O documento discute o princípio do contraditório no direito comparado e no Código de Processo Civil brasileiro de 2015. Aborda questões como o que constitui contraditório, se engloba apenas fatos ou também questões jurídicas, e em quais situações é possível decidir sem contraditório prévio de acordo com o novo CPC.
O documento discute o princípio do contraditório no direito comparado e no Código de Processo Civil brasileiro de 2015. Aborda questões como o que constitui contraditório, se engloba apenas fatos ou também questões jurídicas, e em quais situações é possível decidir sem contraditório prévio de acordo com o novo CPC.
O documento discute o princípio do contraditório no direito comparado e no Código de Processo Civil brasileiro de 2015. Aborda questões como o que constitui contraditório, se engloba apenas fatos ou também questões jurídicas, e em quais situações é possível decidir sem contraditório prévio de acordo com o novo CPC.
cruzmadeira@hotmail.com • Atualmente, contraditório significa apenas bilateralidade de audiência? Basta ouvir uma parte e depois a outra?
• O contraditório gira em torno das
alegações factuais, das alegações jurídicas ou sobre ambas? • O fato de se assegurar o direito de manifestação das partes, por si só, é um indicativo de que o contraditório foi garantido?
• E as matérias de conhecimento ex officio? O juiz deve ouvir as partes antes de decidi-las?
• Qual a relação entre contraditório e não-
surpresa? Novo CPC (França):
• Art. 16. “O juiz deve, em todas as
circunstâncias, fazer observar e observar ele mesmo o princípio do contraditório; (...) ele não pode fundar sua decisão sobre questões de direito que suscitou de ofício sem que tenha, previamente, intimado as partes a apresentar as suas considerações.” CPC reformado (Portugal): • Art. 3º. 3. “O juiz deve observar e fazer cumprir, ao longo de todo o processo, o princípio do contraditório, não lhe sendo lícito, salvo caso de manifesta desnecessidade, decidir questões de direito ou de facto, mesmo que de conhecimento oficioso, sem que as partes tenham tido a possibilidade de sobre elas se pronunciarem”. ZPO reformada (Alemanha):
• “§139. (1) O Tribunal tem de discutir
com as partes a questão material e litigiosa, tanto quanto necessário, em seus aspectos fáticos e jurídicos, e tem de colocar questões. Tem, então, de provocar que as partes se manifestem em tempo hábil e plenamente sobre todos os fatos consideráveis...” CPC de 2015 (Brasil):
• Art. 9o Não se proferirá decisão contra
uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. • Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: • I - à tutela provisória de urgência; • II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; • III - à decisão prevista no art. 701. CPC de 2015 (Brasil):
• Art. 10. O juiz não pode decidir,
em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. Hipóteses em que é possível decisões liminares e sem contraditório antecedente: