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Os responsáveis acham que seu crime morreu com a vítima, até eu identificá-los.
O que uma garota pode fazer quando está sendo caçada por assassinos que a proteção a
testemunhas não pode parar?
Corra.
Meu único refúgio é um lugar que prometi nunca mais voltar.
Quando é matar ou morrer, uma mágoa de oito anos atrás parece subitamente trivial.
Esta cidade nevada que deveria ser meu abrigo, de repente me expõe mais do que antes.
Agora nós dois estamos correndo por nossas vidas, tentando não sermos atingidos.
PRÓLOGO
Bellamy
Estatísticas.
"Papai?"
"Por quê?"
"Quem?"
De uma bala.
O estrondo alto que ouvi foi uma arma sendo
disparada. A força da bala atravessou a parede e teria me
matado se eu não tivesse caído.
Parece o dele.
Fico sentada lá enquanto os homens jogam o conteúdo
de sua mochila por todo o colchão. Fico sentada lá enquanto
eles fazem uma piada sobre o jeito que ele sujou as calças
para morrer. Meus olhos ficam colados no buraco enquanto o
homem loiro aperta um botão em seu celular e fala.
Um ano depois…
Cruel.
"Entrega!"
Aberta.
"Apenas dirija."
Algo me para.
Eles mentiram.
Eu fui encontrada.
"Liam?"
Olho ao redor quando uma snow bunny 2 de rosa
avança, oscilando nas botas volumosas e meio arrastando o
snowboard3 junto com ela.
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Snow bunny: Coelhinho da neve é uma gíria para uma jovem esquiadora.
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Snowboard, Snowboarding ou surfe na neve é um esporte que, tal como o skate e
o surfe, consiste em equilibrar-se sobre uma prancha. Este, porém, se faz na
superfície nevosa das encostas de montanhas - como o esqui.
Depois de um minuto, ela não diz nada e apenas fico
ali esperando como um idiota, então pigarreio. "Há algo que
precisa?"
Do passado.
Ela ri.
Ela assente.
Quero gemer. Ela deve ter uma amiga. Uma não tão
descarada.
Ele ri. "Talvez não, mas ela é boa, assim como sua
amiga."
Isso existe?
Eu sinto.
Fico surpreso por ele não ter feito disso uma suíte
chique e cobrado o triplo. As pessoas pagariam, e sua linha
de fundos aumentaria.
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Snowmobile: Uma motoneve ou moto/mota de neve é um veículo misto entre
uma motocicleta e um carro desenvolvidos para andar em lugares com neve,
possui tração traseira por esteira com cravas para melhor estabilidade, e pás na
parte dianteiras.
Algumas pessoas podem até argumentar que é pelo que
sou conhecido.
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Snowbird é um termo norte-americano para uma pessoa que migra de latitudes
mais altas e climas mais frios do norte dos Estados Unidos e Canadá na direção sul
no inverno para locais mais quentes como a Flórida, Califórnia, Arizona, Texas ou
outros lugares Cinturão do Sol do sul dos Estados Unidos, México e áreas
do Caribe .
"Então?"
Assinto.
*Suspiro*
De todos os lugares.
Estou segura.
Não vê-lo.
Para sorte minha, as probabilidades estão a meu favor.
Não é?
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QVC – Canal de Compras.
grandioso. Há uma lareira dupla face, e depois disso, a sala
se estende em direção a uma enorme parede de janelas que
dão vista para um terreno com árvores cobertas de branco e
uma paisagem que francamente pertence a um cartão postal.
"Nome?"
Empalideço.
Meu Deus.
É ele.
CAPÍTULO SEIS
Liam
"Obrigado, Todd."
Não estou.
Suspiro.
O cara é um jogador.
Pensar.
Meu Deus.
É ela.
CAPÍTULO SETE
Bellamy
E vim aqui.
É ele.
"Senhorita Lane…"
"Agora!"
Jesus.
Palpite de sorte.
Sorri.
Ela me encara.
"Eu não..."
Liam!
E me sentir segura.
Que rude.
Digo a mim mesma que a razão pela qual não lhe digo
onde ele pode ir com seu jeito mandão é por causa da
provação pela qual acabei de passar, e argumentar apenas
eliminará a pouca energia que me resta.
É um hábito horrível.
Ele ri.
Ele se move tão rápido que nem vejo no início. Não até
que sua mão segura meu ombro e gentilmente me empurra
de volta no assento.
"Algo assim."
"Bells"
Pisco. Olhando para baixo, vejo-o segurando a
camiseta. "O quê?"
Não está.
Que inferno.
Poooorra.
