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PROJETO EXECUTIVO

LINHA DE VIDA VERTICAL


LVV-LUZ-2022-082
BUNGE ALIMENTOS – LUZIÂNIA GO

Luziânia- GO
28 de julho de 2022
OBJETIVO

O memorial descritivo, como parte integrante de um projeto executivo, tem a


finalidade de caracterizar criteriosamente todos os materiais e componentes
envolvidos, bem como toda a sistemática construtiva utilizada. Tal documento
relata e define integralmente o projeto executivo e suas particularidades.

RESPONSAVEL TÉCNICO

Para a elaboração do presente documento, foi realizado um estudo de


viabilidade técnica e operacional pelo profissional (Anexo figura N).

Profissional Allan Gusttavo Reis da Silva


CREA 27601/D-DF RNP 0718432967
Situação Ativo Visto DF/GO
Título Grad. Engenheiro Mecânico (Atribuições res. 218/73 art. 12)
Esp. Engenharia e Gerenciamento da Manutenção
Título Pós.
Esp. Engenharia Clinica

DESTINATÁRIO

Este documento é destinado a BUNGE ALIMENTOS S/A, de CNPJ


84.046.101/0057-48, com endereço na RODOVIA BR040, S/N- CEP: 72834-
540, LUZIÂNIA- GO.

DESCRITIVO TÉCNICO

Linhas de vida são sistemas que acoplados a uma estrutura, permitem um


deslocamento seguro em coberturas e locais expostos à queda de nível.

Diversos parâmetros precisam ser analisados para o projeto de linhas de vida,


entre eles podemos citar o estado e o tipo de estrutura do edifício, o tipo de telha
de cobertura, a frequência de utilização, os acessos verticais às coberturas e o
uso típico para o qual se destinam estas estruturas de proteção.

O projeto de linhas de vida e ancoragens está baseado nas normatizações


existentes, (NBR 16325-1, NBR 16325-2, NBR 8800, NR 35, NR 18), no tipo de
uso que o cliente faz em seus edifícios, e nas melhores práticas de mercado.
CONSIDERAÇÕES GERAIS / DEFINIÇÕES

Linhas de vida são equipamentos metálicos, normalmente montados em cabo


de aço, destinados a criar um suporte horizontal (LVH) ou vertical (LVV) que, na
eventualidade de uma queda de nível, impede que um pessoa devidamente
ancorada neste cabo sofra uma queda maior que o tamanho do seu talabarte
somado ao ajuste natural do sistema e do seu EPI, sendo que o espaço vertical
abaixo de um operador em altura precisa estar livre de quaisquer obstáculos
para garantir que durante uma eventual queda e retenção do sistema de
EPI+EPC faça com que o colaborador não seja atingido por nenhum objeto.

Existem ancoragens de diversos tipos e funções. Limitando esta definição a


ancoragens ou sistemas de ancoragens (ANC) para uso por pessoas, podemos
dizer que ponto de ancoragem é um conjunto de peças metálicas desenhadas
para ser fixada em substratos metálicos, concreto e ou rochas que tem por
função primordial suportar a força estática de uma atividade em altura e a força
gerada por uma eventual queda. Esta força pode ser aplicada diretamente ao
ponto, a um conjunto de pontos ou ainda a um sistema de cabos a ele acoplado.
Fator de queda é a divisão da distância de queda pelo comprimento do elemento
de ligação entre o corpo e a ancoragem, no caso de pessoas, seu talabarte.
Quanto menor for o resultado desta conta, menor é o impacto que a pessoa em
queda recebe ao desacelerar.
Em quedas que ocorrem com sistemas e componentes flexíveis a medida da
queda pode ser maior devido ao acréscimo da catenária inerente ao sistema e a
flexibilidade do cabo o que é suplantado pela elasticidade geral do sistema
projetado com estas características.

LINHA DE VIDA VERTICAL PARA ESCADA MARINHEIRO – (LVV)

