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UNIDADE I

Gerenciamento de
Obras Civis

Prof. Eduardo Pilotto


Disciplina: Gerenciamento de Obras Civis

 Objetivo apresentar conceitos e técnicas referentes à qualidade do gerenciamento das obras


de construção civil com foco no tripé qualidade, custos e prazos.

Compreende a:
 Gestão de recursos humanos (mão de obra);
 Gestão de materiais (estoque), ferramentas e equipamentos;
 Gestão da produção/produtividade;
 Gestão dos custos (orçamento, acompanhamento e controle – previsto x realizado);
 Gestão do tempo (cronograma);
 Gestão dos projetos (interferências/compatibilização);
 Gestão de qualidade e sustentabilidade;
 Gestão de stakeholders;
 Gestão de logística.
Definições:

Você sabe o que é gerenciar?


 Gerenciar: coordenar uma empresa, uma companhia, um negócio ou um serviço exercendo
funções de gerente ou de administrador.
 Exercer funções como um gerente.

 Gerente: profissional especializado em gerir ou administrar


(estabelecimentos, negócios, propriedades ou serviços);
 Dirigente ou gestor (exemplo: gerente de shopping, gerente de loja...).

Fonte: autoria própria.


Definições:

 Gestor: indivíduo responsável pela administração e pelo gerenciamento (planejamento,


organização, controle e direção) dos bens ou dos negócios que pertencem a (...)
 Capaz de administrar, de gerir.

 Como ideia geral, gerenciamento, gestão ou administração é a atividade de obter e


maximizar os resultados desejados por meio da utilização dos recursos disponíveis.

 Ou seja: compreende o planejamento, a organização, a coordenação e o controle, atuando


conjuntamente no sentido de atingir metas ou objetivos da organização.

 Portanto, é a arte de pensar, decidir e agir.


 É fazer acontecer, obter resultados que podem ser definidos,
previstos, analisados e avaliados, mas que só são alcançados
por meio de pessoas e numa interação humana constante!
Definições:

Conhecimento
técnico, Autoconfiança,
competências, domínio,
habilidades, coragem
ferramentas Pensar Decidir

Agir

Ação, atitude
proativa
Fonte: autoria própria.

 Na engenharia é muito comum ouvir que gerenciar é


resolver problemas! Prefiro afirmar que gerenciar é
perseguir resultados!
 Não existe gerenciamento sem metodologia.
Canteiro de Obras: Conceitos Gerais

 Conceitos gerais de um canteiro de obras.


 As normas e os requisitos para sua implantação.
 A indústria da construção civil apresenta determinadas particularidades em relação a outras
atividades empresariais. Uma das principais é o fato de que, na grande maioria das vezes,
não há um local fixo para a execução das suas operações.
 Dessa forma, sempre que um trabalho no setor da construção se encerra num local, toda a
sua estrutura deve ser levada para outro local, onde ocorrerá uma nova atividade.


Fonte: Fonte:
https://www.canstockphoto.com.br/ind%C3 https://esquaadros.word
%BAstria-desenho-20835547.html press.com/2014/02/23/6/
Canteiro de Obras: Definição

 O canteiro de obras é, segundo a NR 18/2013, “uma área de trabalho fixa e temporária, onde
se desenvolvem as operações de apoio e execução de uma obra”.
 Ele é variável durante toda a obra, articulando-se de acordo com os serviços executados e a
demanda de material existente.
 Inicia-se, normalmente, na periferia do terreno, distante da projeção do edifício, que é onde
os funcionários estarão trabalhando nas obras de fundação.
 É composto pelas áreas de estocagem de materiais e maquinário da construção, áreas de
produção (carpintaria/armação/betoneira etc.), áreas de vivência (refeitório/banheiros/
alojamentos/área de lazer), áreas administrativas (portaria, escritórios/sala de reunião).

