Você está na página 1de 6

CCHS – Centro de Ciências Humanas e Sociais

EB - Escola de Biblioteconomia
Bacharelado em Biblioteconomia - Matutino
ç

Proposta de estudo de usuários da biblioteca escolar da E.M. (03.13.006) Rio de Janeiro nos
Ensino Fundamental II: o relacionamento da frequência do usuário e o acesso a seus serviços
no seu desenvolvimento acadêmico e profissional

Trabalho apresentado para a disciplina:


Estudo de Usuários e de Comunidades
Nome do Docente:
Profa. Dra. Simone Borges Paiva Okuzono
Nome do Estudante:
Maria Carolina Mattos Macêdo

Matrícula: 20201331015
CCHS – Centro de Ciências Humanas e Sociais
EB - Escola de Biblioteconomia
Bacharelado em Biblioteconomia - Matutino

Rio de Janeiro, 2021

1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
Esse estudo se justifica pela necessidade de analisar o desempenho da instituição
escolar na prestação dos serviços da sala de leitura e a eficiência desse trabalho para a
construção do conhecimento e o desempenho dos indivíduos de forma autônoma, tanto na
no acesso ao acervo e suas possibilidades de uso, quanto na compreensão do comportamento
informacional e sua importância para a vida adulta.
Fazer o link entre o que foi o trabalho com o adolescente e as propostas da biblioteca
escolar vivenciadas por ele e, passado um intervalo de tempo suficiente para a conclusão do
Ensino Médio e uma possível graduação ou outra escolha que lhe possibilite estar estabelecido
como adulto, capaz de avaliar seu desenvolvimento nesse período com foco na importância
da formação de um capital cultural adquirido entre suportes de leitura e competências
socioculturais nesse ambiente, poder estabelecer parâmetros para a melhoria de novas
propostas para o próximo decênio e outras gerações que usarão o mesmo espaço, ainda mais
com as atualizações e novos recursos que chegam e precisam ser o mais rapidamente possível
incorporados à realidade, mesmo de uma escola pública.
Valorizar a necessidade de um profissional bibliotecário para estreitar a distância que,
apesar da capilaridade entre a biblioteca no Nível Central, as salas de leitura polo e as salas de
leitura das unidades escolares, se faz necessário, mesmo que atenda a cada sala de leitura
polo em um primeiro momento, o que já significaria ser referência a pelo menos,
aproximadamente, vinte e cinco a trinta escolas, que, nas reuniões mensais que já ocorrem
poderiam dirimir dúvidas ou ter um trabalho mais assertivo, junto a seu público sendo melhor
orientados.
1.2 Contexto do Estudo
A proposta da pesquisa a partir da E.M (03.13.006) Rio de Janeiro surgiu da experiência
entre os anos de 2003 e 2013 como regente de sala de leitura (termo usado no Município do
Rio) para as bibliotecas escolares. É preciso que se explique antes a diferença da
nomenclatura, pois a Rede municipal não conta com bibliotecários, apenas professores que
devem ter obrigatoriamente formação em Letras ou serem generalista (professores de 1º.
Seguimento) que, indicados pela Direção da escola, passam, com seu currículo, por entrevista
na Gerência de Educação da Coordenadoria Regional de Educação e aguardam em sala de aula
sua nomeação ser publicada no Diário Oficial. A sala de leitura funciona na escola pública
CCHS – Centro de Ciências Humanas e Sociais
EB - Escola de Biblioteconomia
Bacharelado em Biblioteconomia - Matutino
como uma artéria da Biblioteca da Secretaria Municipal de Educação, essa sim, com estrutura
própria, que replica, via Salas de leitura polo (aproximadamente dez em cada uma das onze
CREs), que atendem, por sua vez, de quinze a vinte unidades escolares. Essa capilaridade é
regida por normas estabelecidas pela biblioteca central, sendo todas as escolas controladas
em seus serviços, acervos e público atendido, além de ter layout semelhante e projeto político
pedagógico reconhecido e renovado em reuniões periódicas.
Todo esse trabalho se particulariza em função da estrutura da escola, da comunidade
de usuários atendidos e do projeto político pedagógico da própria escola, sem perder, porém,
a essência ou fugir das normas estabelecidas pelo núcleo central nem receber acervo,
equipamentos ou ter oportunidades diferentes umas das outras em função disso. Visitas à
Bienal ou ao Salão do Livro com ônibus e voucher para compra de livre escolha, quando
existiram foram para todas sem distinção; projetos como Cine Clube funcionaram em todos
os Ginásios Experimentais, que foram aparelhados para expor e produzir com os alunos nas
oficinas eletivas, de responsabilidade da Sala de Leitura, o mesmo material.
Em 2013 a Sala de Leitura da E.M. (03.13.006) Rio de Janeiro, sediada à Rua Pereira da
Silva, 165, no Engenho Novo, atendendo prioritariamente à Comunidade do Jacarezinho, por
estar mais próxima do Largo do Jacaré e a ao Posto de Saúde do Jacarezinho, no final da
escadaria do ponto final do ônibus 474, os dez anos de trabalho nos permitiram vivenciar as
transformações que um núcleo leitor, como a função da biblioteca como um organismo vivo,
provocativo, pôde influenciar e deixar marcas em uma fase determinante, que é a
adolescência, quando a busca por livre demanda da sala de leitura na hora da entrada, do
almoço, do lanche ou da saída se faz de forma consequente, a ponto e construir capital
cultural, competência informacional, construção do conhecimento e sabedoria emocional a
partir das trocas ali promovidas entre colegas de diferentes idades, com o professor
orientador, nos projetos de trabalho ou trabalhos transdisciplinares ali desenvolvidos, como
