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Profª Enfª Anna Paula Mendonça


17 de setembro de 2022

INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA é uma profissão de nível técnico,


em que o profissional tem a função de auxiliar o cirurgião no ato
cirúrgico, que abrange desde a preparação dos instrumentos até à
esterilização dos mesmos, após a cirurgia.

Instrumentador Cirúrgico é responsável por todo o instrumental


utilizado antes, durante e após a cirurgia.
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Contexto Histórico

A instrumentação cirúrgica nasce no Século XX, foi o período de maior crescimento


nas cirurgias e consequentemente do papel do instrumentador cirúrgico.

• Com esse crescimento tornaram-


se necessários profissionais mais
qualificados, surgindo nesta época
escolas de Técnicos em
instrumental cirúrgicos em Nice na
França, datado em 1954.

• Essas escolas tinham como objetivo


preparar os profissionais para
a evolução cirúrgica, isto é,
tempos cirúrgicos, materiais para
cada especialidade entre outras
atividades cirúrgicas.

Contexto Histórico

Com a evolução das intervenções


cirúrgicas, exigem-se conhecimento
de aparelhos e instrumentos
modernos, técnicas usualmente
empregadas em atos operatórios,
noções de anatomia, assepsia,
biossegurança, células e tecidos,
ética profissional, fisiologia, higiene 2
e microbiologia.
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Contexto Histórico

O Instrumentador Cirúrgico
É da responsabilidade do Instrumentador antecipar
as ações do cirurgião, ordenando, controlando e
fornecendo o instrumental e material cirúrgico

INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO atua junto à equipe


cirúrgica. Sua função é de extrema importância para o
bom desempenho do ato cirúrgico.
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Auxilia o trabalho do cirurgião, beneficiando o paciente ao reduzir o tempo


cirúrgico, diminuindo os índices de contaminação e de infecção pós-operatórias.
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O Instrumentador Cirúrgico

O bom instrumentador se prepara antes da cirurgia


começar, prevê o material a ser usado e já conhecendo a
equipe cirúrgica pode inclusive preparar o paciente de
acordo com a preferência da mesma.

 Durante o ato cirúrgico, compete ao instrumentador monitorar o material usado e fazer a


solicitação de reposição de material de consumo.

 É importante que o instrumentador esteja atento aos movimentos da equipe.

Atuação em Centro Cirúrgico

DIFICULDADES
COGNITIVA MOTORA

AFETIVA

INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA 4

Etapa 1 – montagem de mesa de instrumentais


Etapa 2 – identificação dos tempos cirúrgicos / passagem de instrumentais
Etapa 3 – recolhimento do material / CME
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Quem pode exercer a


Instrumentação Cirúrgica?

Projeto de Lei 642/ 2007


Congresso Nacional – Dispõe sobre a regulamentação da
profissão de Instrumentador Cirúrgico

• Estabelece que o exercício da profissão é privativo daqueles que tenham concluído curso de
Instrumentação Cirúrgica, ministrado no Brasil, por escola oficial ou reconhecida pelo governo
federal; ou no exterior, desde que o diploma seja revalidado no Brasil.

• Também podem exercer a atividade aqueles que já atuam na Profissão há pelo menos dois
anos, contados da data em que a lei entrar em vigor.

Regulamentação da profissão de Instrumentador Cirúrgico

Regulamentação da profissão de Instrumentador Cirúrgico

COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS, sobre o


Parecer Senado Federal n° 499/2016 Projeto de Lei nº 75, de 2014 (nº 642/2007), que dispõe
sobre a regulamentação da profissão de instrumentador
cirúrgico

Parecer FAVORÁVEL

PROJETO DE LEI Nº 75, DE 2014 - Dispõe sobre a


regulamentação da profissão de instrumentador cirúrgico.
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https://blogs.correiobraziliense.com.br/papodeconcurseiro/wp-
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O Projeto de Lei 1623/22


trata da qualificação
necessária para o
exercício da profissão de
instrumentador cirúrgico.

Conforme destaca o
autor da proposta,
deputado Capitão
Derrite (PL-SP), hoje a
instrumentação cirúrgica
não é atividade
profissional
regulamentada.

Projeto de Lei 1623/22

Pelo texto em análise na Câmara dos Deputados, poderão exercer a atividade:

•os diplomados em qualquer curso superior na área da saúde e que tenham concluído curso
específico de Instrumentação Cirúrgica ministrado por escola oficial ou reconhecida pelo governo
federal;
•os diplomados em curso técnico de Auxiliar de Enfermagem ou de Técnico de Enfermagem e que
tenham concluído curso específico de Instrumentação Cirúrgica ministrado por escola oficial ou
reconhecida pelo governo federal;
•os diplomados em curso de Instrumentação Cirúrgica ministrado por escola estrangeira 6

reconhecida em seu país, e que tenham o diploma revalidado no Brasil;


•os profissionais que, na data da entrada em vigor da lei, tenham exercido, comprovadamente, por no
mínimo dois anos, a função de instrumentador cirúrgico.
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• Conselho Federal de Medicina (CFM – Lei 3268/98)


É lícito o exercício da Instrumentação Cirúrgica por acadêmicos de
medicina e estudantes de enfermagem, desde que devidamente
acompanhados por docente / Supervisor responsável.