Fonte:
https://www.rogga.com.br/sala-
de-imprensa/canteiro-de-obras
Canteiro de Obras: Áreas de vivência

 As áreas de vivência são constituídas pelos locais em canteiros de obras e frentes de


trabalho, necessárias para alimentação, repouso, lazer e necessidades de higiene
dos trabalhadores.
A Norma Regulamentadora 18 busca definir as condições de segurança e saúde do trabalho na
indústria da construção. Condições que são analisadas em mais de vinte capítulos de
regulamentação – Área de Vivência (18.4.1.) – descreve o que é preciso para os canteiros de
obra estarem regulamentados, por exemplo:
 instalações sanitárias;
 local de refeições (refeitório);
 vestiário;
 cozinha, quando houver preparo de refeições;
 alojamento;
 lavanderia;
 área de lazer;
 ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50
(cinquenta) ou mais trabalhadores.
Canteiro de Obras: Planejamento

 O canteiro de obras é planejado seguindo a logística da construção: instalado para evitar


grandes deslocamentos de materiais e racionalizar os fluxos necessários aos serviços da
construção visando atender às necessidades de cada fase da obra, além de planejar a
disposição dos materiais e seu tempo de armazenamento para evitar ociosidades e custos
adicionais com estocagem.

 Ele deve, portanto, ser instalado na área onde permaneça fixo pelo maior tempo possível,
para evitar desmontes e reconstruções, como sabido, os resíduos são os materiais mais
caros: comprados ao fornecedor, pagos para serem transportados para a obra, para serem
instalados, para serem demolidos e para serem transportados de volta, como entulho.
Canteiro de Obras: Etapas

Dividido em três etapas:

 1ª etapa (fase inicial): acontece em paralelo com os serviços de demolição, execução das
fundações da edificação e dos movimentos de terra, que influenciam na locação do canteiro.

 2ª etapa (fase intermediária): é simultânea à maior leva de atividades executadas, assim


como a maior quantidade de material utilizado e armazenado, envolve a construção da
estrutura e as alvenarias, bem como as etapas de instalações elétricas, hidráulicas etc.

 3ª etapa (fase final): está associada aos trabalhos de


revestimentos e acabamentos, englobando uma vasta
quantidade de serviços de acabamento diferentes:
assentamento de pisos, pinturas, revestimentos de fachada,
esquadrias (portas e janelas) etc.

 Inicia-se o plano de desmobilização do canteiro de obras.


Canteiro de Obras: Sustentabilidade

 Prever uma área operacional em que são depositados os resíduos gerados na obra.
 Resolução Conama n. 307/2002 (BRASIL, 2002) estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, normalizando as ações
necessárias com o objetivo de minimizar os impactos ambientais ocasionados por
uma obra civil.

Classe A Classe B Classe C Classe D


Classes de resíduos:

Agregados minerais Recicláveis como Não recicláveis Resíduos perigosos


recicláveis como tijolos, plásticos, metais, como lixa, ou contaminados como
cerâmicas, argamassa, vidros, gesso massa corrida, tintas, solventes e telhas
telhas e pré-moldados e madeira massa de de fibrocimento que
de concreto vidro, sacos contenham amianto
de cimento
Fonte: adaptado de: https://www.katalao.com.br/tipos-de-residuos-da-construcao-civil
Classes de resíduos

Para atender a essa resolução, o canteiro de obras deve prever uma área para receber e
armazenar esses resíduos, que são divididos em quatro classes:

 Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis produzidos nos canteiros de obras, por
exemplo: restos de construção e de demolição, inclusive, resíduos de madeiras, telhas...

 Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel,
papelão, metais, vidros, madeiras e gesso.

Fonte:
https://www.nucleodoconheciment
o.com.br/meio-ambiente/madeira-
na-construcao-civil
Classes de resíduos

 Classe C: são os resíduos para os quais ainda não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem e recuperação.

 Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas,
solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde derivados de
demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem
como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos
nocivos à saúde.

Resíduos de telhas
de amianto:

Fonte:
http://www.semasa.sp.gov.br/residuos/residu
os-perigosos-e-outros/telhas-de-amianto/
Interatividade

Sobre o canteiro de obras, é incorreto afirmar que:

a) É o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da


construção, dividindo-se em: áreas operacionais e áreas de vivência.
b) O canteiro de obras pode ser modificado ao longo da execução da obra, de acordo com os
serviços a serem executados.
c) Frente à variedade de atividades e materiais utilizados, o canteiro de obras sofre
adaptações constantes para alocação de materiais e equipamentos.
d) Dentre as áreas operacionais, cita-se: portaria, escritório,
almoxarifado, depósitos dos diferentes materiais, central de
concreto, central de argamassa, central de armação e central
de formas.
e) Como exemplo de áreas de vivência obrigatórias, cita-se:
vestiário, instalações sanitárias, refeitório, cozinha e
ambulatório, quando houver 50 ou mais operários.
Resposta

