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Neste meu primeiro ensaio filosófico irei defender a minha posição acerca da moralidade
da guerra. Antes da defesa da minha posição, o que é guerra? Guerra é um confronto entre
dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados, usando armas para
aniquilar fisicamente o inimigo. Agora posso começar a minha defesa. É verdade que a
guerra existe e que é um grande entrave no desenvolvimento e estabilidade global de muitos
países, mas para haver guerra tem de haver algum interesse que a motive. Existem vários:
religiosos, políticos, económicos, sociais, estratégicos e até étnicos. Na minha perspetiva, a
guerra é um ato completamente imoral e desajustado à nossa realidade e nem sequer deve
estar presente quando se fala em resolução de problemas ou manifestação de interesses, só
em casos extramente excecionais e bem explicados.
A questão é: sendo que a população mundial, no geral, defende que é imoral, por exemplo,
condenar uma pessoa à morte e em alguns países conseguiram abolir esta prática, porque é
que há ainda pessoas que pensam numa guerra como a resolução moral de problemas?
Hoje em dia, nos países desenvolvidos, existe a grande preocupação de prevenir guerras e
todo o tipo de ataques armados que prejudiquem a vida da população. Com tanta informação
e repressão à guerra, porque é que atualmente existem indivíduos que conseguem matar
milhares ou milhões à custa da resolução de problemas? O problema de tudo isto, sem ser
as várias vidas sacrificadas, é que os países onde decorrem estas guerras são sobretudo
países de baixo ou médio desenvolvimento, que não são informados nem instruídos para
poderem resolver os problemas de outra forma e, mais importante de tudo, a sociedade não
tem de sofrer as consequências dessa falta de instrução.
Visto as teorias, objeções e defesas às mesmas, permitiu-me avaliar que a objeção à Teoria
da Guerra Justa diz, basicamente, que a vida dos civis está em primeiro lugar e que
nenhuma guerra, justa ou injusta, a deve colocar em perigo, mas, por outro lado, a Doutrina
do Duplo Efeito diz que é legítimo matar civis acidental ou inevitavelmente, demonstrando
esta afirmação com o exemplo de atacar uma base militar no meio de uma cidade. Para
estas duas teorias, é ilegítimo matar inocentes indiscriminadamente, mas estão em
discordância em relação à morte acidental. De acordo com os factos e sendo a guerra uma
“arma” de último recurso, permite-me concluir que a guerra é um ato moralmente errado.