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00 –
Introdução à
Física e à
cinemática.
ENEM 2020

Professor Lucas Costa


Professor Lucas Costa
Aula 00 - ENEM 2020

Sumário
Introdução ............................................................................................................................................. 4
Conheça o ENEM ............................................................................................................................... 4
Como se preparar para a prova de Física da ENEM? ........................................................................ 4
Metodologia do curso ....................................................................................................................... 6
Cronograma de aulas ........................................................................................................................ 6
Fórum de dúvidas .............................................................................................................................. 9
Apresentação Pessoal ....................................................................................................................... 9
1 - Considerações iniciais .................................................................................................................... 10
2 - Conceitos iniciais: uma introdução à Física ................................................................................... 10
2.1 - O Sistema Internacional de Unidades (SI) ............................................................................... 10
2.2 - Algarismos significativos ......................................................................................................... 14
2.2.1 – Arredondamentos ............................................................................................................ 15
2.3 - Notação científica e ordem de grandeza ................................................................................ 15
2.3.1 - A notação científica .......................................................................................................... 15
2.3.2 - A ordem de grandeza ....................................................................................................... 15
3 – O estudo dos vetores ..................................................................................................................... 17
3.1 - Regra do Paralelogramo ......................................................................................................... 18
3.1.1 – A lei dos senos .................................................................................................................. 18
3.1.2 – A Lei dos cossenos............................................................................................................ 18
4 - Movimento: deslocamento e velocidade ....................................................................................... 21
4.1 - Conceitos importantes ............................................................................................................ 22
4.1.1 - Instante e intervalo de tempo .......................................................................................... 22
4.1.2 - Ponto material e corpo extenso ....................................................................................... 22
4.1.3 - Referencial, movimento e repouso ................................................................................... 23
4.1.4 - Distância percorrida e deslocamento vetorial ................................................................. 23
4.1.5 - Trajetória .......................................................................................................................... 24
4.1.6 - Velocidade ........................................................................................................................ 25
4.1.7 - Tipos de movimento ......................................................................................................... 25
4.2 O movimento retilíneo e uniforme ............................................................................................ 25
4.2.1 - A velocidade para o MRU ................................................................................................. 26
4.2.2 - A equação horária do movimento uniforme: ................................................................... 28
4.2.3 - A relação entre 𝑘𝑚/ℎ e 𝑚/𝑠: .......................................................................................... 28

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4.2.4 - A velocidade escalar média .............................................................................................. 29


4.2.5 - Os gráficos do movimento retilíneo e uniforme ............................................................... 32
5 - Resumo da aula em mapas mentais .............................................................................................. 35
6 - Lista de questões ............................................................................................................................ 36
6.1 - Já caiu na ENEM ...................................................................................................................... 36
6.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 39
7 - Gabarito das questões sem comentários ...................................................................................... 46
7.1 - Já caiu na ENEM ...................................................................................................................... 46
7.2 Já caiu nos principais vestibulares ............................................................................................ 46
8 - Questões resolvidas e comentadas ................................................................................................ 46
8.1 - Já caiu na ENEM ...................................................................................................................... 46
8.2 - Já caiu nos principais vestibulares .......................................................................................... 52
9 - Considerações finais....................................................................................................................... 72
10 - Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 72
11 - Versão de Aula ............................................................................................................................. 72

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INTRODUÇÃO

Querido aluno, a finalidade deste curso é oferecer um curso extensivo para a resolução das
questões objetivas de física do vestibular ENEM 2020. Espero que esse curso seja proveitoso para
que você consiga alcançar os seus objetivos.
O meu curso terá como foco a resolução do maior número possível de questões de
vestibulares anteriores, aliado a mapas mentais que facilitarão a memorização do conteúdo
teórico. Tudo isso para que o aprendizado seja rápido, direcionado e eficaz.

CONHEÇA O ENEM

O ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio foi criado no ano de 1998, com o objetivo de ser
uma avaliação de desempenho dos estudantes de escolas públicas e particulares do Ensino Médio.
Desde 2009, o Enem tornou-se também uma forma de avaliação que seleciona estudantes de
todo o Brasil para instituições federais de ensino superior e para programas do Governo Federal, tais
como o Sisu, Prouni e Fies. Esses programas facilitam a vida de quem deseja estudar em
universidades públicas ou precisa de um apoio do governo para pagar a mensalidade da universidade
particular.
Para mais informações sobre a instituição acesse: nosso site:
https://www.estrategiavestibulares.com.br/vestibulares/enem/
Nas provas do Enem, há, incorporados nas questões, tópicos simples ou complexos de todas
as disciplinas. E essa prova tem exigido dos candidatos cada vez mais bagagem e conhecimentos
gerais. O candidato que quer se dar bem nessa prova, precisa ter um bom nível de vocabulário e
capacidade de interpretação, que veremos em nosso material.
As questões, em geral misturam notícias jornalísticas, trechos de obras literárias, quadrinhos,
imagens, letras de música, poemas, diálogos, entre outros.
Em anos anteriores, o Enem trouxe questões que demandam atenção a detalhes nas
entrelinhas de cada tipologia textual e um vocabulário mais amplo.
O Ministério da Educação está mais interessado em saber qual é, de fato, a capacidade dos
estudantes em ler e interpretar os textos em todas as disciplinas e assim, todos os conteúdos
explorados estarão, em cada parte da sua prova, contextualizados.

COMO SE PREPARAR PARA A PROVA DE FÍSICA DA ENEM?

Pensando no seu estudo, dividi o conteúdo de Física segundo o esquema a seguir:

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Aulas 00, 01, 02,


Mecânica
03, 04, 05 e 06

Termologia Aulas 07, 08 e 09

Ondulatória Aulas 10, 11 e 12

Física Óptica Aula 13 e 14

Eletricidade Aulas 15 e 16

Magnetismo Aulas 17 e 18

Física Moderna,
Radioatividade e Aula 19
outros assuntos.

Conteúdos de Física/ENEM desde 1999


Outros
Moderna
4%
Magnetismo 1%
3%

Ondulatória
14% Mecânica
33%

Eletricidade
21%

Óptica
7%

Termologia
17%

Quando você estiver estudando um dos 7 tópicos expostos acima é sugerido que você siga a
sequência das aulas. Por exemplo: estude a Mecânica na sequência da Aula 00 até a Aula 06. Isso é
importante pois as questões abordadas na Aula 01 exigirão conceitos vistos na Aula 00, e assim
sucessivamente.
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METODOLOGIA DO CURSO

Com o intuito de facilitar a sua preparação, elaborei um material completo, ele foi dividido
da seguinte forma:

vamos estudar os mais importantes tópicos da TEORIA de Física, tanto nos Livros Eletrônicos
(aulas em .pdf) quanto em videoaulas

depois revisar o conteúdo teórico por meio MAPAS MENTAIS

praticar o que foi aprendido em QUESTÕES de provas recentes e/ou inéditas elaboradas a
partir dos tópicos mais cobrados

e nos aprimorar com SIMULADOS elaborados com questões inéditas

Referência às
Teoria com linguagem
METODOLOGIA questões mais
direta e objetiva
cobradas em prova

Resolução e
Resolução e Fixação através de
comentários em
comentários em resumos em formato
questões de provas
questões de fixação de mapas mentais
anteriores

Estimular a auto
preparação de
resumos e revisões Aprovação!!!
peródicas

CRONOGRAMA DE AULAS

Acompanhe o cronograma de lançamento das aulas de Física na área do aluno, no site do


Estratégia Vestibulares. Quanto à divisão por conteúdos, elaborei o seguinte planejamento:

Aula Título Descrição do conteúdo

FRENTE 1 - MECÂNICA

Introdução à Física e Conceitos iniciais da Física: O Sistema Internacional de Unidades,


00
à cinemática. notação científica e ordem de grandeza. Estudo dos vetores.

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Movimento: deslocamento e velocidade. Descrição de movimentos:


movimento linear uniforme.

Movimento Descrição de movimentos: movimento uniformemente variado;


uniformemente movimento bidimensional (composição de movimentos);
01 variado, movimento circular.
bidimensional e
circular.

Dinâmica: as leis de Forças de ação e reação. Relação entre força e aceleração. Força
02 Newton e suas peso, força de atrito, força elástica, força centrípeta. Inércia e sua
aplicações. relação com sistemas de referência. Composição de forças.

Energia mecânica: Energia cinética. Trabalho e variação de energia cinética. Sistemas


trabalho, potência e conservativos: energia potencial, conservação de energia mecânica.
03
conservação. Trabalho de uma força. Potência. Sistemas dissipativos: conservação
da energia total.

O equilíbrio de Condições de equilíbrio, centro de massa. Momento de força e


corpos extensos. máquinas simples. Forças modificando movimentos: variação da
04
Forças modificando quantidade de movimento, impulso de uma força, colisões.
movimentos. Conservação da quantidade de movimento (escalar e vetorial).

A gravitação. O Sistema Solar: evolução histórica de seus modelos. O surgimento


do Universo e sua evolução. Lei da Gravitação Universal. Campo
05
gravitacional. Significado de g. Movimento dos corpos celestes,
satélites e naves no espaço.

Hidroestática e Pressão em líquidos e sua transmissão nesses fluidos. Pressão em


06 fluidodinamica: o gases. Pressão atmosférica. Empuxo e condições de equilíbrio em
estudo dos fluidos. fluidos. Vazão e continuidade em regimes de fluxo constante.

FRENTE 2 - TERMOLOGIA

Termologia. Calor, temperatura e equilíbrio térmico. Interpretação cinética da


temperatura e escala absoluta de temperatura. Propriedades
07 térmicas dos materiais: calor específico (sensível), dilatação térmica,
condutividade térmica, calor latente (mudanças de fase). Processos
de transferência de calor.

Estudo dos gases. Propriedades dos Gases Ideais. Conservação da energia: equivalente
08
mecânico do calor, energia interna.

Noções de Irreversibilidade e limitações em processos de conversão


09
Termodinâmica. calor/trabalho. Máquinas térmicas e seu rendimento.

FRENTE 3 - ONDULATÓRIA

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O estudo das ondas. Ondas e suas características. Ondas mecânicas: propagação,


10 superposição e outras características. Reflexão, refração, difração e
interferência de ondas. Som: propagação e outras características.

Ondas estacionárias. Superposição de pulsos. Ondas estacionárias em cordas. Ondas


11
estacionárias em tubos sonoros.

Ondas Luz: natureza eletromagnética, cor, dispersão. Luz: propagação,


eletromagnéticas. trajetória e outras características. Ondas eletromagnéticas: fontes,
características e usos das diversas faixas do espectro
12
eletromagnético. Modelo qualitativo para transmissão e recepção de
ondas eletromagnéticas. Descrição qualitativa do funcionamento de
comunicadores (rádios, televisores, telefones). Óptica geométrica.

FRENTE 4 - ÓPTICA

13 Refração e Reflexão. Imagens obtidas por espelhos planos: reflexão e refração

Espelhos esféricos e Imagens obtidas por lentes e por espelhos esféricos: reflexão e
14 lentes. refração. Instrumentos óticos simples (incluindo o olho humano e
lentes corretivas).

FRENTE 5 - ELETROMAGNETISMO

Eletrostática. Carga elétrica: quantização e conservação. Campo e potencial


15 elétrico. Interação entre cargas: força e energia potencial elétrica.
Eletrização; indução eletrostática.

Eletrodinâmica. Corrente Elétrica: abordagem macroscópica e modelo microscópico.


Propriedades elétricas dos materiais: condutividade e resistividade;
16 condutores e isolantes. Dissipação de energia em resistores.
Potência elétrica. Relação entre corrente e diferença de potencial
(materiais ôhmicos e não ôhmicos). Circuitos simples.

Magnetismo I Campos magnéticos e ímãs. Campo magnético terrestre. Modelo


17
microscópico para ímãs e propriedades magnéticas dos materiais.

Magnetismo II Correntes gerando campos magnéticos (fios e bobinas). Ação de


campos magnéticos: força sobre cargas e correntes. Indução
18 eletromagnética. Princípio de funcionamento de eletroímãs,
transformadores e motores. Noção de corrente alternada. Fontes de
energia elétrica: pilhas, baterias, geradores.

FRENTE 6 – FÍSICA MODERNA

Física moderna. Interações fundamentais da natureza: identificação, comparação de


19 intensidades e alcances. Estrutura da matéria. Modelo atômico: sua
utilização na explicação da interação da luz com diferentes meios.

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Conceito de fóton. Fontes de luz. Estrutura nuclear: constituição dos


núcleos, sua estabilidade e vida média. Radioatividade, fissão e
fusão. Energia nuclear. Riscos, benefícios e procedimentos
adequados para o uso de radiações. Fontes de energia, seus usos
sociais e eventuais impactos ambientais.

FÓRUM DE DÚVIDAS

O fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações e o


esclarecimento das dúvidas dos alunos. Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área do aluno,
no site do Estratégia Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/ e busque
pela opção “Fórum de Dúvidas” dentro de área do aluno.

APRESENTAÇÃO PESSOAL

Para os que não me conhecem, meu nome é Lucas Costa e sou bacharel em Engenharia
Química, formado pela Universidade Federal Fluminense (2016) – UFF. Nessa mesma instituição
obtive o grau de Mestre em Engenharia Química em 2018.
Em 2009 obtive êxito nos seguintes vestibulares:
• 1º lugar em Engenharia Civil do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da
Fonseca -CEFET-RJ
• 6º lugar em Medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO
• 3º lugar geral para engenharias através do ENEM na Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro (PUC-RJ)
• Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
• Engenharia Química na Universidade Federal Fluminense – UFF
• Engenharia Química na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
Consegui esses resultados pelo uso de um material direcionado e alinhado com as provas
anteriores do vestibular pretendido, isso é a chave para a aprovação.
Conte comigo em sua caminhada, e para ficar sabendo de todas as notícias relativas aos mais
diversos vestibulares ocorrendo em nosso país, recomendo que você siga as mídias sociais do
Estratégia Vestibulares. Sinta-se também convidado a seguir o meu perfil, no qual trarei questões
resolvidas e mais dicas para sua preparação.

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1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesta aula 00, serão abordados os seguintes tópicos do seu edital:
• O Sistema Internacional de Unidades, algarismos significativos e a notação científica.
• Movimento: deslocamento, velocidade e aceleração (escalar e vetorial).
• Estudo dos vetores.
• Descrição de movimentos: movimento linear uniforme.
Os assuntos mencionados se enquadram no subtópico denominado Mecânica.

Estude as aulas iniciais de seu material com atenção redobrada! A Mecânica é um tema
bastante explorado e cobrado frequentemente em questões interdisciplinares.