Sobre o canteiro de obras, é incorreto afirmar que:

a) É o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da


construção, dividindo-se em: áreas operacionais e áreas de vivência.
b) O canteiro de obras pode ser modificado ao longo da execução da obra, de acordo com os
serviços a serem executados.
c) Frente à variedade de atividades e materiais utilizados, o canteiro de obras sofre
adaptações constantes para alocação de materiais e equipamentos.
d) Dentre as áreas operacionais, cita-se: portaria, escritório,
almoxarifado, depósitos dos diferentes materiais, central de
concreto, central de argamassa, central de armação e central
de formas.
e) Como exemplo de áreas de vivência obrigatórias, cita-se:
vestiário, instalações sanitárias, refeitório, cozinha e
ambulatório, quando houver 50 ou mais operários.
Liderança e Técnicas de Planejamento

 As formas de liderança de grupo de trabalhadores;

 Uma liderança eficiente está diretamente relacionada com as ferramentas de planejamento;

 Segundo Peter Drucker (1998) – Pai da Administração Moderna – “liderar é ter


conhecimento, inteligência e imaginação, e somente a eficácia nessas qualidades pode
convertê-las em resultados”.

Peter Drucker (1909-2005)


Fonte:
https://www.treasy.com.br/blog/
peter-drucker/

 Liderança significa um processo de influenciar as atividades


individuais e grupais de forma a atingir o resultado esperado.
Liderança: Definições

 Liderança significa um processo de influenciar as atividades individuais e grupais de forma a


atingir o resultado esperado. Ressaltando que trata-se de uma competência das relações
humanas, isto é, pressupõe uma relação entre duas ou mais pessoas e está fundamentada
no exercício da influência de uma pessoa sobre a outra.

 A regra é despertar o desejo, o interesse e o entusiasmo no outro, a fim de que este passe a
adotar comportamentos ou cumpra tarefas, visando atingir os objetivos predeterminados.

 Na liderança, essa motivação vem muito mais pelas atitudes


práticas do líder do que propriamente dito pelas palavras que
ele diz.

Fonte: https://ibdec.net/sua-
carreira/arte-de-liderar
Liderança: Habilidades

 Liderar uma equipe implica conhecimentos e habilidades, para que se possa identificar em
cada colaborador, individualmente, e na equipe, como um todo, tanto pontos fortes como
pontos fracos.

 Cada ser humano é diferente na maneira de pensar, agir e expressar seus sentimentos
e emoções.

 É sabido que o sucesso de uma organização depende fundamentalmente do apoio dos seus
colaboradores (engajamento/comprometimento).

 Nesse sentido, o papel do líder nas organizações passa a ser


o de promover a motivação e o comprometimento entre os
colaboradores, de maneira a conseguir alcançar os objetivos,
transformando estratégias em ações concretas.
Liderança: Competências

Competências fundamentais para um bom líder:


 Convicção: entusiasmo e o compromisso que o líder demonstra.
 Caráter: demonstração de integridade, honestidade, respeito e mudança.
 Cuidado: preocupação com o bem-estar pessoal e profissional dos liderados.
 Competência: habilidades tangíveis (técnicas funcionais) e intangíveis (interpessoais).
 Compostura: manifestação coerente de reações emocionais sob todas as circunstâncias que
se apresentam.
 Coragem: defesa das convicções dos liderados, admissão de
erros e mudança do próprio comportamento quando necessário.

Fonte: https://glicfas.com.br/encontrar-e-praticar-coragem/
Tipos de Liderança

Liderança autocrática

 Na liderança autocrática, o líder concentra totalmente a autoridade e as decisões e, assim,


seus subordinados não possuem qualquer oportunidade de escolha e de opinião.

 Esse tipo de liderança enfatiza apenas o líder, que espera obediência plena de seus
subordinados. Nessas condições, o líder é dominador e temido pelo grupo.

 Os grupos submetidos a esse tipo de liderança apresentam


maior volume de trabalho, com evidentes indicadores de
tensão, frustração e agressividade.

 “Sabotadores em potencial”.
Tipos de Liderança

Liderança liberal

 Nesse modelo de liderança, os subordinados têm liberdade para a tomada de decisões de


forma individual ou em grupo, quando solicitado.

 Esse tipo de liderança enfatiza apenas o grupo, colocando-se apenas quando solicitado.