• Conselho Nacional de Saúde (CNS – Parecer)


A Instrumentação Cirúrgica pode ser considerada uma especialidade /
qualificação de profissionais da área da saúde

Brasília, 24 de março de 2015.


PARECER DE CÂMARA TÉCNICA N° 03/2015/CTLN/COFEN

ANÁLISE CONCLUSIVA
3. A lei 7498/86 que regulamenta a profissão de enfermagem no Brasil e seu decreto regulamentador, definem
quem são os profissionais de enfermagem e especificamente em seus art. 70 e 50, tratam da definição do técnico
de enfermagem, que é o profissional titular do diploma ou certificado de técnico de enfermagem expedido de
acordo com a legislação e registrado competente.

4. A Resolução COFEN 4181/2011, atualiza, no âmbito do sistema COFEN/COREN, os procedimentos para


registro de especialização técnica de nível médio em Enfermagem.

O art. 41 da referida resolução diz o seguinte: As Especialidades de Enfermagem reconhecidas pelo Cofen, encontram-
se listadas no anexo desta Resolução. Aquelas que porventura não estejam contempladas ou criadas após o presente ato,
serão, após apreciação pelo Pleno do COFEN, objetos de norma própria;

5. O rol de especialidades da Resolução COFEN 418/2011 em seu anexo, traz uma série 7
de especialidades de nível médio da enfermagem, dentre elas a de Instrumentação cirúrgica;

6. Diante da legislação exposta, não resta dúvida a esta Câmara Técnica do COFEN, de que a Instrumentação
Cirúrgica é uma especialidade de nível médio do profissional técnico de enfermagem.
É o parecer, salvo melhor juízo.
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• Conselho Federal de Enfermagem


(COFEN – Resolução 214/98)
 Instrumentação Cirúrgica atividade de enfermagem, não sendo ato privativo do
enfermeiro
 Profissional de enfermagem, atuando como instrumentador cirúrgico, subordina-se
diretamente ao enfermeiro da unidade

• ANIC
Associação Nacional de
Instrumentadores
Cirúrgicos
(www.anic.com.br)

MISSÃO E OBJETIVOS DA ANIC


A missão da ANIC é difundir e consolidar obstinadamente, pela educação formal,
treinamento e pelo exemplo de postura profissional, o fortalecimento do conceito

Objetivos da ANIC são:


 Congregar todo aquele que compreender e trabalhar diuturnamente pelo
desenvolvimento tecnológico científico orientado pelas diretrizes
estabelecidas;
 Consolidar a colaboração profissional do Instrumentador Cirúrgico;
 Manter base dados, de apoio e dar consultoria que sirva àqueles 8
empenhados nas mesmas diretrizes;
 Formar e Treinar novos Instrumentadores Cirúrgicos;
 Atualização tecnológica científica de profissionais;
 Criar Cursos Formalizados pelas Leis e Diretrizes da Educação Nacional;
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Código de Ética do Instrumentador Cirúrgico


Art. 1º. – O Instrumentador Cirúrgico defenderá com todas as suas Art. 6º. – O Instrumentador Cirúrgico, evitará abandonar o paciente em

forças e em todas as circunstâncias o direito fundamental da vida meio ao ato operatório sem causa justa e sem garantia de solução de

humana. continuidade de sua atividade.

Art. 2º. – O Instrumentador Cirúrgico dedicará atenção especial ao Art. 7º. – O Instrumentador Cirúrgico negará sua participação em

doente, prescindindo de raça, nacionalidade e religião. pesquisas que violem os direitos inalienáveis da pessoa humana.

Art. 3º. – O Instrumentador Cirúrgico procurará familiarizar-se com Art. 8º. – O Instrumentador Cirúrgico procurará manter relações cordiais,

os vários aspectos organizacionais e administrativos do hospital e espírito de colaboração e integração com todos os membros da equipe

com dinâmica do bloco operatório, objetivando uma integração cirúrgica.

adequada no seu ambiente de trabalho. Art. 9º. – O Instrumentador Cirúrgico guardará segredo sobre fatos que

Art. 4º. – O Instrumentador Cirúrgico, ciente de que o desempenho tenha conhecimento no exercício de sua profissão.

de sua função requer formação aprimorada, procurará ampliar e Art. 10º. – O Instrumentador Cirúrgico fará valer seu direito, à
atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e do remuneração compatível com o trabalho realizado e com dignidade da
desenvolvimento da própria profissão. profissão.