Tem que ser algo ruim para ela vir aqui. Ela ainda está
amarga e chateada com o que aconteceu há oito anos. Algo
que realmente me confunde. Não posso puxar o assunto, não
agora de qualquer jeito. Se fizer isso, ela fugirá.
Onde está seu pai? Sua mãe? Por que ela está sozinha,
morrendo de fome e com um nome miserável?
"Nome de quem?"
"Liam?"
Eu faço um som.
"Entre." Aponto.
Paro abruptamente.
"Algo", murmuro.
Viro-me.
"Umm..."
Ou
"Liam."
Esfrego meu rosto, tentando me livrar da evidência das
lágrimas. Respirando de forma instável, olho pelo olho
mágico. Ele sorri como se soubesse que eu olharia.
"Advertindo você."
"Dentro?"
Eu concordo.
"Eu gosto."
Eu me endireito. "Ir?"
"Oh. Bom."
Aparecem mais dentes.
Ele assente.
"Ir aonde?"
Não sei muito sobre a vida dela, além de que ela mora
na Califórnia e está na faculdade.
Suprimo um sorriso.
Dou risada.
Sei que ela quer discutir, mas quer mais sair daqui,
então segue logo atrás, segurando a caixa gigante das botas.
Uma vez fora da loja, eu não posso evitar rir. "Você viu
a cara dela?"
Eu solto um suspiro.
Ando rapidamente para os alojamentos do instrutor,
percebendo que ela tinha que praticamente correr para
acompanhar. Na segunda vez que ela quase tropeça naqueles
sapatos horríveis, eu diminuo meu ritmo.
Charlie late.
Ela ri.
"Até logo."
Era por isso que estava parada ali com um par de esquis
que pareciam sapatos de palhaço presos às minhas botas
enquanto olhava para o teleférico, uma máquina na qual era
suposto eu sentar enquanto ela me arrastava sobre o terreno
suspensa num fio.
Poxa!
É obvio que eu não pensei cuidadosamente nisto. Posso
ter que admitir a derrota.
Verdadeiro cinza.
"Você é experiente?"
"Não é estúpido."
"O quê?"
"Bellamy."
"Obrigada."
Eu ri.
Mas incomoda.
Hoje é diferente.
Eu rosno.
Cheia de ciúmes.
Isso me irrita.
Eu aceno.
Dou risada.
Bellamy ri.
"Quase." Corrijo.
Vadia.
"Acho que vou voltar para meu quarto." Digo, meus pés
parando.
Liam vira totalmente para me encarar. Ele é tão grande
que bloqueia o resto da sala. "O quê?"
"Bellamy."
Liam coloca-me de volta nos meus pés. Uma vez que ele
tem certeza de que estou numa base sólida, ele recua.
"Ótimo. Mas me prometa que estará aqui mais tarde. Prometa
que vai jantar comigo."
"Eu..."
"Eu prometo."
Ele pega minha mão e me guia ao longo de seu lado,
através da cabana na direção oposta do elevador indo para
meu quarto. "O que está fazendo?"
"Eu não..."
Assinto, entorpecida.
"Liam."
Endireitando-me, trago seu corpo para o meu. Usando
minha mão livre, esfrego o polegar ao longo de seu lábio
inferior. Está vermelho como se ela o estivesse mordendo
mais cedo.
"Você já pensou?"
"Não."
Pisco. "Não?"
Nada.
"Há mais." Ela sussurra, sua voz tão rouca que teria
me assustado se não estivesse tão entorpecido. Porra, é quase
como se eu tivesse acabado de foder, mas nossas roupas nem
sequer saíram.
Sei que não são mais oito anos que Liam está
esculpindo meu coração.
É uma vida.
CAPÍTULO DEZOITO
Liam
Que porra...?
"É claro."
Sorrio. "Obrigado."
Então, por que isso não soa como uma coisa boa
quando ela diz?
"Estamos conversando."
Mas eu a amava.
Eu tinha dois.
"Bom." Papai assentiu. "Diga a ela que vai ligar. Você vai
enviar e-mail."
Assenti.
Voltei à espera.
"Você a beijou."
Ofego.
"Eu sei."
"Eu desisti."
"Bells."
Levanto o queixo.
Suspiro.
Suspiro.
Ele ouve.
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Molho mexicano parecido com vinagrete servido com uma grande variedade de pratos, muitas vezes acompanhado de
guacamole e nata azeda.
"Vivi os últimos oito anos da minha vida sem você. Não
pude seguir em frente, não importa o que tentei. Fiquei
miserável para caralho, Bells. Não farei isso de novo. Nunca
mais."
Mas como.
"Peça."
"O quê?"
"Obrigado."
"Todos te amam."
Bufo novamente.
"Você é ridículo."
"Você me beijou."
