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METODOLOGIA DO

PLANEJAMENTO NA
ENFERMAGEM
PROFA. DRA. ANDRÉIA DE C. ANDRADE
PROFA. DRA. DÉBORAH E. FARIAS

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DE FORMA GERAL, POR
QUÊ É PRECISO
PLANEJAR?
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PLANEJAMENTO PESSOAL??

3
PLANEJAMENTO PESSOAL??

Para o Planejamento
Profissional

PDI

PLANEJAMENTO DE
DESENVOLVIMENTO
INDIVIDUAL
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QUAL A PRIMEIRA PROPOSTA DE
PLANEJAMENTO APRESENTADO
NO CURSO DE ENFERMAGEM?

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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM

Conjunto de ações usadas para determinar, planejar, aplicar,


avaliar o cuidado de enfermagem de forma individualizada,
coordenada, direcionada, humanizada e avaliada.

Necessário adotar um referencial teórico: TEORIA DAS


NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS (WANDA HORTA-
1979) 7
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É preciso definir o que é PLANEJAMENTO:
Uma FUNÇÃO ADMINISTRATIVA que visa aprimorar o
processo de TOMADA DE DECISÃO, tendo como foco o
alcance de OBJETIVOS preestabelecidos;

Definir estratégias para redirecionar uma organização ou


mesmo um setor que as AMEAÇAS e os PONTOS FRACOS
provoquem uma deteriorização estrutural e/ou
organizacional.
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PLANEJAMENTO? QUAL A
PLANO?
RELAÇÃO??
TOMADA DE DECISÃO?
PLANEJAMENTO: Projeto de um estado futuro desejado e
de meios efetivos para torná-lo realidade.

PLANO: Recomendação de um curso de ação estabelecida


no planejamento refere-se ao plano. É por meio do plano que o
planejamento se torna operacional.

TOMADA DE DECISÃO- atividade inerente ao processo de


planejamento como um todo. Tomar uma decisão é fazer uma
escolha entre duas ou mais alternativas.

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POR QUÊ É PRECISO PLANEJAR?
Conseguir um objetivo comum (programas de
qualidade);
Direcionar as ações;
Estimular o trabalho em equipe;
Identificar pró-ativamente os pontos críticos:

 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

 PONTOS A SEREM MELHORADOS

 PONTO DE MELHORIA RELEVANTE

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS (PLANEJAMENTO)


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FERRAMENTA PARA DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
ANÁLISE DE SWOT

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QUAL O NÍVEL RESPONSÁVEL PELO
PLANEJAMENTO E TOMADA DE DECISÃO?

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NÍVEL ESTRATÉGICO

Voltado para o ambiente externo da organização,


verificando as posições da concorrência, as
tendências de mercado, as ações
governamentais.

Nível responsável por definir as diretrizes da


empresa. As tomadas de decisões desse nível
direcionam o rumo de toda a empresa.

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NÍVEL TÁTICO
Diz respeito ao nível gerencial e de
coordenação.
O foco desse nível é ter as percepções externa e
interna simultaneamente, pois necessitam saber o
que está acontecendo no ambiente externo para
viabilizar estratégias internas.

É responsável pela implementação das diretrizes


definidas pela alta administração.

Media as ações organizacionais, preocupando


com questões operacionais.

Técnica bastante utilizada- benchmarcking. 16


NÍVEL OPERACIONAL
Diz respeito aos líderes, supervisores e
encarregados dos processos internos da
empresa.
Sua missão é fazer acontecer, é acompanhar
de perto todas as ações que geram o produto
ou serviço da empresa.
As tomadas de decisões deste nível
determinam em maior grau de detalhe como as
operações devem ser realizadas.

