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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE BACABEIRA (CESBA)

CURSO DE BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL

LAYANNE DE FÁTIMA ROCHA OLIVEIRA

RELAÇÕES ENTRE GÊNERO E TRABALHO: UMA REVISÃO NARRATIVA


ACERCA DESSA DESIGUALDADE NO MUNICÍPIO DE VIANA

Viana
2022
LAYANNE DE FÁTIMA ROCHA OLIVEIRA

RELAÇÕES ENTRE GÊNERO E TRABALHO: UMA REVISÃO NARRATIVA


ACERCA DESSA DESIGUALDADE NO MUNICÍPIO DE VIANA

Artigo Científico apresentado ao Centro de Ensino


Superior de Bacabeira (CESBA) como parte das
exigências para o título de Bacharel em Serviço
Social.

Orientado (a) Prof. Esp. Ana Taisa Barros Raposo

Viana
2022
LAYANNE DE FÁTIMA ROCHA OLIVEIRA

RELAÇÕES ENTRE GÊNERO E TRABALHO: UMA REVISÃO NARRATIVA


ACERCA DESSA DESIGUALDADE NO MUNICÍPIO DE VIANA

Artigo Científico apresentado ao Centro de Ensino


Superior de Bacabeira (CESBA) como parte das
exigências para o título de Bacharel em Serviço
Social.

Orientado (a) Prof. Esp. Ana Taisa Barros Raposo

Aprovação em: _______/_______/ 2022

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Prof.ª Orientador (a): Ana Taisa Barros Raposo

________________________________________
2º Examinador (a)

________________________________________
3º Examinador (a)
4

RELAÇÕES ENTRE GÊNERO E TRABALHO: UMA REVISÃO NARRATIVA


ACERCA DESSA DESIGUALDADE NO MUNICÍPIO DE VIANA

OLIVEIRA, Layanne de Fátima Rocha 1

RESUMO

Na abordagem acerca da constatação de desigualdades entre homens e mulheres


buscou reunir produções sobre saberes e práticas que interconectam o tripé Gênero:
Machismo, Feminismo e Trabalho, além de outras informações condizentes com essa
temática destacada por estudos de gênero. No aprofundamento desse assunto,
apresenta-se como tema deste trabalho, uma discussão a respeito das relações entre
gênero e trabalho: uma revisão narrativa acerca dessa desigualdade no município de
Viana. O referido acervo baseia-se na Pesquisa de Campo e tem como objetivo,
discutir desigualdades de gênero sob a perspectiva das diferenças entre gênero e
trabalho. Trata-se de estudo qualitativo de revisão narrativa e literária, em que utilizou-
se apoio teórico em publicações de 1990 até 2022, além de dados dos sistemas de
informação local na Secretaria da Mulher do Departamento Municipal de Viana. Como
justificativa, explana-se esta temática com base na importância em alavancar a
discussão deste campo de estudos, tanto dentro do Serviço Social como em outras
áreas de produção do conhecimento, construindo ações que busquem combater todas
as formas de opressão contra as mulheres e contra a diversidade de expressões de
identidade e sexualidade, tomando como respaldo os princípios dos Direitos Humanos
e o compromisso social. As informações apresentadas revelam a necessidade de
entendimento do processo de construção social das diferenças entre homens e
mulheres e de como isto tem contribuído para uma distribuição desigual do poder e,
consequentemente, de geração de desigualdades de gênero.

Palavras-chave: Desigualdade de gênero. Mulher. Trabalho. Políticas Públicas.

ABSTRACT

In the approach to the finding of inequalities between men and women, it sought to
gather productions on knowledge and practices that interconnect the tripod Gender:
Machismo, Feminism and Work, in addition to other information consistent with this
theme highlighted by gender studies. In deepening this subject, the theme of this work
is a discussion about the relationship between gender and work: a narrative review
about this inequality in the municipality of Viana. This collection is based on Field

1Graduanda Bacharel em Serviço Social pela Faculdade Centro de Ensino Superior de Bacabeira
(CESBA). E-mail: .com
5

Research and aims to discuss gender inequalities from the perspective of differences
between gender and work. This is a qualitative study of narrative and literary review,
in which theoretical support was used in publications from 1990 to 2022, in addition to
data from local information systems at the Secretariat da Mulher of the Municipal
Department of Viana. As a justification, this theme is explained based on the
importance of leveraging the discussion of this field of studies, both within Social Work
and in other areas of knowledge production, building actions that seek to combat all
forms of oppression against women and against women. the diversity of expressions
of identity and sexuality, based on the principles of Human Rights and social
commitment. The information presented reveals the need to understand the process
of social construction of differences between men and women and how this has
contributed to an unequal distribution of power and, consequently, to the generation of
gender inequalities.

Keywords: Gender inequality. Women. Job. Public policy.

