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O Princípio do Contraditório

no Direito Comparado e no
CPC de 2015

Prof. Dr. Dhenis Cruz Madeira


cruzmadeira@hotmail.com
• Atualmente, contraditório significa
apenas bilateralidade de audiência?
Basta ouvir uma parte e depois a
outra?

• O contraditório gira em torno das


alegações factuais, das alegações
jurídicas ou sobre ambas?
• O fato de se assegurar o direito de
manifestação das partes, por si só, é um
indicativo de que o contraditório foi
garantido?

• E as matérias de conhecimento ex
officio? O juiz deve ouvir as partes antes
de decidi-las?

• Qual a relação entre contraditório e não-


surpresa?
Novo CPC (França):

• Art. 16. “O juiz deve, em todas as


circunstâncias, fazer observar e
observar ele mesmo o princípio do
contraditório; (...) ele não pode
fundar sua decisão sobre questões
de direito que suscitou de ofício
sem que tenha, previamente,
intimado as partes a apresentar as
suas considerações.”
CPC reformado (Portugal):
• Art. 3º. 3. “O juiz deve observar e
fazer cumprir, ao longo de todo o
processo, o princípio do
contraditório, não lhe sendo lícito,
salvo caso de manifesta
desnecessidade, decidir questões
de direito ou de facto, mesmo que
de conhecimento oficioso, sem que
as partes tenham tido a
possibilidade de sobre elas se
pronunciarem”.
ZPO reformada (Alemanha):

• “§139. (1) O Tribunal tem de discutir


com as partes a questão material e
litigiosa, tanto quanto necessário,
em seus aspectos fáticos e
jurídicos, e tem de colocar
questões. Tem, então, de provocar
que as partes se manifestem em
tempo hábil e plenamente sobre
todos os fatos consideráveis...”
CPC de 2015 (Brasil):

• Art. 9o Não se proferirá decisão contra


uma das partes sem que ela seja
previamente ouvida.
• Parágrafo único. O disposto
no caput não se aplica:
• I - à tutela provisória de urgência;
• II - às hipóteses de tutela da evidência
previstas no art. 311, incisos II e III;
• III - à decisão prevista no art. 701.
CPC de 2015 (Brasil):

• Art. 10. O juiz não pode decidir,


em grau algum de jurisdição,
com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha
dado às partes oportunidade de
se manifestar, ainda que se
trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício.
Hipóteses em que é possível decisões
liminares e sem contraditório
antecedente:

1) tutela provisória de urgência (art. 300);

2) tutela de evidência (apenas nas


hipóteses dos incisos II e III do art. 311);

3) decisão da ação monitória (art. 701)

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