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E2 - Realimentação
1. Amplificadores
Realimentados
CLASSIFICAÇÃO DE AMPLIFICADORES
EQUAÇÃO DE REALIMENTAÇÃO
TOPOLOGIAS DE AMPLIFICADORES REALIMENTADOS
Rs RO
vs vi Ri A v0xv i vo RL
vO
Av = (1.1)
vi
Av0 é o valor do ganho de tensão Av obtido com a saída em aberto, ou seja, quando RL=∞Ω.
{
v O quando
Av = (1.2)
0
v i R L =∞Ω
Objetivo v O = Av 0 .v s (1.3)
Se se verificarem as relações (1.4) e (1.5) as resistências do amplificador de tensão podem ser aproximadas às do
amplificador de tensão ideal cumprindo o objetivo (1.3).
Ri ≫R S → v i≃v S (1.4)
Ro ≪R L →v o≃Av ⋅v i 0
(1.5)
ii io
is Rs Ri A i0xii RO RL
iO
Ai = (1.7
ii
Ai0 é o valor do ganho de corrente Ai obtido com a saída em curto-circuito, ou seja, quando RL=0Ω.
{
i O quando
Ai = (1.8)
0
i i R L=0Ω
Ri ≪R S →i i≃i S (1.10)
Ro ≫R L →i o≃Ai⋅ii 0
(1.11)
Rs
io
vs vi Ri G m0xv i RO RL
i O −1
Gm = [Ω ] (1.13)
vi
Gm0 é o valor do ganho de transcondutância Gm obtido com a saída em curto-circuito, ou seja, quando RL=0Ω.
{
i O quando
Gm = (1.14)
0
v i R L =0 Ω
Objetivo iO =G m . v s 0
(1.15)
Se se verificarem as relações (1.16) e (1.17) as resistências do amplificador de transcondutância podem ser
aproximadas às do amplificador ideal cumprindo o objetivo (1.15).
Ro≫R L →i o≃G m ⋅v i 0
(1.17)
RO
ii
is Rs Ri R m0xii vo RL
vO
Rm = [Ω] (1.19)
ii
Rm0 é o valor do ganho de transresistência Rm obtido com a saída em aberto, ou seja, quando RL=∞Ω.
{
v O quando
Rm = (1.20)
0
i i R L =∞Ω
Objetivo v O =R m0 .i s (1.21)
Se se verificarem as relações (1.22) e (1.23) as resistências do amplificador de transresistência podem ser
aproximadas às do amplificador ideal cumprindo o objetivo (1.21).
Ri≪R S →i i≃i S (1.22)
Ro≪R L →v o≃Rm ⋅i i 0
(1.23)
Xs Xi Xo
A
Xf
Para deduzir a equação de realimentação pode obter-se (1.25), (1.26) e (1.27) a partir da figura 1.5.
X o = A⋅X i (1.25)
X f =⋅X o (1.26)
X i = X s− X f (1.27)
A partir das equações (1.25), (1.26) e (1.27) obtém-se a equação (1.28).
D=1⋅A (1.30)
conhecido como fator de dessensibilidade e o fator S, equação (1.31), conhecido como fator de sensibilidade.
1 1
S= = (1.31)
(1+β⋅A) D
O termo dessensibilidade foi atribuído a este fator, atendendo a que a realimentação negativa faz com que
alterações dos parâmetros dos dispositivos ativos e passivos constituintes do amplificador, como variação do hfe por
envelhecimento ou alteração de valores de resistências devido a variação de temperatura, entre outros, tenham
pouquíssima influencia no ganho e resistências de entrada e de saída. Ou seja, o desempenho do amplificador
mantém-se praticamente insensível às alterações desses parâmetros.
Para alem do exposto, atendendo a que num amplificador o produto ganho.largura-de-banda é constante
(A.LB=Kte), a realimentação negativa faz aumentar a largura de banda do amplificador.
dA
dA f = (1.33)
(1+β⋅A)2
dividindo (1.33) pela equação de realimentação (1.29) fica (1.34),
dA
dA f 1⋅A2 1 dA 1 dA
= = ⋅ = ⋅ (1.34)
Af A 1⋅A A D A
1⋅A
ou seja,
dA f 1 dA
= ⋅ (1.35)
Af D A
A equação (1.35) indica que a percentagem de variação de Af (dAf/Af ) do amplificador realimentado é apenas uma
pequena fração (1/D) da percentagem de variação (dA/A) do ganho A em malha aberta.