2 - CONCEITOS INICIAIS: UMA INTRODUÇÃO À FÍSICA


Querido aluno, este pequeno capítulo é essencial para a correta resolução de, praticamente,
todas as questões da disciplina de Física do seu vestibular. Você já se deparou com algum colega
incapaz de conseguir gabaritar uma questão de Física, mesmo sabendo resolvê-la? Ele
provavelmente se esqueceu de algum dos pequenos conceitos aqui abordados.
Tenha a atenção redobrada neste tópico, que apesar de trazer conceitos simples, é capaz de
ser o diferencial necessário para a sua aprovação.

2.1 - O SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI)

Em provas objetivas, as alternativas costumam apresentar a unidade correta para a resposta


desejada. Já em provas discursivas, a sua resposta numérica deve vir acompanhada de alguma
unidade de medida em todas as questões de Física, com exceção das grandezas adimensionais.
Apesar de acreditar que o bom aluno será capaz de absorver naturalmente a informação
durante a resolução das questões, é recomendado ao estudante que decore estas unidades, pois a
maioria das questões cobra que as respostas sejam dadas segundo esse padrão. As sete unidades
base do SI são apresentadas a seguir:

kg
cd m

mol
SI s

K A

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De forma mais detalhada, temos:

Grandeza Unidade de base Símbolo

comprimento metro [m]

massa quilograma [kg]

tempo, duração segundo [s]

corrente elétrica ampere [A]

temperatura kelvin [K]


termodinâmica

quantidade de mol [mol]


substância

intensidade luminosa candela [cd]


Tabela 00.1 – Grandezas de base a suas respectivas unidades do SI

Todas as outras grandezas decorrem das grandezas de base e são medidas a partir de
unidades derivadas. Seguem exemplos de algumas grandezas derivadas:

Grandeza derivada Símbolo Unidade derivada Símbolo

área 𝐴 metro quadrado m2

volume 𝑉 metro cúbico m3

velocidade 𝑣 metro por segundo m/s

aceleração 𝑎 metro por segundo ao quadrado m/s2

número de ondas 𝜎, 𝑣̃ inverso do metro m-1

massa específica 𝜌 quilograma por metro cúbico kg/m3

campo magnético 𝐻 ampere por metro A/m

concentração 𝑐 mol por metro cúbico mol/m3

concentração de massa 𝜌, 𝛾 quilograma por metro cúbico kg/m3

índice de refração 𝑛 um 1

permeabilidade relativa 𝜇𝑟 um 1
Tabela 00.2 – Principais grandezas derivadas e as suas respectivas unidades derivadas

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Existem grandezas adimensionais, as quais possuem como unidade para o SI o número 1.


Essa unidade não deve ser representada para fins de prova.
Algumas unidades derivadas recebem nomenclaturas especiais, seja como forma de
homenagear o pesquisador que tenha trabalhado no tema relacionado à unidade, seja para
simplificar uma unidade que ficaria muito extensa.

Nome escolhido para Expressão em termos


Grandeza derivada Símbolo
a Unidade derivada de outras unidades

ângulo plano 𝑟𝑎𝑑 radiano m/m = 1

frequência 𝐻𝑧 hertz s-1

força 𝑁 newton m kg s-2

pressão, tensão 𝑃𝑎 pascal N/m2 = m-1 kg s-2

energia, trabalho, quantidade de


𝐽 joule N m = m2 kg s-2
calor

potência, fluxo de energia 𝑊 watt J/s = m2 kg s-3

carga elétrica, quantidade de


𝐶 coulomb sA
eletricidade

diferença de potencial elétrico 𝑉 volt W/A = m2 kg s-3 A-1

resistência elétrica 𝛺 ohm V/A = m2 kg s-3 A-2

indução magnética 𝑇 tesla Wb/m2 = kg s-2 A-1


Tabela 00.3 – Grandezas derivadas de nomenclatura especial e o nome atribuído a unidade derivada

Infelizmente, existem regiões do planeta que insistem em utilizar outros sistemas de medidas,
sendo o caso do Sistema Imperial, usado nos Estados Unidos da América, o caso mais emblemático.
Há também outras unidades que fazem parte do nosso cotidiano como minutos, horas,
toneladas, dias, litros etc. Essas unidades possuem equivalência com o SI, e sempre que essa
equivalência for relevante para fins de prova, elas serão trazidas explicitamente no material.
Algumas unidades pouco usuais costumam ter as suas equivalências expressas nas próprias
questões. Na tabela abaixo seguem exemplos das unidades não pertencentes ao SI:

Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI

tempo minuto min 1 min = 60 s

tempo hora h 1 h = 3600 s

tempo dia d 1 d = 86400 s

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volume litro L ou l 1 L = 1 dm3

massa tonelada t 1 t = 1000 kg

pressão bar bar 1 bar = 100 kPa

pressão milímetro de mercúrio mmHg 1 mmHg ≅ 133,3 Pa

comprimento angstrom2 Å 1 Å = 10-10 m

comprimento milha náutica M 1 M = 1852 m

força dina dyn 1 dyn = 10-5 N


Tabela 00.4 – Unidades usuais e não pertencentes ao SI

Finalmente, os prefixos do SI são um conjunto de múltiplos e submúltiplos das unidades do


SI. Eles são usados para representar valores muito maiores ou muito menores do que a unidade do
SI usada sem o prefixo.
Alguns desses prefixos são tão usuais que muitos pensam ser uma unidade de fato, como é o
caso do quilômetro. O quilômetro [km] nada mais é que a unidade de comprimento metro [m]
acrescida do prefixo quilo, que equivale a 1000, ou 103. Desse modo, um quilômetro corresponde a
1000 metros.
Alguns dos outros prefixos do SI são trazidos na tabela a seguir:

Símbolo Nome Fator Fator Nome Símbolo

d deci 10-1 101 deca da

c centi 10-2 102 hecto h

m mili 10-3 103 quilo k

µ micro 10-6 106 mega M

n nano 10-9 109 giga G

p pico 10-12 1012 tera T

f femto 10-15 1015 peta P

a atto 10-18 1018 exa E

z zepto 10-21 1021 zetta Z

y yocto 10-24 1024 yotta Y

Tabela 00.5 – Os prefixos do SI

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2.2 - ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

Vamos fazer a leitura do comprimento de um objeto representado pelo traço de cor


vermelha. Suponha que você tenha à sua disposição duas réguas: uma graduada nos centímetros e
outra nos milímetros. Qual seria a leitura que você faria em cada caso?

Na primeira régua, um valor como 6,4 seria considerado uma medida correta. Isso acontece
porque o 6 é um algarismo efetivamente lido por meio do aparelho, ao passo que o 4 é um algarismo
duvidoso. Alguém poderia ter lido o valor como 6,5 e essa leitura também estaria correta.
Já na segunda régua, é esperada uma medida como 6,57. Nesse caso os algarismos 6 e 5 são
efetivamente lidos, ao passo que o 7 é um algarismo duvidoso.
Os algarismos significativos de uma medida são todos os algarismos efetivamente lidos por
uma pessoa utilizando algum aparelho como uma balança, régua ou qualquer outro instrumento de
aferição, acrescidos de mais um algarismo, denominado algarismo duvidoso, que vem ao final da
leitura.
Portanto, a leitura 6,4 é composta por um algarismo efetivamente lido e um duvidoso,
somando dois algarismos significativos. Por outro lado, a leitura 6,57 é composta por dois algarismos
efetivamente lidos e mais um duvidoso, sendo assim, ela é mais precisa em comparação à primeira
leitura.

A régua graduada nos milímetros tem uma precisão maior, isso nos permite
colher um número maior de algarismos significativos a cada leitura, quando comparada
à régua graduada nos centímetros.

Se uma medida é apresentada como 3,000 kg, dizemos que ela possui 4 algarismos
significativos e que a precisão do instrumento vai até o centigrama, pois o algarismo duvidoso está
na casa dos miligramas. Não confunda com 0,0030 kg: nesse caso os três primeiros zeros nada
aferiram, então não são considerados algarismos significativos.
Quando encontramos um valor como 4,45 ou 4,45 ∙ 104 , é fácil identificarmos que 3
algarismos significativos são fornecidos. O problema está em um valor como 4000 ou 2500. Nesses
casos, quantos algarismos significativos são fornecidos?

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O mais usual é que se considerem os 4 como algarismos significativos. Porém, existem provas
que podem considerar somente um ou dois algarismos significativos nessas leituras. Para sanar
problemas como esse, é recomendado o uso da notação científica.

2.2.1 – Arredondamentos
Arredondamentos são muito úteis quando temos mais algarismos significativos do que
podemos representar.
Suponha que você tenha medido a massa de uma bolinha de gude com uma balança com 4
algarismos significativos e tenha encontrado o valor de 4,892 g. Como esse valor seria escrito com
3, 2 e 1 algarismo significativo, usando arredondamentos?

significativo
1 algarismo
3 algarismos
significativos

2 algarismos
significativos

4,89g 4,9 g 5g
2.3 - NOTAÇÃO CIENTÍFICA E ORDEM DE GRANDEZA

2.3.1 - A notação científica


A notação científica nada mais é do que a escrita de valores utilizando potências de 10. Ela
deve ser composta por dois termos, o primeiro sempre superior ao número 1 e inferior ao número
10, e o outro uma potência de 10. Tal como no exemplo abaixo:

2,0 ∙ 105

A notação científica é útil para expressar valores muito grandes ou muito pequenos, facilitar
contas e eliminar dúvidas quanto ao número de algarismos significativos de uma medida.
Como descobrir o número a qual a potência de dez deve ser elevada?
Contando-se o número de casas decimais da posição onde ela deve parar até a última casa à
direita no valor original.

7600 7,6,0,0, 7,6 . 103


No exemplo anterior foram usados dois algarismos significativos. Isso não decorreu de
nenhuma regra, foi somente uma preferência pessoal.

2.3.2 - A ordem de grandeza


A ordem de grandeza é uma estimativa usada quando não se tem certeza quanto a um valor
e busca-se somente um guia, um valor próximo ao real.
Uma ordem de grandeza é retirada de uma notação científica: caso o valor anterior a
potência de 10 na notação científica seja inferior a √𝟏𝟎, aproximadamente 3,16, então somente a
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potência de 10 é mantida. Caso o valor anterior seja superior a √𝟏𝟎, então a potência de 10 é
acrescida de um em seu expoente.

A ordem de grandeza
Valor anterior à
será a potência de 10
potência de 10
acrescida de uma
maior que 3,16
unidade.
Notação científica
Valor anterior à A ordem de grandeza
potência de 10 será a própria
menor que 3,16 potência de 10.

Note que no exemplo abaixo o 7,6 é maior que 3,16. Por isso, a ordem de grandeza
proveniente de 7,6 ∙ 103 deverá ser 104 .

7600 7,6 . 103 104


(leitura (notação (ordem de
bruta) científica) grandeza)
Existem autores que adotam a referência no valor 5,00, ao invés de √10. Com isso, teremos
um problema na região entre 3,16 e 5,00: devemos acrescer um algarismo à potência de dez nesses
casos?
Os elaboradores de provas costumam evitar que as respostas finais fiquem nesse intervalo.
Outra tática das bancas é pedir para o candidato responder “o valor mais próximo” ou invés da
ordem de grandeza. Nesse caso, use o 5 no lugar de √10, como valor referência para acrescer ou
não a casa extra na potência de 10.
De qualquer forma, dentro do mundo acadêmico a forma mais aceita é que a ordem de
grandeza proveniente da notação científica deverá ser a potência de 10 acrescida de uma unidade
quando o valor a frente é superior a √10.

O valor √𝟏𝟎 não é escolhido de forma aleatória.


Perceba que a ordem de grandeza representa uma potência de base 10. Portanto, é
razoável que a metade entre 102 e 103 , por exemplo, seja 102,5 .
Dessa forma, o limiar entre uma ordem de grandeza e a seguinte deverá ser 100,5 , que
é equivalente a 101/2 , ou √10.

Por fim, vamos converter alguns valores em notação científica e depois em ordem de grandeza:

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Número de algarismos
Valor original Notação científica Ordem de grandeza
significativos pretendido

3100 2 3,1 ∙ 103 103

8389 2 8,4 ∙ 103 104

0,00008389 2 8,4 ∙ 10−5 10−4

0,00002 4 2,000 ∙ 10−5 10−5

1009,84 3 1,01 ∙ 103 103

5 2 5,0 ∙ 100 101

3 – O ESTUDO DOS VETORES

Figura 00.01 – Um móvel se deslocando em uma trajetória retilínea.

Suponha uma partícula se deslocando em linha reta. Ela poderá somente andar em uma
direção. Já em relação ao sentido de seu movimento ela poderá se deslocar da direita para a
esquerda ou vice-versa. O módulo de sua velocidade é uma maneira de quantificar o quanto a
partícula se desloca com o tempo.
Expandindo esse raciocínio, no caso de uma partícula que se move em qualquer outra
trajetória, é necessário um vetor para indicar a direção e o sentido da partícula. Vamos nos recordar
como é feita a soma vetorial.
Caso os vetores compartilhem a mesma direção, então basta somar ou subtrair seus módulos,
conforme o sentido por eles indicado.

Figura 00.02 – Soma de vetores que compartilham a mesma direção.

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No caso de vetores perpendiculares, devemos utilizar a relação proposta por Pitágoras, já que
é possível formar um triângulo retângulo com os vetores a serem somados a⃗ e ⃗b como catetos e o
vetor resultante S⃗ como a hipotenusa.

Figura 00.03 – Soma de vetores perpendiculares entre si.

𝟐 𝟐 Soma de vetores perpendiculares entre si


|𝐒| = |𝐚⃗|𝟐 + |𝐛|

3.1 - REGRA DO PARALELOGRAMO

A regra do paralelogramo é utilizada para calcular a soma de dois vetores quando o ângulo
entre eles é conhecido. Geralmente, quando usamos esse método utilizamos a lei dos cossenos para
determinarmos o módulo do vetor resultante.
Vamos nos recordar de duas leis importantes da geometria plana para um triângulo qualquer:

Figura 00.04 – Um triângulo qualquer.

