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— Sn, tenho algo para te contar!

– diz Itachi descendo das escadas com muita rapidez,


considerando que são escadas longas e de mármore. O mesmo parece estar muito tenso para
poder raciocinar que deve-se andar devagar por escadas daquele tipo.

— Itachi, vá devagar, você pode cair! – ele se assusta com o meu grito e para no meio da
escada, para começar a ir devagar.

Ele põe a mão atrás da cabeça e sorrir com o rosto levemente avermelhado, um claro sinal
de vergonha por não ter notado que estava andando rápido demais e poderia ter se
machucado senão tivesse levado bronca de alguém mais nova que ele.

— Ah é mesmo, não reparei! Acontece que nós precisamos conversar sobre algo sério... – ele
curva a sua cabeça suavemente para baixo e sua expressão feliz é substituída aos poucos por
uma expressão mais séria. Parecia que era algo bem grave... e confesso que não estou pronta
para ouvir, mas se for preciso, falarei a respeito mesmo assim.

— Bom... estive ao telefone quase agora com o Sasuke... parece que a situação não está muito
boa para a gente e eu não tenho ideia do que fazer.

Domina sobre o ambiente um terrível silêncio, pois ambos estávamos pensando no que
poderíamos fazer. Então surge em mim, a ideia de que se eu voltasse para a casa dos meus
pais por um tempo, talvez ele pudesse ficar mais livre para tomar atitudes contra a mídia, sem
medo de me colocar em perigo.

— O que você acha de eu voltar para a casa dos meus pais? Pelo menos, por um tempo. Se
ficar aqui só está aumentando a gravi... – Itachi me interrompe.

— Você não entende? – seus olhos pareciam querer lacrimejar – eu não consigo ficar longe de
você. Para onde você for, eu também quero ir. Se você me despejar, eu serei o coração partido
mais feliz de todos, mas enquanto eu souber de seus reais sentimentos, eu vou fazer de tudo
por nós.

— Mas isso é fazer tudo por nós! Se eu não for, como ficaremos daqui há alguns anos, se
quisermos ficar juntos? Vamos viver uma vida sem tranquilidade? Como seremos felizes? –
levanto o tom para ele.

— Eu não sei, eu não sei... isso foge do meu controle.

— Do nosso. Então eu vou ter que decidir por nós. – saio da sala e vou direto para o quarto
para arrumar minhas malas.

Itachi vem atrás de mim e tenta me convencer que esse não é o melhor jeito, mas nós não
temos escolha, ou uma coisa ou outra. A nossa discussão se encerra quando Itachi diz que
precisa ir até o Sasuke resolver de uma vez por todas com os advogados uma forma de
descobrir e punir os principais informantes.

Foi a partir daí, que as coisas começam a mudar. E eu preferia que não tivesse mudado...

Recebo uma ligação do meu pai e a primeira que penso é que ele iria perguntar como as
coisas estão indo, mas na verdade a situação é ainda pior... só de pensar, me dói o coração,
mas a minha mãe está doente e aparentemente eles não sabem do que se trata. Se antes eu já
queria viajar para ficar com eles, agora que a minha mãe está doente, eu com certeza irei. Com
ou sem mídia.
Preparo uma mala com poucas coisas, já que na casa dos meus pais, tem quase tudo o que
eu preciso, ligo para o meu trabalho e tento explicar que minha mãe está doente, mas eles não
entendem e eu fui demitida. Enfim, minha mãe é mais importante no momento, posso arranjar
outro emprego.

Assim que saio da casa, dou as caras com os seguranças, o que me complica para explicar,
então, decido voltar e pular o muro, que nem é tão alto assim, aproximadamente da altura de
uma cerca para touros e proteção em si, são dos homens. Consigo desviar deles, pois eles
estavam focados com a saída de Itachi de carro. Eu não quero preocupar Itachi com a minha
família, então prefiro não dizer absolutamente nada e ir embora.

Cheguei ao ponto de táxi estava com o rosto completamente coberto, exceto o rosto.
Máscara preta, boné azul, blusa e calça moletom e tênis escuro, o essencial para não ser
notada, principalmente por ser dia frio, digamos que o dia tenha colaborado comigo.

O taxista chega e eu digo que o caminho é até o aeroporto, o meu pagamento foi virtual e o
taxista não parava de me perguntar o que eu faria viajando com poucas bagagens. Eu disse
que apenas iria ver os meus pais e por sorte, não estávamos tão longe do aeroporto e ele não
podia fazer mais perguntas.

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