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GRERJ nº xxxxxxxxx.xxxxx
QUEIXA CRIME
I. INTIMAÇÕES
II. FATOS
No dia 15 de agosto de 2022, por volta das dez horas da noite, Felipe e seus amigos foram ao Bar
Boa Praça, localizado no Leblon, comemorar o sucesso em uma prova da faculdade. Chegando
no estabelecimento, o querelante percebeu a presença de Rodrigo, amigo que longa data, que
comemorava seu aniversário de 19 anos.
O querelado, ébrio, ao receber os cumprimentos do amigo, não foi capaz de agradecê-lo pela
lembrança, mas restringia-se a fazer a cobrança uma dívida, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais), que o querelante contraíra há oito meses, para compra de um notebook.
Ocorre que este já era um assunto resolvido entre os dois. No mês seguinte ao empréstimo, Felipe
foi desligado de seu estágio, ficando sem recursos para realização do pagamento; não obstante,
havia se comprometido a realiza-lo tão logo que voltasse ao mercado de trabalho, o que fora
entendido e acatado por Rodrigo, que destacou que não havia urgência no recebimento da
quantia. O querelante, sem entender a atitude do então amigo, destacou novamente o que ficara
acordado entre eles.
III. FUNDAMENTOS
Nesta linha, o Código Penal Brasileiro, em seu artigo 345 dispõe que:
No caso em tela, resta cristalino que a o querelado agiu de acordo com sua própria vontade, sem
valer-se dos meios conciliadores para sanar eventual conflito com o querelante: ainda que
entendesse devido o pagamento de modo diverso do acordado, a medida a ser tomada deveria ser
a busca pela jurisdição e não a apropriação de um bem de propriedade do querelante. Assim, a
conduta, que atenta ao poder-dever do Estado, é típica, ilícita e culpável, devendo ser reprimida.
Diante de todo o exposto, entende-se que o querelado cometeu o crime de exercício arbitrário das
próprias razões, de modo que o recebimento da presente queixa-crime e processamento do feito é
medida necessária à justiça.
IV. PEDIDOS
V. TESTEMUNHAS
Nestes termos,
P. deferimento.