1 INTRODUÇÃO

Nesta abordagem buscou-se apresentar de forma viável algumas


considerações acerca das desigualdades entre homens e mulheres, isto desde a
sociedade com traços do patriarcado até a contemporaneidade. Para tanto, buscou
reunir obras e produções bibliográficas sobre saberes e práticas que interconectam o
tripé: Gênero, Feminismo e Trabalho, bem como outras informações condizentes com
essa temática destacada por estudos de gênero.
Observa-se nessa dimensão, uma emergência em se aprofundar cada vez
mais em estudos relacionados a tal explanação, uma vez que a desigualdade de
gênero representou a ruptura com a tendência de se buscar no determinismo biológico
a explicação das diferenças entre homens e mulheres, promovendo assim, dentre
outras coisas, a superação das teorias dos papéis sexuais, de suas diversidades e da
complementaridade dos sexos.
Para o aprofundamento desse assunto, este artigo traz como tema uma
breve discussão a respeito das relações entre gênero e trabalho: uma revisão
narrativa acerca dessa desigualdade no município de Viana. Nota-se a necessidade
em alavancar estudos de gênero com frequência visando polemizar essa temática.
Essas desigualdades surgiram no campo das ciências sociais a partir da
década de 1970, em substituição ao que seriam denominados estudos sobre a mulher,
e se constituem como um campo de pesquisa interdisciplinar cuja direção é
6

compreender as relações de gênero no mundo social. A importância em abordar essa


temática partiu do interesse em estudar e expandir maiores informações a respeito da
prática viva dessa prática em pleno século XXI, tendo em vista as inúmeras mudanças
e avanços ocorridos através dos tempos.
Baseado nesse contexto, a problemática encontrada norteia-se em saber
por que esse tipo de desigualdade continua a se propagar na sociedade mesmo diante
de tantas mudanças e ampliação de direitos? Nesse sentido, a análise das
desigualdades de gênero consiste na identificação de como se constituem as relações
entre homens e mulheres face à distribuição de poder ou, qual a equivalência social
entre os gêneros.
A metodologia escolhida consiste na Pesquisa de Campo e tem como
objetivo, discutir desigualdades de gênero sob a perspectiva das diferenças entre
gênero e trabalho. Como justificativa, explana-se esta temática com base na
importância em alavancar a discussão deste campo de estudos, tanto dentro do
Serviço Social como em outras áreas de produção do conhecimento, construindo
ações que busquem combater todas as formas de opressão contra as mulheres e
contra a diversidade de expressões de identidade e sexualidade, tomando como
respaldo os princípios dos Direitos Humanos e o compromisso social.

2 RECORTE HISTÓRICO DA DESIGUALDADE DE GÊNERO: uma relação entre


capitalismo e patriarcado

A respeito do patriarcado e sua forte influência social frente a desigualdade


de gênero, sublinha-se de acordo com seu contexto histórico que o mesmo, possui
uma grande parcela de contribuição no cenário desde o século XVI até a realidade
atual. Com isso, buscou-se esmiuçar marcos que evidenciam traços e acontecimentos
dessa prática acerca da questão da tipificação de gênero, nesse caso a mulher.
Para isso, a princípio descreve-se que mesmo com o poder patriarcal se
enfraquecendo ao longo dos anos, é perceptível a existência de uma ordem viva do
homem sobre a mulher. Onde, atualmente, pode-se perceber que ainda reproduzem,
essa uma atitude notória.
Fato que levam as mulheres segundo Saffioti (2002), a perderem o seu
lugar de força e importância com o surgimento do casamento monogâmico, da
7

propriedade privada e da visão de família em que ela era a responsável apenas dos
cuidados dos filhos e do lar.
Conforme essa autora, a família patriarcal enquadra-se como um ponto
importante no que diz respeito ao homem.

Sentir-se dono da sua esposa e com isso em seu direito de fazer o que quiser
com ela, perpetuando também o conservadorismo “que mascara a prática da
violência em suas diversas formas: violência física, psicológica e sexual e
maus tratos contra mulheres, crianças, adolescentes e idosas/os .(SAFFIOTI,
2002, p. 26).

Cabe ainda explanar que a relação de exploração e dominação presente


no patriarcado vai sendo inserido como algo natural nas relações que as próprias
mulheres ao longo dos anos reproduzem o que fora colocado a elas ideologicamente,
pontos como a inferioridade, incapacidade, e que são necessários filhos para sua
felicidade completa, um esposo, suas funções domésticas etc.
Reforçando esse contexto, coloca-se um trecho com base no pensamento
de Beauvoir, onde ele diz que, seria uma explicação condizente no fato de que muitas
mulheres não nascem naturalmente submissas e passivas, mas que, acabam
incorporando tal ideologia pelo fato dos vestígios históricos advindos através da
gerações. Em conformidade, Cisne (2015) pontua que “as mulheres reproduzem o
patriarcado independente da presença masculina e não porque gostam de ser
submissas” (CISNE, 2015, p.145).
Existem ainda, traços fortemente vividos e enraizados como religião,
costumes de respeitar e obedecer ao marido como aprendizados e conhecimentos
empíricos transmitidos pelos pais e culturas diversas como indiana, libanesa e outras,
evidenciam inúmeras ações praticadas e vivas que advém de toda uma ideologia de
submissão. Além de aspectos entrelaçados ao medo e outros fatores como
dependência financeira e laços emocionais.
Dentre os motivos que levam a submissão que dá-se por medo, respeito
aos pais, Saffioti (2004) sublinha que o homem começa a menosprezar a importância
feminina a partir do momento que se reconhece como peça-chave para a procriação
dos filhos, e quanto a produção de excedente econômico, baseado nisso ela pontua
a relação de domínio/exploração. Com isso, observa-se que o elo capitalista está
entrelaçado com o patriarcado na questão do fortalecimento de um sistema de
repressão contra as mulheres.
8