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FERRAMENTAS PARA O
PLANEJAMENTO:

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BALANCED SCORECARD - BSC
PERSPECTIVA OBJETIVO INDICADOR META INICIATIVA

FINANCEIRA -Aumentar a -Número de -Aumentar a -Criar políticas


receita de cursos vendidos receita de de comissão
vendas vendas em 10% agressiva
-Diminuir custos -Despesas com -Diminuir custos -Fazer contato
com a plataforma de com despesas com diretor
plataforma cursos em 15% financeiro para
EADBOX negociação
referente ao
custo mensal da
plataforma
CLIENTE -Manter elevado -Índice de -95% de clientes -Criar pesquisa
número de satisfação do satisfeitos de satisfação do
clientes cliente cliente ao
satisfeitos com a finalizar cada
qualidade dos curso
cursos
-Manter -Índice de -Aumentar -Fazer pesquisa
plataforma acesso para acesso de cada com alunos da
atualizada com cada curso curso em 10% universidade
cursos de sobre área de
interesse para interesse para os
graduandos e cursos online
profissionais de
enfermagem
PROCESSOS -Reduzir “pane” -índice de e- -Reduzir “pane” -Solicitar reunião
do sistema mails de para 0% com equipe de
durante notificação sobre suporte
realização dos “pane” EADBOX para
cursos correção de
todos os itens
apontado pelos
clientes

APRENDIZADO/ -Manter -Quantidade de -100% de -Realizar


atualização aplicação de atualização em pesquisa
CRESCIMENTO
tecnológica cursos na área inovação contínua sobre
de tecnologia tecnológica cursos de
pela equipe de tecnologia para
conteúdo cursos EAD e
assuntos
relacionados 19
-Realizar
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CICLO PDCA

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ATIVIDADE EM SALA
1. Ausência de mudança de decúbito 10. Protocolo de prevenção de LP.
2/2horas; 11. Escala de Braden.
2. Ausência de proteção de 12.Treinamento com a equipe de
proeminência óssea; Fisioterapia para prevenção de LP
3. Alta incidência de LP em pacientes causada pela fixação do tubo
de curta permanência na UTI(10 orotraqueal (fissura labial e orelhas)
dias). 13.Desenvolvimento do relógio de
4. Escala de Braden mudança de decúbito.
5. Utilização incorreta de coxins e 14.Padronizar horários e posições de
protetores; decúbito á cada 2horas com a criação
6. Utilização incorreta de materiais do relógio de mudança de decúbito.
como creme de barreira, placas de 15. Criação do protocolo de prevenção
hidrocolóide e filme transparente; de LP
7. Não utilização de materiais de 16. Padronizar fixação de IOT e
prevenção de LP; avaliação diária.
8. Ausência de protocolo de prevenção 17. Indicador de incidência de LP
de LP; 18. Capacitação dos enfermeiros
9. SAE quanto a prescrição de enfermagem
individualizada para cuidados com a
pele na prevenção de LP
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Fase 1- Conhecimento do sistema como o
todo
Ou avaliação das condições atuais
Conhecer:
 Sistema social- levantamento das necessidades de
saúde da comunidade onde o serviço está inserido,
bem como a sua própria cultura. Caracterizar os
recursos humanos disponíveis na região, para
planejamento de desenvolvimento de pessoal.

 Sistema técnico- obter informações precisas a


respeito de recursos financeiros e materiais
disponíveis.
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Fase 2- Determinação dos objetivos
 Resultados futuros que se pretende atingir, os objetivos
devem atender as funções primordiais da organização,
como por exemplo: pesquisa, lançamento de produtos,
obter rentabilidades, filantropia, prestação de serviços,
etc

OBS: INICIAR COM VERBO NO INFINITIVO

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Princípíos para fixação dos objetivos
 Princípio da comunicação total- todos os objetivos
devem ser comunicados a todos os níveis hierárquicos, para
que cada nível os reconheça e participe;
 Princípio da coerência vertical- os objetivos devem ser
discutidos com no mínimo um nível acima e com um nível
abaixo;
 Princípio da coerência horizontal- deve harmonia e
coerência também no mesmo nível hierárquico, para evitar
incompatibilidades e conflitos.
(Chiavenatto)

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Fase 3- Estabelecimento de Prioridades

 Capacidade de escolher os meios para


alcançar os fins.