3.1.1 – A lei dos senos


𝑎 𝑏 𝑐
= =
𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑠𝑒𝑛𝛽 𝑠𝑒𝑛𝛾

3.1.2 – A Lei dos cossenos


𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2 − 2. 𝑏. 𝑐. 𝑐𝑜𝑠(𝛼)
𝑏2 = 𝑎2 + 𝑐 2 − 2. 𝑎. 𝑐. 𝑐𝑜𝑠(𝛽)
𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏2 − 2. 𝑎. 𝑏. 𝑐𝑜𝑠(𝛾 )

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Para aplicarmos a regra do paralelogramo, podemos seguir um passo a passo:


• Colocamos os dois vetores com origem em comum (ponto O) e construirmos um
paralelogramo, fazendo linhas tracejadas paralelas aos vetores, passando pelas extremidades
dos operandos.
• Em seguida, ligamos a origem dos vetores (ponto O) ao encontro das linhas tracejadas (ponto
C), determinando o vetor resultante 𝑠 = ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝐶 , conforme figura abaixo:

Figura 00.05 - Processo de soma de vetores pela regra do paralelogramo.

Perceba que o vetor resultante é dado pelo início de um dos vetores até o final do vetor
projetado, como mostrado na última figura, na qual o vetor 𝑏⃗ foi transladado até a posição superior.
Veja esse processo novamente, e tenha muito cuidado com a posição do ângulo 𝜃, que nos interessa
na soma vetorial.

⃗ para formação do vetor resultante 𝒔


Figura 00.06 - A translação do vetor 𝒂 ⃗.

O ângulo 𝜃, que deve ser usado na soma vetorial não é o ângulo entre os vetores, mas
sim o seu suplemento, ou seja, o quanto lhe falta até 180°. Lembre-se que o cosseno dos
ângulos no segundo quadrante, entre 90° e 180°, é sempre negativo.

Infelizmente, o método do paralelogramo é limitado à soma de dois vetores apenas. Para


somar mais vetores, precisaríamos aplicar a regra do paralelogramo para dois vetores, a partir do
resultante aplicar novamente a regra e assim sucessivamente. Isso torna o método nada prático para
o caso da soma de 𝑛 vetores.

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A partir da lei dos cossenos e da regra do paralelogramo, quando o ângulo entre os dois vetores
não for de 90° e eles não forem colineares (de mesma direção) teremos que usar a lei dos cossenos
para determinar o módulo do vetor resultante.
Trarei novamente essa relação. Repare que precisaremos saber o módulo de cada um dos
vetores a ser somado e também o ângulo formado entre os dois vetores.

Figura 00.07 – Soma de vetores com um ângulo 𝜶 qualquer entre si.

𝟐 𝟐 Soma de vetores com


|𝐒| = |𝐚⃗|𝟐 + |𝐛| − 𝟐 ∙ |𝐚⃗| ∙ |𝐛| ∙ 𝐜𝐨𝐬 𝜽
um ângulo 𝜽 entre si

(2019/INÉDITA)
Determine o módulo do vetor resultante sabendo que 𝑎 e 𝑏⃗ são representados logo abaixo.
Dados |𝑎| = 5 e |𝑏⃗| = 10.

Comentários:
Inicialmente, encontraremos o vetor resultante 𝑠 = 𝑎 + 𝑏⃗ pela regra do paralelogramo, e
determinaremos seu módulo utilizando a lei dos cossenos:

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Aplicando a lei dos cossenos no triângulo ABC, tendo o cuidado de lembrar que o ângulo 𝜃
fica posicionado entre o vetor 𝑏⃗ e a translação do vetor 𝑎, logo, vale 180° − 60°, temos:
2
|𝑠|2 = |𝑎|2 + |𝑏⃗| − 2|𝑎|. |𝑏⃗|. cos(180° − 60°)

1
|𝑠|2 = 52 + 102 + 2 ⋅ 5 ⋅ 10 ⋅ ( )
2

|𝑠| = √175 = 5√7

Gabarito: |𝒔
⃗ | = 𝟓√𝟕

(2019/INÉDITA)
Qual das alternativas abaixo é uma relação verdadeira entre os vetores 𝑎, 𝑏⃗, 𝑐 e 𝑑 .

a) 𝑎 + 𝑏⃗ = 𝑐 + 𝑑 b) 𝑎 + 𝑐 = 𝑑 + 𝑏⃗ c) 𝑎 + 𝑑 = 𝑐 + 𝑏⃗
d) 𝑎 + 𝑏⃗ + 𝑐 + 𝑑 = 0
⃗ e) 𝑎 + 𝑏⃗ + 𝑐 = 𝑑
Comentários:
Ao fazermos a soma vetorial entre 𝑎 e 𝑑 , vemos que o vetor resultante é de mesmo módulo,
direção e sentido ao vetor 𝑐 + 𝑏⃗. Podemos perceber isso pelo fato de 𝑎 e 𝑏⃗ compartilharem a mesma
origem, e 𝑐 e 𝑑 o mesmo destino.
Gabarito: “c”.

4 - MOVIMENTO: DESLOCAMENTO E VELOCIDADE


A parte da Física responsável por estudar os movimentos é denominada Cinemática. Quando
estudamos o movimento de uma grandeza escalar estaremos tratando da Cinemática Escalar. Por
outro lado, a Cinemática Vetorial trata do movimento de grandezas vetoriais. Grandezas escalares
não possuem direção e nem sentido, por esse motivo, podem ser definidas somente pelo seu
módulo.
Mas qual a diferença prática entre uma grandeza vetorial e uma escalar?
Nunca podemos tomar algo como uma verdade absoluta, sobretudo na Física. Contudo,
existem grandezas que são conhecidas por apresentar natureza escalar, são elas o tempo, a
temperatura, a massa, o trabalho de uma Força, o volume de um corpo, dentre outras.

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Também existem as grandezas que são conhecidamente vetoriais, tais como a força, a
aceleração, a velocidade e o deslocamento.
Tenha em mente: uma grandeza escalar pode ser definida apenas por seu módulo, ao passo
que uma grandeza vetorial necessita de módulo, direção e sentido.

Grandeza • Módulo
escalar

• Módulo
Grandeza • Direção
vetorial • Sentido

Vamos supor que um automóvel esteja em uma rodovia e seu velocímetro assinale 80 𝑘𝑚⁄ℎ.
A velocidade é uma grandeza vetorial, ele desenvolve 80 𝑘𝑚 a cada hora, mas em qual direção e em
qual sentido? Perceba que a informação se torna incompleta quando a direção e o sentido não são
fornecidos.
Fique atento a esses exemplos clássicos, pois a chance de que o examinador espere que você
resolva as questões considerando a natureza escalar ou vetorial deles é grande.

4.1 - CONCEITOS IMPORTANTES

Nesse subtópico trarei os principais conceitos necessários para o entendimento do


movimento do ponto de vista da disciplina de Física.

4.1.1 - Instante e intervalo de tempo


O instante de tempo é o momento na qual o tempo é registrado. O instante na qual o tempo
inicial está associado, 𝑡0 , costuma ser chamado de origem dos tempos.
Já o intervalo de tempo é aquele marcado por um cronômetro entre o início e o fim de um evento,
seja ele o movimento de um corpo ou o período de duração de uma aula. Ele é normalmente
marcado em minutos, horas ou segundos, sendo esse último a sua unidade padronizada no SI.

4.1.2 - Ponto material e corpo extenso


Quando as dimensões de um determinado ponto são desprezíveis no estudo de um
determinado fenômeno, denomina-se esse um ponto material. Por outro lado, quando as
dimensões do corpo devem ser consideradas, esse será um corpo extenso.

Um mesmo corpo pode ser considerado um ponto material ou um corpo extenso,


dependendo da situação estudada.

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Vamos tomar como exemplo o Falcon Heavy, veículo de lançamento reutilizável operado pela
SpaceX. Quando calculado o seu tempo de viagem desde o lançamento até o seu destino em órbita,
as suas dimensões podem ser desprezadas, se comparadas com o tamanho de seu percurso, ou seja,
ele pode ser considerado um ponto material.
Por outro lado, quando o veículo é manobrado e transportado dentro de uma base de lançamento
as suas dimensões são cuidadosamente consideradas. Dessa forma, nesse cenário ele é considerado
um corpo extenso.

4.1.3 - Referencial, movimento e repouso


Imagine-se dentro de um ônibus em movimento. No velocímetro do veículo lê-se 50 𝑘𝑚⁄ℎ.
Você está em movimento em relação ao ônibus? O ônibus está em movimento em relação a via?
Você está em movimento em relação a via?
Logicamente, estando sentado em seu assento, você não estará em movimento em relação
ao ônibus, porém, esse estará em movimento em relação à via. E você também estará em
movimento em relação à via.
Dizemos que um corpo está em repouso (parado) se sua posição não varia com o passar do
tempo. Caso sua posição se altere com o passar do tempo dizemos que o corpo está em movimento.
Contudo, é possível que um corpo esteja em repouso em relação a um determinado referencial e
em movimento em relação a outro.

4.1.4 - Distância percorrida e deslocamento vetorial

Esses dois conceitos são amplamente confundidos. Imagine um carro percorrendo um


trajeto entre uma cidade A e outra cidade B. O quanto o hodômetro (instrumento que
marca a quilometragem) do carro aferir dentre uma cidade e outra é a distância
percorrida. Agora imagine um helicóptero fazendo um trajeto retilíneo (em linha reta)
entre as cidades A e B: essa seria o deslocamento vetorial entre as duas cidades.

A distância pode ser aferida em quilômetros, decímetros, milhas, jardas, pés, dentro outros.
Porém a sua unidade padronizada no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o metro.
Vamos tomar um exemplo para ilustrar essa definição: um corpo vai de um posição 𝑺𝟏 =
𝟐𝟎 𝒌𝒎 até outra 𝑺𝟐 = 𝟖𝟎𝒌𝒎 e depois migra para 𝑺𝟑 = 𝟒𝟎𝒌𝒎, assim, temos que:

A distância percorrida será de 60 𝑘𝑚 + 40 𝑘𝑚 = 100 𝑘𝑚. Note que de 𝑆1 = 20 𝑘𝑚 até 𝑆2 =


80 𝑘𝑚 temos a distância percorrida de 60 𝑘𝑚 e de 𝑆2 = 80 𝑘𝑚 até 𝑆3 = 40 𝑘𝑚 a distância
percorrida é de 40 𝑘𝑚.

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Já o deslocamento vetorial será de 20 𝑘𝑚, visto que do ponto inicial 𝑆1 = 20 𝑘𝑚 ao ponto


final do percurso 𝑆3 = 40 𝑘𝑚, temos o deslocamento de 20 𝑘𝑚.

4.1.5 - Trajetória
A trajetória de um corpo é o caminho que ele percorre. Geralmente as questões abordam
trajetórias lineares (em linha reta) ou circulares.
A trajetória pode variar conforme o referencial. Imagine um garoto dentro de um ônibus que
solta uma bola. Para o rapaz, a bola faz uma simples trajetória vertical.

Figura 00.08 – A trajetória vertical da bola, tomando o rapaz como referencial.

Imagine agora que uma pessoa num ponto de ônibus seja capaz de enxergar a trajetória
desenvolvida pela bola. Para essa pessoa, a bola descreve uma trajetória parabólica.

Figura 00.09 – A trajetória parabólica da bola, tomando um referencial externo.

Esse conceito já foi cobrado:


(2000/UFMG)
Julia está andando de bicicleta, com velocidade constante, quando deixa cair uma moeda.
Tomás está parado na rua e vê a moeda cair. Assinale a alternativa em que melhor estão
representadas as trajetórias da moeda, como observadas por Júlia e por Tomás.

a) b) c) d)
Resolução:
Pelo referencial de Júlia, não existe movimento relativo na horizontal entre a moeda e a Júlia
andando de bicicleta, pois a moeda sai com a mesma velocidade horizontal que Júlia. Então, Júlia vê
a moeda cair na vertical.
Por outro lado, Tomás, parado na rua, vê a composição do movimento horizontal junto com
o movimento vertical da moeda. Ele vê a moeda indo “para a frente”, na direção do deslocamento

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de Júlia, e, ao mesmo tempo, vê a moeda caindo na vertical. Essa composição de movimento


descreve uma trajetória curva, formando um arco de parábola.
Gabarito: “c”.

4.1.6 - Velocidade
Intuitivamente, a velocidade de um corpo está associada com a rapidez que ocorre o seu
deslocamento. Se um carro é capaz de atravessar uma ponte em 10 segundos a qual um ônibus
demora 20 segundos para atravessar, dizemos que o carro fez a travessia de maneira mais veloz.

4.1.7 - Tipos de movimento


No movimento progressivo o móvel se desloca no mesmo sentido de orientação do eixo da
trajetória. Isso implica variação da posição positiva ∆𝑆 > 0 e, por consequência, velocidade positiva
𝑉 > 0.

Figura 00.10 – O movimento progressivo. Repare que o móvel se desloca segundo o sentido crescente da marcação da quilometragem.

De maneira contrária, no movimento retrógrado o móvel se desloca no sentido oposto ao de


orientação do eixo da trajetória. Isso implica variação da posição negativa ∆𝑆 < 0 e, por
consequência, velocidade negativa 𝑣 < 0.

Figura 00.11 – O movimento progressivo. Repare que o móvel se desloca segundo o sentido decrescente da marcação da quilometragem.

4.2 O MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME

O movimento retilíneo e uniforme (MRU) se caracteriza pelo deslocamento de um corpo em


uma trajetória retilínea (em linha reta) e com velocidade constante (uniforme). A única equação,
de fato, utilizada em questões desse conteúdo é a da velocidade.
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4.2.1 - A velocidade para o MRU


A velocidade, para o movimento retilíneo e uniforme, se caracteriza pela razão entre a
variação da posição, ou deslocamento, e o tempo gasto durante esse movimento.