 Os grupos submetidos a esse tipo de liderança apresentam


um menor volume de trabalho e baixo nível de qualidade, com
evidentes indicadores de individualismo, desagregação,
insatisfação e pouco respeito ao líder.
Tipos de Liderança

Liderança democrática

 Nesse tipo de liderança, o líder interage de forma plena com os indivíduos do grupo e
encoraja a participação das pessoas, preocupando-se igualmente com o trabalho
e com o grupo.

 O grupo é orientado pelo líder que funciona como um facilitador, ajudando na definição dos
problemas, coordenando e indicando soluções.

 Os grupos submetidos a esse tipo de liderança apresentam


um bom nível no volume de trabalho e na qualidade, além de
trabalhar num clima de satisfação, integração
e comprometimento.

 Todos corresponsáveis conscientes e profissionais.


Tipos de Liderança

Liderança situacional

 Nesse tipo de liderança, o líder escolhe um estilo de liderança de acordo com a situação
encontrada, com as tarefas e serem realizadas ou com as pessoas a serem lideradas.

 Nesse caso, o administrador eficaz tanto pode mandar cumprir as ordens como pode sugerir
aos subordinados a realização de determinadas tarefas ou ainda pode consultar o grupo
antes de tomar decisões.
Técnicas de Planejamento

 Planejamento significa o ato ou ação de planejar, criar um plano para viabilizar e racionalizar
o alcance de um determinado objetivo e consiste em uma importante tarefa de gestão e
administração de obras civis.

 O planejamento está relacionado com a preparação, organização e estruturação de um


determinado empreendimento.

 O engenheiro que utiliza o planejamento como uma ferramenta


no seu trabalho demonstra um interesse em prever e organizar
ações e processos que vão acontecer no futuro, elevando a
sua racionalidade e eficácia.

 “Fazer a obra no papel antes dela acontecer!”


Tipos de Planejamento

 Tipo de planejamento que abrange praticamente toda a


 Planejamento estratégico organização. É projetado para o longo prazo e seus
efeitos e consequências são estendidos por vários anos.
 Projetado para o médio prazo, geralmente, para um
 Planejamento tático exercício anual. Abrange todas as áreas da organização
e deve traduzir e interpretar as decisões do
planejamento estratégico.
 Plano projetado para o curto prazo e envolve cada tarefa
 Planejamento operacional ou atividade isoladamente. Está direcionado para o
alcance de metas específicas.
Estratégico

Tático
Fonte: adaptado de:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/como-
distinguir-os-diferentes-niveis-de-planejamento- Operacional
organizacional-em-administracao/
Ferramentas de Planejamento

Diagrama ou Gráfico de Gantt

 Gráfico utilizado para ilustrar o avanço das diferentes etapas de um projeto.


14-01 05-03 24-04 13-06 02-08 21-09
 Os intervalos de tempo
Limpeza do terreno
que representam o início Fundação
e o fim de cada fase Alvenaria e estrutura
aparecem como barras Laje
coloridas sobre o eixo Esgoto
horizontal do gráfico. Madeiramento
Telhado
Instalação hidráulica
Instalação elétrica
Revestimento
Pintura
Limpeza geral

Fonte: adaptado de: https://engenheiradoexcel.com.br/grafico-gantt-excel/


Ferramentas de Planejamento

Cronograma físico-financeiro

 O cronograma físico-financeiro apresenta os itens e subitens das etapas de serviços de uma


obra, as atividades e os prazos de execução por período de duração, os valores totais e o
percentual de execução acumulado.
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
SEMANAS CUSTO PERCENTUAL
SERVIÇOS
1 2 3 4 5 6 (R$) (%)

Serviços
100% 750,00 3%
preliminares
Fundações 100% 8.000,00 32%
Estrutura 100% 2.000,00 8%
Alvenaria 30% 70% 7.500,00 30%
Revestimento 40% 60% 4.500,00 18%
Pintura 20% 80% 2.000,00 8%
Limpeza 100% 250,00 1%
TOTAL 25.000,00 100%
Fonte: adaptado de: https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-
concurso/questao/469986-seduc-pi-2016-seduc-pi-engenharia-civil/
Ferramentas de Planejamento

Rede Pert-CPM

 Cada atividade é conectada às suas


atividades sucessoras, o que ocasiona Método do Caminho Crítico
sua forma de rede de acontecimentos
e de linhas conectadas. Os números 2
indicados ao lado de cada conexão
representam o tempo para execução
da tarefa posterior.
A F
0 1 4 5
2 5