Otimização da resistência de saída e de entrada à topologia
O efeito da realimentação negativa nas resistências de entrada e de saída de um amplificador vai no sentido de
adequar essas resistências à tipologia do amplificador, ou seja, faz com que se tornem mais próximas do ideal. Por
exemplo, a realimentação negativa aplicada a uma amplificador de tensão faz aumentar a resistência de entrada e
diminuir a resistência de saída. Já num amplificador de corrente faz diminuir a resistência de entrada e aumentar a
resistência de saída.
Aumento da largura de banda
A realimentação negativa faz aumentar a largura de banda de um amplificador. Tomemos como exemplo um
amplificador sem realimentação cuja resposta em alta frequência é caracterizada por ter um único pólo. Esse
amplificador tem uma função de transferência em alta frequência dada por (1.36).
AP
A(ω)=
1+ j ωωH (1.36)
em que ωH = 2πfH é a frequência de corte superior e AP o ganho de patamar, ou seja, o ganho às médias frequências.
Se for aplicada realimentação negativa ao amplificar, a equação de realimentação para alta frequência fica (1.37).
AP
1 j
A H
A f = = (1.37)
1⋅A AP
1⋅
1 j
H
Resolvendo (1.37), dividindo ambos o numerador e denominador por (1+β.AP), fica-se com (1.38).
AP
(1+β⋅A P )
A f (ω)= (1.38)
1+ j ωω ⋅
1
H (1+β⋅A )
P
De (1.38) conclui-se que o ganho de patamar do amplificador realimentado é dado por (1.39).
AP
Af = (1.39)
P
(1+β⋅A P )
Concluindo-se de (1.39) que para a frequência de corte superior, ωHf, virá (1.40).
LB f =LB⋅(1+β⋅LB) (1.43)
Das últimas equações, (1.39) e (1.43), conclui-se que a realimentação negativa reduz o ganho de patamar com um
fator (1+βAp) mas aumenta a frequência de corte superior com o mesmo fator. Contudo, como mostra a figura 1.6,
o produto ganho largura-de-banda permanece constante à frequência fT, ou seja verifica-se (1.44).
A(f)dB
20log(AP )
20log AP
2
fH. (1+β.AP )
20log(AP/(1+β.AP )) Ap .LB
20logAP f
2
fH f Hf f T f [Hz]
LB
LBf
Figura 1.6 - Gráfico que ilustra o ganho em função da frequência sem e com realimentação
Amplificador realimentado
is ii io iL
Amplificador
Fonte vs Misturador vi Básico vo Amostragem vL Carga
A
if ia
Malha
Realimentação
vf va
b
Figura 1.7 - Amplificador realimentado constituído por: amplificador básico A, malha de realimentação b,
circuito de amostragem e circuito de mistura.
As duas grandezas elétricas usadas na amostragem e na mistura permitem dois tipos de comparação e dois tipos de
mistura:
Na amostragem em tensão, também designada por amostragem paralela 1.8(a), a amostragem consiste na obtenção
da tensão aos terminais da carga RL, paralela com a entrada da malha β.
Na amostragem em corrente, também designada por amostragem serie 1.8(b), a amostragem consiste na obtenção
da corrente que atravessa a carga R L, em serie com a entrada da malha β.
Na mistura de tensão, também designada por mistura serie 1.8(c), a mistura consiste na obtenção da tensão à
entrada do bloco A, correspondente à tensão da fonte de Thevenin subtraída da tensão à saída da malha β.
Na mistura de corrente, também designada por mistura paralela 1.8(d), a mistura consiste na obtenção da corrente
de entrada do bloco A, correspondente à corrente da fonte de Norton subtraída da corrente à saída da malha β.