Nesse viés, reconhece-se que são inúmeros os fatores que podem


contribuir para a continuação da cultura patriarcal, no entanto, não é uma justificativa,
pois, as informações estão cada vez mais estampadas e disponíveis ao alcance de
quem busca por mudança e liberdade de alguns segmentos conjugais.
Realçando o parágrafo acima, Saffioti (2004, p.104), pontua que “o sistema
patriarcal tem como pilar a violência juntamente com a ideologia, onde está infunde a
sociedade e o estado”. A referida autora ainda menciona que a sociedade se cruza
com esses traços não apenas na discriminação de gênero, mas também na de raça e
de classe social e nesses três pilares a mulher se encontra como a mais prejudicada.
Isto, graças a forte presença da desigualdade em inúmeros aspectos, coo
por exemplo, a infância, a vida conjugal e até a posição no mercado de trabalho. Além
disso, elas ainda são vítimas cotidianamente de assédio e da violência, seja ela moral,
simbólica, física ou sexual.
A respeito disso, Saffioti remete que a base econômica do patriarcado é
formada pela "discriminação salarial das trabalhadoras, em sua segregação
ocupacional e em sua marginalização de importantes papéis econômicos e político-
deliberativos", (SAFFIOTI, 2004, p. 106), bem como a questão do controle de sua
sexualidade e da sua capacidade reprodutiva. Em que quase tudo é tomado de uma
segunda opinião ou sugestão, uma vez que esta tem total potencial no desempenho
de suas funções.
É possível perceber características advindas desse meio em muitos
aspectos, como exemplo, cita-se os casos de violência de homens contra mulheres
em suas relações de trabalho, o que vai ou pode ir além de muitas explicações, bem
como sua depreciação, coibição, sujeição, imposição e o principal deles e suas
extensões, o assédio moral, sexual e a desigualdade.
Embora as mulheres estejam ocupando mais espaço no mercado de
trabalho nos últimos anos, atualmente ainda são constatadas diferenças no
tratamento e nas oportunidades concedidas a homens e mulheres. Uma realidade
que, muitas vezes, reproduzem e reforçam a desvalorização praticada em outras
instâncias da vida social.
Muitas dessas ações acontecem diariamente com mulheres e elas não
percebem, existe também a questão de deixar para lá, o que pode ocasionalmente,
mas na frente se agravar e/ou tomar rumos diferente. E até mesmo o proveito do
homem sobre as ideias e potencial da mulher em determinado cargo.
9

No mais, a era capitalista foi também um grande impasse no


empoderamento das mulheres frente a independência financeira. Em que esta era,
praticamente impedida de trabalhar fora de casa, o que acontecia tanto do parceiro
conjugal quanto pela oportunidade do mercado de trabalho.
Realçando as questões que retratam o espaço da mulher no mundo
trabalhista e no seguimento da vida profissional, Mandel relata que:

[...] O Estado burguês se distingue de todas as formas anteriores de


dominação de classe por uma peculiaridade da sociedade burguesa que é
inerente ao próprio modo de produção capitalista. O isolamento das esferas
públicas e privadas da sociedade, que é consequência da generalização sem
igual da produção de mercadorias, da propriedade privada e da concorrência
de todos contra a todos. (MANDEL, 1990, p.336).

A partir dessa colocação de Mandel percebe-se que a dominação da mulher


nessa época se insere na etapa em que ela deveria ter alcançado independência
financeira e acesso ao trabalho. No entanto o que nota, são outros tipos de impasses
e limitações impostas em seus caminhos.
Nessa vertente, o autor citado aponta três características que distingue o
Estado Burguês de todas as formas anteriores, em que o exposto à cima não se difere
das outras práticas, apenas muda sua forma de dominação, onde a classe que antes
era baseada na terra passa para outro ambiente.
Uma realidade ocorrida com o fortalecimento das estruturas de classes,
sustentado por uma sociedade capitalista, patriarcal e racista. E no que se refere à
ampliação da legislação social, Mandel diz que:

Tratou-se de uma concessão à crescente luta de classe do proletariado,


destinando-se a salvaguardar a dominação do capital de ataques mais
radicais por parte dos trabalhadores, mas ao mesmo tempo correspondeu
também aos interesses gerais da reprodução ampliada no modo de produção
capitalista. (MANDEL, 1990, p.336).