∆𝑺 Velocidade para o MRU
⃗ =
𝒗
∆𝒕
𝒎 [𝑺] = 𝒎 (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔) [𝒕] = 𝒔 (𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔)
[𝒗
⃗ ]= (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐)
𝒔
É comum utilizarmos uma pequena seta acima da grandeza que queremos destacar. Caso
essa grandeza seja vetorial, então utilizamos a seta, caso seja escalar, a omitimos.
Note que durante este curso, sempre que uma nova equação for introduzida, as unidades das
grandezas envolvidas serão expressas. Destaca-se que a grandeza velocidade tem como unidade
padrão no SI o metro por segundo, ou [𝑚/𝑠].
A velocidade de um corpo pode definida pela razão entre sua distância percorrida e o
intervalo de tempo ou pela razão entre seu deslocamento e o intervalo de tempo. No primeiro
caso temos a chamada velocidade média, e no segundo simplesmente a velocidade.
Veja como como isso é cobrado:
(1998/PUC Campinas - Modificada)
Num bairro, onde todos os quarteirões são quadrados e as ruas paralelas distam 100 𝑚 uma
da outra, um transeunte faz o percurso de P a Q pela trajetória representada no esquema a
seguir.
a) Qual a distância percorrida pelo transeunte?
b) Qual o seu deslocamento vetorial?
c) Supondo que ele demorou 15 minutos para percorrer este percurso, qual a sua velocidade
média? E a sua velocidade considerando o deslocamento vetorial?
Comentários
Sabendo que cada quarteirão mede 100 𝑚 podemos pela figura deduzir que a distância total
percorrida é de 700 𝑚. Sabemos que 1 minuto equivale a 60 𝑠, portanto o tempo total de caminhada
foi de 900 𝑠.
Podemos escrever a razão entre a distância percorrida e o tempo total de caminhada para
determinarmos a velocidade média:

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∆𝑆 700 Velocidade escalar


𝑣= = ≅ 0,78 𝑚⁄𝑠
∆𝑡 900

Para determinarmos o deslocamento vetorial é preciso calcular a menor distância entre os


pontos P e Q. Para isso podemos traçar uma linha reta na figura. Com isso percebe-se que é possível
calcular a distância d através do cálculo da hipotenusa do triângulo retângulo destacado.
Aplicando o Teorema de Pitágoras temos que:

𝑑 2 = 3002 + 4002 Deslocamento vetorial

𝑑 2 = 9000 + 16000 = 25000

𝑑 = √25000 = 500 𝑚

E, por fim, podemos calcular a velocidade vetorial da seguinte maneira:

∆𝑆 500 Velocidade vetorial


𝑣= = ≅ 0,56 𝑚⁄𝑠
∆𝑡 900
Gabarito: a) ∆𝑺 = 𝟕𝟎𝟎 𝐦 b) 𝒅 = 𝟓𝟎𝟎 𝐦 c) 𝒗 ≅ 𝟎, 𝟕𝟖 𝒎⁄𝒔 d) 𝒗
⃗ ≅ 𝟎, 𝟓𝟔 𝒎⁄𝒔.

(2019/Inédita)
Suponha que durante uma olhada rápida para a tela do celular para checar uma notificação,
um motorista pode ficar sem prestar atenção na via por até 2 𝑠. Se esse motorista estiver
dirigindo a 30 𝑚/𝑠 em uma rodovia, qual a distância que ele irá percorrer sem ter prestado
atenção à via?
Comentários
Podemos calcular a distância usando a relação da velocidade para o MRU:

∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
Ao isolarmos a distância nessa relação, temos:

∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡

Por fim, substituindo-se os valores fornecidos:

∆𝑆 = 𝑣 ∙ ∆𝑡 = 30 ∙ 2 = 60 𝑚

Gabarito: ∆𝑺 = 𝟔𝟎 𝒎

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4.2.2 - A equação horária do movimento uniforme:


A equação horaria do movimento uniforme relaciona a posição ocupada por um corpo no
espaço com a sua velocidade 𝑉 e a posição inicial por ele ocupada 𝑆0 .

𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝒗 ∙ 𝒕 Equação da posição para o MRU


𝒎 [𝑺] = 𝒎 (𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐𝒔) [𝒕] = 𝒔
[𝒗
⃗ ]=
𝒔

A definição da velocidade e a equação da posição para o MRU trazem a mesma ideia?


Sabemos que a quarta letra do alfabeto grego ∆ (delta) traz, para a Física, o significado de
variação. Logo, ∆𝑆 significa a posição final 𝑆 subtraída da posição inicial 𝑆0 :

∆𝑆 = 𝑆 − 𝑆0 Variação da posição

Ao substituirmos a variação da posição na definição da velocidade, encontraremos:

𝑆 − 𝑆0
𝑣=
∆𝑡
𝑣 ∙ ∆𝑡 = 𝑆 − 𝑆0

Finalmente, podemos passar 𝑆0 para o outro lado da igualdade e, sabendo que ∆𝑡 e 𝑡 na


prática significam um intervalo de tempo, e, portanto, podem ser escritas uma no lugar da outra:

Equação da posição em
𝑆(𝑡) = 𝑆0 + 𝑣 ∙ 𝑡
função do tempo para o MRU

Escrever 𝑆(𝑡 ) ao invés de 𝑆 também pouco difere, de forma prática. Normalmente


encontramos a equação escrita da primeira maneira para que fique claro que a posição 𝑆 depende
do tempo 𝑡. Daí o nome equação horária do movimento uniforme.

4.2.3 - A relação entre 𝒌𝒎/𝒉 e 𝒎/𝒔:


A unidade mais usual para a velocidade, durante o nosso cotidiano, é o 𝑘𝑚/ℎ. Entretanto,
para o Sistema Internacional de Unidades essa grandeza deve ser expressa em 𝑚/𝑠. Essa mistura de
unidades é bastante explorada em provas de vestibular.
Sabemos que 1 𝑘𝑚 = 1000 𝑚. Temos também que 1ℎ = 3600 𝑠. A partir dessas duas
relações, podemos encontrar a relação entre 𝑘𝑚/ℎ e 𝑚/𝑠:

𝑘𝑚 1000 𝑚 1 𝑚 𝑚 𝑘𝑚
1 = = 𝑜𝑢 1 = 3,6
ℎ 3600 𝑠 3,6 𝑠 𝑠 ℎ

𝟏 𝒎/𝒔 = 𝟑, 𝟔 𝒌𝒎/𝒉
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Como a maioria das questões traz sempre valores múltiplos de 5 𝑚/𝑠, a seguinte tabela pode
lhe ajudar a economizar algum tempo com essa conversão de unidades:

𝒎/𝒔 𝒌𝒎/𝒉

5 18

10 36

15 54

20 72

30 108

40 144
Tabela 00.6 – Os principais valores para a velocidade usados em questões.

4.2.4 - A velocidade escalar média


Suponha que uma família decida fazer uma viagem do Rio de Janeiro até São Paulo, fazendo
uma parada na divisa entre os dois estados para tirar algumas fotos, e outra em São José dos Campos
para almoçar na casa do professor Toni.

Figura 00.12 - Representação da trajetória de São Paulo ao Rio de Janeiro no espaço.

Vamos fazer algumas suposições:


• A distância entre o centro do Rio de Janeiro e o centro de São Paulo é de 500 𝑘𝑚, passando
pela casa do professor Toni em São José dos Campos.
• O tempo levado no percurso do centro do Rio de Janeiro até a divisa RJ/SP foi de 4 horas.
• A família ficou tirando fotos durante meia hora.
• O tempo levado no percurso da divisa RJ/SP até São José dos Campos foi de 2 horas.
• O almoço demorou 1 hora e 30 minutos.
• O percurso final, da casa do professor Toni, em São José dos Campos, até o São Paulo também
foi de 2 horas.
Nessas condições, qual a velocidade média durante a viagem?
A primeira dúvida que esse tipo de cálculo costuma suscitar é: o tempo que o carro ficou
parado, durantes as fotos e posteriormente durante o almoço, deve entrar no cálculo? SIM !

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A velocidade média de um percurso é definida pela razão entre a variação de espaço e o


tempo total do trajeto, inclusive paradas e afins. Dessa forma, para a viagem em questão, temos:

∆𝑆
𝑣𝑚 =
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
500 500
𝑣𝑚 = = = 50 𝑘𝑚/ℎ
4 + 0,5 + 2 + 1,5 + 2 10
Como aplicação da relação aprendida anteriormente, quanto vale essa velocidade em 𝑚/𝑠?

𝑣𝑚 = 50 𝑘𝑚/ℎ = 50 ÷ 3,6 𝑚/𝑠 ≅ 14 𝑚/𝑠

(2019/Inédita)
Um veículo viaja em uma estrada retilínea por 80 km a 40 km/h. Em seguida, o automóvel
segue pela mesma estrada e percorre mais um trecho de 80 km e desta vez a 80 km/h pelo fato
de o trecho ter a pavimentação melhor.
a) Qual é a velocidade média do automóvel neste percurso de 160 km?
b) Caso o veículo fizesse uma pausa de meia hora durante os dois trechos para fazer um lanche,
qual seria a velocidade média do percurso total?
Comentários
Para calcularmos a velocidade média devemos utilizar a definição de velocidade do MRU:

∆𝑆 Definição de velocidade do MRU


𝑣=
∆𝑡
Primeiro precisamos calcular o tempo total, para isso aplicaremos a definição de velocidade
do MRU para cada um dos trechos, com o objetivo de obter o tempo gasto pelo veículo para
percorrer cada trecho.
Reescrevendo a definição da velocidade, explicitando o intervalo de tempo, temos:

∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣
E para cada um dos trechos:

∆𝑆1 80
∆𝑡1 = = =2ℎ
𝑣1 40
∆𝑆2 80
∆𝑡2 = = =1ℎ
𝑣2 80

∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝑡1 + ∆𝑡2 = 2 + 1 = 3ℎ

Finalmente, podemos calcular a velocidade média pela razão entre a distância total
percorrida e o tempo total gasto para fazê-lo:

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∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 160
𝑣𝑚 = = = 53, 3̅ ≅ 53 𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3

Para o cálculo da nova velocidade média basta acrescentarmos o tempo que o veículo ficou
parado ao tempo total da viagem.

∆𝑆𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 160
𝑣𝑚 = = ≅ 45,8 ≅ 46 𝑘𝑚/ℎ
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 3,5

Sempre que o avaliador pedir a velocidade média devemos considerar todo o tempo da
viagem, mesmo que o veículo esteja parado por alguns momentos.
Gabarito: a) 𝒗𝒎 = 𝟓𝟑 𝒌𝒎/𝒉 b) 𝒗𝒎 = 𝟒𝟔 𝒌𝒎/𝒉

(2019/Inédita)
Um ciclista sobe uma ladeira com uma velocidade constante de 20 km/h e desce a mesma
ladeira com uma velocidade constante de 40 km/h. Calcule a velocidade escalar média da
viagem de ida e volta.
Comentários
Devemos usar a mesma definição de velocidade, e o tempo de cada trecho deve ser calculado
com o auxílio da mesma relação. Vamos chamar o comprimento da ladeira de 𝐿. Sendo o
comprimento da subida o mesmo da descida, podemos escrever:

∆𝑆𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + ∆𝑆𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 𝐿+𝐿


𝑣= =
𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 + 𝑡𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎

Podemos calcular cada tempo usando a relação da velocidade para o MRU, isolando o tempo:

∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= 𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 ∆𝑡: ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣
Substituindo o intervalo de tempo, temos:

2𝐿 2𝐿 2𝐿
𝑣= = =
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿
+ + +
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑉𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 20 40 40 40
2𝐿 40 2𝐿 ⋅ 40 80
𝑣= = 2𝐿 ∙ = = ≅ 27 𝑘𝑚/ℎ
3𝐿 3𝐿 3𝐿 3
40
Ao contrário do que nossa intuição nos leva a crer, a velocidade média não é de 30 km/h,
conforme demonstrado acima.
Gabarito: 𝒗 = 𝟐𝟕 𝒌𝒎/𝒉

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4.2.5 - Os gráficos do movimento retilíneo e uniforme


Ao compararmos a Equação da posição em função do tempo para o MRU com uma equação
de um polinômio do primeiro grau genérica, percebemos que a posição varia linearmente em função
do tempo 𝑺(𝒕), logo, teremos o gráfico na forma de uma reta.

𝑺(𝒕) = 𝑺𝟎 + 𝒗 ∙ 𝒕 Equação da posição em função do tempo para o MRU

𝒚(𝒙) = 𝑨 + 𝑩 ∙ 𝒙 Equação de um polinômio do 1º grau.

Perceba que A e B, assim como a Posição Inicial 𝑺𝟎 e a Velocidade V, são constantes. Se a


velocidade for positiva, o espaço cresce com a variação do tempo, o que gera uma curva ascendente:

Figura 00.13 – A posição de um móvel em movimento progressivo em função do tempo.

Por outro lado, caso a velocidade do móvel seja negativa, o espaço decresce com a variação
do tempo, o que gera uma curva descendente.

Figura 00.14 – A posição de um móvel em movimento retrógrado em função do tempo.

Num gráfico de posição em função do tempo, a tangente do ângulo que a curva faz com a
reta horizontal (tracejada), 𝛼 e 𝛽, respectivamente, é numericamente igual a velocidade do móvel.

𝑣 𝑁= 𝑡𝑔𝛼

Para o caso do movimento retrógrado, a 𝑡𝑔𝛽 𝑁=|𝑣 |. Entretanto, temos que neste caso a
velocidade é negativa, então, devemos lembrar de colocar o sinal de menos após calcular
a tangente para de fato determinar a velocidade.

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As questões costumam trazer situações nas quais em um mesmo gráfico os movimentos são
distintos.

Figura 00.15 – A posição de um móvel em função do tempo

No gráfico acima, podemos observar três situações distintas: entre 𝑡 = 0 a 𝑡 = 2 𝑠 temos um


movimento progressivo, ou seja, velocidade maior que zero, evidenciado pela reta crescente. Já
entre 𝑡 = 2 𝑠 e 𝑡 = 4 𝑠 a velocidade é nula, fato evidenciado pela reta constante, de inclinação zero.
Por fim, entre 𝑡 = 4 𝑠 e 𝑡 = 5 𝑠 sabemos que o movimento é retrógrado, ou seja, a
velocidade é negativa. Isso fica claro pela inclinação da reta, que é decrescente.
O comportamento do gráfico que ilustra a velocidade 𝑣 em função do Tempo 𝑡 apresentará,
para o MRU, sempre o caráter de uma reta constante. Isso evidencia que o valor da velocidade é
sempre constante nesse tipo de movimento.
No exemplo abaixo a velocidade do móvel é de 7 𝒎⁄𝒔.

Figura 00.16 – A velocidade de um móvel em MRU em função do tempo

Em um gráfico que relaciona a velocidade e o tempo, a área abaixo da curva é


numericamente igual ao deslocamento realizado pelo móvel.

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(2018/Mackenzie/1ª FASE)
Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada retilínea, parando para um
lanche, de acordo com gráfico acima. A velocidade média nas primeiras 5 horas desse
movimento é

a) 10 km/h b) 12 km/h c) 15 km/h d) 30 km/h e) 60 km/h


Comentários
Em um gráfico de velocidade em função do tempo podemos facilmente calcular a distância
percorrida pela área abaixo da curva, pois ela é numericamente igual à distância percorrida.

Pela análise do gráfico temos que a distância percorrida é igual a área dos dois retângulos
destacados. Lembre-se que a área de um retângulo pode ser calculada pelo produto entre a sua base
e a sua altura.

∆𝑆 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 ∙ 20 + 2 ∙ 10 = 60 𝑘𝑚

Podemos determinar a velocidade média através da equação da velocidade para o MRU.