O sistema originalmente foi desenhado para atender as necessidades


especificas de segurança em altura para a circulação em escadas marinheiro e
está baseado principalmente em ancoragens metálicas com hastes parafusadas
nos degraus das escadas e cabos de aço funcionando como linhas de vida,
conforme normatização (NR 35).
O cabo de aço utilizado para a linha de vida é de 3/8 com alma de fibra para
permitir maior flexibilidade, as presilhas são da mesma medida, em cada
extremidade do cabo de aço possui 3 presilhas, separadas por
aproximadamente 10 cm e devidamente alinhadas e uma sapatilha de 3/8
devidamente posicionado e montado no esticador.
O cabo é tensionado manualmente com aproximadamente 100 N, sendo que, e
o sistema tem por objetivo o deslocamento vertical dos colaboradores pelas
escadas marinheiro com o uso de MGO´s nos degraus e um trava quedas de
cabo de aço preso a cadeirinha do colaborador.
A cada trecho de linha de vida, definido como o intervalo entre dois esticadores,
não pode ter mais do que um operário acoplado ao mesmo tempo.
Fora das condições recomendadas, pode ocorrer dano, perda da integridade do
sistema ou colapso parcial das ancoragens ainda mantendo a integridade das
linhas, pois cada linha está calculada com margens de segurança que seriam
responsáveis pela retenção da queda, pois, a natureza flexível das hastes
aliadas a flexibilidade de cada linha, resultará na pior das hipóteses em uma
deformação sem ruptura retendo a queda.
É sempre importante manter distancias de zonas de queda quando o colaborador
estiver no processo de acoplamento entre o trava-quedas de cabo e a linha de
vida vertical. O deslocamento pela linha vertical deve ser feito pelo meio de
equipamentos em bom estado, dentro da validade e próprios para o trabalho em
altura, sempre utilizando talabarte em Y com MGO`s ou qualquer outra forma
aprovada por lei.
O deslocamento deve ser feito sempre com os dois MGO`s presos nos degraus,
com avanço alternado e um trava-quedas de cabo de aço entre o cabo de aço e
o colaborador, preso ao cinto paraquedista na altura do peito.
As linhas de vida não devem ser usadas para içamento de materiais, e qualquer
parte do sistema que seja solicitado (receba cargas dentro ou fora do
especificado) deverá passar por verificação, manutenção e emissão de nova
ART.
Todos os sistemas, EPI’s e EPC’s devem ser inspecionados antes de seu uso e
devem ter a inspeção registrada.
Todos os colaboradores devem estar treinados adequadamente e portar ASO
especifico.
O sistema implantado está desenhado para suportar forças de até 1,5Tf e o
conjunto de sistema em hastes, cabo e trava quedas, permite uma grande
absorção de energia sendo limitado principalmente pela resistência do cabo e
das conexões. Embora esta força teórica seja possível, é primordial que a força
exercida sob o corpo humano não ultrapasse os 600 kgf sob pena de riscos
severos à saúde do colaborador, não podendo ultrapassar o colaborador e os
EPI’S um peso somado de 125kg.
Treinos ou simulações podem ser realizados nas linhas de vida ou ancoragens
desde que não sejam transferidas cargas ou esforços de nenhuma espécie aos
sistemas.
Todas as peças deste sistema devem ser examinadas detalhadamente antes de
sua utilização e se possuírem vincos, cortes, ferrugem ou dobraduras não devem
ser utilizados ou reaproveitados e devem ter a manutenção ou substituição
efetuada antes de ser usada novamente.
Linhas de vida que sofreram comprovadamente impactos ou solicitações de
qualquer espécie devem ter seus componentes minuciosamente verificados à
procura de dobras, rachaduras, fissuras, deformações e qualquer tipo de
anormalidade devem ser corrigidas antes de serem usadas novamente e em
caso de substituições deve ser emitida nova ART.
Informamos que todos os componentes instalados têm que ser verificados
anualmente, deve ser emitido parecer técnico informando o estado de
conservação, desgaste, fixação de peças e componentes, oxidação, impactos
entre outros, deve ser emitida ART correspondente.
As entradas de cada sistema devem ser identificadas por meio de placas
metálicas (a ausência da identificação deveria impossibilitar o uso do
equipamento) pintadas e com baixo relevo, fixadas na estrutura, onde se indica
a empresa responsável pela instalação, o lote do equipamento, a carga máxima
que pode ser utilizada, o tipo de equipamento e as NBR’s referentes e
recomenda-se a leitura dos manuais antes da sua utilização, sendo de extrema
importância observar rigorosamente a totalidade dos itens deste documento.