Inspiro.
"Não."
"Estou com medo por você ligar para ela. Com medo
por você não fazer."
"É inverno."
"Oi, Sra...."
Dou risada.
"Você está certa. Não é." Ele sorri. "Porque eles já estão
fofocando como em um reality show, e ainda acham que não
sei disso."
"Não."
Suspiro. "Não!"
"Não."
"Por favor," digo com voz rouca. Meu braço ainda está
estendido e segurando o dinheiro entre nós.
"Liam..."
"Vista-se!"
Começo a chorar.
O bastardo.
Eu bufo.
"Devagar?"
Eu assinto.
Solto um suspiro.
Agora é devastador.
Eu o amei.
E jamais pararei.
"Eu gosto."
"Como sabe?"
"Eles gostam?"
"Você verá."
CAPÍTULO VINTE E DOIS
Liam
Jesus. Cristo.
Ela geme.
Tenho que conter uma ordem para ele não olhar para
ela. É irracional, mas Kenny precisa manter seu olhar longe.
Depois do que aconteceu lá em cima no quarto, agora
claramente sou um completo idiota, dominado pela
possessividade.
Eu a beijo.
Ela cora.
"Não me importo."
"Então me diga."
Ela balança a cabeça e olha para o teto. "O que estou
fazendo?"
"É."
Sorrio.
Ela assente.
"Sim."
"Se acha que isso é trabalho duro, então teve uma vida
de lazer, meu amigo."
Dou risada e a abaixo.
Bom.
Bellamy
Dou um sorriso.
Liam se lança como se fosse me atacar, mas em vez
disso ele abraça minha cintura e beija o lado do meu pescoço.
Ele lembra.
As coisas mudam.
O pensamento me faz parar e olhar para meus pés.
Nunca achei que esta preocupação com ela fosse desaparecer.
Talvez deva falar com ela. Talvez o risco de estarmos juntas
seja menor que o de estarmos separadas.
*Estremeço*
Eu grito.
Alex olha para mim e pisca. Virando para Liam, ele diz:
"Calcinhas! Ah, é isso que vendem lá? Nojento."
Dou risada.
"Se é tão bom quanto cheira; então diria que este lugar
tem o meu voto como loja favorita entre todas em Caribou."
"Não."
Não sei o que dizer. Odeio que ela sinta falta, mas
também estou feliz que ela teve que correr para cá.
Ela concorda.
Charlie late.
Sorrio. "Certo."
"Gostaria disso. Mas não esta noite. Esta noite ele está
pedindo por você."
Então por que não me conta por qual motivo correu para
cá? Eu pensei que era apenas um pensamento. Você sabe,
algo que ficou na minha cabeça, na mente.
"O quê?"
Ela joga os braços para cima. "É por isso que hesitei
em me envolver. É por isso que tentei resistir a você."
"Obrigado?"
"Eu também."
Ela senta na beira da cama e o colchão afunda
ligeiramente. "Desde o minuto em que olhei para você, não
houve mais ninguém." Sua voz enche o quarto. É baixa, mas
é tudo que ouço. "Eu tentei seguir em frente. Namorei alguns
caras."
"Eu te amo."
Ele volta a comer. Até ele sabe que quero ficar sozinho
com ela.
"Eu sei."
"Bellamy..." aviso.
"Jure," exijo.
"Eu juro."
Vale o trabalho.
Suspiro.
"Mas?"
"Entendo."
"Entendo."
"Como?"
Reviro os olhos.
Concordo.
Sozinha.
Eu vi.
Ele deve ter visto isso na minha cara, porque ri. "Acha
que somente a polícia tem proteção a testemunhas?"
Abro minha boca para gritar. Planejo gritar tão alto que
todas as janelas do prédio tremerão.
Liam.
O pensamento dele fica mais claro, e medo real se
instala profundamente em mim. Ele está voltando. Ele pode
ser pego no fogo cruzado.
Liam
1. Estou apavorada.
Liam.
"Verei você no inferno, cadela," Spidey entoa e faz sinal
para olhos vazios me colocar para baixo. Ele me joga perto da
beira do declive e balanço.
Só piora a situação.
Idiotas.
E se eu a perder de novo?
Uma raiva tão forte corre por todo meu corpo que ele
treme com isso. Digo a mim mesmo para me acalmar, me
recompor e pensar claramente. O homem segurando Bellamy
a arremessa. Ela quase cai na beira.
Porra!
"Bellamy!" grito.
Superá-la.
Passo pelo homem em que Bellamy pulou, deslizo
minha prancha pela neve e jogo uma onda de neve nele e em
Bells. Ele a solta para proteger o rosto e continuo, batendo
direto nela, levantando-a enquanto continuo a deslizar.