De acordo com o exposto temos quatro topologias de realimentação, resultantes da combinação das amostragens
e das misturas, que por sua vez dão origem a quatro tipologias de amplificadores, como resume a tabela 1.1.
io
A RL vo
A RL
b vo
b io
vf b b
De seguida vão ser apresentadas as características de cada uma das topologias de realimentação.
Rs R if R of
vs´ vs vi vo
A RL
vf b vo
A tabela 1.2 resume as caraterísticas do amplificador de tensão. A tensão é a única grandeza envolvida na
amostragem e na mistura. Verifica-se que a resistência de entrada do amplificador realimentado, Rif, é aumentada
relativamente à resistência de entrada do amplificador em malha aberta, Ri. Por sua vez a resistência de saída, Rof, é
diminuída relativamente à resistência de saída do amplificador em malha aberta, Ro. A primeira aumenta devido à
multiplicação de Ri pelo fator D, obtido da equação (1.30), enquanto a segunda diminui devido à multiplicação de
Ro pelo fator inverso, S, obtido da equação (1.31).
vo vf v i=v s−v f
A= Av = (1.45) = (1.46) (1.47)
vi vo
Ganho em malha fechada Resistência entrada em malha fechada Resistência saída em malha fechada
Av Ro
Avf = = Av⋅S (1.48) Rif =Ri⋅1⋅Av =Ri⋅D (1.49) Rof = =Ro⋅S (1.50)
1⋅Av 1⋅Av
Fator de dessensibilidade Fator de sensibilidade
1 1
D=1⋅Av (1.51) S= = (1.52)
1⋅Av D
Tabela 1.2 - Equações do amplificador de topologia Tensão-Série.
Rs R if i oR of
vs´ vs vi A RL
vf b io
io vf
A=G m= (1.53) = (1.54) v i=v s−v f (1.55)
vi io
Ganho em malha fechada Resistência entrada em malha fechada Resistência saída em malha fechada
Gm
G mf = =G m⋅S (1.56) Rif =Ri⋅1⋅G m =Ri⋅D (1.57) Rof =R o⋅1⋅G m=R o⋅D (1.58)
1⋅Gm
Fator de dessensibilidade Fator de sensibilidade
1 1
D=1⋅Gm (1.59) S= = (1.60)
1⋅G m D
Tabela 1.3 - Equações do amplificador de topologia Corrente-Série.
i s R if i i i oR of
is´ Rs A RL
if
b io
A tabela 1.4 resume as caraterísticas do amplificador de corrente. A corrente é a única grandeza envolvida na
amostragem e na mistura. Verifica-se que a resistência de entrada do amplificador realimentado, Rif, é diminuída
relativamente à resistência de entrada do amplificador em malha aberta, Ri. A resistência de saída, Rof é aumentada
relativamente à resistência de saída do amplificador em malha aberta, Ro. A primeira diminui devido à
multiplicação pelo fator S, obtido da equação (1.31), enquanto a segunda aumenta devido à multiplicação pelo fator
D, obtido da equação (1.30).
i s R if i i Rof
is´ Rs A RL vo
if
b vo
Rm Ri Ro
Rmf = = Rm⋅S (1.72) Rif = =Ri⋅S (1.73) Rof = =R o⋅S (1.74)
1⋅Rm 1⋅R m 1⋅Rm
Fator de dessensibilidade Fator de sensibilidade
1 1
D=1⋅Rm (1.75) S= = (1.76)
1⋅R m D
Tabela 1.5 - Equações do amplificador de topologia Tensão-Paralelo.
1.5. EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 1.1
Considere-se o circuito da figura 1.13.
+VCC +10V
R1 22k VBIAS 8V
R 3 2,2K
C2 R6 50 K
Ri
C1 M1
vi
Q1 1 F
C3 Ro
+ 1F R5 vo
vs - R2 10k
1K 1 F
R4 RL 4K
1,5 K
v CC v CC
+
-
-
10 V M B10V
VGS1
R6
R3 2,2K M1
50K
I C1 vBIAS +- 8V ID1
Rth IB1
Q1 MC
6,88K R5
vth + VBE1 N1 IE1
- 3 ,125 V
IR4 1K MD
R4 1,5K
MA
Figura 1.14 - Malhas, tensões e correntes a ter em conta para determinação da polarização.
