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TRABALHO COM IMAGENS MENTAIS

Objetivos do trabalho com imagens mentais:

1. Identificar os esquemas mais fundamentais no caso do paciente.

2. Possibilitar que o paciente vivencie os esquemas em nível afetivo.

3. Ajudar o paciente a relacionar emocionalmente as origens de seus esquemas na infância e


na adolescência com os problemas atuais.

O que dizer ao paciente:

Explicamos que o propósito da atividade é capacitá-los a sentir seus esquemas e a entender


como os mesmos começaram na infância. Dessa forma, o trabalho com imagens mentais
aprofunda a compreensão intelectual resultante do trabalho cognitivo com entendimento
emocional.

Instruções imagens mentais para avaliação de esquemas:

“Agora, feche os olhos e deixe que surja uma imagem. Não force as imagens, apenas deixe que
uma delas venha a sua mente e diga o que vê”. O terapeuta pede que o paciente descreva a
imagem em voz alta no presente e na primeira pessoa, como se estivesse acontecendo agora.
Ele diz ao paciente que use cenas para formar a imagem, e não palavras e pensamentos. ‘As
imagens mentais não são como pensar ou fazer associação livre, em que um pensamento leva a
outro; elas são como assistir a um filme dentro de sua mente, mas mais do que assistir a um
filme, quero que você o vivencie - tornando se parte dele e vivendo todos os eventos que
acontecerem”. Com esse objetivo em mente, o terapeuta ajuda o paciente a se aprofundar na
imagem, tomá-la vívida e ser absorvida nela. O terapeuta pode ajudar o paciente por meio de
perguntas como: “O que você vê?”, O que você ouve?”, “Você consegue se ver na imagem?”,
“Como é o seu olhar?”. Uma vez distinguida a imagem, o terapeuta explora os pensamentos e as
emoções de todos os “personagens” nela contidos. O paciente está na imagem? O que ele
pensa? O que sente? Em que parte do corpo o paciente sente essas emoções? O que sente
impulso de fazer? Há mais alguém na imagem? O que essa pessoa pensa e sente? O que essa
pessoa quer fazer? O terapeuta diz ao paciente que fale em voz alta e faça com que os
personagens digam uns aos outros o que sentem. Como se sentem uns em relação aos outros?
O que gostariam de receber uns dos outros? Conseguem dizer isso em voz alta?

O terapeuta encerra a sessão de imagens mentais pedindo ao paciente que abra seus olhos e
fazendo perguntas como: “Como foi a experiência para você?”, “O que essas imagens significam
para você?”, “Quais foram os temas?”, “Quais esquemas estão relacionados a esses temas?”.
O terapeuta termina a primeira sessão de imagens mentais trazendo o paciente de volta à
imagem do lugar seguro e, depois, lhe pede que abra os olhos. Na maioria dos casos, isso é
suficiente para acalmar e centrar o paciente, e o terapeuta avança na discussão de imagens
mentais.

Quando o paciente parece intensamente agitado após uma sessão de imagens mentais, o
terapeuta trabalha para trazê-los de volta ao momento presente, quando está seguro. Pede
que abra os olhos e observe o consultório, descrevendo o que vê e escuta, e fala com ele sobre
questões comuns, como aonde vai e o que fará depois da sessão. Dá tempo para que o afeto
provocado pelas imagens se reduza. Essas medidas ajudam os pacientes a realizar a transição
de material desagradável do trabalho com imagens mentais de volta à vida comum.

Três fases:

1. Qualquer imagem desagradável da infância.

2. Uma imagem desagradável de cada um dos pais (por exemplo, uma com a mãe e uma com o
pai).

3. Imagens desagradáveis de quaisquer outras pessoas importantes para o paciente, incluindo


colegas e amigos, que possam ter contribuído para a formação de um esquema.

Técnica para cada imagem:

1. O terapeuta começa com uma imagem não estruturada, simplesmente instruindo o paciente
a visualizar uma imagem desagradável de sua infância, o que lhe dá a oportunidade de
comunicar o que quer que considere ter sido mais difícil em sua infância.

2. O terapeuta pede ao paciente que passe a imagem de uma situação adulta ou atual que lhe
cause a mesma sensação. Assim, o terapeuta forja uma ligação direta entre a memória da
infância e da vida adulta do paciente.

3. O terapeuta ajuda o paciente a conceituar o acontecido na sessão de imagens mentais em


termos de esquemas, o que proporciona o contexto intelectual para o ocorrido durante a
sessão e auxilia o paciente a perceber melhor o sentido das imagens.

Diálogo com imagens mentais:

Modos: Criança vulnerável, adulto saudável e paciente disfuncional.

O paciente precisa expressar raiva pelas ações dos pais que formaram os esquemas e
expressar o luto pelo que lhes aconteceu na infância. Sentir o luto ajuda os pacientes a se
perdoar.

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