Art. 5º. – O Instrumentador Cirúrgico executará com rigor e presteza Art. 11º. – O Instrumentador Cirúrgico colocará seus serviços
as orientações do cirurgião, com vistas ao pleno sucesso do ato profissionais à disposição da comunidade em casos de urgência,
cirúrgico. independentemente de qualquer proveito pessoal.

JURAMENTO DO
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO
1 - Promete ser fiel aos seus compromissos, às leis e o dever para com a sociedade?
PROMETO

2- Promete obedecer as ordens dos cirurgiões e seguir os parâmetros segundo os ensinamentos obtidos?
PROMETO.

3- Promete ser fiel a única instituição da classe que ofereça reciclagem e aprofundamento
profissionais?
PROMETO.
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4 - Promete obedecer as hierarquias institucionais?
PROMETO.

5 - Jura nunca esquecer o ser humano?


JURO.
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Atribuições do
Instrumentador Cirúrgico

 Conferir os materiais e equipamentos necessários ao ato


cirúrgico;
 Paramentar-se 15 min antes da cirurgia

 Conhecer os instrumentos cirúrgicos por seus nomes e


colocá-los sobre a mesa, de acordo com sua utilização nos
tempos cirúrgicos;
 Preparar agulhas e fios adequados a cada tempo;

 Auxiliar cirurgião e assistentes na paramentação;

Atribuições do
Instrumentador Cirúrgico
 auxiliar na colocação dos campos operatórios;

 prever e solicitar material complementar ao circulante de sala;

 responsabilizar-se pela assepsia, limpeza e acomodação ordenada e

metódica dos instrumentais, desde o início até o fim da operação;

 entregar o instrumento com presteza, de acordo com sinal


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manual ou pedido verbal da equipe;

 sincronizar tempos e ações manuais com o cirurgião e o


assistente;
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Atribuições do
Instrumentador Cirúrgico

 Desprezar o material contaminado;


 Observar e controlar para que nenhum material
 Permaneça no campo operatório;
 Auxiliar no curativo e no encaminhamento do paciente à
devida unidade;
 Conferir o material após o uso;
 Retirar o material da SO e encaminhá-lo à CME.

Decálogo dos Direitos e Deveres


do Instrumentador Cirúrgico
1 - Conhecer os instrumentos pelos nomes próprios e não
esquecer de colocar em sua mesa os instrumentos necessários,
para a operação a efetuar-se; DEVERES

2 - Manter a assepsia rigorosa e ter pronto todo o material da


diérese de síntese e hemostase;
3 - Diligência e ajustes nas ações manuais;
4 - Ordem e método na arrumação do instrumental;
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5 - Limpeza e acomodação do instrumental usado, quando o
cirurgião o deixa na mesa manchado de sangue;
6 - Entregar o instrumento com presteza, ao pedido,
colocando-o em sua mão, em forma, modo e precisão exata
para uso imediato, sem que o cirurgião tenha que reacomodá-lo
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Decálogo dos Direitos e Deveres


do Instrumentador Cirúrgico
7 - Entregar o instrumento que, por sinais manuais, poderá ser
pedido pelo cirurgião, assim sendo o ato operatório silencioso e
DEVERES
admirável;
8 - Entregar sucessivamente os instrumentos sem que os peçam.
O cirurgião realiza, em tempo "Standard", uma sucessão de atos
operatórios invariáveis;
9 - Sincronizar tempos e ações manuais com o cirurgião e o
primeiro ajudante, segundo técnicas e detalhes bem estudados;
10 - Deve guardar silêncio e o segredo absoluto.

Decálogo dos Direitos e Deveres DIREITOS


do Instrumentador Cirúrgico
1 - Que seja dono absoluto da mesa do instrumental;
2 - Que lhe peçam os instrumentos com precisão;
3 - Que lhe permitam o tempo necessário para sincronizar ações manuais;
4 - Que não lhe modifiquem a técnica sincronizada;
5 - Que o cirurgião e o primeiro ajudante, não lhe peçam vários
instrumentos ao mesmo tempo;
6 - Que não lhe invadam a liberdade de tomar os instrumentos de sua
mesa, o cirurgião ou os ajudantes;
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7 - Que não se perturbe sua tranquilidade com expressões chocantes;
8 - Que não precipitem os pedidos de instrumental;
DIREITOS
9 - Que requeira do cirurgião ordem e métodos ajuntados às ações
manuais independentes;
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Esteja atento aos detalhes que enfeitam o céu


das manhãs.
Amplie seu olhar sobre as possibilidades que
se entrelaçam entre os raios de sol.
Há um lugar onde nasce o sonho.
Um lugar sublime, onde também nasce a
coragem.
É preciso aprender que, caminhar é a origem
do caminho.
E que mais tarde, o sol não estará no mesmo
lugar.
INSTRUMENTAÇÃO
CIRÚRGICA
Profª Ms. Enfª Anna Paula de M. Barros

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