RO
Malha A
Ri M1
Q1 RL 4k
R equ 2k vo
vs R th 6,88k
vs
Roβ
Riβ
Malha b R 5
1K
vf R4 1,5K vo
Figura 1.15 - Malhas, tensões e correntes a ter em conta para determinação da polarização.
MALHA DE REALIMENTAÇÃO
A malha de realimentação é composta por R 4 e R5. A figura 1.16 representa os circuitos equivalentes para
determinação do fator b e das resistências de entrada e de saída da malha de realimentação. Para obter o valor do
fator de realimentação determina-se a relação vf/vo. Atendendo a que a mistura é feita em série, a resistência de
entrada da malha b, Rib, é obtida anulando a corrente de saída desta malha, ou seja, abrindo o circuito à saída.
Quanto à resistência de saída, sendo a amostragem feita em tensão, R ob é obtida anulando a tensão de amostragem
vo, ou seja, curto-circuitando a entrada desta malha. Assim, de acordo com os circuitos representados, obtém-se o
fator b por divisão de tensão,
vf R4
β= = =0,6 (1.84)
v o ( R 4+ R 5)
e o valor das resistências,
Rib R5
R5 R5 Rob
1K
Circuito
1K
Circuito
aberto
1K
Curto
vf vo R4 1,5K R4 1,5K
R4 1,5K
a) b) c)
Figura 1.16 - Circuitos equivalentes para obtenção do fator b, Rob e Rib .
A figura 1.17 apresenta o circuito equivalente em malha aberta mas tendo em conta o efeito de carga da malha b,
ou seja, A carregado.
Os parâmetros como ganho de tensão, resistência de entrada e resistência de saída determinam-se a partir do
circuito da figura1.17.
A resistência Requ representa o paralelo das resistências R 3 e R4,
R L = Ri ∥R L=1,54 K Ω
M1 β
(1.88)
Para a resistência de saída Ro e R´o tem-se,
R o =R i ∥R o = R iβ=2,5 K Ω
β M1
(1.89)
R L =R equ∥Ri =2K Ω
Q1 M1
(1.91)
RO
Malha A
M1
Ri
Q1
R ib 2,5k RL 4k
R equ 2k vo
vs R th 6,88k
R ob 0,6k
vs
R i = Rth∥Ri =6,7 K Ω Q1
(1.93)
O parâmetro de transcondutância dinâmica do dispositivo M 1, necessário para o cálculo do ganho do andar de
amplificação deste dispositivo, obtém-se a partir da equação,
−h fe ⋅R L
Av = =−3,27 1 Q1
(1.96)
1
(hie +(1+h fe )⋅R o )
1 1 β
vo
Av = = Av ⋅Av =10,06 (1.98)
vi 1 2
1
S= =0,14 (1.100)
D
vindo então para o ganho em malha fechada,
Av A 10,06
Avf = = v= =1,43 (1.101)
(1+β⋅Av ) D 7,04
Quanto à resistência de entrada, atendendo à mistura série, esta é determinada multiplicando o valor da resistência
em malha aberta pelo fator de dessensibilidade,
Ri =R⋅D=47,2
f i kΩ (1.102)
e a resistência de saída é determinada dividindo o valor da resistência em malha aberta pelo fator de
dessensibilidade, atendendo a que a amostragem é paralela,
Ro
Ro = =355,1Ω (1.103)
f
D
MODELOS DO AMPLIFICADOR
A figura 1.18 representa o modelo do amplificador sem realimentação mas tendo em conta a carga devida à malha
RO
2,5k
vs(t) Ri 6,7k 10,06.vi RL
vi vo
temperatura, entre outros, tenham pouquíssima influencia no ganho e resistências de entrada e saída, ou seja,
manter o desempenho do amplificador praticamente insensível a esses parâmetros.
ROf
355
v s(t) Rif 47,2k 1,43.vi RL
vi vo
EXERCÍCIO 1.2
Considere-se o circuito amplificador da figura 1.20.
VCC 8V
C5 Rf
10K
100 nF
EXERCÍCIO 1.3
Considere-se o circuito amplificador da figura 1.21 e dados apresentados.