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Fase 4- Seleção dos Recursos disponíveis

 Levantamento de recursos disponíveis para


implementação das ações, podendo ser:
recursos humanos, materiais e físicos.

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Fase 5- Estabelecimento do Plano Operacional
Níveis da Tipos de Extensão Amplitude
organização planejamento de tempo

Institucional Estratégico Longo prazo Aborda total/e a


organizaçao

Intermediário Tático Médio prazo Aborda a unidade


ou departamentos

Operacional Operacional Curto prazo Aborda cada


tarefa ou
procedimento
isoladamente30
 P. Estratégico - planos de longo alcance, visam a
implantação de estratégias.
O que deve ser feito?

 P. Tático - planos de média abrangência, geralmente de nível


técnico.
Como deve ser feito?

 P. Operacional - planos de curto alcance, de fácil resolução.


Quem vai fazer, o que, quando e onde?

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Fase 6- Desenvolvimento
 Desenvolvimento do programa, a execução propriamente
dita.
 O momento de colocar em prática os recursos
disponíveis.
 A coordenação é essencial para minimizar atritos,
definindo precisamente as responsabilidades das partes
envolvidas na ação, para facilitar a consecução dos
objetivos.
 Os ajustes devem ser realizados.
 Nesta etapa se obtém a aprovação do programa pelos
níveis hierárquicos superiores.

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Fase 7- Aperfeiçoamento

 Inclui as fases de avaliação e replanejamento das ações


desenvolvidas;

 A avaliação não deve ocorrer somente após ter sido


implementado o plano, deve ser permanente e
contínua;

 Durante todo o processo de avaliação pode se ter a


necessidade de implementar outros programas
auxiliares, como por exemplo, programas de
reciclagem ou aperfeiçoamento de pessoal.
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Planejamento Estratégico
Situacional
 É um método voltado para a resolução de
problema.

 Entendendo como problema: algo detectado que


incomoda o ator social e motiva a buscar soluções
adequadas, ou seja aquilo que o ator detecta na
realidade e confronta com um padrão que ele
considera não adequado ou não tolerável e
estimula a enfrentá-lo visando a promoção de
mudanças.
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(Matus, 1996)
Planejamento Estratégico
Situacional - PES
 O PES é um método que trabalha no
processamento de problemas atuais,
problemas potenciais (ameaças e
oportunidades) e dos macro problemas.

 Deriva seu nome do conceito-


chave “situação”, entendido enquanto
espaço de produção social onde tudo o que
ocorre depende de uma relação conflitiva.
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Planejamento Estratégico
Situacional - PES
 Incorpora os conceitos de eficácia e eficiência políticas.
 Esses conceitos referem-se a acumulação de poder pelo
ator que planeja em relação aos outros atores que estão na
arena política;
 Indicado para o Planejamento Estratégico
do Sistema de Saúde de municípios de
médio e grande porte.
 Trabalha com questões de ordem política, e com o
envolvimento de outros atores além daqueles diretamente
relacionados com a assistência à saúde.

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Planejamento Estratégico
Situacional - PES
No campo das políticas públicas, surgiu a partir da
rejeição da ideia de uma só racionalidade, a econômica
para a solução de questões políticas e sociais e também do
reconhecimento da pluralidade de atores sociais em
conflito numa realidade completa e dinâmica.

Resolução de problemas com participação efetiva dos


atores sociais no processo
(Melleiro, Trochin, Ciampone, 2005)
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PROBLEMA
O que incomoda o ator social

Motiva-o a buscar soluções adequadas

Aquilo que considera inadequado ou intolerável

Estimula-o a enfrentar

Visando a promoção de mudanças


(Matus, 1996)

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É FÁCIL BUSCAR
SOLUÇÕES PARA O
PROBLEMA?