Avalanche.
É mortal.
Não há nada.
"Bells!"
"Sim?"
"Não minta!"
"O quê?"
"Não!"
"Eu?"
Mas é diferente.
Sorrio.
"Hmm?"
Resmungo.
Sei que ele está chateado ao ver que não estou usando
meias. Inferno tive sorte que eles me deixaram colocar a
calça.
"Bellamy."
Como ele pode estar tão focado agora? Como pode não
estar tão completamente distraído por mim quanto estou por
ele?
Eu sei.
Liam
Ela ri.
Era. Jesus.
Respiro fundo.
"Eles atiraram duas vezes. Então riram e conversaram
sobre ir almoçar."
Viu. Isso aí. É por isso que ela é a única pessoa que me
possui. Não importa que homens tentaram matá-la. Não
importa que seu ombro esteja fodido, que ela tenha levado
um soco no rosto, ou até mesmo que esteja me contando
sobre testemunhar o assassinato de seu pai.
Sorrio.
"É por isso que não posso ficar aqui!" Digo, levantando
meu braço. "É por isso que não posso ser sua
namorada. Tecnicamente, Bellamy Cutler nem existe mais."
Eu nunca escutei.
Por Liam.
"Liam," murmuro.
Ele ri. "Não posso dizer que sinto muito por ouvir isso."
Não recuo até que ele o faz. Até que ele me pega e rola,
cuidadosamente me colocando sobre seu peito, prendendo os
braços ao meu redor.
Ele me escolhe.
Eu o escolho.
"Prometo."
CAPÍTULO TRINTA E SEIS
Liam
"Liam?"
Ela faz uma careta. "Não é que acho que são corruptos
ou algo assim. Simplesmente não tenho muita fé na proteção
a testemunhas. Eles vão ficar chateados, quebrei as regras e
fiz algo que me liga à minha antiga vida."
"Não vou discutir com você sobre isso, Bells. Você vai
usá-lo."
"E se eu apenas colocar um cobertor ou dois ao meu
redor?" Ela oferece.
Quero gritar por ele quando ele sai para a neve. Ele não
sabe que essa é pior coisa que poderia dizer? Toda pessoa
num filme de terror que diz "eu vou voltar," nunca volta!
Vou lhe dar mais dor de cabeça! Não ficarei aqui. Se ele
sai na neve como um idiota, então por Deus, eu vou também.
******
"O sol está quase saindo. Não podia esperar mais." Alex
olha para mim, os olhos parando nos machucados que sei
que cobrem meu rosto. Então de volta para seu melhor
amigo. "Que diabos aconteceu?"
Alex olha para Liam. "Quando disse que achava que ela
estava com problemas, pensei que quis dizer que ela perdeu o
emprego ou estava se escondendo de um ex."
"Estou feliz por você estar bem." Ele olha para mim.
"Os dois."
A preocupação genuína de Alex me toca. Esqueci como
é ter pessoas ao seu lado, pessoas que realmente se
importam.
Sorrio.
Alex olha por cima do ombro para nós. "Ei, olhe para
isso. Um sanduíche de Bells."
Ele não diz uma palavra, mas não precisa. Liam sabe o
que ele quer perguntar.
Assinto. "Sim."
Ele mal faz uma pausa. "Você faria o mesmo por mim."
"Sim. Faria."
Quero ficar com ela o dia todo. Quero levá-la num tour
pelo lugar, mostrar os dois quartos e o loft. Tudo terá que
esperar.
"Beije-me."
Para protegê-la.
Mas como?
CAPÍTULO TRINTA E NOVE
Bellamy
"É Bellamy."
"Quem?"
"Sim."
Novamente.
"Esperando", digo.
Pisco.
Ela cora ainda mais.
Assinto.
"Obrigado."
11 Ibuprofeno
"E ele não precisa de pontos?" Ela pressiona.
Sorrio.
"Sinto-me culpada."
"Comporte-se."
Talvez seja por isso que não esteve com tanta pressa
para contar a ela sobre sua vida.
"O quê?"
Por favor, diga que isso não vai mudar para você.
"Sobre Alex?"
"Isso é um sim?"
Mas farei.
Suprimo um sorriso.
"Meu joelho está bem", retruco. "Eu vou com você", digo
a ele, finalmente conseguindo ficar de pé, a maior parte do
meu peso na perna esquerda. "Quero ouvir o que seu médico
tem a dizer."
Droga.
E meu coração.
Mal chego a olhar para o que tem dentro antes que ele
alcance meu ombro e feche a porta. Giro, surpresa, e ele usa
seu corpo para me apoiar contra o metal frio.
"Nós dois."
POR AGORA