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Projeto Científico - Física

Marcos Vinicius 12ºA

Coilgun - “Canhão de Bobina”

O magnetismo é a área da Física que estuda fenômenos relacionados com propriedades


dos imãs, como por exemplo o campo magnético.
No meu projeto científico em particular eu irei abordar o campo magnético, mais
específico, o campo magnético de uma bobina. O campo magnético é uma região do espaço
capaz de exercer forças sobre cargas elétricas em movimento e em materiais dotados de
propriedades magnéticas.
Nos materiais magnéticos, como nos ímãs naturais, o campo magnético é resultado do
alinhamento de um grande número de domínios magnéticos, que são regiões
microscópicas no interior do ímã, dotadas de um campo magnético, como se fossem
pequenas bússolas. A forma como os domínios magnéticos estão organizados define qual é
o tipo de magnetismo presente no material.
Todo campo magnético é dotado de dois polos magnéticos, chamados de polo sul e polo
norte. Ambos dizem respeito ao sentido do vetor campo magnético, que sai e entra no polo
norte, assim como fazem as linhas do campo magnético, que serão definidas adiante.
Ademais, Não é possível que exista um campo magnético com somente um desses polos,
em respeito a uma das leis do eletromagnetismo que prevê a não existência de monopolos
magnéticos.

Na figura ao lado podemos ver representadas as linhas do


campo magnético, uma vez que o campo magnético é uma
grandeza vetorial, cada um dos infinitos pontos do espaço
localizados nos arredores de um ímã apresenta um módulo,
uma direção e um sentido. Dessa forma, representá-lo seria
uma tarefa muito difícil se não fosse o uso das linhas.
As linhas de campo magnético ou linhas de indução são
representadas pela tangente do vetor campo magnético
naquela região do espaço. Vamos conferir as propriedades
delas:
- São sempre fechadas, uma vez que não existe monopolo
magnético.
- Sempre emergem do polo norte magnético e sempre imergem no polo sul magnético,
bem como o vetor de campo magnético sempre aponta no sentido do norte magnético.
- A densidade delas indica a intensidade do campo magnético naquela região.
- Elas nunca se cruzam.
Para entendermos como funciona o campo magnético de uma bobina precisamos antes
conhecer oque são as espiras. Uma espira é um fio condutor fechado, em formato circular,
enquanto que uma bobina são formadas por um longo fio condutor enrolado diversas
vezes, tratando-se, portanto, da combinação de um grande número de espiras.

No meu projeto científico eu irei reproduzir uma “Coilgun”, vulgarmente conhecida


como espingarda, um tipo de impulsionador de massa que consiste em uma ou mais
bobinas usadas como eletroimãs na configuração de um motor linear que acelera um
projetil ferromagnético ou condutor a alta velocidade.

Contrariamente as armas de fogos convencionais e populares, nas Coilguns, o impulso


dado ao projetil não provém da combustão de misturas explosivas, como por exemplo a
pólvora, mas sim das forças eletromagnéticas que surgem quando um objeto
ferromagnético, o projétil, é submetido a um campo magnético. Esse campo magnético é
gerado pelas bobinas presentes no tubo da arma, que são ativadas através da corrente
elétrica, atraindo atraindo o projétil para o centro da bobina.
Idealmente, 100% do fluxo magnético gerado pela bobina seria entregue e agiria no
projétil, na realidade isso é impossível devido às perdas de energia sempre presentes em
um sistema real, que não podem ser totalmente eliminadas.

Sincronização das ignições

Como dito anteriormente, quando um bala ferromagnética é posta no canhão, e assim


que a primeira bobina é ativada, ela é atraída para o centro da bobina, movida pelo campo
magnético gerado pela mesma. Se essa bobina for deixada ligada, a bala, uma vez através
da primeira bobina, será forçada a freiar e a reverter seu movimento.
Por isso, conforme o projétil se aproxima do centro da bobina, essa é desconectada e a
próxima pode ser disparada, acelerando o projétil cada vez mais com estágios sucessivos.
Entendemos, portanto, que a sincronização das ignições seja de fundamental importância
para o correcto funcionamento da arma.

O funcionamento dessas armas são, portanto, extremamente intuitivo, mas ao mesmo


tempo requer sistemas sofisticados para sincronizar a ignição das bobinas.

Um grande problema desse projeto é o sobreaquecimento dos circuitos relacionados


com a enorme resistência para lidar com um grande número de enrolamentos, as bobinas,
colocados em série. À medida que a diferença potencial nas extremidades aumenta,
tenderão a aquecer cada vez mais, dissipando energia que não contribuirá para a formação
de campos magnéticos e, portanto, não acelerará o projéctil, como dito anteriormente.

Há também alguns problemas com o próprio projetil. De facto, embora os materiais


ferromagnéticos não sejam obrigatórios, devido à sua tendência para a magnetização
respondem particularmente bem às tensões dos campos magnéticos externos.
Simultaneamente, porém, essa sua magnetização contribui para a dissipação de energia
devido ao fenômeno da histerese, uma propriedade física, uma tendência do sistema de
conservar suas propriedades na ausência de um estímulo que as gerou, ou ainda, é a
capacidade de preservar uma deformação efetuada por um estímulo. Pode também
acontecer que o projéctil atinja a saturação, tornando-se muito menos sensível a variações
no campo magnético externo.

Em algumas aplicações, os projéteis são equipados com ímãs que aumentam a carga
com as bobinas e, portanto, a aceleração do projétil. Em alguns casos, uma bobina
adicional é colocada no projéctil, que é operado por uma corrente na direcção oposta à dos
enrolamentos à volta do cano.

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