Lembre-se que todo o tempo deve ser incluído no cálculo, inclusive o tempo de uma hora
durante o qual a pessoa ficou parada lanchando.

∆𝑆 (Equação da velocidade para o MRU)


𝑣=
∆𝑡
Substituindo as informações obtidas:

60
𝑣𝑚 = = 12 𝑘𝑚/ℎ
5
Gabarito: “b”.

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5 - RESUMO DA AULA EM MAPAS MENTAIS


Atenção: use o(s) mapa(as) mental(ais) como forma de fixar o conteúdo e para
consulta durante a resolução das questões, não tente decorar as fórmulas específicas para
cada situação, ao invés disso entenda como deduzi-las.
Tente elaborar os seus mapas mentais, eles serão de muito mais fácil assimilação do
que um montado por outra pessoa. Além disso, leia um mapa mental a partir da parte
superior direita, e siga em sentido horário.
O mapa mental foi disponibilizado como um arquivo .pdf na sua área do aluno.

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6 - LISTA DE QUESTÕES

6.1 - JÁ CAIU NA ENEM

1. (2019/ENEM)
A agricultura de precisão reúne técnicas agrícolas que consideram particularidades locais do
solo ou lavoura a fim de otimizar o uso de recursos. Uma das formas de adquirir informações
sobre essas particularidades é a fotografia aérea de baixa altitude realizada por um veículo
aéreo não tripulado (vant). Na fase de aquisição é importante determinar o nível de
sobreposição entre as fotografias. A figura ilustra como uma sequência de imagens é coletada
por um vant e como são formadas as sobreposições frontais.

O operador do vant recebe uma encomenda na qual as imagens devem ter uma sobreposição
frontal de 20% em um terreno plano. Para realizar a aquisição das imagens, seleciona uma
altitude H fixa de voo de 1 000 m, a uma velocidade constante de 50 𝑚 𝑠 −1 . A abertura da
câmera fotográfica do vant é de 90°. Considere 𝑡𝑔(45°) = 1.
Natural Resources Canada. Concepts of Aerial Photography.
Disponível em: www.nrcan.gc.ca. Acesso em: 26 abr. 2019 (adaptado).

Com que intervalo de tempo o operador deve adquirir duas imagens consecutivas?
A) 40 segundos.
B) 32 segundos.
C) 28 segundos.
D) 16 segundos.
E) 8 segundos.

2. (2012/ENEM)
Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve
possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da
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entrega. Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades
máximas permitidas diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80
km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60
km, a velocidade máxima permitida é 120 km/h.
Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande
continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para
a realização da entrega?
A) 0,7
B) 1,4
C) 1,5
D) 2,0
E) 3,0

3. (2008/ENEM)
O gráfico abaixo modela a distância percorrida, em km, por uma pessoa em certo período de
tempo. A escala de tempo a ser adotada para o eixo das abscissas depende da maneira como
essa pessoa se desloca.

Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre meio ou forma de locomoção e
unidade de tempo, quando são percorridos 10 km?
A) carroça – semana
B) carro – dia
C) caminhada – hora
D) bicicleta – minuto
E) avião – segundo

4. (2007/ENEM)
Explosões solares emitem radiações eletromagnéticas muito intensas e ejetam, para o espaço,
partículas carregadas de alta energia, o que provoca efeitos danosos na Terra. O gráfico abaixo
mostra o tempo transcorrido desde a primeira detecção de uma explosão solar até a chegada
dos diferentes tipos de perturbação e seus respectivos efeitos na Terra.

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Considerando-se o gráfico, é correto afirmar que a perturbação por ondas de rádio geradas em
uma explosão solar
A) dura mais que uma tempestade magnética.
B) chega à Terra dez dias antes do plasma solar.
C) chega à Terra depois da perturbação por raios X.
D) tem duração maior que a da perturbação por raios X.
E) tem duração semelhante à da chegada à Terra de partículas de alta energia.

5. (1999/ENEM)
Um sistema de radar é programado para registrar automaticamente a velocidade de todos os
veículos trafegando por uma avenida, onde passam em média 300 veículos por hora, sendo 55
km/h a máxima velocidade permitida. Um levantamento estatístico dos registros do radar
permitiu a elaboração da distribuição percentual de veículos de acordo com sua velocidade
aproximada.

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A velocidade média dos veículos que trafegam nessa avenida é de:


(A) 35 km/h
(B) 44 km/h
(C) 55 km/h
(D) 76 km/h
(E) 85 km/h

6.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2019/UERJ/1ª FASE)
Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um veículo ao longo do tempo,
traçada a partir das posições registradas durante seu deslocamento.

O valor estimado da velocidade média do veículo, em 𝑚/𝑠, corresponde a:


a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

2. (2018/UFRGS)
Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis horizontais para facilitar o
deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 48 𝑚 de comprimento e velocidade de
1,0 𝑚/𝑠.Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velocidade
constante no mesmo sentido de movimento da esteira. A pessoa atinge a outra extremidade
30 𝑠 após ter ingressado na esteira.
Com que velocidade, em 𝑚/𝑠, a pessoa caminha sobre a esteira?

a) 2,6. b) 1,6. c) 1,0. d) 0,8. e) 0,6.

3. (2018/UECE/1ª FASE)
Considere um carro que viaja em linha reta de forma que sua posição seja uma função linear
do tempo. É correto afirmar que, entre dois instantes de tempo 𝑡1 e𝑡2 ,
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a) a velocidade média é igual à soma das velocidades instantâneas nesses tempos.


b) a velocidade instantânea é uma função crescente do tempo.
c) a velocidade instantânea é uma função decrescente do tempo.
d) a velocidade média é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.

4. (2017/UECE/1ª FASE)
Considere um tanque cilíndrico contendo água até uma altura h, em metros. No fundo do
tanque há uma torneira, através da qual passa um determinado volume (em m 3) de água a
cada segundo, resultando em uma vazão (em m3/s). É possível escrever a altura em função da
vazão q através da equação ℎ = 𝑅. 𝑞, onde a constante de proporcionalidade R pode ser
entendida como uma resistência mecânica à passagem do fluido pela torneira. Assim, a
unidade de medida dessa resistência é
a) s/m2 b) s/m3 c) m3/s d) m/s

5. (2011/PUC RJ)
No gráfico abaixo, observamos a posição de um objeto em função do tempo. Nós podemos
dizer que a velocidade média do objeto entre os pontos inicial e final da trajetória em m/s é:

a) 0 b) 1/3 c) 2/3 d) 1 e) 3

6. (2010/UFMG)
Ângela e Tânia iniciam, juntas, um passeio de bicicleta em torno de uma lagoa. Neste gráfico,
está registrada a distância que cada uma delas percorre, em função do tempo. Após 30 minutos
do início do percurso, Tânia avisa a Ângela, por telefone, que acaba de passar pela igreja. Com
base nessas informações, são feitas duas observações:
I. Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.
II. Quando Ângela passa pela igreja, Tânia está 4 km à sua frente

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Considerando-se a situação descrita, é CORRETO afirmar que


a) apenas a observação I está certa.
b) apenas a observação II está certa.
c) ambas as observações estão certas.
d) nenhuma das duas observações está certa.

7. (2010/UEL)
Um ciclista descreve uma volta completa em uma pista que se compõe de duas retas de
comprimento 𝐿 e duas semicircunferências de raio 𝑅 conforme representado na figura a seguir.

A volta dá-se de forma que a velocidade escalar média nos trechos retos seja 𝑣 e nos trechos
curvos seja 2𝑣/3. O ciclista completa a volta com uma velocidade escalar média em todo o
percurso igual a 4𝑣/5. A partir dessas informações, é correto afirmar que o raio dos
semicírculos é dado pela expressão:

𝑎) 𝐿 = 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 3𝜋𝑅
𝑏) 𝐿 = 𝑐) 𝐿 = 𝑑) 𝐿 = 𝑒) 𝐿 =
2 3 4 2

8. (UFF/2004/1ª FASE)
Recentemente, o PAM (Programa Alimentar Mundial) efetuou lançamentos aéreos de 87t de
alimentos (sem uso de paraquedas) na localidade de Luvemba, em Angola. Os produtos foram
ensacados e amarrados sobre placas de madeira para resistirem ao impacto da queda.
Disponível em: <www.angola.org>.
A figura ilustra o instante em que um desses pacotes é abandonado do avião. Para um
observador em repouso na Terra, o diagrama que melhor representa a trajetória do pacote
depois de abandonado, é:

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a) I b) II c) III d) IV e) V

9. (2019/EEAR)
Dois vetores 𝑉1 e 𝑉2 formam entre si um ângulo 𝜃 e possuem módulos iguais a 5 unidades e 12
unidades, respectivamente. Se a resultante entre eles tem módulo igual a 13 unidades,
podemos afirmar corretamente que o ângulo 𝜃 entre os vetores 𝑉1 e 𝑉2 vale:

𝑎) 0° 𝑏) 45° 𝑐) 90° 𝑑) 180°

10. (1999/FATEC)
Considere a escada de abrir. Os pés 𝑃 e 𝑄 se movem com velocidade constante, 𝑣.

O intervalo de tempo decorrido, desde o início da abertura, para que o triângulo 𝑃𝑂𝑄 se torne
equilátero será:

𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿 2𝐿
a) b) c) d) e)
𝑣 2𝑣 √3𝑣 4𝑣 𝑣

11. (UFC/MODIFICADA)
Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura 𝐻 do solo. Um atleta de altura ℎ passa
sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante 𝑣. Determine a
velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do atleta se desloca no solo.

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12. (1996/ITA)
Um automóvel a 90 𝑘𝑚/ℎ passa por um guarda num local que a velocidade máxima é
60 𝑘𝑚/ℎ. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo aceleração
constante até que atinge 108 𝑘𝑚/ℎ em 10 𝑠 e continua com essa velocidade até alcançá-lo,
quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 5 𝑠 para alcançar o carro.
b) o guarda levou 60 𝑠 para alcançar o carro.
c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25 𝑚/𝑠.
d) o guarda percorreu 750 𝑚 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) nenhuma das respostas acima é correta.

13. (ITA)
Um automóvel faz a metade do seu percurso com velocidade média igual a 40 𝑘𝑚/ℎ e o
restante com velocidade média de 60 𝑘𝑚/ℎ. Determine a velocidade média do carro no
percurso total.

14. (1998/UNEB)
Um fazendeiro percorre, com seu jipe, os limites de sua fazenda, que tem o formato de um
losango, com os lados aproximadamente iguais. Devido às peculiaridades do terreno, cada lado
foi percorrido com uma velocidade média diferente: o primeiro a 20 𝑘𝑚/ℎ, o segundo a
30 𝑘𝑚/ℎ, o terceiro a 40 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, o último a 60 𝑘𝑚/ℎ.
A velocidade média desenvolvida pelo fazendeiro para percorrer todo o perímetro da fazenda,
em 𝑘𝑚/ℎ, foi de:
a) 50 b) 42 c) 38 d) 36 e) 32

15. (2002/UFSM)
Um motoqueiro obtém velocidades médias (𝑣) e (𝑘𝑣) na primeira metade e no percurso todo,
respectivamente, onde 𝑘 é uma constante positiva. Se 𝑘𝑣 ≠ 0, é correto afirmar que:

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01. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi igual a 𝑘.


02. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi [(1 + 𝐾)𝑣]/2.
04. é impossível que se tenha 𝑘 = 2.
08. o tempo gasto, no percurso todo, foi o dobro daquele gasto na primeira metade.
16. é impossível determinar a razão entre os tempos gastos na primeira e na segunda metade.
Soma:

16. (2019/INÉDITA)
Em alto mar, dois navios petroleiros navegam por trajetórias paralelas. O primeiro anda com
velocidade constante 𝑣1 leva 𝑡 segundos para ultrapassar outro, cuja velocidade 𝑣2 é também
constante. Sendo 𝑑1 o comprimento do navio mais veloz e 𝑑2 o comprimento da embarcação
mais lenta, a diferença entre as velocidades dos navios é igual a:

𝑑1 + 𝑑2 𝑑1 + 𝑑2 2𝑑1
a) 𝑣2 − 𝑣1 = b) 𝑣1 − 𝑣2 = c) 𝑣2 − 𝑣1 =
𝑡 𝑡 𝑡
2𝑑2 2(𝑑1 + 𝑑2 )
d) 𝑣1 − 𝑣2 = e) 𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡 𝑡

17. (2016/ITA)
No sistema de sinalização de trânsito urbano chamado de “onda verde”, há semáforos com
dispositivos eletrônicos que indicam a velocidade a ser mantida pelo motorista para alcançar
o próximo sinal ainda aberto.
Considere que de início o painel indique uma velocidade de 45 𝑘𝑚/ℎ. Alguns segundos depois
ela passa para 50 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, para 60 𝑘𝑚/ℎ. Sabendo que a indicação de 50 𝑘𝑚/ℎ
no painel demora 8,0 𝑠 antes de mudar para 60 𝑘𝑚/ℎ, então a distância entre os semáforos é
de:

a) 1,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. b) 2,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. c) 4,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚.

d) 1,0 𝑘𝑚. e) 1,2 𝑘𝑚.

18. (1978/ITA)
Um motorista deseja perfazer a distância de 20 𝑘𝑚 com velocidade escalar média de 80 𝑘𝑚/ℎ.
Se viajar durante os primeiros 15 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 com velocidade de 40 𝑘𝑚/ℎ, com que velocidade
escalar média deverá fazer o percurso restante?
a) 120 𝑘𝑚/ℎ
b) 160 𝑘𝑚/ℎ
c) É impossível estabelecer a velocidade média desejada nas circunstâncias apresentadas

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d) Nula
e) Nenhuma das afirmações acima é correta

19. (1968/ITA)
Três carros percorrem uma estrada plana e reta com velocidades em função do tempo
representadas pelo gráfico. No instante 𝑡 = 0 os três carros passam por um farol. A 140 𝑚
desse farol há outro sinal luminoso permanentemente vermelho. Quais dos carros
ultrapassarão o segundo farol?

a) Nenhum dos três. b) 2 e 3. c) 1 e 2. d) 1 e 3. e) 1, 2 e 3.

20. (1978/ITA)
Duas partículas, 𝐴 e 𝐵, partem do repouso, em movimento retilíneo, segundo o gráfico abaixo.
Pode-se afirmar que as distâncias, em metros, entre as partículas 𝐴 e 𝐵, nos instantes 2 𝑠, 3 𝑠,
4 𝑠, 5 𝑠 e 7 𝑠, têm, respectivamente, os valores indicados na alternativa:

a) 3, 11, 13, 20, 30.


b) 4, 7, 9, 20, 13.
c) 4, 9, 15, 20, 24.
d) 4, 6, 9, 10, 13.
e) 3, 7, 9, 10, 13.

