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Estudos sobre Psicanálise

Introdução à Psicanálise
Psicanálise é uma prática terapêutica que visa a redução de Sintomas.
sintoma: tudo aquilo que o indivíduo não controla e que ele entende que faz mal a ele.
O indivíduo sofre a partir da instância psíquica chamada Inconsciente.
O indivíduo é dividido em um aspecto emocional que ele percebe: chamado
consciente; e em um aspecto emocional que ele não percebe: chamado inconsciente. Entre
isso, há o pré-consciente.
A diferença entre pré-consciente e inconsciente é o fato de o indivíduo conseguir
trazer à memória algum evento/emoção que aconteceu consigo sem muito esforço. Por
exemplo: o que você fez no Natal passado? Esse evento é facilmente lembrado pois está no
pré-consciente. Já quando se questiona “o que você sentiu/o que lembra quando você
nasceu?” o indivíduo não consegue trazer à tona as memórias e sentimentos, pois, estes estão
armazenados no inconsciente.
A Psicanálise é um método terapêutico que visa o tratamento de sintomas, entendendo
que estes sintomas vêm de conteúdos não percebidos, não conscientizados.
O inconsciente se faz presente através de formações, das quais: os sonhos; os atos
falhos (motor, verbal); piadas/chistes; os sintomas (ansiedade, neurose, obsessões...).
O Inconsciente se estrutura a partir daquilo que o indivíduo busca esconder, manter
longe da percepção, já que ao expor tais sentimentos, vontades e desejos o indivíduo sofreria.
Quando uma Representação Psíquica (imagem, palavra) é investida por uma libido –
energia de desejo – ela vem à tona através de imagens (sonhos) ou palavras (discurso, fala).
Porém, essas representações psíquicas não podem vir à tona a todo momento, então há uma
tensão onde algumas dessas representações acabam sendo reprimidos/recalcados.
Quanto mais reprimidos estas representações ficam maior é o estado de tensão, sendo
assim, começam os sintomas que por sua vez são representadas através das formações
(sonhos, atos falhos, etc) não é o desejo real do indivíduo, mas foi a forma que o inconsciente
achou para trazer à tona aquele desejo/libido.
Para a Psicanálise: ou o indivíduo retém/reprime os seus desejos e sofre, ou o
indivíduo descarrega buscando a satisfação do desejo – porém, ao fazer isso, corre o risco de
não ser bem-visto pela sociedade/cultura.

1. Id, Ego e Superego


São estruturas.
Id: é aquilo que eu não consigo dar nome, mas que estrutura minha existência. É o campo do
desejo, das pulsões, do querer. Lida com as tensões internas.
Todos nascem com o Id; o ego e o superego se estruturam em seguida.
Ego: a ideia de que o indivíduo tem si próprio. O Ego faz o “trabalho” que o Id se recusa a
fazer. O Ego lida com a realidade exterior.
O indivíduo precisa estruturar uma ideia de si (Ego) que tem por função gerenciar o Id e seus
desejos internos e os desejos externos do mundo.
Superego: é a bússola moral do Ego. É o IDEAL do Ego - percepção de certo e errado; e
CONSCIÊNCIA MORAL. O Superego lida com as tensões exteriores (pessoas, situações).

2. Complexo de Édipo

Psicanálise clínica - atendimentos


1. Abandone o desejo de compreender tudo – sempre ouvir e acolher tudo o que o
paciente me diz durante a sessão, evitando, no início, a necessidade de interpretar
cada palavra.

2. Receba seu paciente, na primeira consulta, de forma validadora – na primeira


sessão, geralmente, o paciente chega achando que o problema é causado por outra
pessoa e/ou por determinadas situações. Nesse primeiro momento é importante
validar os sentimentos desse paciente e acolher seu discurso. É importante dar a
sensação ao paciente de que ele está sendo ouvido e não será julgado, independente da
verdade real da situação. Depois de um tempo, após o vínculo já ter sido estabelecido,
aí sim, pode-se fazer interpretações acerca dos problemas do paciente.

3. Faça uso de paráfrases. Use exatamente o que o paciente disse e valide o dito com
as mesmas ideias – É necessário estabelecer um vínculo, a partir daí, o paciente trará
conteúdos para serem interpretados e assim pode-se fazer as devidas intervenções. Em
alguns momentos é válido fazer o uso de paráfrase: reformular o que o paciente disse;
isso mostra ao paciente que ele foi ouvido e acolhido e o ajuda a perceber sua fala de
outra perspectiva.

4. Não tente impressionar seu paciente – não fazer interpretações desnecessárias sobre
sua vida, o paciente precisa estar preparado para receber tais informações.

5. Não seja frio e distante – A frieza é diferente da indiferença. No processo


terapêutico é importante ter algum grau de frieza para conseguir analisar as falas do
paciente e para não ocorrer uma relação além do vínculo terapêutico. É importante
receber calorosamente o paciente, ser gentil e educada, na medida. No início do
processo terapêutico é bom se apresentar com uma pessoa humana e real, as pessoas
hoje em dia querem e precisam disso.

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