Nesse sentido, o nível de desigualdade só mudou de figura, passou da


idade antiga para a era capitalista, acentuando em seu trajeto, severas marcas na vida
das mulheres. Deste modo, esse grupo social que já é tão prejudicado por ser
socializado na ordem patriarcal de gênero, posto que a “[...] instauração da
propriedade privada e a subordinação das mulheres aos homens são dois fatos
simultâneos, marco inicial da luta de classes”. (PORFÍRIO, 2022, p. 09).
As desigualdades de gênero que perpassam a sociedade encontram-se
ainda latentes em plena contemporaneidade, mesmo após as conquistas históricas
10

do movimento feminista. “Tais desigualdades incidem sobre a totalidade da vida


feminina, sendo a inserção do mercado de trabalho um dos ângulos prioritários de
manifestação das discriminações sofridas pelas mulheres”. (PORFÍRIO, 2022, p. 11).
Durante essa disseminação o capitalismo se apropria desse público,
principalmente, da exploração mão-de-obra feminina pertencentes a classes sociais
mais baixas, onde possuíam um trabalho com maior carga horária e menor
remuneração. A submissão da mulher a esse tipo de exploração deve-se, em grande
parte dos casos, à necessidade de assumir o sustento do lar. “Soma-se a essa
questão, o fato das trabalhadoras, muitas vezes, não terem tido acesso aos estudos
e a qualificação profissional”. (SAFFIOTI, 2004).
Diante dessas linhas, é possível verificar que esses fatos não inibiram a
caminhada rumo a mudança dessa realidade, e como afirma Saffioti:

O aparecimento do capitalismo se dá em condições extremamente adversas


à mulher. No processo de individualização inaugurado pelo modo de
produção capitalista, ela contaria com uma desvantagem social de dupla
dimensão: no plano superestrutural, era tradicional uma subvalorizarão das
capacidades femininas traduzidas em termos de mitos justificadores da
supremacia masculina e da ordem social que a gerava; no plano estrutural, à
medida que se desenvolviam as forças produtivas, a mulher vinha sendo
progressivamente marginalizadas da função produtiva, perifericamente
situada no sistema de produção. (SAFFIOTI, 1987, p.65- 66).

Tratando da desvalorização da mulher no contexto de sua autonomia


profissional esta era acondicionada a ficar fora das oportunidades trabalhistas. Sendo
mais uma condição que a levava a permanecer na dependência de seu companheiro.
Em comento dessas palavras, ainda no conhecimento de Saffioti (2004),
encontrou-se a explicação de que esse tipo de comportamento se configurava em uma
ação típica do patriarcado, tendo em vista que:

Ele é um caso específico das relações de gênero, onde estas são desiguais
e hierárquicas. A ordem patriarcal de gênero admitiria então a dominação e
exploração das mulheres pelos homens, configurando a opressão feminina.
Dentro do binômio dominação-exploração da mulher, os dois polos da relação
possuem poder, mas de maneira desigual. A pequena parcela de poder que
cabe ao sexo feminino, dentro de uma relação de subordinação, permite que
as mulheres questionem a supremacia masculina e encontrem meios
diferenciados de resistência. (SAFFIOTI, 2004, p. 68).

Parafraseando essas linhas acerca das inúmeras desigualdades existentes


frente ao gênero feminino, grifa-se três eixos delimitadores no âmbito da igualdade no
capitalismo associado ao patriarcado, que são dominação masculina, preconceito
racial, classe social, resultantes na exploração e submissão da mulher.
11

Para a autora, na ordem patriarcal de gênero, o poder é exercido por quem


for homem, branco e heterossexual. Assim ela acrescenta que:

A sociedade é perpassada não apenas por discriminações de gênero, como


também de raça, etnia, classe social e orientação sexual. A grande
contradição da sociedade atual é composta pelo nó patriarcado, racismo e
capitalismo. Tais eixos perpassam a estrutura social, onde ocorrem todas as
relações sociais. Ninguém escapa, no entanto, da ordem de gênero patriarcal.
O direito patriarcal perpassa não só a sociedade civil, como também o
Estado. (SAFFIOTI, 2004, p. 72).

Na leitura desse contexto, é perceptível a ideia de que a junção desses dois


fatores foram e são grandes propulsores negativos no cenário da conquista feminina.
Para Saffioti, não há separação entre dominação patriarcal e exploração capitalista.
Dessa forma ela destaca que:

Apesar dos progressos da luta feminina na busca por emancipação, a base


material do patriarcado não foi destruída. Principalmente a respeito dos
avanços femininos na conquista dos espaços públicos e de uma divisão de
papéis mais igualitária no espaço doméstico, a mulher ainda é a principal
responsável pelos cuidados com o lar e com a criação dos filhos. (SAFFIOTI,
2004, p.102).