R6
VDD 10V Ro
2K
C3
vo io
R2 2k R4 2K
VGG 5,5V 100nF
M2
Ri R1 100k RL 2K
Q1
ii v C1
i C2 10uF
M1 R7 1,5K
100nF C4 100nF
R5 R8 10K
vs 2,5K
R3 0,5k
EXERCÍCIO 1.4
Considere-se o circuito amplificador com realimentação da figura 1.22 e dados apresentados.
VBB VDD
R1 150K R2 1K
Zo
ID C3 vo
M1
Zi C1 100nF
R3 RL 10K
Q1
100nF C2 1M
vs(t) 1uF C4
100nF
Rf
1K
Malha Rm
Ro
RLQ1 RiM 1 RL M1
Ri M1
i i
RiQ1
Q1
vs(t)/Rs R3 1M R2 1K v O RL 10K
Rs 10K R1 150K
i f Mal ha β
iβO Rf
ROβ
1K vβ R
i
iβ
Atendendo a que o sinal de entrada é em corrente, converteu-se a fonte Thevenin de entrada de sinal numa fonte
equivalente de Norton. Para obter a fonte de corrente, curto-circuitam-se os terminais da fonte de Thevenin,
obtendo-se a corrente de curto-circuito, calculada como sendo vs(t)/Rs. Esta corresponde ao valor da fonte de
corrente. A conversão da resistência de Thevenin em resistência de Norton, a colocar em paralelo com a fonte de
corrente, é direta, ou seja, tem exatamente o mesmo valor da resistência de Thevenin, 10kΩ.
A figura 1.24 apresenta circuitos equivalentes para determinação dos parâmetros da malha β. Para obter o ganho
da malha β, anula-se a entrada do amplificador para impedir que a corrente desta malha entre no bloco A,
resultando a figura 1.24(a).
iβ
O Rf ROβ Rf Rf Riβ
1K 1K 1K
vo v βi
Obtidos os parâmetros da malha β pode agora redesenha-se o circuito incremental da malha Rm, sem realimentação
mas tendo em conta a carga da malha β, resultando no circuito da figura 1.25.
Ro
RLQ1 RiM 1 RLM1
RiQ1 M1
Ri i i
Q1
v s(t)/Rs Re1 Riβ 1k v O RL 10K
Rs 10K R1 ROβ 1k
150K
Figura 1.25 - Circuito incremental do amplificador em malha aberta mas tendo em conta a carga da malha β.
−600⋅250
Av =(4×10−3⋅475)×( )=(1,9)×(−93,75)=−178,25 (1.115)
1,6×103
Finalmente vem para o ganho em malha aberta o valor de (1.116).
Rm =Av ×R i=−178,25×612,87=−109,17×10 3 Ω (1.116)
Malha Rm
Ro
RLQ1 RiM 1 RLM1
M1
Ri i i
RiQ1
Q1
vs(t)/Rs v O
RL 10K
Rs 10K
i f Malha β
iβ O Rf
ROβ 1K Riβ
R1 150K Re1 999 vβ
i
A figura 1.27 apresenta circuitos equivalentes para determinação dos parâmetros da malha β. Tal como
anteriormente, para obter o parâmetro β, anula-se a entrada do amplificador para impedir que a corrente desta
malha entre no bloco Rm, resultando o circuito da figura 1.27(a).
Na figura 1.27(a) pode verificar-se que a tensão na resistência R 1 é nula devido ao curto-circuito, sendo a corrente
ioβ igual à corrente que percorre R f, ou seja, obtém-se (1.117), concluindo-se ser esta equação exactamente igual à
obtida em (1.104). O parâmetro β que resulta de (1.117) é igual ao valor obtido em (1.105).
−( vi β−0) −vi β
iO β= = (1.117)
Rf Rf
Com a saída do amplificador Rm anulada, figura 1.27(b), Re1 é anulada, obtendo-se o valor da resistência de saída da
malha β como sendo (1.16).