SISTEMA DE ANCORAGENS

* Ancoragens
O sistema originalmente foi desenhado para atender as necessidades
especificas de segurança em altura no trabalho de manutenção.
Este sistema está baseado principalmente em ancoragens metálicas (classe A)
e fixações mecânicas (PARABOLTS PBA) no concreto e soldas em estruturas
metálicas.
O acesso a ancoragem pode ser feito por meio de vara de manobra ou manual.
Mesmo que ocorram deformações, as ancoragens ainda mantêm a integridade
do sistema se forem utilizadas dentro dos limites estabelecidos neste
documento.
As ancoragens não devem ser usadas para transporte ou elevação de materiais
ou colaboradores.
O sistema implantado está desenhado para suportar forças de até 14,7 KN e
está limitado principalmente pela resistência das ancoragens.
Os colaboradores devem estar treinados adequadamente e portar ASO
especifico e toda atividade de altura ou com risco de queda deve possuir análise
de riscos e liberação para trabalho em altura.
Antes de usar qualquer equipamento (incluindo EPI`s e EPC`s) deve ser feita
verificação registrada.
Treinos ou simulações podem ser realizados nas ancoragens desde que não
sejam transferidas cargas ou esforços de nenhuma espécie aos sistemas.
Peças ou quaisquer materiais das ancoragens que estejam corroídas,
deformadas, desgastadas ou puídas devem ser reparadas antes que seja usada
novamente.
Ancoragens que sofreram comprovadamente impactos devem ter seus
componentes minuciosamente verificados à procura de dobras, rachaduras,
fissuras, peças deformadas e qualquer tipo de anormalidade, devendo ser
reparada e emitida nova ART antes de serem usadas novamente.
Informamos que todos os componentes instalados têm que ser verificados
anualmente, devendo ser elaborado parecer informando estado de conservação,
desgaste, fixação de peças e componentes, oxidação, impactos entre outros e
após a verificação um laudo informando as condições do equipamento e as
possíveis adequações tem que ser emitido com sua respectiva ART.
Todos os sistemas de segurança em altura instalados devem ser identificados e
é recomenda a leitura dos manuais antes da sua utilização.
As identificações devem ocorrer na entrada de cada sistema por meio de placas
metálicas pintadas e com baixo relevo, fixadas por meio de arames ou fitas
Hellerman, onde se indica a empresa responsável pela instalação, o lote do
equipamento, a carga máxima que pode ser utilizada, o tipo de equipamento e
as NBR’s, sendo que a ausência desta identificação deveria impossibilitar o uso
do equipamento.
É de extrema importância observar rigorosamente a totalidade dos itens deste
documento.

Materiais ou equipamentos similares

A equivalência de componentes do projeto deve ser fundamentada em


certificados que comprovem:
Similaridade (que desempenham idêntica função e apresentam as mesmas
características exigidas nos projetos).
Materiais ou equipamentos similar-semelhantes (que desempenham idêntica
função, mas não apresentam as mesmas características exigidas nos projetos).
Materiais ou equipamentos simplesmente adicionados ou retirados (que durante
a execução foram identificados como sendo necessários ou desnecessários à
execução dos serviços e/ou obras).
Todos os materiais a serem empregados deverão obedecer às especificações
dos projetos e deste memorial.
Na comprovação da impossibilidade de adquirir e empregar determinado
material especificado deverá ser solicitada sua substituição, condicionada à
manifestação do responsável Técnico pela obra.
A substituição de materiais especificados por outros equivalentes, pressupõe,
que o novo material proposto possua, comprovadamente, equivalência nos itens,
qualidade, resistência e aspecto.
Qualquer modificação, substituição, adição ou retirada deve ser informada e
aprovada pelo responsável técnico da obra.

Normas técnicas relacionadas

➢ NR 35;
➢ NR 18;;
➢ ABNT NBR 16325-1/2;
➢ NBR 8800.

ESPECIFICAÇÃO DAS PEÇAS, PROCESSOS PRODUTIVOS,


EQUIPAMENTOS, ACABAMENTOS E ACESSÓRIOS.

SOLDA
Para as soldas indicadas em plantas indicamos o processo de eletrodo revestido
(solda a arco elétrico), podendo também utilizar, TIG, MIG e MAG se for mais
conveniente.

PINTURA
Todas as peças que solicitarem pintura indicamos o sistema de resinas, na
coloração amarela, ou outra que a empresa julgue mais apropriada, sendo
necessária a limpeza do metal por meio de jateamento ou desengraxante,
utilização de duas demãos de prime zarcão: 35 micras mínimo por demão e duas
demãos de acabamento com esmalte: 30 micra mínimo por demão totalizando
espessura total da película de 130 micra, como mínimo.
PARABOLT
Chumbador zincado de ancoragem mecânica em aço carbono, codificado como
“PBA” de fabricante “ancora” com ½ polegada de diâmetro, quatro polegadas de
comprimento e de aplicação imediata em furo de 80 mm de profundidade e sendo
que acompanha porca e arruela.
Sua instalação deve seguir diâmetro e profundidade do furo especificado acima,
o furo deve ser limpo, introduzir o chumbador com auxílio de marreta conforme
ilustrações do fabricante e apertar a porca provocando a expansão da jaqueta
concluindo a fixação com torque de aperto aproximado de 6 kgf e carga de
arranque de 3.960 kgf (valores com coeficiente de segurança 4).