A ideologia patriarcal continua bastante enraizada no imaginário coletivo da


contemporaneidade. Talvez esse seja o motivo pelo qual muitos homens têm
dificuldade de assimilar funções no âmbito familiar que culturalmente são vistas como
obrigação incumbida às mulheres. Se tornando, ao mesmo tempo, os mesmos
dificultadores, postos como empecilhos na conquista de espaço no âmbito público.
Característica essa que somou como impasse no avanço e quebra da desigualdade
de gênero, enfrentando muitos obstáculos, o que não foi motivo suficiente para
desistência ou enfraquecimento dessa luta.
Observa-se nessa passagem, que o pensamento patriarcal precede ao
surgimento do capitalismo. Uma vez que, o patriarcalismo se enquadra perfeitamente
a esse sistema. Isto por se tratando de um sistema que explora toda uma classe
trabalhadora para favorecer uma pequena parcela da população e manter o poder
centralizado. E a burguesia, por meio da opressão e submissão das mulheres pelos
homens, foi, e continua sendo, um forte instrumento de manutenção de suas
estruturas. Com isso, frisa-se que ao longo da história, por estarem dedicadas às
atividades domésticas e à criação dos filhos, não tiveram seu trabalho reconhecido e
este ficou invisível.
12

Com relação as atividades domésticas, comenta-se que essa é uma prática


comum e muito viva na sociedade contemporânea, até os próprios filhos, que por
serem modernos deveriam ter outra visão, em muitos casos, são os primeiros que
habitualmente, enquadram suas mães nessa função dentro do lar, portanto a pessoa
encarregadas de realizar as tarefas diárias domésticas.

3 RESUTADO DA PESQUISA

Os resultados desta pesquisa serão apresentados e discutidos nas


categorias de estudo em que foram agrupados para uma maior explanação da
temática. Em que buscou-se informações plausíveis para descrever questões
peculiares acerca de como acontece a desigualdade de gênero no município de Viana
e se acontece. Assim, para o levantamento dos dados, lançou-se um questionário
interno na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEMDS) de Viana, como
será descrito na sequência.

3.1 Desigualdade de gênero no trabalho no município de Viana

Na apresentação dos resultados desta pesquisa enfatiza-se que os estudos


sobre gênero têm contribuído, embora ainda sejam poucos, para esclarecer o seu
significado, suas dimensões e quais os seus reflexos na realidade social. Portanto,
esses debates são indispensáveis para elaboração de criações e ampliações de
políticas sociais públicas, devendo ser considerado como elemento de grande valor
para análise crítica desse temática, uma vez que grande maioria do seu público é
constituída por mulheres que anseiam e buscam por meios que possam reduzir as
desigualdades entre homens e mulheres.
Nessa perspectiva, cabe ressaltar uma distinção interessante nesse
contexto, que trata-se do termo gênero, o qual se refere aos papéis desempenhados
por homens e mulheres na sociedade e não especificamente a mulher como pode
ocorrer comumente. Consequentemente, falar em gênero não é o mesmo que se
referir à mulher, mas discutir as relações sociais entre homens e mulheres,
ponderando as relações de dominação e exploração entre gêneros determinadas
socialmente.
13

Destarte, faz-se relevante esmiuçar que diante dessas relações, há uma


histórica submissão feminina nas esferas social, política e econômica, conjuntura que
emerge da diferenciação biológica entre fêmeas e machos. Enaltecendo essa
explicação, o autor Borges (2009) corrobora que: “O conceito de gênero emergiu para
denunciar a tradicional classificação e distinção baseada no sexo, caracterizando
assim, de forma mais abrangente a atividade desenvolvida por mulheres e homens”.
(BORGES, 2009, p. 19).
Baseado nessa colocação, comenta-se que ao se abordar sobre a
desigualdade de gênero no trabalho, reporta-se a questão do diferencial e formas com
que a mulher é tratada em seu ambiente de trabalho como profissional, bem como
desempenho de suas função e potencial como tal.
Ao aprofundar esta pesquisa, sublinha-se que o roteiro de perguntas
elaborado foi aplicado com algumas profissionais que trabalham na Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social (SEMDS), localizada atualmente na Rua São
Benedito, bairro Nazaré, CEP: 65.215-000, do município de Viana - MA (Brasil). Seu
horário de funcionamento e atendimento ao público são das 07:30h às 13:30h,
buscando atender o maior contingente possível.
Esse setor tem por finalidade a coordenação e operacionalização da
política pública de assistência social, de segurança alimentar e nutricional e
programas de transferência de renda, atendimento ao cidadão, assessorando e
supervisionando as ações dirigidas à criança, ao adolescente, ao jovem, ao idoso, às
pessoas com deficiência e suas famílias, com o objetivo de proteger e contribuir para
a inclusão e promoção social dos segmentos populacionais vulnerabilizados pela
pobreza e exclusão social. (https://www.viana.ma.gov.br).
Quando em campo, o questionário utilizado foi composto por 10 (dez)
perguntas objetivas, buscando alcançar respostas satisfatórias e condizentes a
temática abordada. Embora um pouco evasivas, conseguiu-se colher informações
relevantes e voltadas ao maior interesse desta pesquisa, que era saber se existe
indícios dessa desigualdade no município em questão, sua frequência e severidade
de tal prática.
Nesse viés, a primeira indagação proposta foi: “1) Diante de sua realidade
você se sente vítima da desigualdade de gênero? Se sim, em qual sentido? a)
Desvalorização profissional ( ); b) Desvalorização pessoal ( ); c) Assédio moral
14

