Você está na página 1de 7

ESCOLA TÉCNICA SANTA JULIANA

MICROSCÓPIO
ELETRÔNICO
Aluna: Larissa de Andrade Silva

Professora: Tatiane

Curso: Análises Clinicas – Turma A

MACEIÓ – AL
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO

Para a realização de estudos e análise de estruturas de pequeno tamanho é


necessário a utilização do microscópio de luz, pois com esse instrumento é
possível aumentar a visualização em até 1500 vezes, embora o aumento seja
significativo não se pode alcançar grandes detalhes da estrutura celular.

Com o invento do microscópio eletrônico tornou possível a realização de


análises e estudos com maior riqueza de detalhes das estruturas celulares,
fazendo elevados aumentos dos objetos a serem estudados, o funcionamento
do microscópio é diferente dos de luz, pois utiliza feixes de elétrons.

Em 1931, através dos engenheiros alemães Ernest Ruska e Knoll Max, foi
construído o primeiro modelo de microscópio eletrônico do mundo, que, em sua
primeira versão, apesar de conseguir uma ampliação menor do que a
proporcionada pelos microscópios de luz, conseguiu provar não apenas que a
utilização do feixe focalizado de elétrons era viável, mas que os rumos e o
futuro da ciência dependiam desse desenvolvimento.

Todos os modelos de
microscópios eletrônicos que se
sucederam e são amplamente
utilizados atualmente derivam
diretamente desse modelo inicial
de 1931, criado por Max e Ruska.

Para que a realização do trabalho


utilizando o microscópio eletrônico
seja feita da maneira correta é
preciso que o material esteja fixo e
corado com sais de metais
pesados para favorecer os
contrastes em todas as estruturas
das células, os corantes fazem
com que as estruturas fiquem
menos permeáveis aos feixes de
elétrons, no qual as estruturas
mais coradas são visualizadas em preto e branco ou ainda cinza-escuro e as
que são menos coradas em cinza-claro.

A imagem é visualizada em uma tela e há também a possibilidade de ser


expressa em forma de fotografia, essas por serem preto e branco podem ser
coloridas através de equipamentos especiais, essas fotos são denominadas de
micrografias.
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA

O primeiro grande diferencial do microscópio eletrônico de varredura é a forma


como ele funciona, utilizando lentes eletromagnéticas e elétrons para alcançar
ampliações e resoluções ainda maiores. O mesmo tem este nome, pois emite
um feixe de elétrons sobre a amostra analisada, “varrendo” toda a sua
superfície e transmitindo o sinal dos detectores para um computador.

Os microscópios eletrônicos de varredura tem o benefício de obter imagens


mais detalhadas, incluindo a compreensão de dimensões, contraste, texturas
(topografia) e até profundidade nas amostras analisadas. Com a preparação
correta das amostras, é possível analisar uma extensa lista de materiais
biológicos ou sintéticos. A ampliação pode ultrapassar um milhão de vezes.

Através das imagens geradas pelo MEV é possível realizar diversos tipos de
análises em polímeros, tanto estruturais quanto químicas. Em relação às
análises estruturais, é possível obter informações morfológicas como:
orientação e qualidade da interface de fibras de reforço, a interface entre matriz
e fase dispersa de blendas imiscíveis, presença de impurezas, bolhas, trincas,
superfícies irregulares, entre outras coisas.

 Tipos de MEV e seus diferenciais:

I. Microscopia eletrônica de varredura convencional

Este tipo de microscópio atende a todos os pontos que foi descrito nesta
pesquisa. O equipamento necessita de alto vácuo na região da geração do
feixe de elétrons e também na câmara da amostra. Neste microscópio, as
amostras devem ser condutoras, ou estarem cobertas com fina camada de
material condutor, como ouro ou carbono, por exemplo.

II. Microscópio eletrônico de varredura de pressão variável (baixo


vácuo)

Bastante similar ao convencional, porém com a possibilidade de ajustar o


vácuo na câmara para um nível mais baixo. Desta forma, o baixo vácuo na
câmara reduz o efeito de carregamento (charge-up em inglês) nas amostras
não condutoras, permitindo que estas sejam observadas sem a necessidade de
recobrimento. A baixa pressão na câmara também diminui a taxa de
evaporação de amostras hidratas, preservando-as por mais tempo.

III. Microscópio eletrônico de varredura com feixe focado de íons (FIB)

É um equipamento de feixe duplo, pois utiliza os elétrons e um feixe de íons de


gálio sobre o material a ser analisado. Os sistemas FIB se tornaram uma
ferramenta indispensável para a caracterização e análise das tecnologias mais
recentes, materiais em escala nanométrica, produção de lamelas ultrafinas
para MET, análises granulométrica em três dimensões, entre outros.

IV. Microscópio eletrônico de varredura a baixa voltagem (MEVBV)

Utiliza os elétrons de baixa energia, o que dispensa também a preparação e


metalização de amostras. Atualmente os sistemas MEV-FEG possuem
excelente resultado em baixas tensões.