BARRA ROSQUEADA
Barra rosqueada zincada, em secções de 100, 130 e 570 mm, diâmetro ½
polegada, aço Carbono, carga de ruptura - Tração 4.800 kgf, rosca qualquer e
torque de aperto aproximado de 6 kgf/m.

PARAFUSO SEXTAVADO
Parafuso sextavado de 40, 100, 130 e 160 mm de ½ polegada, carga de prova
mínima de 26100 N, rosca qualquer, zincado.

CABO DE AÇO
Cabo de aço zincado, 3/8 polegadas, alma de fibra, trama 6x19 S, carga de
ruptura mínima 6,86 Ton, fator de segurança 5:1.

GRAMPO/CLIPS
Grampo em aço carbono zincado, tamanho 3/8 polegada, posicionamento e
quantidade conforme plantas, aperto aproximado de 0,8Kgf.

SAPATILHA
Sapatilha em aço carbono zincado, tamanho 3/8 polegada, posicionamento e
quantidade conforme plantas.

ANCORAGEM CLASSE A
Ancoragem certificada de acordo com norma ABNT NBR 16325-1 A1, aço SAE
1045 Certificado, força máxima de aplicação: 40kN, dimensões (mm) 150 x 150
x 10, fixação M12 ou 1⁄2" ou solda. Fixadas em lateral de poste, concreto ou
parede.
POSTE N
Tubo quadrado em aço carbono 1045 ou superior, zincado, com dimensões
1000X100x100 e espessura de 6,4 mm, fixado por pressão com quatro parafusos
de ½ polegada em bases de dimensões 300x150, espessura 10mm com quatro
parabolts.

SUPORTE VERTICAL PARA LINHA DE VIDA


Tubo quadrado em aço carbono 1045 ou superior, zincado, com dimensões
50X50 e espessura de 6,4 mm, tendo o comprimento respeitado pelas
dimensões da escada a ser aplicado conforme norma, fixado por grampos e com
acabamento em amarelo segurança.
EXEMPLIFICAÇÃO

É importante observar que o chicote entre os cabos, deve obedecer um


comprimento mínimo de 30 cm, e espaçamento entre os grampos de 10 cm.
1. Descrição
Segue abaixo memorial de cálculo de linha de vida a ser instalada na unidade Bunge - Luziânia-
Go.
LVV-LUZ-2022-082 – SC-060-B – EXP/ARM
A linha de vida é indicada para uso simultâneo de 1 funcionário.
O presente esquema representa cada lance individualmente. Possuindo-se mais de um lance,
aplicar o mesmo esquema para cada um dos que se apresentarem.

2.Normas Adotadas:
NBR 6120 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações - Procedimento;
NBR8800 – Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (Método dos Estados Limites);
NR 34 – Condições e meio ambiente de trabalho;
NR 35 - Trabalho em Altura;
NBR14762 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio –
Procedimento;
• NR 18 -18.12.5.10.1. Escada fixa tipo marinheiro. Para cada lance de 9,00m (nove
metros), deve existir um patamar intermediário de descanso, protegido por guarda-
corpo e rodapé;
• NR 12 -12.76. As escadas fixas do tipo marinheiro devem ter: Item - g) altura máxima
de 6,00 m (seis metros) entre duas plataformas de descanso;
• NR 34 -34.6.6.11 As escadas fixas, tipo marinheiro, que possuam seis metros ou mais
de altura, devem possuir: a) gaiola protetora a partir de dois metros acima da base até
um metro acima da última superfície de trabalho; b) patamar intermediário de
descanso, protegido por guarda corpo e rodapé.

3. Carregamentos
Conforme normativa considera-se 100kg por pessoa, e carregamento mínimo de 1.500kg.

4. Escolha do Cabo
O cabo de aço alma de fibra (6x19 AF) Ø3/8" com carga de ruptura 6800kgf
enquanto a tensão solicitante no cabo é: 1226,25kgf

5. Considerações finais
Tem-se:
Comprimento total: 20m
Número de lances: 3 lance
Plataforma de descanso: 3

Com isso, conclui-se que a linha de vida está apta ao uso.

___________________________
Engenheiro
Crea
O presente esquema representa cada lance individualmente. Possuindo-se mais de um lance,
aplicar o mesmo esquema para cada um dos que se apresentarem.

COMPONENTE QUATIDADE
Cabo de aço 20m
Conj. Suporte 3 und
Grampo 18 und LVV-LUZ-2022-082 Anexo
Esticador 6 und Tabela
Sapata 6 und
L
Julho 2022 V
V
-
L
U

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