(opressão, desrespeito, indiferença, depreciação, discriminação, exclusão) ( ); d)


Assédio sexual ( )”.
Assim, após lançá-las para três profissionais dessa Secretaria obteve-se
as seguintes respostas principais:

Neste setor, assim como já acontecido em outros, o maior descaso e presente


desigualdade de gênero em relação a trabalho foi a questão c)
Assédio moral (opressão, desrespeito, indiferença, depreciação,
discriminação, exclusão), aqui é comum esse tipo de prática, e precisamos
ser mais profissionais ainda na questão de saber ludibriar, contornar tal
situação por dois motivos, primeiro é que uma denúncia só iria nos expor e
causar conflitos, segundo, apesar dos direitos constitucionais estampados
em todo lugar, a maioria diante da realidade Viana, só existem na teoria.
(ENTREVISTADAS 01, 02, 03, 2022).

No segundo questionamento, ao qual seguiu com as mesmas pessoas


entrevistadas inicialmente, perguntou-se: “2) Você como mulher no meio profissional
enfrenta algum tipo de desvantagem ou desvalorização do seu trabalho? a) Sim; b)
Não”. Nas respostas teve-se:

A entrevista 01, respondeu que NÃO, já as entrevistada 02 e 03, falaram que


SIM, quando se perguntou qual tipo, a 02 não soube explicar, enquanto a 03,
disse que se sente desvalorizada no desempenho de suas funções, mas
alegou que talvez seja porque ela não é concursada e não recebe sua
remuneração de acordo com sua categoria profissional. (ENTREVISTADAS
01, 02, 03, 2022).

Nesse momento notou-se, um breve suspense entre as entrevistavas em


querer expor algo, mas se contiveram e assim, seguiu-se a entrevista com a terceira
questão: 3) Como você classificaria o reconhecimento da sociedade vianense da
mulher no mercado de trabalho? a) Não percebe reconhecimento; b) Não valorizam;
c) Dentro dos padrões favoráveis; d) Super respeitam. Aqui a resposta foi unanime,
todas responderam que “NÃO VALORIZAM”.
Na observância dessa desvalorização feminina, pontua-se que são
diversas as desigualdades existentes na sociedade brasileira. Uma das mais
evidentes refere-se às relações de gênero, em conformidade com Camargo (2022),
bem como a menos relacionada trata-se da questão econômica e mais que reporta-
se ao ponto de vista cultural e social.
Tal fato vem se constituindo de longas datas e passados entre gerações,
supõe-se que é justamente a partir daí, que as representações sociais sobre a
participação da mulher dentro de espaços variados se expandem, isto seja dentro na
15

família, na escola, igreja, nos movimentos sociais, enfim, na vida em sociedade de


maneira geral e completamente expansiva.
Seguindo para quarta pergunta: 4) Você se sente excluída da participação
efetiva nos espaços públicos do trabalho fora do âmbito doméstico? Todas
responderam que sim, inclusive a entrevistada 02, expressou o seguinte texto:

Somos excluídas de maneira camuflada, muitas até se deixam enganar que


as falsas divulgações de ações em prol e respeito a mulher, mas a realidade
é que em pleno século 21 ainda somos deixadas de lado e tratadas apenas
como alguém que ocupa um cargo politicamente ou somente por que passou
numa concurso público e não pelo nosso verdadeiro potencial como pessoa.
(ENTREVISTADA 02, 2022).

Sobre esse contexto, faz-se interessante realçar conforme explica Bourdieu


(1999), que durante muito tempo, a mulher foi excluída da participação efetiva nos
espaços públicos, do trabalho fora do âmbito doméstico e inclusive da possibilidade
de desenvolvimento científico e intelectual por meio da educação formal, além de
estarem submetidas (isso ainda ocorre atualmente) ao poder de homens de sua
família, em geral seus pais e maridos. Essas ações acarretaram um problema que
urge por solução de maneira berrante. (BOURDIEU, 1999).
Na quinta pergunta que foi: 5) Diante dos padrões comportamentais você
concorda que mulher ainda é tratada de maneira desigual em relação ao homem? A
resposta também unanime e todas responderam SIM, novamente a Entrevistada 02,
se pronunciou dizendo que: “ sem sombra de dúvidas são tratadas de maneira
desigual e isso em muitos lugares”.
Ao chegar na sexta questão: 6) Analisando a população de Viana, como a
desigualdade de gênero afeta a sociedade? a)Mercado de trabalho; b) Meio político;
c) Violência doméstica; d) Preconceito/discriminação feminina, as três profissionais
responderam que sofrem bastante com a discriminação por ser mulher. Sendo
importante sublinhar que toda e qualquer forma de desigualdade afeta a sociedade.
Sejam elas desigualdades sociais, raciais e de gênero.
Na sétima indagação: 7) Em sua opinião como uma sociedade pode ser
democrática se não há tratamento igual entre mulheres e homens? Todas
responderam que NÃO. Até mesmo porque, se a desigualdade de gênero consiste em
um problema antigo, porém atual como é que pode haver democracia.
Partindo para o oitavo questionamento: 8) Mais profundo que igualdade é
a equidade, então como podemos ter uma sociedade democrática sem respeitar-se
16

