, Maria Batista.
Após a coleta de dados, as informações foram digitalizadas, depois transcritas todas
as respostas e feita a identificação de cada participante.
Recursos
Integrantes/Funções
Materiais/Equipamentos
Pessoas diversas
Roupas e acessórios diversos
Celulares
01 Soft box
01 Lanterna
Ambulantes
02 Diários
04 Pães
02 Cadernos encardidos
03 Jornais
05 Revistas
01 Notebook
01 Câmera
01 Microfones
06 Sacos
10 Latas
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Elaborar o
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fundamentação
teórica
Elaborar o
5 capítulo de P
metodologia
Elaborar o
6 capítulo de P
recursos
Elaborar o
7 capítulo de P
cronograma
CONSIDERAÇÕES FINAIS
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
4 REFERENCIAL TEÓRICO
5 METODOLOGIA
6 RECURSOS
7 CRONOGRAMA
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS
APÊNDICE
Referências Bibliográficas
Sabemos que muitos negros não se identificam e não se agregam aos valores
da raça Negra. Visto que são 15 milhões de indivíduos e só 7.6% se autodeclarar
negros. Por qual motivo existe esse bloqueio de identidade racial?