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O Turismo é uma disciplina que a cada dia que passa vem construindo sua

história no cenário brasileiro.

É possível observar que cada vez mais os brasileiros estão incorporando o


turismo a sua vida cotidiana, o que determina que as políticas públicas de
incentivo e de recebimento de turistas são totalmente necessárias nas
cidades, bem como a preparação destas para comportar o volume
crescente de pessoas que veem do exterior a fim de explorar as belezas
naturais aqui existentes.

Apesar de Maringá não ser a cidade do brasil mais destacada no quesito


turismo, a cidade tem roteiros com locais históricos, gastronômicos, de
lazer e turismo de negócios.

Eleita uma das melhores cidades do Brasil, de acordo com estudo da


consultoria Macroplan.Um dos destaques é a arborização urbana, que fez
com que Maringá ficasse conhecida como “Cidade Verde”. Com
urbanismo inovador, a cidade tem pelo menos uma árvore para cada quatro
habitantes, totalizando uma média de 55 m² de área verde por habitante.

A lista de pontos turísticos de Maringá tem parques, templos religiosos,


teatros, obras de arte e reservas florestais:

1-Catedral Nossa Senhora da Gloria.


Eleita a quinta igreja mais bonita da América do Sul, a Catedral Nossa
Senhora da Glória, símbolo de Maringá, nasceu da mente arrojada de dom
Jaime Luiz Coelho, primeiro arcebispo da cidade, falecido em 2013.

Conta o monsenhor Orivaldo Robles, no livro “A Igreja que Brotou da


Mata”, que dom Jaime, vindo de Ribeirão Preto (SP), trouxe a ideia de
construir em Maringá uma catedral nos moldes de um ginásio de esportes,
daquela cidade, em substituição à igreja de madeira. “Não demorou a
mudar de ideia, surpreendendo por ousadia maior ainda.”

A criação da Diocese de Maringá, em 1956, aconteceu em meio à corrida


espacial, período em que norte-americanos e soviéticos disputavam quem
enviaria uma nave ao espaço. Os soviéticos venceram e lançaram o
Sputnik. E foi daí que dom Jaime encontrou o formato para a nova catedral,
representada por uma estrutura cônica que aponta para o céu, a construção
faz referência àquele que vai em direção à Deus, assim como um foguete
que segue a caminho do espaço.

Ele apresentou a ideia ao arquiteto José Augusto Bellucci, que se


encarregou de projetar o sonho do bispo. A construção começou em julho
de 1959 e foi encerrada em 10 de maio de 1972.

No último dia daquele ano, foi celebrada a primeira missa na igreja ainda
inacabada, sem vitrais e sem a maioria dos elementos internos. Em janeiro
do ano seguinte, começou a demolição da antiga catedral de madeira. O
material foi reaproveitado para construção de casas do Núcleo Social Papa
João 23, projeto de desfavelamento da arquidiocese.

2- Peladão/Monumento ao Desbravador

A homenagem aos pioneiros de Maringá está na Praça 7 de Setembro,


ponto simbólico da interligação do Maringá Velho com o “Maringá Novo”,
para onde a cidade cresceu rapidamente nos primeiros anos de formação.

Ali foi erguido o Monumento ao Desbravador – o popular Peladão –, obra


do artista plástico Henrique Aragão, falecido em 2015 aos 84 anos. A
escultura de bronze, inaugurada em 1972, tem 7,1 metros de altura e pesa
quase 1 tonelada. Ao lado, foram confeccionados, em concreto, três
machados estilizados e pintados em vermelho, amarelo e branco – as cores
da bandeira de Maringá –, simbolizando a abertura das matas.

A gigante escultura nua com os braços erguidos e as mãos espalmadas faz


alusão aos primeiros moradores de Maringá. Retrata a simplicidade e os
sonhos dos desbravadores que chegaram até a cidade trazendo apenas a
força de trabalho.