as singularidades femininas? Nesta pergunta colocaram a seguinte situação: Como


pode haver uma coisa se não temos a outra? É totalmente impossível.
Diante dessa resposta argumenta-se que desde os tempos antigos de
existência da humanidade, a maioria dos povos, tantos pelos costumes como pela
cultura não tinham como se desviar das sociedades patriarcais, em que o homem
detinha o poder de mando e decisão sobre a família.
Assim, sendo, foi a partir desse modelo familiar que foi transposto do
âmbito familiar privado para o âmbito público, fazendo com que sistemas políticos
desenvolvessem-se pelo comando masculino. Acredita-se que é justamente desse
viés que se tem uma grande explicação para a expansão desse modo de vida, o que
não é justificativa para mantê-lo e tão pouco levá-lo adiante.
Nesta pergunta: 9) Em sua opinião o que é preciso para se reconhecer o
valor da mulher em nossa sociedade? As entrevistadas mostraram-se mais ativas em
suas respostas, em que:

A entrevistada 01 respondeu que é preciso exercer a igualdade de gêneros;


a entrevistada 02 disse o primeiro passo é o respeito ao próximo
independentemente de quem seja ele; a entrevistada 03 respondeu que é
crucial que haja a valorização de todo e qualquer ser humano como pessoa
e que seja promovido de maneira intensa a igualdade de gêneros em todo
lugar. (ENTREVISTADAS 01, 02, 03, 2022).

Na décima e última pergunta deste roteiro de entrevista aplicado para o


levantamento de dados lançou-se: 10) Em seu ponto de vista, na cidade de Viana
qual o tipo de desigualdade de gênero mais comum no tocante social? a) Pelo homem;
b) Por outras mulheres; c) Pela sociedade em si; d) Pelas esferas públicas locais.
Como respostas, todas responderam que esse tipo de desigualdade advém das
próprias esferas públicas locais.
Diante dessas respostas, pontua-se conforme expõe Porfírio (2022) que é
crucial que haja um reconhecimento de todos os envolvidos no espaço ao que se vive
para possa surgir uma mudança de ações voltada ao contexto da desigualdade de
gênero. Nessa análise o autor coloca que:

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer o valor da mulher em nossa


sociedade, que tem o mesmo peso e a mesma importância que o do homem.
É preciso, acima de tudo, tratar a mulher com respeito e garantir a ela a
equidade necessária para o seu pleno desenvolvimento social. Somente
assim é possível ter-se uma sociedade amplamente democrática.
(PORFÍRIO, 2022).
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Nota-se com isso, que algumas mudanças precisam partir tanto das
pessoas civis quanto daquelas que dirigem órgão, setores e aportes governamentais
para não excluírem as mulheres desses espaços, mas sim, dar oportunidades para
estas possam exercer seu papel como tal. Em que poderão atuar como grandes
protagonistas no mercado como mulheres talentosas e capazes de desenvolver
verdadeiras inovações em várias áreas profissionais.
Assim, mediante análise das perguntas lançadas e respostas obtidas, pode
alcançar o objetivo geral desta pesquisa que tratou em discutir desigualdades de
gênero sob a perspectiva das diferenças entre gênero e trabalho. Nessa discussão foi
possível se observar que, embora ainda aconteça de forma mais branda e camuflada,
a desigualdade de gênero em relação ao trabalho continua acontecendo na sociedade
contemporânea, necessitando de políticas públicas associada de denúncias,
fiscalizações para que juntos se possa mudar essa realidade a qual muitas mulheres
ainda enfrentam.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando a discussão realizada no viés da desigualdade de gênero em


suas práticas laborais, compreende-se que a categoria gênero não pode passar por
despercebida, coloca-se isto devido seu caráter de transversalidade, sendo assim, é
de suma importância para apreensão da realidade social discutir essa temática, uma
vez que se configura como uma das manifestações da questão social, dotado de
relações de poder e desigualdade.
Nessa perspectiva, gênero é uma categoria que deve ser apropriada e
compreendida desde o seu significado até seu lugar na sociedade, pois este termo
possui uma relação intrínseca com a mulher. Nesse aporte nota-se a necessidade em
se desenvolver cada vez mais reflexões sobre essa temática, pois essa discussão se
insere na profissão feminina de maneira a valorizar seu lugar como profissional em
grande potencial assim como as demais pessoas de gênero masculino.
Nessa análise, grifa-se ainda, a questão de respeito e igualdade entre os
seres humanos, isto não somente pelo fato dos segmentos constitucionais, mas em
suma pelo fato de que todos são cidadãos, tão pessoas umas quantas as outras,
sejam homens ou mulheres.
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Portanto, faz-se necessária a ampliação desse debate como forma de