3
Fonte: adaptado de: https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/pert-cpm-gestao-de-projetos/
Interatividade

Sobre o cronograma físico-financeiro de obras, assinale a alternativa correta:

a) No cronograma físico-financeiro, as despesas com a execução dos serviços


não são detalhadas.
b) O cronograma físico-financeiro mostra a evolução das tarefas ao longo do tempo,
demonstrando o desembolso da tarefa apenas em sua finalização.
c) É considerada uma boa prática que apenas um engenheiro de planejamento elabore o
cronograma físico-financeiro, não tendo participação de outros envolvidos.
d) O cronograma físico financeiro não pode ser alterado durante o andamento da obra.
e) O cronograma físico-financeiro pode ser mais ou menos
detalhado, contemplando a duração de serviços específicos
ou apenas as fases mais gerais da obra.
Resposta

Sobre o cronograma físico-financeiro de obras, assinale a alternativa correta:

a) No cronograma físico-financeiro, as despesas com a execução dos serviços


não são detalhadas.
b) O cronograma físico-financeiro mostra a evolução das tarefas ao longo do tempo,
demonstrando o desembolso da tarefa apenas em sua finalização.
c) É considerada uma boa prática que apenas um engenheiro de planejamento elabore o
cronograma físico-financeiro, não tendo participação de outros envolvidos.
d) O cronograma físico financeiro não pode ser alterado durante o andamento da obra.
e) O cronograma físico-financeiro pode ser mais ou menos
detalhado, contemplando a duração de serviços específicos
ou apenas as fases mais gerais da obra.
Gestão Financeira

 Estudo de viabilidade econômica do empreendimento;

 O setor imobiliário caracteriza-se por possuir projetos de investimento com diversos


elementos e riscos financeiros elevados decorrentes dos altos investimentos exigidos antes
da absorção do produto final pelo mercado. Diante disto, sabe-se que as decisões sobre
investimentos na construção civil não devem basear-se apenas na sensibilidade do
empreendedor, mas também serem fundamentadas pela realização de diversas análises
financeiras.

Fonte:
https://www.pngwing.com
/pt/free-png-bagda
Gestão Financeira: Definições

Definições que fazem parte do cotidiano da gestão financeira:

 Rentabilidade;
 Taxa de retorno;
 Risco;
 Indicadores econômicos do setor;
 Custo oportunidade;
 Fluxo de caixa;

 Desembolso por etapas;


 Exposição máxima.

 Conceito de dinheiro no tempo Custo do dinheiro.


Gestão Financeira: Planejamento

 Um dos itens centrais do planejamento, sem dúvida, é o estudo de viabilidade econômica


do empreendimento.

 Antes de começar, é preciso saber, ao certo, qual o montante exato será investido, bem
como identificar as variáveis que podem influenciar a viabilidade em estudo.

 Custos de marketing, comissões de venda, tributos e impostos.

 Fluxo de caixa – exposição máxima!

 Cronograma físico financeiro do custo de obras.

 Simulação de vendas.

 Previsão de receitas.
Gestão Financeira: Orçamento de Obras

 O orçamento de obras é uma etapa que visa determinar os gastos para a execução de um
empreendimento. Ele engloba os custos desde a concepção até o momento em que a
construção é totalmente finalizada.
 Conhecer qual será o custo de uma obra é a única forma de compor a avaliação de sua
viabilidade e prever os resultados esperados.

 Orçamento preliminar estimativo – estimativa de custo por m² (utiliza-se o CUB ou CUPE).


 CUB (Custo Unitário Básico de Construção) – SINDUSCON.

Composição de custos:
 As composições de custos unitários nada mais são do que
tabelas que expressam todos os insumos que compõe
diretamente a execução de algum serviço, com seus
respectivos coeficientes de utilização e custos unitários de
cada mão de obra.
Gestão Financeira: Orçamento de Obras

Orçamento preliminar estimativo


 É mais detalhado que a estimativa de custos e requer o levantamento do quantitativo de
alguns itens. Geralmente, é feito após a elaboração do anteprojeto arquitetônico.

Orçamento analítico
 Compreende a avaliação do custo por meio da composição de custos unitários, com nível de
precisão adequado obtido pelo levantamento de quantidades, materiais, serviços e
equipamentos, realizado na etapa de projeto. Inclui todos os custos diretos e as
despesas indiretas.