3- Parque do Japão

Um dos mais novos pontos turísticos de Maringá é o Parque do Japão, no


Parque Itaipu, zona sul da cidade. O parque, de 100 mil m², foi construído
para comemorar os 100 anos da imigração japonesa no Brasil – celebrado
em 2008. A pedra fundamental foi lançada em 2006, e o parque aberto à
população em 2013. A arquitetura dos prédios no interior do parque, como
a praça de alimentação, quiosques e o ginásio de esportes, lembra a
presença da comunidade nipônica na cidade

O Parque do Japão conta com elementos da cultura japonesa, como jardim


imperial – o maior fora do Japão –, lago com carpas, cerejeiras, árvores
quase centenárias e Casa de Chá. Também abriga ginásio de esportes e
salão de festas.

É um lugar tranquilo e silencioso, ideal para um passeio de contemplação.


Para as comemorações de Natal, o jardim japonês é decorado com luzes,
recebe apresentações de corais e funciona em horário estendido.

4- Mesquita Sheik Mohamed Ben Nasser Al Ubudi

Inaugurada em 1989, a arquitetura da mesquita tem características clássicas


de um templo religioso islâmico. Um dos destaques é o Minarete, pequena
torre de mesquita, de três ou quatro andares e balcões, de onde se anuncia
aos muçulmanos a hora das orações.

No interior da mesquita está apenas o altar, onde é feito o sermão, e a


mirraba, uma espécie de biombo voltado para Meca, cidade sagrada dos
muçulmanos e direção para onde devem estar voltados durante as orações.

Em Maringá, os muçulmanos somam 500 pessoas e para entrar na


Mesquita é necessário que retire os calçados. A religião islâmica acredita
que os sapatos podem trazer impurezas para o templo.

5- Mural e painéis

Atrás do Colégio Santa Cruz, na Zona 5, em Maringá, está o mural que


retrata a história da cidade, confeccionado com areia, cimento e cola. Do
artista plástico Éder Portalha, a obra mostra a evolução da colonização de
Maringá em quatro passos.
A primeira parte mostra homens derrubando a mata para abrir a cidade ao
lado de desbravadores, um deles porta uma espingarda. Na próxima etapa,
há casas de madeira e famílias chegando à futura cidade. Depois, o artista
retrata o ciclo do café, grão que foi a base da economia maringaense por
décadas, e o progresso da cidade. Por último, são retratadas a catedral e o
Colégio Santa Cruz.

Os mosaicos do artista plástico Poty Lazzarotto (falecido em 1998) podem


ser admirados no Teatro Calil Haddad, na Zona 5, e no Shopping Cidade,
na Vila Nova. Os painéis são feitos com azulejo e concreto e retratam a
história da formação de Maringá.

O painel instalado no Calil foi desenhado por Lazzarotto em 1997 e


implantado três anos depois por um amigo do artista.

A obra que fica no Shopping Cidade foi inaugurada em 1992. São dois
painéis que retratam a vocação agrícola de Maringá, a catedral e os
trabalhadores urbanos.
Lazzarotto era curitibano e suas obras podem ser vistas em várias cidades
do Paraná. Os painéis estão em ruas, edifícios, hospitais, teatros, aeroportos
e shoppings.

6-Horto florestal

O Horto Florestal é a área responsável pela arborização e composição de


todo paisagismo que caracterizou Maringá como Cidade Verde. O espaço é
da Companhia Norte do Paraná, colonizadora da região.

Com quase 370 mil m², o Horto Florestal foi inaugurado no início da
década de 1950 com o objetivo de se tornar um Instituto Científico de
Estudos de Botânica Regional. No local, seriam cultivadas espécies que
pudessem auxiliar na arborização homogênea e com crescimento uniforme
em diversas cidades.O Horto Florestal está fechado para visitação desde
2004 e não tem pistas de caminhada ou mesmo atrativos internos. Há uma
campanha na cidade para reabrir o local para visitação.
De acordo com o Observatório do Turismo e Eventos de Maringá, em 2017
a cidade arrecadou R$ 3,8 milhões de Imposto Sobre Serviços (ISS),
específico da área de turismo. Os negócios também movimentam a
economia local. Só em fevereiro de 2018, o ISS de encontros e congressos
foi de R$ 21,9 mil. Podemos concluir que o turismo em Maringá só vem
ganhando mais força

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