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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios em ações e serviços públicos de saúde;
Estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de
fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo;
Revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993;
e dá outras providências.
Nesta aula, trataremos dos principais dispositivos da Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de
2012, para fins de concursos públicos de níveis básico e intermediário.
Em 16 de janeiro de 2012 foi editada, após nove anos tramitando no Congresso Nacional, a Lei
Complementar nº 141 que regulamenta o § 3º do art. 198 da Constituição Federal.
De forma geral, essa lei:
- Dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios em ações e serviços públicos de saúde;
- Estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de
fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 3 (três) esferas de governo;
- Revoga dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e
dá outras providências.
1.1 - SÃO DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE aquelas que simultaneamente (art. 2º):
- aquelas voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde, que sejam de ACESSO
UNIVERSAL, IGUALITÁRIO e GRATUITO;
- aquelas que estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Saúde de
cada ente da Federação (compatibilidade com planos de saúde – planejamento ascendente);
- aquelas que sejam de responsabilidade específica do setor da saúde (despesas específicas do setor
saúde).
Atenção! As despesas com ações e serviços públicos de saúde, realizadas pelos entes federativos (União,
estados, DF e municípios), deverão ser financiadas com recursos MOVIMENTADOS por meio dos respectivos
FUNDOS de SAÚDE.
Dessa forma, os recursos destinados para as ações e serviços públicos de saúde DEVEM ser
administrados pelos respectivos fundos de saúde, e não por outros setores da administração pública.
Especificamente, SERÃO CONSIDERADAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, para
fins de aplicação de recursos mínimos na Saúde (art. 3º):
- Vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária;
- Atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo assistência
terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais;
- Capacitação do pessoal de saúde do SUS;
- Desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do SUS;
- Produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como:
imunobiológicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos;
- Saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, desde que seja aprovado pelo
Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e esteja de acordo com as diretrizes das demais
determinações previstas nesta Lei Complementar;
- Saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes de
quilombos;
- Manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças;
- Investimento na rede física do SUS, incluindo a execução de obras de recuperação, reforma, ampliação
e construção de estabelecimentos públicos de saúde;
- REMUNERAÇÃO do PESSOAL ATIVO da ÁREA de SAÚDE em atividade nas ações de que trata este
artigo, incluindo os encargos sociais;
- Ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e imprescindíveis à
execução das ações e serviços públicos de saúde;
- Gestão do sistema público de saúde e operação de unidades prestadoras de serviços públicos de
saúde.
Apesar da Lei Complementar 141/12 citar a regra antiga sobre a contrapartida da união, devemos seguir a regra atual,
estabelecida pela Emenda Constitucional nº 86/2015 que estabelece a contrapartida dos recursos da união para Saúde.
Item C. CORRETO. Em regra, gastos com saneamento básico e aposentadoria de servidores da saúde não
podem ser incluídos pelos municípios como despesas em saúde. Existem algumas exceções sobre os gastos com
o saneamento básico dispostas na Lei nº 141/12. Fiquem tranquilos, pois essas exceções não serão cobradas
nas provas do HU-MA e HUB, já que a Lei nº 141/12 não está contida nos editais desses certames.
Item D. INCORRETO. Anteriormente ao SUS, o financiamento da Saúde era feito pelo Sistema
Previdenciário (INPS e INAMPS). A Constituição Federal de 1988 criou a Seguridade Social, que é formada de
forma INTEGRADA por três áreas: Saúde + Previdência Social + Assistência Social.
Saúde
Seguridade Social
Nesse sentido, os recursos da Previdência não são atualmente uma das fontes de financiamento do SUS.
Todavia, os recursos da Seguridade Social são a principal forma de financiamento do SUS. Isso é óbvio.
Agora complicou, não é mesmo, nobre concurseiro(a)?
A Lei Complementar n.º 141, de 16 de janeiro de 2012, regulamenta o § 3º do art. 198 da CF/88 (EC nº
29) para dispor sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, estados, Distrito Federal e
municípios em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos recursos de
transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas três
esferas de governo; dentre outros.
Amigo(a), uma das principais conquistas da Lei Complementar nº 141/2012 foi detalhar quais despesas
são consideradas gastos com saúde.
Vamos analisar cuidadosamente essas despesas.
Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde Não são Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde
Aquelas voltadas para a promoção, proteção e Pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive dos
recuperação da saúde, que sejam de acesso servidores da saúde;
universal, igualitário e gratuito; Pagamento de pessoal ativo da área de saúde quando em
Aquelas que estejam em conformidade com atividade alheia à referida área;
objetivos e metas explicitados nos Planos de Assistência à saúde que não atenda ao princípio de acesso
Saúde de cada ente da Federação; universal;
Aquelas que sejam de responsabilidade Merenda escolar e outros programas de alimentação;
específica do setor da saúde. Saneamento básico;
Limpeza urbana e remoção de resíduos;
Preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelos
órgãos de meio ambiente dos entes da Federação ou por
entidades não governamentais;
Ações de assistência social;
Obras de infraestrutura;
Ações e serviços públicos de saúde custeadas com recursos
distintos dos especificados na base de cálculo definida na LC
141/12 ou vinculados a fundos específicos distintos daqueles da
saúde.
De forma específica, serão consideradas despesas com ações e serviços públicos de saúde, para fins de
aplicação de recursos mínimos na Saúde (art. 3º):
I - Vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária;
II - Atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, incluindo assistência
terapêutica e recuperação de deficiências nutricionais;
III - Capacitação do pessoal de saúde do SUS;
IV - Desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do
SUS;
V - Produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como:
imunobiológicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos;
VI - Saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, desde que seja aprovado pelo
Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e esteja de acordo com as diretrizes das demais
determinações previstas nesta Lei Complementar;
VII - Saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes
de quilombos;
VIII - Manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças;
IX - Investimento na rede física do SUS, incluindo a execução de obras de recuperação, reforma,
ampliação e construção de estabelecimentos públicos de saúde;
X - REMUNERAÇÃO do PESSOAL ATIVO da ÁREA de SAÚDE em atividade nas ações de que trata este
artigo, incluindo os encargos sociais;
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