acompanhamos nos oito anos que se sucederam.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Saber como prosseguiram em seus estudos os adolescentes e se consideram que a
relação que tinham no Ensino Fundamental II com o hábito da leitura e o livre acesso ao acervo
e aos serviços oferecidos no espaço da biblioteca escolar influenciou seu prosseguimento na
frequência a outras bibliotecas e seu momento atual, pessoal e/ou profissional a fim de
fortalecer a importância do estudo do usuário e das comunidades durante o período de seu
atendimento e também de forma prospectiva, percebendo o que pode e deve ser alterado
para melhor atender a esse público adolescente. Ainda que estando atento às mudanças no
tempo.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Perceber se biblioteca escolar, apesar de ser apresentada ao aluno no Ensino
Fundamental I pelo professor, continuou como porta de entrada do sujeito-leitor no universo
CCHS – Centro de Ciências Humanas e Sociais
EB - Escola de Biblioteconomia
Bacharelado em Biblioteconomia - Matutino
da biblioteca por livre iniciativa no Fundamental II e se esse processo foi bem fundamentado
a ponto de torná-lo autônomo e ter criado no usuário o hábito continuado da frequência a
bibliotecas públicas ou escolares no Ensino Médio por livre iniciativa.
Avaliar a qualidade dos serviços prestados e consonância com o projeto político
pedagógico proposto e se atendiam às expectativas dos usuários a partir do quanto se sentiam
acolhidos e da capacidade de guardar boas lembranças do tempo ali passado.
Dar à leitura de qualidade e crítica de qualquer suporte (livros, revistas, vídeos,
imagens, projetos desenvolvidos etc) o status de critério básico para o desenvolvimento do
indivíduo, definindo suas escolhas e seu progresso intelectual e ético.
4 METODOLOGIA
Feito o levantamento nas Redes sociais dos ex-alunos que constam e ainda mantêm
contato mais ativo, enviar um convite para participar da pesquisa explicando seus objetivos
de forma clara e sintética, além de restabelecer laços com os que estejam mais afastados da
memória da escola e envio de questionários.
Recebidos os questionários, elaborar relatório avaliativo-propositivo com recursos
gráficos para tornar mais concreta a visualização dos resultados e tabelar a pergunta referente
à memória afetiva estabelecendo as coincidências e analisando, especificamente, a incidência
dessas respostas.
Embora o experimento se realize após a saída dos indivíduos da escola e já adultos, em
sua maioria guardam proximidade com a escola, muitos morando nas proximidades ou tendo
parentes que estudam na escola ou ainda voltando a ela para votar, por ser
O estudo do resultado da pesquisa pode orientar organização de salas, acervos, serviço
de referência, organização de horário de atendimento, inclusão ou não do tempo de sala de
leitura na grade de horário da escola, separação por anos de escolaridade (mais velhos e mais
novos em horários diferentes) e mais uma série de hipóteses para melhor acompanhar futuros
projetos de trabalho para a sala e o acesso aos serviços da biblioteca.
4.1 TIPO DE ESTUDO
O estudo exploratório será desenvolvido de forma a reunir dados e informações dos
ex-usuários da sala de leitura sobre a hipótese a ser confirmada de que não só a procura
espontânea como a liberdade de escolha dos títulos e a negociação sobre que atividades ser
desenvolvidas em cada horário livre em conjunto com os colegas (vídeo, leitura, tertúlia,
pesquisa na internet, ensaios, desenho, atividade mista etc) trouxe mais proximidade e
sentimento cuidado e pertencimento ao espaço da biblioteca, como também apreço por
outras bibliotecas com o comportamento adequado, pautado pelo respeito ao outro, ao lugar
e ao material e a se sentir convidado a entrar em espaços semelhantes.
4.2 QUANTO À ABORDAGEM:
CCHS – Centro de Ciências Humanas e Sociais
EB - Escola de Biblioteconomia
Bacharelado em Biblioteconomia - Matutino
O estudo dar-se-á por abordagem mista, com envio de questionário quali-quanti de 13
perguntas objetivas, uma pergunta aberta sobre sua atual posição profissional (100
caracteres) e outra avaliativa para ser respondida em até 450 caracteres.
4.2 SUJEITOS DO ESTUDO
Mapear nas Redes sociais redes sociais (Facebook, Instagran e WhatsApp) que temos
os alunos que estiveram matriculados entre os anos de 2010 ao de 2012, enviando
aproximadamente 50 convites (de acordo com o número de respostas positivas atingidas em
um período de quinze dias) aos que mais assiduamente frequentaram a sala de leitura e ainda
mantêm contato. Selecionar para a pesquisa, efetivamente, um corpus de 25 indivíduos.
Caso esse prazo seja curto para atingir esse mínimo, fazer nova seleção e prorrogar o
prazo por mais quinze dias até atingir o mínimo de 25 participantes comprometidos, sabendo-
se que é possível uma perda de 10% a 15% desse número, o que ainda é considerado um total
representativo para a análise.
4.3 INSTRUMENTO(S) DE COLETA DE DADOS
Será utilizado questionário com quinze questões; 13 de marcação obrigatória, uma
aberta para saber qual o nível de posicionamento profissional atual do indivíduo e uma última
aberta para que sejam elencadas três memórias afetivas, que podem fazer referência ao
espaço, ao acervo, às atividades desenvolvidas na sala ou a partir do planejamento político-
pedagógico semestral, às atividades transdisciplinares, ao atendimento etc.
4.3.1 Procedimentos adotados para a Coletas de Dados
O questionário será formulado usando a ferramenta do Google Forms e enviado link
anexo via e-mail, Messenger ou WhatsApp, conforme disponibilidade de contato, com cópia
para o respondente, que poderá guardar suas respostas.