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7 - GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

7.1 - JÁ CAIU NA ENEM

1. B 2. B 3. C

4. D 5. B

7.2 JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. A 2. E 3. D

4. A 5. A 6. C

7. A 8. E 9. C

10. B 11. 𝑣𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎 = 𝑣 ⋅ 𝐻/(𝐻 − ℎ) 12. D

13. 𝑣𝑚 = 48 𝑘𝑚/ℎ 14. E 15. 𝑆𝑜𝑚𝑎 = 04

16. B 17. D 18. C

19. B 20. C

8 - QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

8.1 - JÁ CAIU NA ENEM

1. (2019/ENEM)
A agricultura de precisão reúne técnicas agrícolas que consideram particularidades locais do
solo ou lavoura a fim de otimizar o uso de recursos. Uma das formas de adquirir informações
sobre essas particularidades é a fotografia aérea de baixa altitude realizada por um veículo
aéreo não tripulado (vant). Na fase de aquisição é importante determinar o nível de
sobreposição entre as fotografias. A figura ilustra como uma sequência de imagens é coletada
por um vant e como são formadas as sobreposições frontais.

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O operador do vant recebe uma encomenda na qual as imagens devem ter uma sobreposição
frontal de 20% em um terreno plano. Para realizar a aquisição das imagens, seleciona uma
altitude H fixa de voo de 1 000 m, a uma velocidade constante de 50 𝑚 𝑠 −1 . A abertura da
câmera fotográfica do vant é de 90°. Considere 𝑡𝑔(45°) = 1.
Natural Resources Canada. Concepts of Aerial Photography.
Disponível em: www.nrcan.gc.ca. Acesso em: 26 abr. 2019 (adaptado).

Com que intervalo de tempo o operador deve adquirir duas imagens consecutivas?
A) 40 segundos.
B) 32 segundos.
C) 28 segundos.
D) 16 segundos.
E) 8 segundos.
Comentários
Devemos analisar a situação de duas fotografias consecutivas, representada por dois
triângulos:

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Da figura, percebemos que a distância entre duas fotografias será de:

∆𝑆 = 𝐿 − 0,2 ⋅ 𝐿 = 0,8 𝐿

Para determinarmos o valor de 𝐿, podemos usar a metade do primeiro triângulo, traçando


uma reta perpendicular a sua base, que pode ser uma altura. Pela tangente do ângulo de 45°, temos:

𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝐻
𝑡𝑔(45°) = =
𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐿/2

Sendo a altitude fixa de voo de 1.000 m, e a tangente de 45° igual a 1, conforme enunciado:

1000
1= ⇒ 𝐿 = 2000 𝑚
𝐿/2

De posse da distância percorrida entre pelo vant a cada foto, e de sua velocidade, somos
capazes de determinar o intervalo de tempo pedido:

∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣
0,8 ⋅ 𝐿 0,8 ⋅ 2000 0,8 ⋅ 200
∆𝑡 = = = = 0,8 ⋅ 40 = 32 𝑠
𝑣 50 5
Gabarito: “b”.

2. (2012/ENEM)
Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve
possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da
entrega. Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades
máximas permitidas diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80
km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60
km, a velocidade máxima permitida é 120 km/h.
Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande
continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para
a realização da entrega?
A) 0,7
B) 1,4
C) 1,5
D) 2,0
E) 3,0
Comentários
O tempo total de viagem será dado pela soma dos tempos dos dois trechos. Vamos nos
lembrar da relação entre velocidade, distância e tempo para o movimento retilíneo e uniforme:

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∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝑡1 + ∆𝑡2
∆𝑆1 ∆𝑆2
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = +
𝑣1 𝑣2
80 60
∆𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = + = 1 + 0,5 = 1,5 ℎ
80 120
Gabarito: “c”.

3. (2008/ENEM)
O gráfico abaixo modela a distância percorrida, em km, por uma pessoa em certo período de
tempo. A escala de tempo a ser adotada para o eixo das abscissas depende da maneira como
essa pessoa se desloca.

Qual é a opção que apresenta a melhor associação entre meio ou forma de locomoção e
unidade de tempo, quando são percorridos 10 km?
A) carroça – semana
B) carro – dia
C) caminhada – hora
D) bicicleta – minuto
E) avião – segundo
Comentários
A questão cobra que o candidato seja capaz de estimar a velocidade média dos diversos
modais apresentados, além de conseguir interpretar o gráfico.
a) Incorreta. Uma carroça é capaz de se locomover a 5 𝑘𝑚/ℎ, o que significa que em pouco
mais de duas horas ela terá andando uma distância de 10 𝑘𝑚. Esse tempo será muito menor que
duas 2 semanas.
b) Incorreta. Um carro consegue andar a, no mínimo, 50 𝑘𝑚/ℎ. Isso significa que em muito
menos de uma hora, ela já tera percorrido 10 𝑘𝑚. Em pouco mais de dois dias, um carro é capaz de

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sair do Sul do nosso país e chegar até o Rio Grande do Norte. Dessa forma, a alternativa é
inconsistente.
c) Correta. Podemos assumir que a velocidade média de uma caminhada seja de 5 𝑘𝑚/ℎ.
Dessa forma, em cerca de duas horas a pessoa terá caminhado por 10 𝑘𝑚. Isso faz com que a
alternativa seja consistente.
d) Incorreta. Assumindo que a bicicleta tenha andado 10 𝑘𝑚 em dois minutos ela deverá
andar a 5 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛, ou 300 𝑘𝑚/ℎ. Ainda que exagerado, esse valor é muito alto para uma bicicleta.
e) Incorreta. Um avião comercial voa a pouco menos de 1000 𝑘𝑚/ℎ, em pouco mais de duas
horas ele terá andado cerca de 2000 𝑘𝑚. Se uma hora equivale a 3600 𝑠, o avião anda cerca de
0,5 𝑘𝑚 a cada segundo. Em 2 𝑠 ele terá andado perto de 1,0 𝑘𝑚, e não 10 𝑘𝑚.
Gabarito: “c”.

4. (2007/ENEM)
Explosões solares emitem radiações eletromagnéticas muito intensas e ejetam, para o espaço,
partículas carregadas de alta energia, o que provoca efeitos danosos na Terra. O gráfico abaixo
mostra o tempo transcorrido desde a primeira detecção de uma explosão solar até a chegada
dos diferentes tipos de perturbação e seus respectivos efeitos na Terra.

Considerando-se o gráfico, é correto afirmar que a perturbação por ondas de rádio geradas em
uma explosão solar
A) dura mais que uma tempestade magnética.
B) chega à Terra dez dias antes do plasma solar.
C) chega à Terra depois da perturbação por raios X.
D) tem duração maior que a da perturbação por raios X.
E) tem duração semelhante à da chegada à Terra de partículas de alta energia.

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Comentários
a) Incorreta. Pela análise gráfica, vemos que a tempestade magnética, causada pelo plasma
solar, dura cerca de 9 dias, ao passo que as perturbações por onda de rádio cerca de 4 horas.
b) Incorreta. As ondas de rádio chegam em menos de um minuto, ao passo que o plasma em
cerca de um dia.
c) Incorreta. Pelo gráfico, as perturbações de raios X e de ondas de rádio chegam em instantes
de tempo muito próximos, não podemos afirmar qual chega antes ou depois com o gráfico
fornecido.
d) Correta. A partir da análise do gráfico, notamos que a perturbação por ondas de rádio
duram até 4 horas. Por outro lado, as perturbações por raios X duram apenas cerca de 10 minutos.
e) Incorreta. A partir da análise do gráfico, notamos que a perturbação por ondas de rádio
duram até 4 horas. Por outro lado, as partículas de alta energia duram quase um dia completo.
Gabarito: “d”.

5. (1999/ENEM)
Um sistema de radar é programado para registrar automaticamente a velocidade de todos os
veículos trafegando por uma avenida, onde passam em média 300 veículos por hora, sendo 55
km/h a máxima velocidade permitida. Um levantamento estatístico dos registros do radar
permitiu a elaboração da distribuição percentual de veículos de acordo com sua velocidade
aproximada.

A velocidade média dos veículos que trafegam nessa avenida é de:


(A) 35 km/h
(B) 44 km/h
(C) 55 km/h
(D) 76 km/h
(E) 85 km/h
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Comentários
A velocidade média pela média das velocidades das distribuições percentuais de cada veículo:

𝑣10 ⋅ %10 ⋅ 𝑣20 ⋅ %20 + 𝑣30 ⋅ %30 + ⋯ + 𝑣100 ⋅ %100


𝑣𝑚 =
100
20 ⋅ 5 + 30 ⋅ 15 + 40 ⋅ 30 + 50 ⋅ 40 + 60 ⋅ 6 + 70 ⋅ 3 + 80 ⋅ 1
𝑣𝑚 =
100
𝑣𝑚 = 44 𝑘𝑚/ℎ

Gabarito: “b”.

8.2 - JÁ CAIU NOS PRINCIPAIS VESTIBULARES

1. (2019/UERJ/1ª FASE)
Observe no gráfico a curva representativa do movimento de um veículo ao longo do tempo,
traçada a partir das posições registradas durante seu deslocamento.

O valor estimado da velocidade média do veículo, em 𝑚/𝑠, corresponde a:


a) 1 b) 2 c) 3 d) 4
Comentários
Pelo gráfico de posição em função do tempo podemos perceber que se trata de um MRU, já
que estamos diante de uma reta. Podemos calcular a velocidade média pela variação da posição
pelo tempo.
Precisamos escolher dois pontos para fazer a nossa estimativa:
Quando 𝑡 = 12 𝑠, 𝑆12 ≅ 16 𝑚. E para 𝑡 = 0, 𝑆0 ≅ 4 𝑚. Daí:

∆S 𝑆12 − 𝑆0
v= =
∆𝑡 𝑡12 − 𝑡0
16 − 4 12
𝑣= = = 1 𝑚/𝑠
12 − 0 12
Gabarito: “a”
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2. (2018/UFRGS)
Em grandes aeroportos e shoppings, existem esteiras móveis horizontais para facilitar o
deslocamento de pessoas. Considere uma esteira com 48 𝑚 de comprimento e velocidade de
1,0 𝑚/𝑠.Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velocidade
constante no mesmo sentido de movimento da esteira. A pessoa atinge a outra extremidade
30 𝑠 após ter ingressado na esteira.
Com que velocidade, em 𝑚/𝑠, a pessoa caminha sobre a esteira?

a) 2,6. b) 1,6. c) 1,0. d) 0,8. e) 0,6.

Comentários
A velocidade média da pessoa será dada pela soma da sua velocidade ao caminhar com a
velocidade da esteira. Essa velocidade será igual a razão entre a distância percorrida e o tempo,
conforme a equação da velocidade para o movimento retilíneo e uniforme:

∆𝑆 (Equação da velocidade para o MRU)


𝑣=
∆𝑡
Para a situação em questão, temos:

∆𝑆𝑒𝑠𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 𝑣𝑒𝑠𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 =
∆𝑡
48
𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 1,0 =
30
𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 + 1,0 = 1,6

𝑣𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 = 0,6 𝑚/𝑠

Gabarito: “e”

3. (2018/UECE/1ª FASE)
Considere um carro que viaja em linha reta de forma que sua posição seja uma função linear
do tempo. É correto afirmar que, entre dois instantes de tempo 𝑡1 e𝑡2 ,
a) a velocidade média é igual à soma das velocidades instantâneas nesses tempos.
b) a velocidade instantânea é uma função crescente do tempo.
c) a velocidade instantânea é uma função decrescente do tempo.
d) a velocidade média é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.
Comentários
Não temos informações acerca da aceleração do carro, logo, não sabemos se a velocidade
instantânea tende a crescer ou decrescer. Podemos afirmar que a velocidade média entre os
instantes 𝑡1 e 𝑡2 é igual à média das velocidades instantâneas nesses tempos.
Gabarito: “d”

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4. (2017/UECE/1ª FASE)
Considere um tanque cilíndrico contendo água até uma altura h, em metros. No fundo do
tanque há uma torneira, através da qual passa um determinado volume (em m 3) de água a
cada segundo, resultando em uma vazão (em m3/s). É possível escrever a altura em função da
vazão q através da equação ℎ = 𝑅. 𝑞, onde a constante de proporcionalidade R pode ser
entendida como uma resistência mecânica à passagem do fluido pela torneira. Assim, a
unidade de medida dessa resistência é
a) s/m2 b) s/m3 c) m3/s d) m/s
Comentários
A análise dimensional resolve o problema. Sabemos que a vazão 𝑞 é medida em 𝑚3 /𝑠 e a
altura ℎ em 𝑚. Com isso:

ℎ =𝑅∙𝑞

Isolando R

𝑅 = ℎ/𝑞

Agora basta substituir as respectivas unidades de h e q:


𝑚 𝑠 𝑠 𝑠
𝑅= 3 =𝑚∙ 3 =𝑚∙ 3= 2
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
s
Gabarito: “a”

5. (2011/PUC RJ)
No gráfico abaixo, observamos a posição de um objeto em função do tempo. Nós podemos
dizer que a velocidade média do objeto entre os pontos inicial e final da trajetória em m/s é:

a) 0 b) 1/3 c) 2/3 d) 1 e) 3
Comentários
Pelo gráfico de posição em função do tempo podemos perceber que se trata de um MRUV,
já que estamos diante de uma parábola (duas na verdade) e não uma reta. Também notamos que
tanto a posição inicial quanto a posição final são o ponto de posição 0. Como a velocidade média é
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calculada pela variação da posição pelo tempo, e a posição final e a inicial são a mesma, temos que
a variação da posição é nula, portanto, a velocidade média também é nula.
Gabarito: “a”

6. (2010/UFMG)
Ângela e Tânia iniciam, juntas, um passeio de bicicleta em torno de uma lagoa. Neste gráfico,
está registrada a distância que cada uma delas percorre, em função do tempo. Após 30 minutos
do início do percurso, Tânia avisa a Ângela, por telefone, que acaba de passar pela igreja. Com
base nessas informações, são feitas duas observações:
I. Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.
II. Quando Ângela passa pela igreja, Tânia está 4 km à sua frente