Orçamento sintético
 Compreende o resumo do orçamento analítico expresso por
meio das etapas com valores parciais ou grupos de serviços a
serem realizados, com seus respectivos totais e o preço do
orçamento da obra.
Gestão Financeira: Tabelas de Composição de Preços

 O TCPO – Tabela de Composições e Preços para Orçamentos foi a principal referência de


engenharia de custos do Brasil. Lançado há mais de 60 anos, em 1955, quando reunia 100
serviços de construção anteriormente publicados na revista A Construção, da Editora PINI
em São Paulo.

 O SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil é a


ferramenta pela qual a Administração Pública Federal (ou demais Administrações que
estejam manuseando verba federal) define os valores dos insumos e serviços necessários às
obras e aos serviços de engenharia (Caixa e IBGE realizam os levantamentos mensais).

 Tabela do DNIT, entre outras.

 Composições internas das empresas (histórico de obras já


realizadas, índices de produtividade da equipe e consumo de
material nos serviços já executados).
Gestão de Suprimentos

 Por suprimentos define-se qualquer elemento que seja necessário para a realização da obra,
como materiais de construção, equipamentos e peças, ou até mesmo os fornecedores e a
mão de obra.

 A administração de suprimentos envolve diversos mecanismos para realizar a organização e


gestão da obra, envolvendo custos, desembolso, exposição, armazenagens e gerenciamento
do estoque.

 Importante: custo de mão de obra parada ocasionado por falta de material.

Fluxo de suprimentos:

 Pedido de compra (necessidade), mapa de cotação,


tempo de negociação, fechamento e formalização da
compra/contratação, disponibilidade e transporte dos materiais,
chegada e descarga na obra e disponibilidade de uso.
Gestão de Logística

 A logística na construção trata-se de um processo multidisciplinar aplicado à determinada


obra que visa garantir o abastecimento, armazenagem, processamento e disponibilização de
recursos materiais nas frentes de trabalho, bem como o dimensionamento das equipes de
produção e a gestão dos fluxos físicos de produção (movimentação interna dos materiais –
transporte horizontal – transporte vertical).

 Transporte vertical: guincho, grua,


elevador, caminhão Munk.

Fonte: adaptado de: http://www.interempresas.net/Equipos-Construccion/FeriaVirtual/Producto-Gruas-


automontantes-Potain-Gama-MD-(Topkit-Maxi-Maxi-Topkit)-137430.html/
Interatividade

No que se refere ao estudo de viabilidade técnico-econômica de uma obra, assinale a


alternativa correta:
a) No estudo de viabilidade deve-se verificar somente a relação custo/benefício de cada etapa
da obra, descrito no orçamento, considerando a compatibilidade entre os recursos
disponíveis e as necessidades da obra.
b) Apenas obras de infraestrutura urbana deverão possuir estudo de viabilidade, contendo as
indicações dos estudos técnicos, que assegurem a viabilidade técnica do empreendimento.
c) Os estudos de viabilidade objetivam eleger o empreendimento que melhor responda ao
programa de necessidades, apenas sob os aspectos técnicos.
d) Os estudos de viabilidade objetivam eleger o
empreendimento que melhor responda ao programa de
necessidades, sob os aspectos técnico, financeiro, ambiental
e de demanda.
e) Durante o estudo de viabilidade deve ser executado o
orçamento analítico de cada alternativa para o programa de
necessidades do empreendimento.
Resposta

No que se refere ao estudo de viabilidade técnico-econômica de uma obra, assinale a


alternativa correta:
a) No estudo de viabilidade deve-se verificar somente a relação custo/benefício de cada etapa
da obra, descrito no orçamento, considerando a compatibilidade entre os recursos
disponíveis e as necessidades da obra.
b) Apenas obras de infraestrutura urbana deverão possuir estudo de viabilidade, contendo as
indicações dos estudos técnicos, que assegurem a viabilidade técnica do empreendimento.
c) Os estudos de viabilidade objetivam eleger o empreendimento que melhor responda ao
programa de necessidades, apenas sob os aspectos técnicos.
d) Os estudos de viabilidade objetivam eleger o
empreendimento que melhor responda ao programa de
necessidades, sob os aspectos técnico, financeiro, ambiental
e de demanda.
e) Durante o estudo de viabilidade deve ser executado o
orçamento analítico de cada alternativa para o programa de
necessidades do empreendimento.
Gestão da Produção