perceber suas interferências nas demandas sociais, sobretudo, no processo de
formação de cada pessoa. Acredita-se que um grande passo seria o rompimento do
silencio, pois como pode-se observar no roteiro de entrevistas, muitas mulheres
enfrentam várias violações, desrespeitos, desvalorização e até assédio em seus locais
de trabalho e nada fazem, não tomam uma atitude por medo e por muitas vezes tal
procedimentos não resultar em nada.
Frente a essa situação, que inúmeras mulheres enfrentam, por vezes, até
diariamente, é que se faz necessário a criação e mecanismos mais eficientes que
possam de fato oferecer a mulher um atendimento mais conclusivo diante a ação
exposta e assim, poder se encontrar uma solução a situação vivida por ela.
Em síntese ao que foi exposto, ressalta-se que é preciso um olhar mais
enfático frente a questão da desigualdade de gênero laboral. Torna-se essencial a
disponibilidade de estudos mais frequente que possam informar a sociedade acerca
dessa discussão para que outros envolvidos no exercício profissional tenham
melhores noções para buscar por soluções.
É necessário aprofundar os estudos principalmente sobre gênero na cidade
a qual se vive e com isso perceber que ali pertinho de cada pessoa existem também
suas relações de desigualdade, bem como de fatores que necessitam ser expostos
como dominação e opressão entre outros conflitos enfrentados no cotidiano de muita
gente. Só assim, será possível buscar identificar possibilidades de uma atuação que
enfrentem as problemáticas provenientes desse contexto, sendo desprovidos de
posicionamentos que reforcem essas relações, mas que pelo contrário busquem
extingui-las.
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REFERÊNCIAS

BORGES, Andreia Raquel Fernandes. Género – Uma Dimensão Oculta na Prática


Profissional do/a Assistente Social? Disponível em
http://www.cpihts.com/PDF%2006/Andreia%20Borges.pdf. Acesso em 10 de maio
de 2022.

BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. Tradução Maria Helena Kühner. Rio


de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.

BRUSCHINI MCA. Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos
de Pesquisa. 2017; 37(132): 537-72.

CAMARGO, Orson. "A mulher e o mercado de trabalho"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/a-mulher-mercado-trabalho.htm.
Acesso em 11 de maio de 2022.

CISNE, Mirla. Feminismo, luta de classes e consciência militante feminista no


Brasil. 409 F. tese (Doutorado em Serviço Social) – Faculdade de Serviço Social.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.

MANDEL, Ernest. A crise do capital: os fatos e sua interpretação marxista. São


Paulo: Ensaio; Campinas: Ed. UNICAMP, 1990.

PORFÍRIO, Francisco. "Desigualdade de gênero"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/desigualdade-de-genero.htm. Acesso em
16 de março de 2022.

SAFFIOTI, H.I.B. Já se mete a colher em briga de marido e mulher. São Paulo


em perspectiva. Ano: 1999.

SAFFIOTI, H.I.B. O poder do Macho. Editora: moderna. Ano: 1987.

SAFFIOTI, H.I.B. Gênero e Patriarcado: a necessidade da violência. São Paulo:


Editora Fundação Perseu Abramo, Ano: 2004.

Sites consultados:

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/desigualdade-de-genero.htm

https://www.viana.ma.gov.br/
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APÊNDICE I - PESQUISA DE CAMPO - SECRETARIA MUNICIPAL DE


DESENVOLVIMENTO SOCIAL (SEMDS) – VIANA-MA

1) Diante de sua realidade você se sente vítima da desigualdade de gênero? Se sim, em


qual sentido?
a) Desvalorização profissional ( )
b) Desvalorização pessoal ( )
c) Assédio moral (opressão, desrespeito, indiferença, depreciação, discriminação,
exclusão) ( )
d) Assédio sexual ( )

2) Você como mulher no meio profissional enfrenta algum tipo de desvantagem ou


desvalorização do seu trabalho?
a) Sim b) Não

3) Como você classificaria o reconhecimento da sociedade vianense da mulher no


mercado de trabalho?
a) Não percebe reconhecimento b) Não valorizam c) Dentro dos
padrões favoráveis c) Super respeitam

4) Você se sente excluída da participação efetiva nos espaços públicos do trabalho fora
do âmbito doméstico?

5) Diante dos padrões comportamentais você concorda que mulher ainda é tratada de
maneira desigual em relação ao homem?

6) Analisando a população de Viana, como a desigualdade de gênero afeta a sociedade?


a) Mercado de trabalho a) Meio político c) Violência doméstica
d) Preconceito/discriminação feminina

7) Em sua opinião como uma sociedade pode ser democrática se não há tratamento
igual entre mulheres e homens?

8) Mais profundo que igualdade é a equidade, então como podemos ter uma sociedade
democrática sem respeitar-se as singularidades femininas?

9) Em sua opinião o que é preciso para se reconhecer o valor da mulher em nossa


sociedade?

10) Em seu ponto de vista, na cidade de Viana qual o tipo de desigualdade de gênero
mais comum no tocante social é?
a) Pelo homem b) Por outras mulheres c) Pela sociedade em si
d) Pelas esferas públicas locais

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