Inserindo as resistência Riβ e ROβ na malha Rm, obtém-se o circuito da figura 1.28. Este circuito é equivalente ao
circuito da figura 1.25 se aí forem substituídos os pares (R 1, Roβ) e (Re1, Riβ), que se encontram em paralelo entre si
pelo respectivo valor do paralelo, ou seja, respectivamente, 993Ω e 500Ω, valores iguais aos valores de Roβ e Riβ do
circuito da figura 1.28, como não poderia deixar de ser.
RLQ1 RiM 1 Ro
RLM1
Ri M1
i i
RiQ1
Q1
v s(t)/Rs Riβ 500 v O
RL 10K
Rs 10K ROβ 993
Figura 1.28 - Circuito incremental do amplificador em malha aberta mas tendo em conta a carga da malha β.
Conclui-se, assim, que ambas as metodologias usadas conduzem aos mesmos resultados de ganho da malha aberta
Rm e ganho da malha de realimentação β, registados nas equações (1.105) e (1.116).
PARÂMETROS EM MALHA FECHADA
Atendendo à topologia tensão-paralelo aplica-se a equação (1.72) correspondente a uma tipologia de amplificador
de transresistência, reescrita em (1.120),
Rm R
R mf = = m (1.120)
1+β⋅R m D
em que D é o fator de dessensibilidade obtido como sendo (1.121).
A equação da malha em cadeia aberta (1.25) deverá ser fatorizada por forma a permitir desenhar as assimptotas do
Diagrama de Bode e daí concluir sobre a estabilidade do amplificador realimentado. Aconselha-se o estudo do
capítulo Estabilidade e Compensação, para compreensão da matéria aqui abordada em antecipação.
600
T CA ( j ω)=β ( j ω)× A( j ω)= ω
(2+ j )×(1+ j ω ) (1.125)
3141 62831
A partir de (1.25) obtém-se (1.26)
600
T CA ( j ω)= ω
2(1+ j )×(1+ j ω ) (1.126)
6282 62831
Simplificando a equação fica na forma irredutível (1.27).
300
T CA ( j ω)=
(1+ j ω )×(1+ j ω ) (1.127)
6282 62831
Conclui-se assim que existem três fatores sendo um constante e dois polos às frequências ωP1=6282rad/s e
ωP2=62831rad/s.
Convertendo para dB o termo constante fica (1.28), ao qual corresponde um ângulo de fase de 0º.
∣F K ∣dB=20⋅log10 (300)=+49,54 dB
0
(1.128)
O termo do primeiro polo fica (1.129).
√
2
∣F P1∣dB =20⋅log10 (1+( ω ) ) (1.129)
6280
O correspondente ângulo de fase fica (1.130).
∢ F P1 =−arctg ( ω ) (1.130)
6280
O termo do segundo polo fica (1.131).
∣F P2∣dB=20⋅log 10
O correspondente ângulo de fase fica (1.132).
√ (1+( ω )2 )
62831
(1.131)
∢ F P2 =−arctg ( ω )
62831 (1.132)
A figura 1.29 apresenta o diagrama por aproximação de bode da função ganho em cadeia aberta.
|T CA(jω)|dB f [º]
100
80
60
+49,54dB 49,54dB |FK0|
40
20 fP1=1kHz
fP2=10kHz fg=52kHz fP=100kHz
-1 0 1 2
0 10 10 10 10 103 104 105 106 107 108 109
2 3 4 5 6 789 2 3 4 5 6 7 89 2 3 4 5 6 789 2 3 4 5 6 789 2 3 4 5 6 789 2 3 4 5 6 789 23 4 5 6 789 2 3 4 5 6 789 2 3 4 5 6 789 2 3 4 5 6 789
MG 10,4dB f [Hz]
-20 +180º
-40 +90º
-60 0º
-80 -90º
-100 -180º
-180º MF
<45º
Das curvas do diagrama pode verificar-se que a margem de ganho é de MF=10,4dB e margem de fase MP inferior
a 45º, permitindo concluir que, embora o amplificador apresente estabilidade, esta não é absoluta pois a margem de
fase é muito inferior a 45º. Uma forma de garantir estabilidade absoluta seria diminuir o ganho do fator F K0 por
forma a que a margem de fase fosse igual ou superior a 45º, mantendo a margem de ganho igual ou superior a
10dB.