Etapas de uma obra

 A gestão de uma obra civil se faz controlando cada etapa de seu desenvolvimento.
 Cabe salientar que uma etapa da obra é o conjunto de serviços interdependentes e que
se complementam.
 A divisão em etapas facilita o planejamento da obra.
SERVIÇOS PROJETO PAISAGISMO
PRELIMINARES ELÉTRICO
Fonte: adaptado de: PROJETOS ALVENARIA TELHADO
https://br.pinterest.com/pin/
862650503599018883/

01 03 05 07 09 11

02 04 06 08 10 12

ORÇAMENTO ESTRUTURA PROJETO PROJETOS ACABAMENTO DECORAÇÃO


HIDROSSANITÁRIO COMPLEMENTARES
Etapas de Obras

1 Serviços iniciais

Para a primeira etapa da obra, teremos serviços como:


Canteiro de obras Ligação provisória de água e luz

Locação e execução de gabarito Limpeza do terreno

Movimento de terra
2 Infraestrutura

Na infra, teremos os serviços para fundação, todos os serviços abaixo do solo:


Brocas, estacas e vigas

Escavação manual, fôrma, aço e concreto para vigas

Lastro de brita, alvenaria de embasamento


Fonte: autoria própria.
Etapas de Obras

3 Superestrutura

Na superestrutura, teremos os serviços


de pilares, vigas e lajes:
4 Alvenaria, fechamentos e divisórias

Fôrma, aço e concreto para pilares e vigas


Lajes treliçadas, protendidas, maciça

Alvenaria em blocos cerâmicos, concreto


Divisórias em gesso, stell frame

5 Esquadrias

Portas de madeira, ferro, alumínio


Janelas de madeira, ferro, alumínio
Fonte: autoria própria.
Etapas de Obras

6 Cobertura

Estrutura de madeira, estrutura metálica


Telhas cerâmicas, alumínio, fibrocimento
Rufos, calhas e condutores
7 Instalações hidráulicas

Tubos e conexões
Válvulas, registros
Caixas, ralos e grelhas

8 Instalações elétricas

Entrada de energia Cabos, fios e caixas de PVC


Quadros de distribuição Luminárias, interruptores e tomadas

Disjuntores, dutos e eletrocalhas


Fonte: autoria própria.
Etapas de Obras

9 Revestimentos

Chapisco, emboço e reboco


Contrapiso e argamassa de regularização
10 Vidros
Azulejo, pastilhas

Pisos, rodapés e soleiras

Lisos, temperados, laminados


Espelhos

11 Pintura

Pintura esquadria madeira Pintura parede e tetos


Pintura esquadria metálica Pintura pisos
Fonte: autoria própria.
Etapas de Obras

12 Serviços complementares

Limpeza final da obra Asbuilt


Retirada de entulho Ligações às redes

 Emissão do Habite-se
ou Auto de Conclusão de Obra.

Fonte: adaptado de:


https://www.salles.imb.br/co
nteudo/778/o-que-e-habite-
se-e-para-que-serve
Interatividade

A classificação das etapas de uma obra permite a melhor organização dos serviços de um
empreendimento. Na etapa onde são instaladas as portas de madeira das unidades
é denominada:

a) Fundação.
b) Superestrutura.
c) Serviços iniciais.
d) Esquadrias.
e) Pisos.
Resposta

A classificação das etapas de uma obra permite a melhor organização dos serviços de um
empreendimento. Na etapa onde são instaladas as portas de madeira das unidades
é denominada:

a) Fundação.
b) Superestrutura.
c) Serviços iniciais.
d) Esquadrias.
e) Pisos.
Referências

 BRASIL. Resolução Conama n. 307/2002. Disponível em:


https://cetesb.sp.gov.br/licenciamento/documentos/2002_Res_CONAMA_307.pdf. Acesso
em: 28 jun. 2022.
 BRASIL. Norma Regulamentadora n. 18. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-
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 DRUCKER, Peter. O mundo segundo Peter Drucker. As ideias e teorias de um gigante da
administração. São Paulo: Futura, 1998.
 GOLDMAN, Pedrinho. Introdução ao Planejamento e Controle de custos na Construção Civil
Brasileira. São Paulo: Pini, 1997.
 POLITO, Giulliano. Gerenciamento de obras. São Paulo: Pini,
2015.
 SOUZA, Roberto de. Sistema de gestão para empresas de
incorporação imobiliária. São Paulo: O Nome da Rosa, 2004.
ATÉ A PRÓXIMA!

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