REFERÊNCIAS
BAPTISTA, S. G; CUNHA, M. B. Estudo de usuários: visão global dos métodos de coleta de dados.
Perspectivas em Ciência da Informação, [Belo Horizonte], v. 12, n. 2, p. 168-184, maio/ago.
2007. Disponível em:
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/905/1/ARTIGO_EstudoUsuarios.pdf. Acesso em: 19
set. 2021.

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Carioca digital, 2021. Educação em números;


dados detalhados do número de unidades escolares por segmento, corpo docente, discente e
pessoal de apoio por Coordenadoria Regionais de Educação e Nível Central. Disponível em:
http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/educacao-em-numeros . Acesso em: 19 ago. 2021.

SIMÕES, A. C. Usuários da informação. In: Os estudos de usuários nos programas de pós-


graduação em ciência da informação no Nordeste. 2014. Dissertação (Mestrado em Ciência
CCHS – Centro de Ciências Humanas e Sociais
EB - Escola de Biblioteconomia
Bacharelado em Biblioteconomia - Matutino
da Informação) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal da Paraíba. f. 55-76.
Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/tede/3951/1/arquivototal.pdf. Acesso
em: 19 set. 2021.

APÊNDICE(S)
Aqui deverá constar o modelo do Instrumento de Coleta de Dados, elaborado pelo
pesquisador.
Aqui deverá constar o modelo do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),
elaborado pelo pesquisador.

Você também pode gostar