V. Microscópio eletrônico de varredura por emissão de campo (FE-


SEM)

Utiliza um forte campo magnético junto com o aquecimento do filamento ou


cristal para auxiliar na extração dos elétrons. Normalmente, esse tipo de
microscópio possui altíssima resolução, permitindo a obtenção de imagens em
magnificação muito alta e com grande qualidade. É comum que esse tipo de
microscópio também realize imagens com baixa voltagem e grande qualidade.

VI. Microscópio eletrônico de varredura por emissão de campo à frio


(CFE-SEM)

Também utiliza um forte campo magnético para extração dos elétrons, porém
realiza essa extração na temperatura ambiente. Desta forma, é capaz de atingir
resolução ainda melhor que o microscópio por emissão de campo tradicional.

VII. Microscópio eletrônico de transmissão de varredura (STEM)

Utiliza os princípios do microscópio de transmissão aliados ao microscópio


eletrônico, já que realiza varredura na amostra. Essa técnica vem se tornando
mais difundida e abrangente com a redução do custo dos acessórios, sendo
empregada hoje até em MEVs de bancada.
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO

Assim como na Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), este ensaio


também utiliza um feixe de elétrons para formar as imagens da amostra em
análise, porém atua com um mecanismo um pouco diferente.

No equipamento de Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET) existe um


gerador de elétrons de alta tensão que se deslocam através de um tubo no
vácuo antes de serem convergidos por uma lente eletromagnética, focalizando
os elétrons em um feixe muito fino. Este feixe penetra a amostra, que por sua
vez, é uma fina camada do material a ser analisado.

Depois de atravessar a amostra, o feixe gerado atinge uma tela fluorescente


posicionada na parte inferior do equipamento, onde a imagem da amostra é
formada em diferentes tons, de acordo com a densidade, espessura e difração.
As imagens formadas são bidimensionais e possuem um aumento de centenas
de milhares de vezes.

As amostras utilizadas no ensaio de Microscopia Eletrônica de Transmissão


precisam ser muito finas, para que o feixe de elétrons seja capaz de atravessá-
las. Portanto, para obter amostras com dimensões adequadas para o ensaio
são necessários alguns processos, como por exemplo, o corte e desbaste da
amostra. Assim, o processo de preparação de amostras para a realização do
ensaio é uma das etapas mais importantes para que se obtenha sucesso na
coleta das informações desejadas.

Esta técnica de microscopia é utilizada em análises microestruturais por


fornecer desde informações superficiais até níveis atômicos, como por
exemplo: composição química, informações cristalográficas, avaliação de
óxidos metálicos na composição, dispersão de cargas e aditivos, avaliação de
fases dispersas em blendas, avaliação das fases de copolímeros, entre outros.

Além das imagens geradas, é possível empregar a coleta dos Raios X gerados
durante o ensaio com o objetivo de estudar a composição elementar das
amostras em análise. Esta Microanálise elementar é conhecida como
Espectroscopia por Energia Dispersiva (EDS) e também pode ser realizada
pela técnica de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).

 Aplicações

A técnica MET tem aplicações tanto em meios acadêmicos como em diversas


indústrias e em serviços de saúde. Um microscópio eletrônico de transmissão
pode ser utilizado para:
 Ciências biológicas;
 Ciências forenses;
 Análises químicas e físicas;
 Mineralogia e metalurgia;
 Polímeros;
 Semicondutores;
 Análises agropecuárias;
 Caracterização de materiais.

Entre outras possibilidades variáveis entre mercado, área, tipo de amostra e


assim em diante. A análise com um microscópio eletrônico exige uma
preparação específica de amostras, que precisa ser desidratada e isolada sob
vácuo.

Neste ponto, também é interessante notar como estes tipos de microscópios


são operados e o que eles possibilitam. Pelo alto investimento nestes
instrumentos, a correta calibração, manutenção e operação são fortes
diferenciais para a qualidade de suas pesquisas.
REFERÊNCIAS

OS DIFERENCIAIS DO MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO


(MET). Dpunion, 2017. Disponível em: https://dpunion.com.br/os-diferenciais-
do-microscopio-eletronico-de-transmissao-met/.

Saiba quais são os tipos de microscópios eletrônicos e suas aplicações. Prolab,


2014. Disponível em: https://www.prolab.com.br/blog/equipamentos-
aplicacoes/saiba-quais-sao-os-tipos-de-microscopios-eletronicos-e-suas-
aplicacoes-2/.

‘O que é o ensaio de Microscopia Eletrônica de Transmissão?’. Afinko


Polímeros, 2020. Disponível em: https://afinkopolimeros.com.br/microscopia-
eletronica-transmissao-met/.

FREITAS, Eduardo. Microscópio de luz e Eletrônico, Mundo Educação, 2018.


Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/microscopio-luz-
eletronico.htm.

Você também pode gostar