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Quatro categorias de Poder
 O político – dos atores em função do exercício da uma
posição de representatividade social.
 O econômico – dos atores que detêm os recursos
financeiros para intervir no problema.
 O administrativo – dos atores que possuem a
coordenação e direção dos recursos.
 O técnico – dos atores que abarcam conhecimento e
práticas sobre um determinado tema.

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Níveis de controle

 Governabilidade – controle total do ator.


 Influência – capacidade de influências
outros atores que possuem
governabilidade sobre os nós explicativos
do problema.
 Fora do jogo - onde o ator não tem
qualquer controle ou influência sobre as
causas do problema.
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COMPOSIÇÃO DO PES
4 MOMENTOS:
 Momento explicativo: como explicar a realidade –
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

 Momento normativo: como conceber o plano –


OBJETIVO

 Momento estratégico: como tornar o plano viável –


ESTRATÉGIAS

 Momento tático-operacional: como age no cotidiano de


forma planejada - AÇÕES
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Momento explicativo:
Propõe trabalhar com o conceito de problemas.
•Seleção de problemas relevantes
•Identificação ampla do porquê
•Estabelecer prioridades, Identificar os nós críticos que são
os centros práticos da ação.

•Conteúdo básico do momento explicativo:


•Problema claro e objetivo
•Quem é o ator, coordenação e articulação das ações
•Descritores do problema
•Conseqüências do problema
• Representações da rede sistêmica
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MOMENTO EXPLICATIVO
ALTO ÍNDICE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR NA UTI

CAUSA SINTOMA

CONSEQUÊNCIA

ATORES ENVOLVIDOS
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Na enfermagem
ESSENCIAL...

 CONHECIMENTO DO PROCESSO DE
AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA, PROCESSO E
RESULTADO,
 DOS RECURSOS EPIDEMIOLÓGICOS,
 DO SISTEMA DE REFERÊNCIA E CONTRA-
REFERÊNCIA
 DO FLUXO DOS USUÁRIOS

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Momento normativo:
Desenhar o conjunto de ações ou operação necessárias e
suficientes para atacar as causas fundamentais dos
problemas (também chamadas de Nós Críticos). Esta é
a hora de definir o conteúdo propositivo do plano

•Identificação dos atores que fazem parte do problema.


•Identificação dos recursos disponíveis pra controlar as
operações
•Mapeamento do cenário – variáveis de teto (as
melhores possibilidades) as de centro e as de piso (as
piores possibilidades)
•Definição de prazos e metas (previsão de início e
término)
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Momento Normativo
Hora de definir o conteúdo propositivo do plano

Discutir a eficácia de cada ação e qual a situação que sua


realização objetiva

Resultados desejados com os recursos


necessários e os produtos de cada ação.

O QUE SE DESEJA
QUAL O OBJETIVO?
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Momento Estratégico:

Debate sobre a viabilidade estratégica das ações


planejadas

Conjunto de procedimentos práticos e teóricos para


construir viabilidade para o plano, para garantir sua
realização com máxima eficácia. Instrumentos e
ferramentas

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Momento Estratégico:
Definir a melhor estratégia possível para cada
trajetória traçada, estabelecer um programa
direcional para o plano, construir viabilidade
estratégica para atingir a Situação-Objetivo.

Permeia todos os momentos da elaboração


e execução do plano

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Momento estratégico:
Responder as perguntas:
 As operações do plano são viáveis?

 Quais a possíveis reações dos atores envolvidos no


problema?

 Como construir a viabilidade para as ações viáveis?

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Momento Tático-Operacional:

• Momento de fazer, de decidir as coisas, de agir sobre a


realidade concreta.

• Acompanhar detalhadamente, e monitorar o


andamento das ações propostas.

• Reavaliar criticamente todo o processo interno de


tomada de decisões, o sistema de suporte à direção, como
os sistemas de informações,
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