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1. Introdução.

De modo geral, a densidade absoluta é conceituada como a quantidade de


massa em uma unidade de volume a uma dada temperatura. No Sistema
Internacional (SI) é admitido em unidade o quilograma por metro cúbico [kg/m³];
todavia, em termos práticos, usa-se gramas por centímetros cúbico [g/cm³] ou
gramas por milímetros [g/mL]. (MAZALI, 2001)
Para Ricardo Feltre (2004, p. 23), é melhor compreendido o conceito quase
intuitivo de densidade quando comparamos a massa de diferentes materiais
com “pedaços” iguais (volumes iguais) deste. O chumbo “pesa” mais que a
madeira, mesmo quando comparamos valores iguais de massa: um quilo de
chumbo com um quilo de madeira. E isso se deve graças ao fator densidade
que depende diretamente do quanto e como essa massa está distribuída no
espaço em que ocupa (volume).
Segundo Sampaio et al. [ca. 2006], “a densidade é função dos raios dos
átomos e íons que constituem os minerais, quer dizer, depende da forma como
esses constituintes arranjam-se na estrutura cristalina dos minerais.” Dessa
forma, para materiais sólidos, além da temperatura, a densidade depende da
estrutura cristalina, haja vista que diferentes polimorfos exibem diferentes
densidades. (MAZALI, 2001)
Microscopicamente, sabe-se que a densidade se deve também ao grau de
aproximação das moléculas do composto em questão, uma vez mais
afastados, tendo a massa continua, ocupam mais espaço de volume, ou seja,
“a densidade varia com a temperatura, pois o volume de um corpo muda com a
temperatura, embora a massa permaneça a mesma.” (FELTRE, 2004, p. 23)
Outrossim, a densidade relativa permanece absoluta para um dado material,
mesmo quando o sub dividimos em pedações menores continuadamente.
Sampaio et al. [ca. 2006], conceituam densidade relativa como sendo apenas o
volume do conjunto de grãos que compõe a amostra, sem considerar o espaço
vazio existente entre os grãos; quanto a densidade aparente, considera o
volume total da amostra, inclusive o espaço vazio entre os grãos que a
compõem. Tal ideia é importantíssima em tratamento de minérios,
especialmente, porque se dá em manuseios de grãos e em grandes volumes.
Ademais, em materiais sólidos, as medidas de densidade são feitas pesando e
calculando o volume. Nos sólidos irregulares, sendo a última parte impossível,
o cálculo é feito com base no Princípio de Arquimedes: o método do
deslocamento. O qual funciona através da determinação da massa da
substância transferida para um instrumento volumétrico graduado, parcialmente
cheio com água ou qualquer líquido em que o sólido não flutue. Assim,
deslocará um líquido com volume igual ao volume do sólido usado na medição.
(SAMPAIO e et al., [ca. 2006]).
Tal princípio é baseado no fenômeno físico de empuxo, e tem como enunciado
“Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido, recebe do fluido uma
força vertical, dirigida para cima, cuja intensidade é igual à do peso do fluido
deslocado pelo corpo." (UFRGS, 2003)
FELTRE, R. Química Geral. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004. 384 p.
MAZALI, I. O. Determinação da Densidade de Sólidos pelo Método de
Arquimesdes. c2001. 11 p. Dissertação (Bacharelado em Química) - Instituto
de Química: Laboratório de Química do Estado Sólido, Universidade Pública de
Campinas, Campinas, c2001. Disponível em:
<https://lqes.iqm.unicamp.br/PDF/Densidade/ Arquimedes/ LQES > Acesso em:
27 set, 2022.
sem autor: PRINCÍPIO de Arquimedes. IF. UFRGS, 2003. Disponível em:
<http://www.if.ufrgs.br/ tex/ Jeferson/Princípio de Arquimedes/ if-ufrgs> Acesso
em: 28 set, 2022.
SAMPAIO, J. A.(Ed.) ; FRANÇA, S. C. A.(Ed.); BRAGA, P. F. A. (Ed).
Tratamento de minérios: práticas laboratoriais. Rio de Janeiro: CETEM,
2007. 570p

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