Considerando-se a situação descrita, é CORRETO afirmar que


a) apenas a observação I está certa.
b) apenas a observação II está certa.
c) ambas as observações estão certas.
d) nenhuma das duas observações está certa.
Comentários
Pelo gráfico de distância em função do tempo de ambas as moças serem retas constantes
podemos afirmar que ambas desenvolvem velocidades constantes. Tomando os pontos iniciais e o
os pontos finais para cada uma é possível determinar a velocidade de cada uma delas:
Tânia andou 20 km em 50 minutos, o que é o mesmo que dizer que ela se desloca a uma
20 2 4
velocidade de ou , que equivale a 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛 . Assim podemos escrever sua Equação Horária
50 5 10
da Posição como:

𝑆(t) = 𝑆0 + 𝑣 ∙ 𝑡 Equação Horária da Posição

Substituindo os seus valores:

4
S𝑡â𝑛𝑖𝑎 (t) = 0 + ( )∙𝑡
10

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4∙𝑡
S𝑡â𝑛𝑖𝑎 (t) =
10
Ângela andou 15 km em 50 minutos, o que é o mesmo que dizer que ela se desloca a uma
velocidade de 15/50 ou 1,5/5, dobrando o numerador e o denominador, 3/10 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛 . Assim
podemos escrever sua Equação Horária da Posição como:

3
SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) = 0 + ( )∙𝑡
10
3∙𝑡
SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) =
10
I) Se Tânia efetuou o telefonema 30 minutos depois do início do percurso, ela o fez a uma
distância de 12 km do ponto de onde largaram. Isso pode ser calculado da seguinte forma:

4 ∙ 30
S 𝑇â𝑛𝑖𝑎 (30) = = 12 𝑘𝑚
10
Podemos determinar o tempo Ângela leva para percorrer os mesmos 12 km e,
consequentemente estar em frente à Igreja, da seguinte forma:

SÂ𝑛𝑔𝑒𝑙𝑎 (t) = 12

3∙𝑡
= 12
10
3 ∙ 𝑡 = 120

120
𝑡= = 40 minutos
3
Portanto é verdade que Ângela passa pela igreja 10 minutos após o telefonema de Tânia.
II) Já sabemos que Ângela passa pela igreja no momento t = 40 minutos, substituindo esse
tempo na equação horária de Tânia podemos determinar em que posição ela se encontra:

4 ∙ 40
S 𝑇â𝑛𝑖𝑎 (40) = = 16 𝑘𝑚
10
Então, quando Ângela está na posição de 12km a partir do início, Tânia já está na posição de
16 km do início, Tânia de fato está 4 km à frente de Ângela.
As duas observações estão corretas.
Gabarito: “c”

7. (2010/UEL)
Um ciclista descreve uma volta completa em uma pista que se compõe de duas retas de
comprimento 𝐿 e duas semicircunferências de raio 𝑅 conforme representado na figura a seguir.

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A volta dá-se de forma que a velocidade escalar média nos trechos retos seja 𝑣 e nos trechos
curvos seja 2𝑣/3. O ciclista completa a volta com uma velocidade escalar média em todo o
percurso igual a 4𝑣/5. A partir dessas informações, é correto afirmar que o raio dos
semicírculos é dado pela expressão:

𝑎) 𝐿 = 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 𝜋𝑅 3𝜋𝑅
𝑏) 𝐿 = 𝑐) 𝐿 = 𝑑) 𝐿 = 𝑒) 𝐿 =
2 3 4 2
Comentários:
A velocidade média de uma volta é dada por:

∆𝑆 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑣𝑚 =
𝑡𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎

A distância total de uma volta é dada pelo dobro da distância de cada reta, 𝟐𝑳, somado ao
dobro do comprimento de cada semicircunferência de raio 𝑹, o que equivale ao comprimento da
circunferência de raio 𝑹, que por sua vez, vale 𝟐 ⋅ 𝝅 ⋅ 𝑹.
O tempo total de uma volta, 𝒕𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂 , é dado pela soma dos tempos necessários para cruzar
cada trecho da pista. Isolando-se o tempo na relação da velocidade do MRU, temos:

∆𝑆
∆𝑡 =
𝑣
Para os trechos retos, podemos escrever:

𝐿
∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 =
𝑣
E para cada semicircunferência:

𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
3
Podemos rearranjar essa última relação. Lembre-se que a divisão de duas frações é
equivalente ao produto da fração do numerador pelo inverso da fração do denominador:

𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
3

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3
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 = 𝜋 ⋅ 𝑅 ⋅
2⋅𝑣
3⋅𝜋⋅𝑅
∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐 =
2⋅𝑣
Agora podemos voltar a expressão da velocidade média:

2 ⋅ ∆𝑆𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑆𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
𝑉𝑚 =
2 ⋅ ∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
2 ⋅ ∆𝑆𝑟𝑒𝑡𝑎 + ∆𝑆𝑐𝑖𝑟𝑐
𝑉𝑚 =
2 ⋅ ∆𝑡𝑟𝑒𝑡𝑎 + 2 ⋅ ∆𝑡𝑠𝑒𝑚𝑖𝑐𝑖𝑟𝑐
2⋅𝐿+2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
2⋅ +2⋅
𝑣 2⋅𝑣
2⋅𝐿+2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
2⋅ +2⋅
𝑣 2⋅𝑣
𝐿+𝜋⋅𝑅
𝑉𝑚 =
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣
Devemos substituir a velocidade média fornecida pelo enunciado:

4⋅𝑣 𝐿+𝜋⋅𝑅
=
5 𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣
Podemos efetuar a multiplicação cruzada:

4⋅𝑣 𝐿+𝜋⋅𝑅
=
5 𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
+
𝑣 2⋅𝑣
𝐿 3⋅𝜋⋅𝑅
4⋅𝑣⋅( + ) = 5 ⋅ (𝐿 + 𝜋 ⋅ 𝑅 )
𝑣 2⋅𝑣
4⋅𝑣⋅𝐿 4⋅𝑣⋅3⋅𝜋⋅𝑅
+ =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅
𝑣 2⋅𝑣
4⋅𝑣⋅𝐿 4⋅𝑣⋅3⋅𝜋⋅𝑅
+ =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅
𝑣 2⋅𝑣
4⋅𝐿+2⋅3⋅𝜋⋅𝑅 =5⋅𝐿+5⋅𝜋⋅𝑅

6⋅𝜋⋅𝑅−5⋅𝜋⋅𝑅 =5⋅𝐿−4⋅𝐿

𝜋⋅𝑅 =𝐿

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𝐿 =𝜋⋅𝑅

Gabarito: “a”.

8. (UFF/2004/1ª FASE)
Recentemente, o PAM (Programa Alimentar Mundial) efetuou lançamentos aéreos de 87t de
alimentos (sem uso de paraquedas) na localidade de Luvemba, em Angola. Os produtos foram
ensacados e amarrados sobre placas de madeira para resistirem ao impacto da queda.
Disponível em: <www.angola.org>.
A figura ilustra o instante em que um desses pacotes é abandonado do avião. Para um
observador em repouso na Terra, o diagrama que melhor representa a trajetória do pacote
depois de abandonado, é:

a) I b) II c) III d) IV e) V
Comentários:
Ao ser abandonado do avião, o pacote não possui velocidade escalar na direção vertical,
entretanto, ele possui a mesma velocidade horizontal do avião, por isso, o pacote seguirá seu
movimento na horizontal ao mesmo tempo que está caindo. Portanto, sua trajetória será um arco
de parábola, semelhante ao caso do menino soltando a bola dentro do ônibus, na parte teórica.
Gabarito: “e”.

9. (2019/EEAR)
Dois vetores 𝑉1 e 𝑉2 formam entre si um ângulo 𝜃 e possuem módulos iguais a 5 unidades e 12
unidades, respectivamente. Se a resultante entre eles tem módulo igual a 13 unidades,
podemos afirmar corretamente que o ângulo 𝜃 entre os vetores 𝑉1 e 𝑉2 vale:

𝑎) 0° 𝑏) 45° 𝑐) 90° 𝑑) 180°

Comentários

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Devemos aplicar a lei dos cossenos para efetuar essa soma vetorial e descobrirmos o valor do
ângulo 𝜃:

𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2 − 2 ∙ 𝑏 ∙ 𝑐 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝛼) Lei dos cossenos: soma de vetores


com um ângulo qualquer

Substituindo-se os valores da situação em questão:

132 = 122 + 52 − 2 ∙ 12 ∙ 5 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

169 = 144 + 25 − 120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

169 = 169 − 120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

0 = −120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃)

120 ∙ 𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃) = 0

𝑐𝑜𝑠(180° − 𝜃) = 0

Lembre-se:

Arco em 𝝅 𝝅 𝝅 𝝅 𝟑𝝅
0 𝝅 𝟐𝝅
radianos 𝟔 𝟒 𝟑 𝟐 𝟐

Arco em
0 30° 45° 60° 90° 180° 270° 360°
graus

1 √2 √3
seno 0 1 0 -1 0
2 2 2

√3 √2 1
cosseno 1 0 -1 0 1
2 2 2

Se cos(90°) = 0, então: 180° − 𝜃 = 90°, logo 𝜃 = 90° .


Gabarito: “c”.

10. (1999/FATEC)
Considere a escada de abrir. Os pés 𝑃 e 𝑄 se movem com velocidade constante, 𝑣.

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O intervalo de tempo decorrido, desde o início da abertura, para que o triângulo 𝑃𝑂𝑄 se torne
equilátero será:

𝐿 𝐿 2𝐿 𝐿 2𝐿
a) b) c) d) e)
𝑣 2𝑣 √3𝑣 4𝑣 𝑣
Comentários:
A escada inicialmente está fechada e vai abrir com velocidade constante na direção horizontal
até se tornar um triângulo equilátero.
Vamos analisar o ponto 𝑄. Precisamos lembrar que um triângulo equilátero possui todos os
lados iguais e o segmento 𝑂𝑀 divide o lado 𝑃𝑄 ao meio.
Dessa forma, se colocarmos a origem do movimento no ponto 𝑀, temos que seu 𝑠0 está em
𝐿
M e depois seu 𝑠1 estará a uma distância do ponto M, pois o triângulo se tornou um triângulo
2
equilátero.
𝐿
Logo, seu Δ𝑠 = . Assim, fazendo uso da equação da velocidade para o MRU, temos:
2

𝐿
Δ𝑠
𝑣= = 2
Δ𝑡 Δ𝑡
𝐿
Δ𝑡 =
2𝑣
Gabarito: “b”.

11. (UFC/MODIFICADA)
Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura 𝐻 do solo. Um atleta de altura ℎ passa
sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade constante 𝑣. Determine a
velocidade com que a sombra da parte superior da cabeça do atleta se desloca no solo.

Comentários:
Vamos considerar como instante inicial o momento em que o atleta está exatamente abaixo
da lâmpada e um instante 𝑡, em que existe uma projeção da cabeça do atleta no solo.

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O triângulo 𝐴𝐵𝐶 é semelhante ao triângulo 𝐷𝐸𝐶, portanto:

𝐻 Δ𝑠𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎
=
𝐻−ℎ Δ𝑠𝑎𝑡𝑙𝑒𝑡𝑎
𝐻 𝑣𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎 ⋅ 𝑡
=
𝐻−ℎ 𝑣𝑎𝑡𝑙𝑒𝑡𝑎 ⋅ 𝑡
𝑣⋅𝐻
𝑣𝑠𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎 =
𝐻−ℎ
Gabarito: 𝒗𝒔𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂 = 𝒗 ⋅ 𝑯/(𝑯 − 𝒉)

12. (1996/ITA)
Um automóvel a 90 𝑘𝑚/ℎ passa por um guarda num local que a velocidade máxima é
60 𝑘𝑚/ℎ. O guarda começou a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo aceleração
constante até que atinge 108 𝑘𝑚/ℎ em 10 𝑠 e continua com essa velocidade até alcançá-lo,
quando lhe faz parar. Pode-se afirmar que:
a) o guarda levou 5 𝑠 para alcançar o carro.
b) o guarda levou 60 𝑠 para alcançar o carro.
c) a velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25 𝑚/𝑠.
d) o guarda percorreu 750 𝑚 desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) nenhuma das respostas acima é correta.
Comentários:
Considerando que o guarda começa seu movimento no instante em que o automóvel passa
por ele, podemos escrever o gráfico 𝑣 × 𝑡 relativo à situação e utilizar o conceito da área do gráfico
𝑣 × 𝑡 ser numericamente igual a variação do espaço.
Cuidado com as unidades! O enunciado traz as velocidades em 𝑘𝑚/ℎ e devemos transformá-
las em 𝑚/𝑠, como estão as respostas:

108
𝑣𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = = 30 𝑚/𝑠
3,6

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90
𝑣𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = = 25 𝑚/𝑠
3,6

No instante 𝑡 em que o guarda alcança o motorista infrator, podemos escrever que suas
posições são iguais e ainda dizer que a distância percorrida foi a mesma, pois ambos têm a mesma
origem de espaço (momento em que o infrator passa pelo guarda):

𝑠𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎

𝑠𝐺𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 − 𝑠0 = 𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 − 𝑠0

Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = Δ𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎

Calculando a área abaixo de cada figura até o instante 𝑡, temos que:

𝑡 + (𝑡 − 10)
Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = ⋅ 30 = 15 ⋅ (2𝑡 − 10)
2
Δ𝑠𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = 25. 𝑡

Igualando as duas relações, temos:

15 ⋅ (2𝑡 − 10) = 25 ⋅ 𝑡

𝑡 = 30 𝑠

Dessa forma, o deslocamento do guarda é dado por:

Δ𝑠𝑔𝑢𝑎𝑟𝑑𝑎 = 25 ⋅ 30 = 750 𝑚

Gabarito: “d”.

13. (ITA)
Um automóvel faz a metade do seu percurso com velocidade média igual a 40 𝑘𝑚/ℎ e o
restante com velocidade média de 60 𝑘𝑚/ℎ. Determine a velocidade média do carro no
percurso total.

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Comentários:
Em primeiro momento, muitos alunos pensam em fazer a média aritmética das velocidades,
mas veremos que a informação pedida não é a média aritmética das velocidades, e sim a média
harmônica.
Vamos considerar que todo o percurso seja de 2𝑑 (isso é um truque para evitar frações),
sendo que na primeira metade (𝑑) ele anda a uma velocidade 𝑣1 , gastando um tempo Δ𝑡1 . Na
segunda metade (d também) ele anda a uma velocidade 𝑣2 , gastando um tempo Δ𝑡2 .
Sendo assim, ele anda uma distância total 2𝑑 e cada trecho ele anda a uma velocidade, logo,
gastará tempos distintos, de maneira que o tempo total é a soma dos tempos.
Dessa forma, podemos escrever:

Δ𝑠 2𝑑
𝑣𝑚 = =
Δ𝑡 Δ𝑡1 + Δ𝑡2

Contudo, precisamos conhecer uma relação entre as distâncias e os tempos. Para isso, vamos
calcular quanto o móvel gasta em cada metade, já que ele está com velocidades distintas em cada
trecho.
Para a primeira metade, temos:

Δ𝑠1 𝑑
𝑣1 = ⇒ Δ𝑡1 =
Δ𝑡1 𝑣1

E para a segunda metade:

Δ𝑠2 𝑑
𝑣2 = ⇒ Δ𝑡2 =
Δ𝑡2 𝑣2

Agora podemos substituir os tempos na equação da velocidade média:

2𝑑 2𝑑 2
𝑣𝑚 = 𝑣𝑚 = =
𝑑 𝑑 1 1 1 1
+ 𝑑( + ) +
𝑣1 𝑣2 𝑣1 𝑣2 𝑣1 𝑣2

Substituindo-se os valores fornecidos:

2 2 2 ⋅ 40 ⋅ 60 2 ⋅ 40 ⋅ 60
𝑣𝑚 = = = = = 48 𝑘𝑚/ℎ
1 1 1 1 40 + 60 100
+ +
𝑣1 𝑣2 40 60

Provamos, portanto, que um móvel percorrendo um percurso dividido em 𝑛 partes iguais,


com velocidades diferentes, terá a sua velocidade média do percurso total determinada pela média
harmônica das velocidades.
Gabarito: 𝒗𝒎 = 𝟒𝟖 𝒌𝒎/𝒉.

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Um móvel percorrendo um percurso dividido em 𝑛 partes iguais, com velocidades


diferentes, terá a sua velocidade média do percurso total determinada pela média
harmônica das velocidades.
A média harmônica de 𝑛 termos é dada por:
𝑛
𝑀𝐻 = 1 1 1
+ +⋯+
𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛

14. (1998/UNEB)
Um fazendeiro percorre, com seu jipe, os limites de sua fazenda, que tem o formato de um
losango, com os lados aproximadamente iguais. Devido às peculiaridades do terreno, cada lado
foi percorrido com uma velocidade média diferente: o primeiro a 20 𝑘𝑚/ℎ, o segundo a
30 𝑘𝑚/ℎ, o terceiro a 40 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, o último a 60 𝑘𝑚/ℎ.
A velocidade média desenvolvida pelo fazendeiro para percorrer todo o perímetro da fazenda,
em 𝑘𝑚/ℎ, foi de:
a) 50 b) 42 c) 38 d) 36 e) 32
Comentários:
Como visto acima, se um móvel percorre distâncias iguais, com velocidades diferentes, a
velocidade média é dada pela média harmônica das velocidades, logo, temos que:

4
𝑣𝑚 = = 32 𝑘𝑚/ℎ
1 1 1 1
+ + +
20 30 40 60
Gabarito: “e”.

15. (2002/UFSM)
Um motoqueiro obtém velocidades médias (𝑣) e (𝑘𝑣) na primeira metade e no percurso todo,
respectivamente, onde 𝑘 é uma constante positiva. Se 𝑘𝑣 ≠ 0, é correto afirmar que:
01. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi igual a 𝑘.
02. a velocidade média, na segunda metade do percurso, foi [(1 + 𝐾)𝑣]/2.
04. é impossível que se tenha 𝑘 = 2.
08. o tempo gasto, no percurso todo, foi o dobro daquele gasto na primeira metade.
16. é impossível determinar a razão entre os tempos gastos na primeira e na segunda metade.
Soma:
Comentários:
Sabemos que a velocidade média do percurso todo é:

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2 2 1 2 1 𝑘
𝑣𝑚 = ⇒ 𝑘𝑣 = ⇒ = − ⇒ 𝑣2 = .𝑣
1 1 1 1 𝑣2 𝑘𝑣 𝑣 2−𝑘
+ +
𝑣1 𝑣2 𝑣 𝑣2

Assim, sabemos de imediato que as duas primeiras afirmações são falsas, e a informação (04)
é verdadeira, pois, para 𝒌 = 𝟐 não podemos definir 𝒗𝟐 , ela seria tão grande quanto queiramos,
quando k tende a 2. Vamos considerar que todo o caminho tenha uma distância igual a 𝟐𝒅, pois
assim evitamos as frações em nossos cálculos. Dessa forma, o intervalo de tempo para a primeira
metade será dado por:

𝑑
∆𝑡1 =
𝑣
E para a segunda metade do caminho:

𝑑
∆𝑡2 =
𝑘𝑣
2−𝑘
Portanto, a relação dos tempos é dado por:

∆𝑡2 2 − 𝑘
=
∆𝑡1 𝑘

Logo, as duas últimas afirmações estão erradas também e a única afirmativa correta é a 04.
Portanto, soma igual a 04.
Gabarito: 𝑺𝒐𝒎𝒂 = 𝟎𝟒.

16. (2019/INÉDITA)
Em alto mar, dois navios petroleiros navegam por trajetórias paralelas. O primeiro anda com
velocidade constante 𝑣1 leva 𝑡 segundos para ultrapassar outro, cuja velocidade 𝑣2 é também
constante. Sendo 𝑑1 o comprimento do navio mais veloz e 𝑑2 o comprimento da embarcação
mais lenta, a diferença entre as velocidades dos navios é igual a:

𝑑1 + 𝑑2 𝑑1 + 𝑑2 2𝑑1
a) 𝑣2 − 𝑣1 = b) 𝑣1 − 𝑣2 = c) 𝑣2 − 𝑣1 =
𝑡 𝑡 𝑡
2𝑑2 2(𝑑1 + 𝑑2 )
d) 𝑣1 − 𝑣2 = e) 𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡 𝑡
Comentários:
Existem, ao menos, dois métodos para a resolução dessa questão.
Primeiro método: pela posição horária. Vamos supor que a origem do espaço e do tempo são
definidas quando a frente do navio mais veloz está paralelamente a traseira do navio mais lento. O
final do movimento será quando a popa (traseira) do navio mais veloz está na frente da proa (parte
da frente) do outro navio.
Assim, vamos escrever a função horária do espaço para cada embarcação:

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• Navio mais veloz: 𝑠1 = 0 + 𝑣1 ⋅ 𝑡


• Navio mais lento: 𝑠2 = 𝑑2 + 𝑣2 ⋅ 𝑡
Quando o navio mais veloz finaliza a ultrapassagem, dizemos que:

𝑠1 = 𝑠2 + 𝑑1

Logo:

𝑣1 ⋅ 𝑡 = 𝑑2 + 𝑣2 ⋅ 𝑡 + 𝑑1

𝑑1 + 𝑑2
𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡
Segundo método: pela velocidade relativa dos dois móveis. Se adotarmos o referencial no
navio mais lento, teremos que a velocidade do navio mais rápido passa a ser a diferença das
velocidades. Assim, tudo se passa como o navio mais lento estivesse parado e o deslocamento do
navio mais rápido seria a frente a traseira dele passar pela frente do outro. Isto é, a distância relativa
percorrida seria de 𝑑1 + 𝑑2 .
Dessa forma:

𝑑𝑟𝑒𝑙
𝑣𝑟𝑒𝑙 =
Δ𝑡
𝑑1 + 𝑑2
𝑣1 − 𝑣2 =
𝑡
A segunda forma é mais rápida, entretanto, requer um raciocínio mais elaborado.
Gabarito: “b”.

17. (2016/ITA)
No sistema de sinalização de trânsito urbano chamado de “onda verde”, há semáforos com
dispositivos eletrônicos que indicam a velocidade a ser mantida pelo motorista para alcançar
o próximo sinal ainda aberto.
Considere que de início o painel indique uma velocidade de 45 𝑘𝑚/ℎ. Alguns segundos depois
ela passa para 50 𝑘𝑚/ℎ e, finalmente, para 60 𝑘𝑚/ℎ. Sabendo que a indicação de 50 𝑘𝑚/ℎ
no painel demora 8,0 𝑠 antes de mudar para 60 𝑘𝑚/ℎ, então a distância entre os semáforos é
de:

a) 1,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. b) 2,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚. c) 4,0 ⋅ 10−1 𝑘𝑚.

d) 1,0 𝑘𝑚. e) 1,2 𝑘𝑚.

Comentários:
Considere que um primeiro carro vai do primeiro para o segundo semáforo com velocidade
de 45 km/h. Então, podemos dizer que a distância entre os semáforos será:

𝑑 = 45 ⋅ 𝑡

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Um segundo carro, andando a 50 km/h passa pelo primeiro semáforo (indicação do painel) e
dentro de 8 segundos o painel alterará sua velocidade para 60 km/h.
8
Portanto, o segundo carro terá (𝑡 − ) para percorrer a mesma distância com velocidade
3600
de 50 𝑘𝑚/ℎ. Então, podemos escrever a distância percorrida pelo segundo carro:

8
𝑑 = 50 ⋅ (𝑡 − )
3600
Isolando 𝑡 na primeira equação e substituindo-se na segunda, temos:

𝑑 8
𝑑 = 50 ⋅ ( − )
45 3600
50 50.8
𝑑⋅ −𝑑 =
45 3600
5 50.8
𝑑⋅ =
45 3600
𝑑 = 1,0 𝑘𝑚

Gabarito: “d”.

18. (1978/ITA)
Um motorista deseja perfazer a distância de 20 𝑘𝑚 com velocidade escalar média de 80 𝑘𝑚/ℎ.
Se viajar durante os primeiros 15 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 com velocidade de 40 𝑘𝑚/ℎ, com que velocidade
escalar média deverá fazer o percurso restante?
a) 120 𝑘𝑚/ℎ
b) 160 𝑘𝑚/ℎ
c) É impossível estabelecer a velocidade média desejada nas circunstâncias apresentadas
d) Nula
e) Nenhuma das afirmações acima é correta
Comentários:
A distância total é de 20 𝑘𝑚. Se o motorista viajar durante 15 𝑚𝑖𝑛 com velocidade de
40 𝑘𝑚/ℎ, ele deslocará:

𝑘𝑚 15
Δ𝑠1 = 40 . ℎ = 5,0 𝑘𝑚
ℎ 60
Assim, restarão 15 𝑘𝑚. No último trecho ele deverá andar a uma velocidade que compensará
o fato dele andar mais lento no primeiro, de forma que a velocidade escalar média (𝑣𝑚 ) dele nos
20 𝑘𝑚 seja 80 𝑘𝑚/ℎ. Então, vamos calcular 𝑣𝑚 :

Δ𝑠
𝑣𝑚 =
Δ𝑡

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20
80 =
15
+ Δ𝑡2
60
15 20
+ Δ𝑡2 =
60 80
1 1
+ Δ𝑡2 =
4 4
Δ𝑡2 = 0

Se nenhum tempo restou para ser gasto no segundo trecho, temos que a velocidade média
almejada é impossível de ser estabelecida nas circunstâncias propostas.
Gabarito: “c”.

19. (1968/ITA)
Três carros percorrem uma estrada plana e reta com velocidades em função do tempo
representadas pelo gráfico. No instante 𝑡 = 0 os três carros passam por um farol. A 140 𝑚
desse farol há outro sinal luminoso permanentemente vermelho. Quais dos carros
ultrapassarão o segundo farol?

a) Nenhum dos três. b) 2 e 3. c) 1 e 2. d) 1 e 3. e) 1, 2 e 3.

Comentários:
A área do gráfico 𝑣 × 𝑡 representa, numericamente, a variação do espaço. Assim, devemos
calcular a área abaixo da curva de cada móvel:
a) Variação de espaço para o móvel 1:

30 ⋅ 6
Á𝑟𝑒𝑎1 = = 90 𝑢. 𝑎.
2
Δ𝑠1 = 90 𝑚

b) Variação de espaço para o móvel 2:

30 ⋅ 10
Á𝑟𝑒𝑎2 = = 150 𝑢. 𝑎.
2
Δ𝑠2 = 150 𝑚

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c) Variação de espaço para o móvel 3:

12 ⋅ 40
Á𝑟𝑒𝑎3 = = 240 𝑢. 𝑎.
2
Δ𝑠3 = 240 𝑚

Logo, os carros 2 e 3 terão variação de espaço maior que 140 m e ultrapassarão o segundo
farol.
Gabarito: “b”.

20. (1978/ITA)
Duas partículas, 𝐴 e 𝐵, partem do repouso, em movimento retilíneo, segundo o gráfico abaixo.
Pode-se afirmar que as distâncias, em metros, entre as partículas 𝐴 e 𝐵, nos instantes 2 𝑠, 3 𝑠,
4 𝑠, 5 𝑠 e 7 𝑠, têm, respectivamente, os valores indicados na alternativa:

a) 3, 11, 13, 20, 30.


b) 4, 7, 9, 20, 13.
c) 4, 9, 15, 20, 24.
d) 4, 6, 9, 10, 13.
e) 3, 7, 9, 10, 13.
Comentários:
Nos primeiros 2 s, temos as seguintes variações de espaço:

2.4
Δ𝑠𝐴 = =4𝑚
2
Δ𝑠𝐵 = 0

E nos primeiros 3 𝑠:

Δ𝑠𝐴 = 4 + 4(3 − 2) = 8 𝑚

(−2)(3 − 2)
Δ𝑠𝐵 = 0 + = −1 𝑚
2
A distância entre os móveis é de:

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Δ𝑠𝐴 − Δ𝑠𝐵 = 8 − (−1) = 9 𝑚

Dessa forma, a opção correta é a alternativa “c”.


Gabarito: “c”.

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9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
“O segredo do sucesso é a constância no objetivo”

Parabéns por mais uma aula concluída. Ela significa menos um degrau até a sua aprovação.
É importante frisar que um dos principais diferencias do Estratégia é o famoso fórum de dúvidas.
O fórum é um ambiente no qual, prevalecendo o respeito, ocorre a troca de informações e o
esclarecimento das dúvidas dos alunos. Para acessar o fórum de dúvidas faça login na área do aluno,
no site do Estratégia Vestibulares. Pelo link https://www.estrategiavestibulares.com.br/ e busque
pela opção “Fórum de Dúvidas”.

10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 1. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 354p.
[2] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 1. 11ª ed. Saraiva, 1993. 512p.
[3] Toledo, Nicolau, Ramalho. Os Fundamentos da Física volume 1. 9ª ed. Moderna. 521p.
[4] Resnick, Halliday, Jearl Walker. Fundamentos de Física volume 1. 10ª ed. LTC. 282p.

11 - VERSÃO DE AULA

Versão Data Modificações

1.0 29/11/2019 Primeira versão do texto.

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